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Roqueiros protestam contra o uso de músicas para torturar prisioneiros

.Penny Lane.

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Roqueiros protestam contra o uso de músicas para torturar prisioneiros

Tom Morello, do Rage Against the Machine, faz parte de uma campanha.
Faixas de Eminem e até Queen são usadas para 'criar medo e desorientar'.

Saindo de uma caixa de som em sua minúscula cela no Iraque, o rock virulento do Nine Inch Nails atinge o prisioneiro Nº 200.343 como um cacetete sônico. “Tinto como o sangue em seus dentes”, rosna em alto volume o vocalista Trent Reznor. A tortura sonora chega a durar dias, semanas e até meses no centro de detenção militar no Iraque, com AC/DC, Queen, Pantera. Donald Vance, de Chicago, conta ter se tornado um suicida.

A tática ficou comum durante a guerra dos Estados Unidos no Iraque, Afeganistão e Guantánamo Bay. O general Ricardo Sanchez, comandante do exército no Iraque, autorizou a prática em 2003, como uma forma de “criar medo, desorientar e prolongar o choque.”

Agora, os detentos não são os únicos a reclamar – os músicos estão se unindo para pedir ao exército americano que pare de usar suas músicas como arma. Uma campanha lançada nesta semana inclui grupos como Massive Attack e roqueiros como Tom Morello, do Rage Against the Machine e Audioslave.

A ação consiste em promover minutos de silêncio durante shows e festivais, segundo explica a advogada Chloe Davies, que representa diversos detentos de Guantánamo Bay e é uma das organizadoras da iniciativa. “Sugiro que prendam George W. Bush numa cela e o torturem com Rage Against the Machine”, disse Morello em um de seus shows.

Vance, que foi preso por relatar a venda ilegal de armas, estava acostumado ao rock ‘n’ roll. Mas, para muitos detentos que cresceram no Afeganistão – onde a música é proibida pelos talibãs – os violentos interrogatórios do exército americano marcaram sua primeira experiência com o gênero. Muitos não resistiram. Binyam Mohammed, hoje prisioneiro em Guantánamo Bay, diz que alguns companheiros de cela acabavam gritando e batendo as cabeças contra as paredes.

“Tocaram música alta por 20 dias”, conta Vance, citando Eminem e Dr. Dre. “Também tive de ouvir hard rock sem parar. Muitos perderam a cabeça. Perdi as contas de quantas vezes ouvi ‘We will rock you’ do Queen. Você perde a capacidade de formular os próprios pensamentos num ambiente como esse.”

O porta-voz do centro de detenção de Guntánamo não forneceu detalhes de quando e como a música foi usada na prisão. Agentes do FBI que trabalham no local citaram diversos casos em que os detentos foram torturados com música, dizendo terem sido informados de que aquela era uma prática comum. Algumas sessões alternavam 16 horas de música e luzes com quatro horas de silêncio e escuridão.


Na hora da tortura, até música para criança faz parte do 'set list'


Até canções para crianças já foram utilizadas nessas práticas. Christopher Cerf, compositor da trilha de “Vila Sésamo”, diz ter ficado horrorizado quando descobriu que as músicas do programa infantil foram usadas em interrogatórios. “Eu não ia querer que minha música fosse parte disso.”

Outros músicos, por sua vez, dizem ter ficado orgulhosos de terem suas canções usadas com esta finalidade. Stevie Benton, baixista do grupo Drowning Pool, se apresentou no Iraque e gravou uma das canções preferidas dos interrogatórios, intitulada “Bodies”.

“As pessoas presumem que deveriam se sentir ofendidas por alguém no exército achar a sua música perturbadora o suficiente para acabar com um sujeito psicologicamente”, disse ele à revista “Spin”. “Fico honrado em pensar que talvez uma canção minha possa suprimir ataques como o de 11 de setembro.”

Em entrevista por telefone à AP, Vance disse que a tortura pode transformar homens inocentes em loucos. “Eu não tinha lençol ou cobertor. Se tivesse, teria tentado suicídio.” Depois de 97 dias de tortura sonora, Vance foi libertado. “Hoje, mantenho minha casa em silêncio total”, diz.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL921095-7085,00.html



Só um comentário: o_O
 
Eu tinha lido isso no G1 já. Fiquei achando que era alguma notícia fake, mas depois que li e vi que era verdade fiquei um pouco assustado.
 
Música não deveria ser usada para tortura, sendo ela de qualquer estilo.

E esse carinha aí que disse ter se sentido honrado por isso, não deve passar de mais um alienadinho do Bush. ¬¬
 
Não sei o que mais me chocou, se foi a forma de tortura ou se o músico feliz por ser torturador, indiretamente. Que bizarro. E ainda se acham exemplares para alguém.... :burp:
 
Imaginem como devem se sentir os caras das bandas, sabendo que suas músicas são usadas para torturar e desorientar as pessoas? É de protestar e ficar horrorizado mesmo com isso.
 
N disse:
Sem bem que o "Créu" faz jus a uma música torturante. Eu ficaria louca também, heh.

Fala a verdade Nathalia, tu ia se amarrar, ia dançar até o chão...
:rofl:

Minha pergunta é: isso não é caso para processo?
 
Absurdo isso, como podem fazer tal coisa, a música tem diversas finalidades, não essa, e esse cara da tal banda aí, deve estar querendo fama, pois sinceramente nunca ouvi falar nela, achar que isso vale a pena é validar a tortura.
 
Se bem que algumas músicas também me torturam. :P

Os músicos estão certos em se posicionar contra isso, que coisa horrível...
 
Aqui em SSA sou torturado direto com pagodes, arrochas, axé e similares, isso sim é tortura, fora o povo mal-educado que fica com a mala do carro aberta, com o som mais alto que tudo pra fora, parece que todos são obrigados a escutar isso, odeio gente sem educação.
 
Cabal disse:
Aqui em SSA sou torturado direto com pagodes, arrochas, axé e similares, isso sim é tortura, fora o povo mal-educado que fica com a mala do carro aberta, com o som mais alto que tudo pra fora, parece que todos são obrigados a escutar isso, odeio gente sem educação.
Nossa Cabal, não tem coisa melhor que som automotivo que berra bastante com aquelas cornetas ou tweeters, e que tem lá aqueles graves monstruosos que quando passam tremem até a nossa casa HUhauhHUHHH! Isso não é torturante, é VICIANTE!
 
Fernando Giacon disse:
Cabal disse:
Aqui em SSA sou torturado direto com pagodes, arrochas, axé e similares, isso sim é tortura, fora o povo mal-educado que fica com a mala do carro aberta, com o som mais alto que tudo pra fora, parece que todos são obrigados a escutar isso, odeio gente sem educação.
Nossa Cabal, não tem coisa melhor que som automotivo que berra bastante com aquelas cornetas ou tweeters, e que tem lá aqueles graves monstruosos que quando passam tremem até a nossa casa HUhauhHUHHH! Isso não é torturante, é VICIANTE!

Queria que vc escutasse o que rola qui Giacon, vc mudava de idéia rapidinho, é só ouvir as 07:00 da manhã de um domingo uma porra dessa te acordando, aí vc vai ver como é viciante, a vontade é de matar esse bando de fdp mal educado.
 

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