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Revista Movie

Anica

Usuário
Proposta inovadora, ideia empolgante. Torço de coração para que dê certo:

Vamos fazer nossa revista de cinema?

Vamos? Eu quero.

Sabe, comecei na profissão de jornalista escrevendo bastante de cinema (e música e gibi e essas coisas boas da vida) na Folha, 1988. Aliás, comecei a ler jornal pelas tirinhas e pelas resenhas de filmes, criança.

Lembro do primeiro presentão que ganhei: escrever uma resenha de “Cavaleiro Solitário”, encomenda do amigo Alcino Leite Neto para a seção de Vídeo da Ilustrada. Enchi a bola do filme da maneira mais exibida, comparei com “Shane”, Howard Hawks, essas coisas. Fazer o quê: cresci assistindo Sessões da Tarde e Coruja e já era fã de Clint Eastwood quando ele contracenava com orangotangos.

Fui redator-chefe da SET, 1992. Herdei por acaso. Ia ficar uns meses tocando o barco enquanto não chegava o chefe novo (e acumulando com a BIZZ ao mesmo tempo), não aparecia ninguém (quando apareceu, era o cara certo: Edson Aran, hoje na Playboy). Fiquei um ano e pouco. Divertidíssimo. No mesmo período fazíamos a SET Terror & Ficção, que foi a origem de uma revista chamada Herói e outra chamada General, e aí… bem, isso é outra história.

Enrolo. Tergiverso. Procrastino. Como um filme que nunca começa.

Vamos lá então ao coração do argumento.

Vamos fazer nossa revista de cinema?

Eu já comecei. Como um cara que chamou os amigos para uma maratona de filmes em casa. Comprei um televisor Full HD, home theater, Blu-Ray. Arrumei a sala, botei umas almofadinhas confortáveis para o pessoal. Cerveja gelando, vinho descansando. Agora estão chegando os convidados, que vão trazer a atração principal, o conteúdo, a razão de ser do encontro: os filmes.

O convidado é você.

MOVIE é uma revista sobre o cinema de todos os tempos, de todos os países, em todas as platformas, para leitores adultos e apaixonados por cinema. Portanto, trata de filmes para cinema, para TV, em DVD, Blu-Ray. É sobre criação, diversão, mercado e glamour. E trata inevitavelmente da tecnologia necessária para você tirar o máximo de sua experiência cinematográfica.

MOVIE existe de duas maneiras. Na versão impressa e na versão eletrônica.

A impressa mostra sua cara nesta sexta-feira. É um número zero, um cheirinho do que será a revista. Por isso em vez de 100 páginas, tem 36. Mas já tem entrevistas com gente como John Lasseter, Matheus Nachtergaele, Atom Egoyan e companhia bela - ou belíssima, caso de Megan Fox.

Em vez de estar à venda nas bancas, ela estará disponível de três maneiras:

a) de graça nas bancas de São Paulo e Rio, como brinde da revista EGW - Entertainment + Game World. A capa da EGW, não tem como errar, é o jogo The Beatles: Rock Band;

b) para um seleto mailing ligado à indústria cinematográfica e de home entertainment;

c) para você, agora, enquanto tivermos estoque disponível.

Basta você mandar qualquer colaboração. Pode ser um texto, um vídeo legal que você fez, uma ilustração, uma foto, qualquer coisa que tenha a ver com o mundo do cinema. Mandou, é legal, publicamos na MOVIE digital e você recebe sua revista pelo correio. Não esqueça de mandar nome completo e endereço no email.

Ah, a MOVIE digital.

Esta sexta-feira estreamos. Soft launch, como dizem os gringos, ou em português claro “ainda não está pronta para estrear mas vamo que vamo”.

A versão eletrônica de MOVIE tem duas grandes diferenças de todos os outros sites de cinema (pelo menos os que a gente conhece).

Primeiro, é o primeiro site de cinema focado em conteúdo em vídeo. Cinema é imagem em movimento. A internet agora é em banda larga. Não tem mais sentido fazer um site sobre cinema cuja maior parte do conteúdo é texto e foto.

