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Reunião dos Escritores Frustrados Anônimos

Dia desses, postei um poema no Facebook, e, momentos depois, uma amiga me mandou mensagem perguntando: "tá tudo bem com você?" E eu, na maior inocência: "sim, tirando o fato de o Bolsonaro ainda ser presidente e de a gente estar no olho do furacão de uma pandemia". Aí ela: "mas aquele poema foi muito triste. Parecia que você estava narrando o fim de um relacionamento. Senti seu sofrimento". Tive de dizer que estava, sim, narrando um processo de "desligamento amoroso", mas como escritora, não como pessoa que vivenciou, no plano do real, aquele término. Embora guiada por mim, a voz que fala no poema não é minha, não no sentido que a amiga conferiu ao pronome possessivo "minha".

Nesse ponto, a conversa mudou de rumo, e ela começou a me perguntar se eu escrevo sobre minha vida, e eu disse que sim e que não. Sim porque a matéria-prima para a escrita vem de todos os lugares possíveis, e de nós também, mesmo que não notemos. E não porque Lacan é meu pastor e não me faltará, motivo pelo qual consigo navegar, não sem percalços, pelo campo do simbólico (o que é essencial para quem pretende se dedicar à escrita).

Por exemplo, tem um poema (com um teor fortemente erótico) que escrevi, há algum tempo, que nasceu dum dia de inverno qualquer. Eu estava sentindo frio, fui fazer um leite quente com canela e, ao não encontrar canela em casa, encontrei inspiração para um poema. É claro que isso é apenas um pequeno detalhe do poema, que se fez de algo muito maior e, certamente, que diz respeito a vida de inúmeras outras pessoas. Enfim, eu gosto dessa coisa de encontrar poemas (ou ser encontrada por eles) nos lugares e nas coisas mais inimagináveis do mundo. Não é que tudo seja literatura, NÃO É, mas tudo pode vir a ser literatura, se devidamente trabalhado.
 
por favor nos brinde com essa poesia @Melian
A que fala sobre o "fim de um relacionamento"?

Se for, tá aqui, ó:

Aquele que não me ama
tampouco me abandona.
Entranha-se nos meus desvãos,
rouba-me a calma.

Aquele que não me ama
não deixa ninguém me amar.
Com olhos sempre atentos,
vive a me espreitar.

Aquele que não me ama
está pronto para negar
que o seu corpo chama pelo meu,
que estremece à sombra do seu.

Aquele que não me ama,
secretamente se engana.
Pensa que por ele vou esperar,
enquanto ponho o bolo para assar.

Bolo de fubá com goiabada,
café que acabei de passar.
Sirvo tudo, de pijama,
àquele que não me ama.

Pelas mãos com que faço o verso,
minha palavra eu vou dar:
aquele que não me ama
hoje deixei de amar.
 
A que fala sobre o "fim de um relacionamento"?

Se for, tá aqui, ó:

Aquele que não me ama
tampouco me abandona.
Entranha-se nos meus desvãos,
rouba-me a calma.

Aquele que não me ama
não deixa ninguém me amar.
Com olhos sempre atentos,
vive a me espreitar.

Aquele que não me ama
está pronto para negar
que o seu corpo chama pelo meu,
que estremece à sombra do seu.

Aquele que não me ama,
secretamente se engana.
Pensa que por ele vou esperar,
enquanto ponho o bolo para assar.

Bolo de fubá com goiabada,
café que acabei de passar.
Sirvo tudo, de pijama,
àquele que não me ama.

Pelas mãos com que faço o verso,
minha palavra eu vou dar:
aquele que não me ama
hoje deixei de amar.
Melian, grande poetisa! 👏🏻👏🏻👏🏻
 
Descobri um curso de "escrita criativa" de sci-fi ministrado pelo Brandon Sanderson.
São 13 lições. É tudo em inglês, claro; mas tem o closed caption pra ajudar quem precisa.
E é de grátis ^____^. Pelo menos ele não fala as bobagens que o Vianco dizia.
Eu já assisti às duas primeiras aulas:

 
Tipo quando ele foi explicar a etimologia de "storytelling" e meteu "store" no meio e se embananou todo com uma explicação que foi pura vergonha alheia.

Mas estou mais é pegando no pé dele. Eu já vi diversos vídeos pela Vivendo de Inventar e sei que tem conteúdo útil; mas ao mesmo tempo ele cometeu essa gafe monstruosa que me deixa com um pé atrás até hoje :lol: (infelizmente não acharei fácil o vídeo).
 
