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Notícias Revista francesa acusa Catar de ter comprado a Copa de 2022 e inclui Teixeira em dossiê

Fúria da cidade

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Uma das principais publicações esportivas do mundo, a revista ‘France Football’ revelou nesta terça-feira ter feito um dossiê de 20 páginas sobre a escolha da sede da Copa do Mundo de 2022 e garante: o Catar ganhou a eleição comprando votos de membros do Comitê Executivo da Fifa.

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Intitulado ‘Qatargate’, o documento provaria que Fifa e as federações de futebol da França e dos Emirados Árabes Unidos foram cúmplices da corrupção. O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também estaria envolvido no caso de compra de votos. Segundo a revista, o amistoso entre Brasil e Argentina, no final de 2010, seria o pagamento: a CBF recebeu US$ 7 milhões pelo jogo, quando normalmente ganha US$ 1,2 milhão por partida amistosa.

Ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, Teixeira era uma das 24 pessoas responsáveis pela escolha da sede do Mundial.

Além disso, o presidente da Uefa, Michel Platini, teria envolvimento como um dos organizadores das negociações com os catares.

O ex-jogador francês garantiu que se encontrou com o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com o primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani. “Um dia fui convidado para um jantar por Sarkozy em que estava o primeiro-ministro do Catar. O senhor Sarkozy nunca me pediu durante o jantar para votar no Catar. Convidou-me para jantar, mas sabiam que seria independente e que votaria em que eu quisesse”, afirmou Platini.

Após a eleição de 2 de dezembro de 2010, Platini confirmou ter votado no Catar: “Votei porque era o momento de ir a um país nessa parte do mundo. Tinha sido candidato cinco vezes”.

Ex-diretor da Fifa, Guido Tognoni disse se tratar de uma “pequena máfia” a escolha pelo país-sede de uma Copa do Mundo. Para corroborar a acusação, a ‘France Football’ revela a conversa via e-mail de um alto dirigente da entidade máxima do futebol mundial com outro membro “sênior” dizendo: “Eles compraram a Copa”.

No pleito de pouco mais de dois anos atrás, o Catar surpreendeu ao derrotar Estados Unidos, favoritos, Austrália, Coreia do Sul e Japão, pois sua candidatura era considerada a menos completa de todas do ponto de visto da infraestrutura e da apresentação “nebulosa”.

A primeira denúncia contra o Catar foi feita por Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e chefe do futebol de Trinidad e Tobago. À época, ele afirmou que quatro membros do Comitê Executivo votam no país do Oriente Médio mediante suborno: o camaronês Issa Hayatou, o paraguaio Nicolás Leoz, o argentino Julio Grondona e o guatemalteco Rafael Salguero.


A 'France Football' é considerada uma das mais influentes revistas de futebol do mundo e, por coincidência, é parceira da Fifa no prêmio de melhor jogador do ano, a Bola de Ouro.

Fonte:
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Hoje algumas rádios e programas de TV comentaram bem o assunto.

Foi interessante a teoria que explica como o PSG agora está muito bem com a grana dos sheiks graças a uma troca de favores de votar na escolha do Catar.
 
O ponto positivo disso é que quem tá denunciando é justamente a revista que faz parceria com a FIFA na premiação do melhor do mundo, ou seja poderia muito bem ser uma mídia com rabo preso com ela e ficar calada, mas está publicando algo importante.

Se isso for verdade e lhe custar por parte da FIFA o rompimento da parceria? Sinceramente a revista não tem nada a perder e merecerá todos os parabéns!
 
É, é interessante ver a France Football divulgando isso pois ela é provavelmente a maior publicação esportiva do mundo e com a maior credibilidade.

Acho tb q era obvio q aquele país horrendo tinha comprado né, qq um sabia disso, era questão de provar. Agora, a questão do Platini é de fato a maior surpresa.

Eu espero, por tudo q é mais sagrado nesse mundo, justamente q eles tirem essa porra da Copa do Qatar. E nem é pq eles compraram a candidatura não, é pq é um lugar merda de ter copa mesmo.
 
