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Rolezinho: adolescentes são barrados em shopping de SP

Eu já tinha comentado sobre esse evento da FEA/USP aqui e no facebook. Honestamente: Uma galera berrando "vai tomar no cu" no meio praça da alimentação merecia ser repreendida sim. Possivelmente os seguranças ficaram com medo de repreender alguém, pq, né, vai que algum dos estudantes é filho de alguém importante. Tem um outro vídeo que assisti, mas não lembro exatamente onde, que mostrava um rolezinho de um grupo católico também.

Continuo achando que baderna (palavrões aos berros, correria e etc) deve sim ser repreendido pelo shopping que tem o direito de proibir a realização de determinados eventos se assim quiser. O problema é sempre uma questão de consistência nas decisões. Não é que esse rolezinho não deveria ser proibido, mas sim qualquer manifestação que perturbe a ordem do espaço. O estudantes da FEA/USP deveriam ter sido repreendidos.

Já foi falado sobre o flash mob também. Mais uma vez é problema de dimensão e realização: Um flash mob com 15 pessoas dançando ou então tocando música clássica ou cantando alguma música é uma coisa. Outra coisa são centenas de pessoas conhecidas e organizadas passeando ao mesmo tempo. Chamar o rolezinho de flash mob, sinceramente, é tornar muito elástica a definição do evento:

A flash mob (or flashmob) is a group of people who assemble suddenly in a public place, perform an unusual and seemingly pointless act for a brief time, then quickly disperse, often for the purposes of entertainment, satire, and artistic expression.

Aliás, também acho sem sentido comparar com o que acontece no Natal. Afinal, também são centenas de pessoas, mas desorganizadas e cada uma cuidando da sua própria vida, com o objetivo de fazer compras e sair daquela muvuca o mais rápido possível.
 
Aliás, também acho sem sentido comparar com o que acontece no Natal. Afinal, também são centenas de pessoas, mas desorganizadas e cada uma cuidando da sua própria vida, com o objetivo de fazer compras e sair daquela muvuca o mais rápido possível.

Hein?
 
Então qual a sua opinião Bruce Torres?

Que apesar desses jovens já frequentarem os shoppings, em que a maioria dos que aconteceram os rolezinhos já são voltados para a mesma classe, e então decidiram simplesmente discriminar por quererem evitar que centenas de adolescentes entrassem ao mesmo tempo no shopping com a finalidade de zuar? De que forma foi essa discriminação?
 
Última edição:
Bruce Torres disse:
E quem falou em "objetivo político"? Vá lá um valor sociológico, mas isso nunca teve caráter político, é diversão pura e simples.

Opa, aí chegamos a um consenso. A diferença entre nossa opinião aqui é que vc acha que não tem nada demais o povo fazer "rolezinho" por diversão. Se fosse só um grupo de jovens se reunindo na boa, legal.
Mas eles mesmos escreveram no Face que é pra "tumutuar" (sic). Se eles mesmos afirmam isso, desculpe, não posso ser a favor dessa "diversão" que tem como objetivo claro fazer tumulto.
 
Mas eles mesmos escreveram no Face que é pra "tumutuar" (sic). Se eles mesmos afirmam isso, desculpe, não posso ser a favor dessa "diversão" que tem como objetivo claro fazer tumulto.

Claro, como se a declaração de uns agents provocateurs expressasse a opinião geral. Onde é que a gente viu isso da última vez? Ah é, nos protestos do ano passado. Até a minha avó achou que eu estivesse entre os baderneiros depois que soube que estava nas manifestações. Ah, cês são melhores que isso, gente.
 
Um dos líderes organizadores escreveu isso; logo, como representante do "movimento" (?) ele representa a essência da opinião dos "rolezeros".

Aliás, hoje vi uma "rolezera" no face que usa tênis de 500 reais e sempre torra um dinheiro considerável pra ir com roupa nova pra cada rolê. É loira dos olhos verdes, diria que mais branca que eu, que tenho olhos escuros e cabelo castanho.

E eu nunca usei um tênis de 500 reais.

"Pereferia", cadê?
 
Tem as entrevistas com alguns participantes no G1. Claro, sempre alguém pode dizer que a Globo comprou os depoimentos, né?
 