Isso vai nos forçar a reaprender a fazer revistas, porque não basta botar um trailer qualquer lá, é preciso pensar editorialmente como transmitir a informação. Também não é televisão, porque vamos combinar vídeo, texto, foto etc. Uma mídia muito nova.

Segundo, uma mídia muito nova como essa exige muitas cabeças pensando, e por isso MOVIE é colaborativa. O site é absolutamente aberto para colaborações de todos os gêneros.

Todo o conteúdo - produzido por você, por mim, pela equipe e correspondentes e colaboradores de MOVIE, é publicado com uma licença Creative Commons. O que neste caso quer dizer que este conteúdo pode ser republicado por qualquer um em qualquer lugar da internet, contanto que dê o crédito para o autor e o veículo. Não pagamos nada pelo conteúdo da sua colaboração; não cobramos nada para este conteúdo ser reproduzido livremente na internet; e não cobramos nada, claro, para você acessar o site MOVIE.

O modelo para pagar as contas é tradicional: publicidade. Com uma diferença interessante: a possibilidade da veiculação de publicidade em vídeo. Vai funcionar? Apostamos que sim, no médio prazo.

Vai depender de você tanto quanto depende da gente. MOVIE é uma paixão para nós, mas não é um hobby (ah, eu adoraria que fosse). Tem que se sustentar como negócio, para remunerar as pessoas que trabalham nela e o investimento da Tambor Digital.

Naturalmente, buscamos encontrar neste trabalho colaborativo novas vozes, novos autores, novos olhares que enriqueçam MOVIE. E possam se tornar colaboradores regulares da versão impressa de MOVIE. Está cheio de gente ótima escrevendo sobre cinema em mil sites e blogs brasileiros. MOVIE também existe para colocar um holofote nessas pessoas.

Digital ou impressa, a missão de MOVIE é iniciar uma discussão permanente sobre cinema. Porque quem gosta de cinema, gosta de conversar sobre cinema. Quando esse papo começa? Nascemos neste exato minuto, quando convido você a colaborar com MOVIE. Damos o primeiro passinho esta sexta-feira, com a chegada de MOVIE nº zero e do site. E damos um salto em setembro, com a chegada de MOVIE nº 1.

Nosso sucesso depende fundamentalmente de fazer de MOVIE uma plataforma sedutora para o diálogo permanente entre brasileiros apaixonados por cinema, gente como a gente. Somos muitos. A cada amigo que explico o projeto da MOVIE, ganho um colaborador.

Espero que você se apaixone também.

Quer saber mais? Dá uma olhada no projeto, está aqui:

http://movie.tv.br/

E aguardo sua colaboração, palpite, sugestão ou crítica em:

comunidade@movie.tv.br

Uma revista de cinema, depois de tantos anos. Quem diz que velhos sonhos não podem se realizar? MOVIE é um começo com sabor de final feliz - como naqueles filmes da minha infância.

Lá do Blog do André Forastieri (que marcou minha adolescência e foi uma daquelas pessoas que admirei quando namorava a ideia de ser jornalista, o que me faz pensar em como estou velhaca).
 
Gostei muito mesmo da ideia! Apaixonante!

Não consegui abrir o site... tentarei ver em casa.
 
tem flash (acho que é flash pelo menos :rofl: ) talvez por isso o problema para ver. aqui tá funfando normal. e ó, vc tem que mandar texto pra lá, heeeeim? =P
 
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Textos retirados do blog do Forastieri:


Sobre coincidência, concorrência e confiança

Me perguntam sobre a capa de MOVIE nº 1, Brad Pitt e Bastardos Inglórios, e a de SET, mesmo tema.

Não, não é coincidência.

A capa a MOVIE foi decidida 45 dias atrás. E informada neste blog faz uns dez dias, numa promoçãozinha.

A capa de SET, soubemos faz dois dias. Foi uma surpresa muito, muito desagradável.

Agora, a surpresa maior: metade da matéria de capa de MOVIE foi escrita por… Roberto Sadovski.

