Phantom Lord
London Calling
Como o Gandalf anda meio sem tempo,resolvi fazer o fechamento deste Consenso,que já está há um bom tempo na roda.
Infelizmente a participação não foi lá muito grande,mas mesmo assim tivemos 12 Listas,onde foram citados 74 álbuns.
Como não foram feitos muitos comentários sobre os álbuns,pincelei alguns textos sobre os 5 primeiros colocados.
Para quem quiser conferir o tópico:http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=49161
Vamos ao resultado:
01º-Chico Buarque-Construção(1971)[65]
“Construção representa um foco múltiplo de inflexão na carreira de Chico Buarque. O ano é 1971 e Chico tinha acabado de passar por um perrengue sério com a Censura meses antes, com a proibição de "Apesar de Você", canção lançada em compacto que, depois de vender 100 mil cópias, foi recolhido.
A música um samba animado e esperançoso, era um exemplo típico de sua habilidade de fazer canções com alto teor político, mas sem o panfletarismo que estava associado ao gênero de protesto nos festivais.
A obra de Chico durante todos os anos 70 seria marcada pela infatigável perseguição da Censura e pela quase que equivalente habilidade crescente em driblá-la.
Foi uma década de intensa experimentação estilística, em que Chico cunhou uma expressão ao mesmo tempo tributária da tradição, mas de uma coragem autoral ímpar.
Construção representa uma espécie de balão de ensaio de todos esses vetores.Para começo de conversa, Chico está com raiva - e essa raiva emerge em quase todas as faixas...”
((Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.197)
02º-Cartola-Cartola(1976)[36]
"A capa do disco era uma janela.
Cartola as­sinava o trabalho em letras garrafais, mas a capa era dividida entre o sambista e sua espo­sa, Dona Zica. Na cabeça dela, um lenço de mo­tivos com verde e rosa, as cores da Mangueira, a escola de samba que era janela de ambos para o mundo. Na cabeça dele, os cabelos já em­branquecidos encimavam os indefectíveis ócu­los escuros, o bigode ralo e a peculiar coloração do nariz. Entre Zica e Cartola, Zicartola, um vasinho, um cacto, uma planta que armazena água para melhor aturar o deserto lá fora.
A janela durava já uma vida inteira, mas era, ao mesmo tempo, recém-inaugurada: fazia apenas dois anos que Cartola conseguira, aos 65 anos, gravar o primeiro LP, amontoando sambas doídos de uma vida inteira. Como o outro, este segundo se chamava Cartola e fora lançado de modo independente. Consolidava­se a última fase da presença de Cartola na MPB. Pobre, negro e morador do morro, ele fora ao longo dos anos pedreiro, tipógrafo, boêmio, vigia, lavador de carros, contínuo de ministério. Aos soluços nos intervalos da lida anônima, saíra à janela da popularidade e abastecera o samba com algumas das mais belas canções de que o Brasil teve notícia. Nos anos 30, fora gravado por Francisco Alves e Carmen Miranda. Nos 60, impulsionado pela inquietude de Nara Leão, virara jóia da coroa da juventude oolitizada do pós-bossa nova, da canção de protesto, da pré-tropícália. A janela então se abriu na figura de um restaurante musical, o Zicartola
Iniciava-se a última e mais vigorosa de suas safras criativas. Assim se faria o LP de 1976, com antigos ("Sala de Recepção", de 1941, "Não Posso Viver sem Ela", de 1942, a oprimida "Peito Vazio", de 1961, "Senhora Tentação", de Silas de Oliveira) e uns muito e acachapantes sambas inéditos. Se uma síntese precisasse ser feita, seria fácil: "As Rosas Não Falam", nada mais, nada menos. Ou melhor, havia mais: ali estavam "Cordas de Aço", "Preciso Me Encontrar" (de Candeia), o lundu de lamento à semi-escravidão "Ensaboa" (cantada com a filha adotiva Cleusa)..."