Então qual a sua opinião Bruce Torres?

Que apesar desses jovens já frequentarem os shoppings, em que a maioria dos que aconteceram os rolezinhos já são voltados para a mesma classe, e então decidiram simplesmente discriminar por quererem evitar que centenas de adolescentes entrassem ao mesmo tempo no shopping com a finalidade de zuar? De que forma foi essa discriminação?

Epa, não coloque palavras na minha boca. Minha opinião se resume aos seguintes pontos:

- o "rolezinho" é válido. Defendo-o;
- infelizmente sempre tem uns imbecis para tumultuar - e pelo visto vocês gostam de ignorar que os "rolezinhos" são anteriores aos distúrbios que vêm ocorrendo neles desde dezembro. A saber, resumiram a ideia do "rolê" à de quebra-quebra;
- defendo a manutenção da segurança no shopping. Contudo, pelo que vimos, tais reuniões se tornaram uma justificativa pra PM continuar agindo como age na periferia - aliás, onde cês acham que eu moro?

Um dos líderes organizadores escreveu isso; logo, como representante do "movimento" (?) ele representa a essência da opinião dos "rolezeros".

De qual dos "rolês"?

Aliás, hoje vi uma "rolezera" no face que usa tênis de 500 reais e sempre torra um dinheiro considerável pra ir com roupa nova pra cada rolê. É loira dos olhos verdes, diria que mais branca que eu, que tenho olhos escuros e cabelo castanho.

E eu nunca usei um tênis de 500 reais.

"Pereferia", cadê?

Eu sou um dos que condena o culto ao consumismo, mas sei que isso ocorre bastante na periferia. E sim, conheço gente de periferia que usa tênis desse preço. A primeira ideia que passa pela cabeça é, "só pode ser fruto de roubo". Mas não, precisamos lembrar que a facilidade de obtenção de crédito na praça colabora para isso. Preferia que fosse investido em algo útil, mas fazer o que? O supérfluo é tentação na cabeça de muitos quando se tem a impressão de ter dinheiro.
 
Última edição por um moderador:
Bruce Torres disse:
Eu sou um dos que condena o culto ao consumismo, mas sei que isso ocorre bastante na periferia. E sim, conheço gente de periferia que usa tênis desse preço. A primeira ideia que passa pela cabeça é, "só pode ser fruto de roubo". Mas não, precisamos lembrar que a facilidade de obtenção de crédito na praça colabora para isso. Preferia que fosse investido em algo útil, mas fazer o que? O supérfluo é tentação na cabeça de muitos quando se tem a impressão de ter dinheiro.

Bruce, a questão aqui não é consumismo. Lecionei por 7 anos em área de periferia, a maioria de meus alunos se veste bem pra caramba, mas a questão não é nem essa.

A questão é que fatia da chamada "periferia" está participando desses rolês. pq não consigo vê-los como fruto de segregação. Não os -dessa- periferia, que consegue comprar um tênis de 500 reais.

Se fosse gente realmente pobre, ou gente realmente impedida de frequentar o shopping... mas quem compra roupa cara dificilmente é uma pessoa realmente pobre... ou está devendo pra conseguir ter essas coisas. Descartemos a hipótese do roubo, uma vez que a maioria dos "rolezeros" não parece querer ir pra roubar.

Mas pra causar. As manifestações de metade de 2013 tinham um objetivo definido, e embora tivesse a "galera pra zuar", muitos estavam indo na paz. Quantos "rolezeros" estão indo na paz? Qual o protesto deles? Eles estão fazendo de forma organizada?

Porque se o saldo de rolês está sendo mais tumulto que solução de alguma coisa/experiÊncia positiva, então a segurança do shopping tem até alguma razão em coibir. Pois uma multidão de adolescentes descontrolados num shopping (se estivessem organizados seriam outros 500) pra "zoar"... causa muito tumulto.

Digo isso pq 40 alunos numa sala de aula já é estrago bem grande quando resolvem não ser civilizados (dei aula em escola pública por um período), imagine centenas.

Eu gostaria muito de ter essa visão positiva e quase utópica dos nossos adolescentes, mas não consigo. Há, claro, adolescentes que não são assim, mas há tantos outros que acabam sendo.
 

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