Adoraria ver o Catar deixar de ser a sede porque vai ser o maior cemitério de elefantes brancos do mundo fora que por causa da alta temperatura no verão de lá vão ter que mudar calendário e joga-la pro final do ano.

E em isso acontecendo por efeito dominó o sheik de lá que enfiou grana no PSG de raiva corta o investimento, acaba o sonho de Cinderella do time francês e o Lucas volta ao SPFC. Putz seria perfeito :mrgreen:
 
Fora que é uma seleção que, se não fosse país-sede, não teria a menor capacidade de se classificar para uma Copa.

Me chamou a atenção também o penúltimo parágrafo da notícia, onde afirma-se que, entre outros, o presidente da CONMEBOL e da AFA foram subornados. Adoraria ver esses dois rodarem também, já que são eles são dois dos principais impeditivos para a Libertadores ser bem mais atrativa e vantajosa.
 
Olha, no Blog do Erich Betting foi apresentada uma teoria onde essa denuncia é orquestrada pela própria dupla Blatter/Valke pois eles atiram contra desafetos Mohammed Bin Hammam que tentava armar uma sucessão ao Blatter e ao Platini, outra força opositória que vem crescendo muito devido sua presença como ídolo, ex-jogador e dirigente da poderosa UEFA. Não a toa, Ricardo Teixeira, outro que demonstrava interesse ao cargo máximo da entidade, foi queimado logo antes.

Seria uma oportunidade pra FIFA então tirar a Copa de lá para "limpar" seu nome, e aproveitar a nova eleição para reafirmar Valke como o 2o no poder. Como o Havelange fez com o Blatter no passado.

Teoria da conspiração no Qatargate

Atenção, o que você lerá a seguir é uma teoria. Ela está baseada em diversas informações já publicadas, especialmente no livro “Jogo Sujo”, de autoria de Andrew Jennings, e em diversas outras reportagens que saíram em jornais mundo a fora. Não tem nenhuma apuração do blogueiro nessa história, apenas uma análise completa de um cenário que se forma desde os anos 70, quando João Havelange virou presidente da Fifa e Joseph Blatter se colocou como secretário geral e seu natural sucessor.

A Fifa é uma entidade essencialmente política. Por mais grana que ela movimente, por mais negócios que ela faça, quem ocupa os cargos de membros de comitês são indicados políticos. Sendo assim, a disputa que envolve a alta cúpula da entidade é, essencialmente, uma disputa por poder. Muito mais do que dinheiro, o que os dirigentes que lá estão querem é o cobiçado cargo de presidente da Fifa.

Em 2010, durante as reuniões para a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, outra batalha acontecia dentro da Fifa. No ano seguinte, todos os membros da entidade iriam escolher seu novo presidente. Até o começo de 2011, estavam no páreo Joseph Blatter em mais uma rererereelição, e um novo concorrente, o qatari Mohammed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática.

Hammam ganhou força na época ao conseguir o feito de fazer o Qatar ser escolhido sede da Copa do Mundo de 2022. Turbinado pelos petrodólares do seu país de origem, apresentava-se como potencial candidato à vaga de Blatter. O modus operandi era quase igual ao que ajudou a eleger João Havelange nos anos 70 à presidência da Fifa. Influência em diversas regiões do mundo para brigar de frente com o núcleo duro da Europa, que geralmente se posiciona pró-presidente, ainda mais se ele é um europeu.

O corpo diretivo pós-eleição já estava montado, seguindo esse roteiro: Jack Warner, principal dirigente da Concacaf, garantiria os votos das Américas Central e do Norte. Julio Grondona, da Federação Argentina, e Ricardo Teixeira, da brasileira, assegurariam as escolhas da América do Sul. Na Ásia, Hammam era o grande cara, e ainda contavam com a influência de Sandro Rossel, à época postulante à presidência do Barcelona, mas ex-executivo da Nike e eminência parda em muitos negócios da bola, para angariar votos na África.