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.215)
03º-Jorge Ben-A Tábua de Esmeralda(1974)[35]
"Julgar aquele ou este disco como o melhor da carreira de Jorge Ben (para muitos vai ser sempre chamado assim) será considerado um absurdo por algumas pessoas que gostam de sua obra. Uns preferem seu primeiro disco (Samba Esquema Novo), de 1963, que revolucionou a música com aquela batida diferente. Tem também aqueles que preferem 'África Brasil' (1976), marcado pela exaltação das raízes afro da música brasileira, além do futebol e do esoterismo. Fica difícil escolher o melhor. É que na verdade não existe o melhor, mas sim aquele que é o melhor enquanto (no momento) escuta. Nada mais que isso. É um melhor temporário.
Sendo assim, 'A Tábua de Esmeraldas', lançado em 1974, exatamente 11 anos depois do primeiro registro por uma gravadora, aparece como um disco mágico, daqueles que não se consegue pular uma faixa sequer. Ele não enjoa nunca. Fascina, você não consegue parar de ouvir enquanto não acabar. São 12 músicas da melhor qualidade, todas elas escritas de maneira solo, não divide as composições.
Muito influenciado pela leitura da obra do alquimista Hermes Trimegistos, Jorge Ben consegue transformar isso em ótimas músicas, caso de 'Os Alquimistas Estão Chegando', 'Errare Humanun Est' e 'Hermes Trimegistos e Sua Celeste Tábua de Esmeralda'. Esta última é composta, além de tudo, também com frases geniais, como as encontradas na 'Tábua de Esmeraldas' escritas por Hermes em tempos remotos: "O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o Vento carregou-o no ventre; a Terra é sua nutriz", que representa os 4 elementos é um ótimo exemplo. Bom demais. Provoca uma certa sensação de paz."
Fonte: http://clubedobalanco.uol.com.br/novo_paginas/textos/ben3.htm
04º-Os Mutantes-Os Mutantes(1968)[30]
"Pelo ineditismo para a época e pelo seu distanciamento dos clichês roqueiros, este pode ser considerado o melhor disco do grupo (sem menosprezar os posteriores, Os Mutantes, de 69, e A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, 70). Rita Lee, Arnaldo e Serginho Baptista faziam música, está na cara, pelo puro barato de criar, de se divertir. Assim como outras obras-primas da tropicália, este disco contou com o auxílio do George Martin (Nota: produtor dos Beatles) brasileiro, Rogério Duprat. Sintetizar orquestralmente as idéias lisérgicas que os Mutantes simplesmente jorravam não deve ter sido fácil, mas com certeza Duprat curtiu adoidado.
Vejam só: o disco abre com "Panis et Circensis", de Caetano e Gil. De repente a música se interrompe como se alguém tivesse tropeçado no fio do toca-discos; em seguida ela continua para acabar em meio a ruídos de sala de jantar, com talheres e conversas familiares. Tudo isso com orquestração digna de aberturas wagnerianas. Depois vem "Minha Menina" (Jorge Ben) e "O Relógio", de autoria do grupo, um dos grandes momentos deste lado, graças à estranheza do contraste entre a melodia leve e o non-sense da letra (o relógio parou/ desistiu para sempre de ser antimagnético, 22 rubis/ eu dei corda e pensei/ que o relógio iria viver/ pra dizer a hora de você chegar).
.
...É isso aí. De resto, só mesmo ouvindo. Os climas mudam, de faixa para faixa, da água para o vinho. Sem nenhum preconceito, os Mutantes fizeram uma viagem psicodélica pela música universal, bastante influenciados pelos Beatles e auxiliados pelas partituras mágicas de Rogério Duprat. É um disco de MPB, tratado com o espírito efervescente da época, o espírito de libertação das formas e padrões. Por isso é um disco que os roqueiros brasileiros devem conhecer."
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.10)
05ºSecos & Molhados-Secos & Molhados(1973)[28]
Em plena era repressiva brasileira, nos governos de Médici e Geisel, foi que surgiram aqueles pavões maquiados rebolando e cantando: "Vira homem, vira, vira lobisomem ... ".
Escândalo total! "Bichas" para alguns, "revolucionários" para outros, viraram um dos mais importantes grupos do rock nacional e a maior manifestação glitter do país. E por trás das suas máscaras existia uma singela fusão de MPB, folk, poesia reflexiva e androginia.
