Pois é, não soube a hora de parar. Mas ainda acho que por mais q ele tenha sido genial, ele ainda está abaixo do Romário, talvez se não tivesse se contundido tanto não estaria, mas como se contundiu.
Agora já dá pra comparar, ambos aposentados e santificados como mitos, vamos causar, fazendo comparações.
Pra mim, Ronaldo foi maior que Romário (literalmente). O Romário se contentou em ser apenas o Rei do Rio, enquanto o Ronaldo brilhou na Europa, de Barça a Real, de Inter a Milan. O auge dele, entre 96 e 99 (até a lesão) foi apelação. Mas suas lesões o prejudicaram. Vários jornais, brasileiros e estrangeiros, afirmaram ontem olhar para Ronaldo como o maior centroavante da história.
Concordo com um blog da ESPN, do Leonardo Bertozzi:
Ronaldo: em talento, igual a Romário. Pela carreira, maior
Comparações entre jogadores costumam ser delicadas porque há a tendência a tentar diminuir os feitos de algum dos envolvidos para exaltar o outro. De qualquer maneira, na hora de encontrar o patamar de Ronaldo e seu legado para o futebol, este blogueiro entende que o Fenômeno se situa acima de Romário, outro centroavante histórico do futebol mundial. Foi o maior atacante brasileiro de todos os tempos.
Em termos de talento puro, é difícil achar defeitos em qualquer um deles. De Ronaldo, pode-se dizer que não foi um exímio cabeceador. De Romário, que seu arsenal de jogadas fora da área não foi sempre tão brilhante quanto dentro dela. Mas é coisa irrelevante frente à versatilidade e ao poder de decisão de ambos. Até hoje lamenta-se por não terem jogado juntos uma Copa do Mundo.
Ao olhar para a carreira e para a trajetória de ambos, a sensação é de que Ronaldo foi maior. Por ter encarado enquanto pôde os desafios mais difíceis para seus contemporâneos. Romário fez uma escolha de vida ao deixar o Barcelona para jogar no Flamengo quando era o melhor jogador do mundo. Ficou mais perto da praia, da rotina que considerava melhor. Mas comprometeu, com isso, parte de sua relevância internacional. Bastava-lhe ser o rei do Rio.
Sim, Romário fez mais gols - embora a contagem de 1.002 seja mais um capricho pessoal do jogador do que algo a se levar a sério -, mas fica a sensação de que muitos deles foram contra defesas frágeis. Pelo fato de Ronaldo ter encerrado uma carreira menos longeva e muito interrompida por lesões, não faria sentido comparar pura e simplesmente os números de gols.
Mas dá para levar em conta que Ronaldo foi a duas finais de Copa do Mundo como protagonista, foi eleito por três vezes o melhor jogador do planeta. Jogou por cinco clubes campeões europeus, embora, caprichosamente, tenha lhe escapado a maior conquista possível a um clube do continente, a Champions League. Deu mais de uma volta por cima quando todos o consideravam acabado. Aquela de 2002, quando três meses antes a maioria duvidava, é digna de filme.
Ronaldo é tudo isso, mesmo tendo jogado pouquíssimo tempo no seu auge físico. Talvez apenas entre 1996 e 1998, em sua única temporada no Barcelona e a primeira pela Inter, o mundo tenha podido ver tudo o que ele era capaz de fazer. Duas temporadas em que não jogou a Champions, é bom lembrar.
Assim como aconteceu com Van Basten, outro gênio do gol traído pelo corpo, falar em Ronaldo sempre deixará aquele ponto de interrogação sobre o que poderia ter sido se as pernas não parassem de lhe responder positivamente. Da mesma maneira, fica a dúvida sobre o que teria alcançado Romário se abdicasse por mais alguns anos do futevôlei e aceitasse maiores desafios.
E para você, quem foi o maior atacante brasileiro?
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Também lembro de Van Basten, que assim como o Ronaldo, sofreu demais com lesões. Inclusive parou muito antes do Fenômeno.
PS: Sim, fiquei 2 anos xingando o Ronaldo, mas por um bom motivo.