Tudo isso, porém, foi desmantelado às vésperas das eleições. E-mails que comprovavam subornos e ligações no mínimo duvidosas de Hammam, Warner, Teixeira e Grondona com diversas escolhas feitas na Fifa, vieram à tona. As denúncias foram tantas que acabaram por minar a candidatura do qatari. Subsequentemente, Warner foi deposto da Concacaf e, pouco tempo depois, foi a vez de Teixeira não aguentar a pressão aqui no Brasil.

Esse cenário é fundamental para analisarmos em qual contexto foi publicado o “Qatargate” pela revista “France Football” nesta semana. O primeiro resultado das denúncias foi o anúncio de Julio Grondona de que, a partir de 2015, sairá da presidência da federação argentina depois de 36 anos.

Mas a grande novidade dessa história é a inclusão de Michel Platini, presidente da Uefa, nas denúncias envolvendo a escolha do Qatar. Até então, ele vinha sendo apontado pelos dirigentes como o cara que estava sendo gabaritado como o próximo grande candidato a suceder Blatter na Fifa.

Tudo leva a crer que a escolha do Qatar como sede da Copa era parte de um plano bem maior, que envolvia a presidência da entidade máxima do futebol. O problema para Blatter não é o que a opinião pública pensa sobre o Mundial ser disputado por lá, mas sim quais os riscos que existem para o seu cargo no caso de a Copa ir para lá. O Qatar 2002 é, hoje, um pepino para Blatter.

Com o Qatargate da France Football, fica cada vez mais justificável uma mudança de sede pela Fifa. E, com as revelações, o maior prejudicado por todas as denúncias é o “homem novo” nessa história, justamente quem mais se fortalecia no cenário político da bola, que era Michel Platini. Ao ser apontado como alguém que vendeu o voto em troca de favores para o governo francês, qualquer pretensão maior no jogo político da Fifa vai se esvair.

A tendência, após essas revelações, é que em nome da “transparência”, a Fifa decida fazer uma nova eleição para a sede de 2022, abrindo novo processo seletivo entre os países. Da mesma forma, Jérôme Valcke deve seguir tranquilo como único possível sucessor de Joseph Blatter, assim como no passado foi para o suíço o caminho natural numa eventual aposentadoria de João Havelange.

Até porque cheira muito mais como mera retaliação por parte do staff de Ricardo Teixeira a revelação feita nesta quarta-feira, em matéria de capa do caderno de esporte da “Folha de S. Paulo”, de que Valcke foi consultor da candidatura brasileira à Copa.

A consultoria foi feita no período “sabático” que ele tirou da Fifa, afastado após descumprir o contrato com a MasterCard para colocar a Visa no lugar, gerar um prejuízo de US$ 100 milhões em multa para a entidade e voltar com um cargo mais poderoso do que tinha antes…

É difícil que Blatter tema Valcke, da mesma forma que é muito difícil que o francês pense em se candidatar à presidência sem a bênção do suíço. Da mesma forma, é curioso que essa história só apareça após a divulgação do dossiê da “France Football” e tente de alguma forma minar o mais do que blindado Valcke.

E, mais curioso ainda, é saber que a Fifa e a “France Football” são sócias na premiação do melhor jogador do mundo.

No fim das contas, o tal do Qatargate fica de ótimo tamanho para Blatter, Fifa e France Football. A divulgação do caso dá a impressão de que não há qualquer ingerência da entidade sobre a publicação. Da mesma forma, abre espaço para que uma nova escolha de sede para 2022 seja feita, ampliando o discurso de transparência que a Fifa tem levantado desde o caso Bin Hammam. E, por fim, a história mina um possível incômodo para a dupla Blatter-Valcke, já que enterra as pretensões políticas de Michel Platini.

É uma grande teoria da conspiração tudo isso. Mas, acompanhando há quase 15 anos os bastidores do esporte, essa é uma história perfeitamente verossímil…
 

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