A pauta foi combinada no período antes dele voltar à SET. Em que atuou como editor especial da MOVIE. Inclusive, nos representando na San Diego Comic Con. Recebendo até um adiantamento em dólar para poder viajar. Lá, fez diversas entrevistas com diretores e artistas para MOVIE. Que até hoje, quase dois meses depois, não entregou e não entregará.

Quando Roberto foi convocado para esta mais recente encarnação da SET, conversamos. Firmamos o compromisso que como a capa de MOVIE era Pitt / Bastardos Inglórios, a capa de SET seria Crespúsculo: Lua Nova ou outra coisa qualquer, menos Brad Pitt.

Foi combinado assim. Porque era a coisa certa a fazer eticamente. Porque era melhor do ponto de vista comercial. Porque como editor especial de MOVIE, Sadovski tinha informação reservada a respeito do conteúdo editorial e plano de lançamento da revista.

Confiei que assim seria feito. Afinal, nos conhecemos faz catorze anos. E quando Sadovski foi demitido da SET, fui o único a lhe dar um voto de confiança.

O compromisso não foi mantido.

Por um lado, é ruim.

Por outro lado, é ótimo para o leitor e para o mercado anunciante.

Porque as revistas só são similares no tema da capa. No restante, são muito diferentes. A similaridade vai forçar a comparação.

Comparem MOVIE e SET. Comparem as revistas, comparem os sites, comparem as chamadas de capa, comparem o acabamento, o papel, o design, os colaboradores e as atitudes. Acho que você vai concluir que MOVIE é tão concorrente de SET quanto da Sci-Fi News, da Revista de Cinema, da Bravo, da Cult, da Contigo e da Rolling Stone. São coisas muito, muito diversas.

No final, o que importa é como você se sente sobre as revistas.

E quanto você sente que pode confiar nas pessoas que as fazem.


A capa da revista MOVIE nº1 está aqui. E um texto meu sobre Tarantino de 14 anos atrás, também

Está entrando em gráfica o número um da MOVIE.

Assim que eu pegar ela impressa nas mãos, só vou ver os defeitos. E pensar que a próxima é que vai ficar perfeita. Revista é assim mesmo.

Mas nesse momento, estamos aqui de pais orgulhosos. A capa está aqui.

Como a pauta de capa é sobre Brad Pitt, Quentin Tarantino e Bastardos Inglórios, lembrei de um texto que fiz sobre Tarantino na época de Pulp Fiction, para a revista General. Eu não tinha mais a revista (e olha que fui um dos fundadores!), mas o André Lima, amigaço, fez o favor de digitar. Muito obrigado.

Até que ainda dá pra ler. Se bem que hoje eu sei que Tarantino, na verdade, era bem mais informado sobre cinema europeu, antigo etc. do que eu imaginava quando escrevi isso. Mas como Bastardos Inglórios é o maior sucesso de Tarantino desde Pulp Fiction, achei que valia a revisitada.

Mais novidades virão sobre a revista a cada dia no site.



TARANTISMO

Ele é nerd. Ele causa repulsa em estômagos sensíveis. Ele é cool


Sejamos fragmentários e circulares, como recomendaria nossa capa deste mês.

Quentin Tarantino é o primeiro diretor de cinema que é um astro de rock n’ roll, e também o primeiro cineasta de sucesso formado nas videolocadoras.

Convém que ele seja nerd – esta é a década deles, afinal – e surpreende que um nerd seja eleito a epítome do cool. Bill Gates, o outro nerd mais influente do mundo, pode ser admirado e/ou odiado, mas ninguém com um pingo de sangue nas veias alimentaria fantasias do tipo “quando crescer, quero ser como o Bill Gates”.

Tarantino não. Tarantino é nerd, é feio, é desengonçado – e apesar de tudo ganha grana, ganha “as minas”, faz o que quer, e o que quer fazer é considerado cool pelos moderninhos e faz um sucesso do cacete entre a “plebe” ( Pulp Fiction não só ganhou a Palma de Ouro; também rendeu US$ 92 milhões, apenas no mercado americano – um dos filmes mais lucrativos de 95 ).