Momento de desabafo:

eu adoro escrever, mas, raramente, gosto de algo que escrevo. Apareceu, no Instagram e no FB, uma publicação falando que a Urutau tá com chamada aberta pra Minas Gerais. Até compartilhei, e comentei algumas coisas. Será que eu deveria mandar meus poeminhas ruins? Tô pensando em mil motivos para não mandá-los: não sei fazer sumário (e não há vídeos no youtube ensinando como fazê-lo, né?); não acho que alguém vá se interessar pelos meus poeminhas ruins (eu não tô duvidando das pessoas que elogiam meus poemas, mas eu realmente não sei se elas o fazem por gostarem do trem ou por serem minhas amigas); o não eu já tenho, e não sei quero a humilhação.​
 
Momento de desabafo:

eu adoro escrever, mas, raramente, gosto de algo que escrevo. Apareceu, no Instagram e no FB, uma publicação falando que a Urutau tá com chamada aberta pra Minas Gerais. Até compartilhei, e comentei algumas coisas. Será que eu deveria mandar meus poeminhas ruins? Tô pensando em mil motivos para não mandá-los: não sei fazer sumário (e não há vídeos no youtube ensinando como fazê-lo, né?); não acho que alguém vá se interessar pelos meus poeminhas ruins (eu não tô duvidando das pessoas que elogiam meus poemas, mas eu realmente não sei se elas o fazem por gostarem do trem ou por serem minhas amigas); o não eu já tenho, e não sei quero a humilhação.​
Mande. A maioria dos autores são excessivamente críticos consigo mesmos, então não estou surpreso em ver você dizendo que seus próprios poemas são ruins. Aposto que não são. Você já mostrou aqui no fórum um trecho de algo de prosa que você escreveu e lembro que achei excelente. Então mande. Você não tem literalmente nada a perder.
 
Manda logo.
Sumário você faz em dez minutos.
Só aplicar um estilo de formatação para os títulos dos poemas e depois gerar um sumário automático que vai puxar todos os títulos daquele estilo. Qualquer coisa nóis ajuda.

Edit: além do mais, não seria nada humilhante. Se não der em nada, só não deu em nada. Mas, vendo por outro lado: se der em algo, é porque passou pelo crivo editorial de alguém que manja. :^)
 
Momento de desabafo:

eu adoro escrever, mas, raramente, gosto de algo que escrevo. Apareceu, no Instagram e no FB, uma publicação falando que a Urutau tá com chamada aberta pra Minas Gerais. Até compartilhei, e comentei algumas coisas. Será que eu deveria mandar meus poeminhas ruins? Tô pensando em mil motivos para não mandá-los: não sei fazer sumário (e não há vídeos no youtube ensinando como fazê-lo, né?); não acho que alguém vá se interessar pelos meus poeminhas ruins (eu não tô duvidando das pessoas que elogiam meus poemas, mas eu realmente não sei se elas o fazem por gostarem do trem ou por serem minhas amigas); o não eu já tenho, e não sei quero a humilhação.​
Amiga, não que seja o caso, porque eu já li os seus "trem" e você escreve MUITO bem, mas a gente sempre tem que ir atrás da humilhação.
 
Qualquer coisa nóis ajuda.
Eu li: sei que cê num sabe fazer sumário (e não quer aprender!), mas eu faço procê. (Sim, além de distorcer o que cê falou, eu te botei com sotaque mineiro, porque é o meu jeitinho! :timido: ).​
Edit: além do mais, não seria nada humilhante. Se não der em nada, só não deu em nada. Mas, vendo por outro lado: se der em algo, é porque passou pelo crivo editorial de alguém que manja. :^)
Cê num passa frio, pois está coberto de razão. E eu concordo contigo, só não queria ter a certeza de que eu só escrevo merda (e é isso que eu vou pensar quando não der em nada hahahaha).​
 
Cê num passa frio, pois está coberto de razão. E eu concordo contigo, só não queria ter a certeza de que eu só escrevo merda (e é isso que eu vou pensar quando não der em nada hahahaha).​
Mas se não der em nada, você sempre pode voltar aqui que a gente te anima. E se der, bem, daqui a pouco podemos ter mais um livro valinoreano autografado na estante.
 
Eu li: sei que cê num sabe fazer sumário (e não quer aprender!), mas eu faço procê. (Sim, além de distorcer o que cê falou, eu te botei com sotaque mineiro, porque é o meu jeitinho! :timido: ).​
Mas é isso aí mesmo; se não estiver a fim de aprender, manda aí.
A parte ruim é que eu vou poder ler tudo e falar mal depois. :mwaha:
Mentira: prometo só formatar sem ler nada.

Cê num passa frio, pois está coberto de razão. E eu concordo contigo, só não queria ter a certeza de que eu só escrevo merda (e é isso que eu vou pensar quando não der em nada hahahaha).
Mas aí é que está... Esse edital é para o quê, exatamente?
Um concurso para publicação de originais?
Uma recusa não significa muita coisa, especialmente quando só pode haver um vencedor, uai.
 

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