... lançando o primeiro disco em 73. Ali, contaram com uma ótima banda de apoio que incluía Willy Verdaguer no baixo e Zé Rodrix no piano, ocarina e sintetizador. Poesias de Vinícius De Moraes ("Rosa De Hiroshima") e de Manuel Bandeira ("Rondó Do Capitão") foram utilizadas, mas o forte estava nos depurados vocais de Ney e nos poemas de João Ricardo, que às vezes repartia a autoria com o pai, João Apolinário, e outros compositores.
As veias abertas da América Latina 'eram cutucadas ("Sangue Latino"), questões sociais discutidas ("Mulher Barriguda"), ou então "simples e suaves coisas" eram cantadas em "Amor". "O Vira" - maior hit deles - trazia a ascendência lusitana mes­clada ao folclore do Brasil.
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.112)
06º-Tom Zé-Estudando o Samba(1976)[27]
07º-Caetano Veloso-Caetano Veloso(1969)[26]
08º-João Gilberto-Chega de Saudade(1959)[20]
09º-Tom Jobim-Wave(1967)[16]
10º-Los Hermanos-4(2005)[15]
[15]
Jorge Ben-Samba Esquema Novo(1963)
[13]
Chico Science & Nação Zumbi-Da Lama Ao Caos(1994)
[11]
Raul Seixas-Krig-Ha-Bandolo(1973)
[10]
Milton Nascimento & Lô Borges-Clube Da Esquina(1972)
Tim Maia-Tim Maia(1970)
Tom Zé-Todos Os Olhos(1973)
Cascavelletes-Rock'a'lula(1989)
Stan Getz & João Gilberto-Getz/Gilberto(1964)
Barbatuques-Corpo do Som(2002)
[09]
João Gilberto-João Gilberto(1961)
Jorge Ben-Africa Brasil(1976)
Os Mutantes-Mutantes(1969)
Ira!-Vivendo E Não Aprendendo(1986)
Ney Matogrosso-Um Brasileiro(1996)
[08]
Elis Regina-Luz Das Estrelas(1984)
Tim Maia-Racional Vol.1 e 2(1974/75)
Engenheiros Do Hawaii-Longe Demais Das Capitais(1986)
Blindagem-Dias Incertos(1997)
[07]
Marcos Valle-Garra(1971)
João Bosco-Linha De Passe(1979)
Pixinguinha-100Anos(1997)
Vários-Tropicália Ou Panis Et Circensis(1968)
Engenheiros Do Hawaii-A Revolta Dos Dândis(1987)
Relespublica-O Circo Está Armado(2000)
Tom Zé-Jogos De Armar(2000)
[06]
Erasmo Carlos-Carlos,Erasmo(1971)
Sérgio Sampaio-Eu Vou É Botar Meu Bloco Na Rua(1973)
Chico Buarque-Chico Buarque De Hollanda(1966)
Walter Franco-Revolver(1975)
Engenheiros Do Hawaii-O Papa É Pop(1990)
Titãs-Cabeça Dinossauro(1986)
Charme Chulo-Charme Chulo(2007)
Ave Sangria-Ave Sangria(1975)
Rita Lee-Ao Vivo MTV(2004)
[05]
Chico Buarque-Chico Buarque De Hollanda Vol.3(1968)
João Gilberto-O Amor,O Sorriso E A Flor(1960)
Gérson King Combo-Vol.1(1977)
Gal Costa-Fa-Tal-Gal A Todo Vapor(1971)
Engenheiros Do Hawaii-Várias Variáveis(1991)
Los Hermanos-Bloco Do Eu Sozinho(1999)
[04]
Gilberto Gil-Gilberto Gil(1968)
Roberto Carlos-Roberto Carlos(1971)
Elis Regina-Elis(?)
Engenheiros Do Hawaii-Acústico MTV(2004)
Wander Wildner-Baladas Sangrentas(1996)
Yamandu Costa-Violões Brasileiros-Um Século(?)