Mais. Quentin Tarantino, que se veste como o zé maria que é, influencia o mundinho fashion. Suas trilhas sonoras têm coisas fora-de-moda como surf music e Neil Diamond, mas estão nas casas de todos os descolados. O diretor que aprendeu seu ofício assistindo Karen Black em filmes B tem os maiores astros do mundo à sua disposição. O aluno vagabundo que odiava estudar é considerado um gênio. O especialista em cultura inútil lança tendências comportamentais e slogans grudentos.

E faz tudo isso de maneira cool, desencanada, despretensiosa.

Nada a ver, preste atenção, com “Geração X”, o rótulo marketeiro safado para uma suposta juventude americana largada e sem ambição nem missão – até porque o homem trabalha pacas.

Faça as contas. Quentin Tarantino tem quatro roteiros já filmados: Cães de Aluguel, Pulp Fiction ( esses dois dirigidos por ele ), Amor à Queima-Roupa e Assassinos Por Natureza. Deu um tratinho em dois roteiros totalmente mainstream, Maré Vermelha e a comédia It’s Pat. Tem um outro roteiro original sendo filmado por um discípulo, Robert Rodriguez.

Para o próximo ano, tem dois projetos engatilhados, ambos revisões de dois super-espiões sessentistas: Modesty Blaise ( o livro que Travolta está lendo quando é fuzilado no banheiro; a idéia é por Uma Thurman no papel que foi de Monica Vitti ) e Napoleon Solo, O Homem da U.N.C.L.E.

Nas horas vagas, faz qualquer merda que aparece. Produz ou atua nos filmes dos amigos. Para completar ganhou seu selo próprio da produtora Miramax, só para lançar filmes obscuros. Não “de arte”, claro. O negócio do selo Rolling Thunder é lançar nos EUA filmes comerciais de outros países.

Detalhe: Cães de Aluguel estreou em 1992. Tarantino fez isso tudo em três anos.

Perguntei para todo mundo aqui na redação, um bando de fanáticos por cinema, o que cada um acha de Tarantino. Todo mundo acha o cara legal e ninguém sabe explicar exatamente porquê. “Como porquê? O cara é legal e pronto. Não vale a pena gastar neurônio com os porquês”.

Aliás, nunca vi uma boa explicação, em lugar nenhum, que explique a glória unânime de Tarantino. Público, crítica, executivos hollywoodianos, cineastas independentes, homens, mulheres, intelectuais, molecada rocker – o planeta inteiro adora o cara.

Talvez seja porque Quentin Tarantino não conhece “O Cinema”, a “sétima arte”, conforme ensinada por professores intelectuais na faculdade. Talvez por isso ele não faça “Cinema”, e sim filmes, filminhos, uns filmes legais aí, meu, com uns cara fodões e um monte de tiro e porrada.

E por isso que não dá pra explicar porque os filmes do Tarantino são legais. É auto-explicatório, direto e reto, profundo como o melhor pop de três minutos. Também por isso é que todas as tentativas de explicar os filmes e a influência cultura de Quentin Tarantino pelo ângulo “sétima arte” dão com os burros n’água.

A tão analisada “estética circular” de Pulp Fiction, o intrincado relacionamento entre os personagens de seus vários filmes, só são novidade para acadêmicos. Para gente criada com gibi, seriado, folhetim, livros de detetive e ficção científica ( essas e outras “artes populares”, todas “coisas de nerd” ) é absolutamente normal. Cadê a novidade? Qual o segredo de Tostines?

Talvez o “segredo” de Tarantino seja justamente seu tipo muito particular de despretensão. A despretensão de quem está se divertindo pacas com o que faz. Que, em ultimíssima análise, se resume a encher as locadoras de filminhos legais.

Muito rock n’ roll. E muito cool.
 
nossa, que sacanagem isso com a revista. e completamente desnecessário, até pq set já tem nome, movie está chegando agora.
 
Que feio! Ou melhor, ridículo (e eu tinha uma ótima impressão do Roberto Sadovski)
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Vou procurar a Movie nas bancas e espero mesmo que seja bem diversa da Set que em seu retorno está uma :poop: com aqueles títulos apelativos e fotos estranhas ocupando uma página inteira.
 

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