Rosana Rios
Usuário
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<img src="images/stories/rosana_rios.jpg" alt="rosana_rios.jpg" style="margin: 5px; width: 145px; height: 150px; float: left" title="rosana_rios.jpg" width="145" height="150" /><i>Parece estabelecido por toda a eternidade, em todas as latitudes, que o prazer não deva figurar nos programas das escolas e que o conhecimento não pode ser outra coisa senão fruto de um sofrimento bem comportado.</i>
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Daniel Pennac. <u>Como um romance</u>.
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A burrice do sistema de educação brasileiro ao tratar do assunto “Literatura” conseguiu, em algumas décadas, transformar o que um dia foi o prazer da leitura em uma forma de tortura lenta e letal, digna dos mais cruéis inquisidores. Estranho. Lembro-me distintamente de, na década de 1960, uma professora minha indicar a leitura de A<i> Moreninha</i>, de Joaquim Manuel de Macedo, e desencadear a euforia entre os alunos. Li aquele livro umas cinco vezes, encantada com as características românticas presentes na história. Lembro-me ainda de encontrar, na estante de um sebo, um exemplar de <i>As mágoas do jovem Werther</i>, de Goethe, e comprar o livro correndo, para me deliciar com as paixões do personagem – antes, é claro, de ele terminar com a própria existência. Na época, nada acalmava mais as emoções adolescentes do que um bom exemplar do Romantismo na literatura. Victor Hugo, Goethe, Edgar Alan Poe e, em terras tupiniquins, o inefável José de Alencar, além de Machado de Assis em sua primeira fase (Ah! Como era triste ler <i>Helena</i>!), eram autores amados: impossível esquecer o prazer que tive, aos 13 ou 14 anos, quando li <i>O Guarani</i>. A cena final, com Peri e Cecília sumindo no turbilhão do rio, ficou indelevelmente marcada em minha mente. Eu li, ou devorei, vários livros do chamado período romântico por escolha, por vontade própria, pela curiosidade em mergulhar nas histórias. <br />
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</ br> Leia Mais...
<img src="images/stories/rosana_rios.jpg" alt="rosana_rios.jpg" style="margin: 5px; width: 145px; height: 150px; float: left" title="rosana_rios.jpg" width="145" height="150" /><i>Parece estabelecido por toda a eternidade, em todas as latitudes, que o prazer não deva figurar nos programas das escolas e que o conhecimento não pode ser outra coisa senão fruto de um sofrimento bem comportado.</i>
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Daniel Pennac. <u>Como um romance</u>.
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A burrice do sistema de educação brasileiro ao tratar do assunto “Literatura” conseguiu, em algumas décadas, transformar o que um dia foi o prazer da leitura em uma forma de tortura lenta e letal, digna dos mais cruéis inquisidores. Estranho. Lembro-me distintamente de, na década de 1960, uma professora minha indicar a leitura de A<i> Moreninha</i>, de Joaquim Manuel de Macedo, e desencadear a euforia entre os alunos. Li aquele livro umas cinco vezes, encantada com as características românticas presentes na história. Lembro-me ainda de encontrar, na estante de um sebo, um exemplar de <i>As mágoas do jovem Werther</i>, de Goethe, e comprar o livro correndo, para me deliciar com as paixões do personagem – antes, é claro, de ele terminar com a própria existência. Na época, nada acalmava mais as emoções adolescentes do que um bom exemplar do Romantismo na literatura. Victor Hugo, Goethe, Edgar Alan Poe e, em terras tupiniquins, o inefável José de Alencar, além de Machado de Assis em sua primeira fase (Ah! Como era triste ler <i>Helena</i>!), eram autores amados: impossível esquecer o prazer que tive, aos 13 ou 14 anos, quando li <i>O Guarani</i>. A cena final, com Peri e Cecília sumindo no turbilhão do rio, ficou indelevelmente marcada em minha mente. Eu li, ou devorei, vários livros do chamado período romântico por escolha, por vontade própria, pela curiosidade em mergulhar nas histórias. <br />
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