[03]
Hurtmold-Hurtmold(2002)
Oswaldo Montenegro-Seu Francisco(1992)
[02]
Luiz Melodia-Pérola Negra(1973)
Velha Guarda Da Portela-Tudo Azul(1999)
Legião Urbana-Dois(1986)
Marisa Monte-Verde,Anil,Amarelo,Cor-de-Rosa e Carvão(1994)
Titãs-Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas(1987)
Pelebrói Não Sei-Positivamente Mórbido(2001)
Tom Zé-Estudando O Pagode(Na Opereta Segregamulher E Amor)(2005)
Karnak-Estamos Adorando Tóquio(2000)
[01]
Moraes Moreira-Bazar Brasileiro(1980)
Ultraje A Rigor-Nós Vamos Invadir Sua Praia(1985)
Dorival Caymmi & Ari Barroso(1958)
Bezerra Da Silva-Ao Vivo(2003)
Novos Baianos-Acabou Chorare(1972)
Titãs-Tudo Ao Mesmo Tempo Agora(1991)
Ratos De Porão-Crucificados Pelo Sistema(1984)
Djavan-Milagreiro(2001)
*Critério de desempate entre o 4(Los Hermanos) e o Samba Esquema Novo(Jorge Ben):mais vezes que foi citado.
Infelizmente a participação não foi lá muito grande,mas mesmo assim tivemos 12 Listas,onde foram citados 74 álbuns.
Como não foram feitos muitos comentários sobre os álbuns,pincelei alguns textos sobre os 5 primeiros colocados.
Para quem quiser conferir o tópico:http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=49161
Vamos ao resultado:
01º-Chico Buarque-Construção(1971)[65]
“Construção representa um foco múltiplo de inflexão na carreira de Chico Buarque. O ano é 1971 e Chico tinha acabado de passar por um perrengue sério com a Censura meses antes, com a proibição de "Apesar de Você", canção lançada em compacto que, depois de vender 100 mil cópias, foi recolhido.
A música um samba animado e esperançoso, era um exemplo típico de sua habilidade de fazer canções com alto teor político, mas sem o panfletarismo que estava associado ao gênero de protesto nos festivais.
A obra de Chico durante todos os anos 70 seria marcada pela infatigável perseguição da Censura e pela quase que equivalente habilidade crescente em driblá-la.
Foi uma década de intensa experimentação estilística, em que Chico cunhou uma expressão ao mesmo tempo tributária da tradição, mas de uma coragem autoral ímpar.
Construção representa uma espécie de balão de ensaio de todos esses vetores.Para começo de conversa, Chico está com raiva - e essa raiva emerge em quase todas as faixas...”
((Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.197)
02º-Cartola-Cartola(1976)[36]
"A capa do disco era uma janela.
Cartola as­sinava o trabalho em letras garrafais, mas a capa era dividida entre o sambista e sua espo­sa, Dona Zica. Na cabeça dela, um lenço de mo­tivos com verde e rosa, as cores da Mangueira, a escola de samba que era janela de ambos para o mundo. Na cabeça dele, os cabelos já em­branquecidos encimavam os indefectíveis ócu­los escuros, o bigode ralo e a peculiar coloração do nariz. Entre Zica e Cartola, Zicartola, um vasinho, um cacto, uma planta que armazena água para melhor aturar o deserto lá fora.
A janela durava já uma vida inteira, mas era, ao mesmo tempo, recém-inaugurada: fazia apenas dois anos que Cartola conseguira, aos 65 anos, gravar o primeiro LP, amontoando sambas doídos de uma vida inteira. Como o outro, este segundo se chamava Cartola e fora lançado de modo independente. Consolidava­se a última fase da presença de Cartola na MPB. Pobre, negro e morador do morro, ele fora ao longo dos anos pedreiro, tipógrafo, boêmio, vigia, lavador de carros, contínuo de ministério. Aos soluços nos intervalos da lida anônima, saíra à janela da popularidade e abastecera o samba com algumas das mais belas canções de que o Brasil teve notícia. Nos anos 30, fora gravado por Francisco Alves e Carmen Miranda. Nos 60, impulsionado pela inquietude de Nara Leão, virara jóia da coroa da juventude oolitizada do pós-bossa nova, da canção de protesto, da pré-tropícália. A janela então se abriu na figura de um restaurante musical, o Zicartola
Iniciava-se a última e mais vigorosa de suas safras criativas. Assim se faria o LP de 1976, com antigos ("Sala de Recepção", de 1941, "Não Posso Viver sem Ela", de 1942, a oprimida "Peito Vazio", de 1961, "Senhora Tentação", de Silas de Oliveira) e uns muito e acachapantes sambas inéditos. Se uma síntese precisasse ser feita, seria fácil: "As Rosas Não Falam", nada mais, nada menos. Ou melhor, havia mais: ali estavam "Cordas de Aço", "Preciso Me Encontrar" (de Candeia), o lundu de lamento à semi-escravidão "Ensaboa" (cantada com a filha adotiva Cleusa)..."
