Vou te dizer qual é exatamente o problema da MF fazer o que fez, Panda:
Ao comprar algum livro da HoMe, a pessoa sabe que o conteúdo do livro é uma compilação de materiais em sua maioria obsoletos. Ou seja, ela compra o livro porque quer ler
a compilação.
Ao juntar a versão final do Farmer Giles com a versão antiga
no mesmo livro, a MF simplesmente não deu opção à pessoa que compra o livro: mesmo que essa pessoa o compre apenas pela história final, acaba levando a mais antiga junto, que provavelmente não a interessa, e
paga não só pela história que ela queria ler, mas também pela que lhe foi
empurrada. Francamente, quem comprou a versão da MF do Farmer Giles porque queria ler
apenas a história antiga?
Sacanagem, não? A pessoa que não sabe inglês para ler uma das edições originais onde consta apenas a história final (junto com as histórias finais do Smith e Niggle, geralmente) ou paga mais caro para ler a história e leva um enchimento de lingüiça de brinde (brinde, aham...), ou não lê nada.
Se a MF quer publicar versões antigas das histórias de Tolkien, ótimo! Mas que faça isso em um livro cuja natureza seja claramente a de uma compilação (com as versões finais das histórias à parte) e não como um beco sem saída para os leitores.
Mas é óbvio que isso nunca vai ocorrer; afinal, a MF não prima pelas suas decisões editoriais, não é?
E, não, não me lembro do número exato de páginas que foram acrescentadas à essa edição nacional: eu não a possuo, apenas a folheei em uma livraria; mas me lembro que era uma quantidade considerável, suficiente para influir no preço, sim. Além disso, há outra coisa muito óbvia nessa edição que reforça a idéia de encarecimento proposital do livro: o tamanho da fonte usada nele. Meio grandinha, não? Adivinha com que propósito?