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.215)
03º-Jorge Ben-A Tábua de Esmeralda(1974)[35]
"Julgar aquele ou este disco como o melhor da carreira de Jorge Ben (para muitos vai ser sempre chamado assim) será considerado um absurdo por algumas pessoas que gostam de sua obra. Uns preferem seu primeiro disco (Samba Esquema Novo), de 1963, que revolucionou a música com aquela batida diferente. Tem também aqueles que preferem 'África Brasil' (1976), marcado pela exaltação das raízes afro da música brasileira, além do futebol e do esoterismo. Fica difícil escolher o melhor. É que na verdade não existe o melhor, mas sim aquele que é o melhor enquanto (no momento) escuta. Nada mais que isso. É um melhor temporário.
Sendo assim, 'A Tábua de Esmeraldas', lançado em 1974, exatamente 11 anos depois do primeiro registro por uma gravadora, aparece como um disco mágico, daqueles que não se consegue pular uma faixa sequer. Ele não enjoa nunca. Fascina, você não consegue parar de ouvir enquanto não acabar. São 12 músicas da melhor qualidade, todas elas escritas de maneira solo, não divide as composições.
Muito influenciado pela leitura da obra do alquimista Hermes Trimegistos, Jorge Ben consegue transformar isso em ótimas músicas, caso de 'Os Alquimistas Estão Chegando', 'Errare Humanun Est' e 'Hermes Trimegistos e Sua Celeste Tábua de Esmeralda'. Esta última é composta, além de tudo, também com frases geniais, como as encontradas na 'Tábua de Esmeraldas' escritas por Hermes em tempos remotos: "O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o Vento carregou-o no ventre; a Terra é sua nutriz", que representa os 4 elementos é um ótimo exemplo. Bom demais. Provoca uma certa sensação de paz."
Fonte: http://clubedobalanco.uol.com.br/novo_paginas/textos/ben3.htm
04º-Os Mutantes-Os Mutantes(1968)[30]
"Pelo ineditismo para a época e pelo seu distanciamento dos clichês roqueiros, este pode ser considerado o melhor disco do grupo (sem menosprezar os posteriores, Os Mutantes, de 69, e A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, 70). Rita Lee, Arnaldo e Serginho Baptista faziam música, está na cara, pelo puro barato de criar, de se divertir. Assim como outras obras-primas da tropicália, este disco contou com o auxílio do George Martin (Nota: produtor dos Beatles) brasileiro, Rogério Duprat. Sintetizar orquestralmente as idéias lisérgicas que os Mutantes simplesmente jorravam não deve ter sido fácil, mas com certeza Duprat curtiu adoidado.
Vejam só: o disco abre com "Panis et Circensis", de Caetano e Gil. De repente a música se interrompe como se alguém tivesse tropeçado no fio do toca-discos; em seguida ela continua para acabar em meio a ruídos de sala de jantar, com talheres e conversas familiares. Tudo isso com orquestração digna de aberturas wagnerianas. Depois vem "Minha Menina" (Jorge Ben) e "O Relógio", de autoria do grupo, um dos grandes momentos deste lado, graças à estranheza do contraste entre a melodia leve e o non-sense da letra (o relógio parou/ desistiu para sempre de ser antimagnético, 22 rubis/ eu dei corda e pensei/ que o relógio iria viver/ pra dizer a hora de você chegar).
.
...É isso aí. De resto, só mesmo ouvindo. Os climas mudam, de faixa para faixa, da água para o vinho. Sem nenhum preconceito, os Mutantes fizeram uma viagem psicodélica pela música universal, bastante influenciados pelos Beatles e auxiliados pelas partituras mágicas de Rogério Duprat. É um disco de MPB, tratado com o espírito efervescente da época, o espírito de libertação das formas e padrões. Por isso é um disco que os roqueiros brasileiros devem conhecer."
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.10)
05ºSecos & Molhados-Secos & Molhados(1973)[28]
Em plena era repressiva brasileira, nos governos de Médici e Geisel, foi que surgiram aqueles pavões maquiados rebolando e cantando: "Vira homem, vira, vira lobisomem ... ".
Escândalo total! "Bichas" para alguns, "revolucionários" para outros, viraram um dos mais importantes grupos do rock nacional e a maior manifestação glitter do país. E por trás das suas máscaras existia uma singela fusão de MPB, folk, poesia reflexiva e androginia.
... lançando o primeiro disco em 73. Ali, contaram com uma ótima banda de apoio que incluía Willy Verdaguer no baixo e Zé Rodrix no piano, ocarina e sintetizador. Poesias de Vinícius De Moraes ("Rosa De Hiroshima") e de Manuel Bandeira ("Rondó Do Capitão") foram utilizadas, mas o forte estava nos depurados vocais de Ney e nos poemas de João Ricardo, que às vezes repartia a autoria com o pai, João Apolinário, e outros compositores.
As veias abertas da América Latina 'eram cutucadas ("Sangue Latino"), questões sociais discutidas ("Mulher Barriguda"), ou então "simples e suaves coisas" eram cantadas em "Amor". "O Vira" - maior hit deles - trazia a ascendência lusitana mes­clada ao folclore do Brasil.
(Trecho da seção Discoteca Básica,Revista Bizz,Ed.112)
06º-Tom Zé-Estudando o Samba(1976)[27]
07º-Caetano Veloso-Caetano Veloso(1969)[26]
08º-João Gilberto-Chega de Saudade(1959)[20]
09º-Tom Jobim-Wave(1967)[16]
10º-Los Hermanos-4(2005)[15]
[15]
Jorge Ben-Samba Esquema Novo(1963)
[13]
Chico Science & Nação Zumbi-Da Lama Ao Caos(1994)
[11]
Raul Seixas-Krig-Ha-Bandolo(1973)
[10]
Milton Nascimento & Lô Borges-Clube Da Esquina(1972)
Tim Maia-Tim Maia(1970)
Tom Zé-Todos Os Olhos(1973)
Cascavelletes-Rock'a'lula(1989)
Stan Getz & João Gilberto-Getz/Gilberto(1964)
Barbatuques-Corpo do Som(2002)
[09]
João Gilberto-João Gilberto(1961)
Jorge Ben-Africa Brasil(1976)
Os Mutantes-Mutantes(1969)
Ira!-Vivendo E Não Aprendendo(1986)
Ney Matogrosso-Um Brasileiro(1996)
[08]
Elis Regina-Luz Das Estrelas(1984)
Tim Maia-Racional Vol.1 e 2(1974/75)
Engenheiros Do Hawaii-Longe Demais Das Capitais(1986)
Blindagem-Dias Incertos(1997)
[07]
Marcos Valle-Garra(1971)
João Bosco-Linha De Passe(1979)
Pixinguinha-100Anos(1997)
Vários-Tropicália Ou Panis Et Circensis(1968)
Engenheiros Do Hawaii-A Revolta Dos Dândis(1987)
Relespublica-O Circo Está Armado(2000)
Tom Zé-Jogos De Armar(2000)
[06]
Erasmo Carlos-Carlos,Erasmo(1971)
Sérgio Sampaio-Eu Vou É Botar Meu Bloco Na Rua(1973)
Chico Buarque-Chico Buarque De Hollanda(1966)
Walter Franco-Revolver(1975)
Engenheiros Do Hawaii-O Papa É Pop(1990)
Titãs-Cabeça Dinossauro(1986)
Charme Chulo-Charme Chulo(2007)
Ave Sangria-Ave Sangria(1975)
Rita Lee-Ao Vivo MTV(2004)
[05]
Chico Buarque-Chico Buarque De Hollanda Vol.3(1968)
João Gilberto-O Amor,O Sorriso E A Flor(1960)
Gérson King Combo-Vol.1(1977)
Gal Costa-Fa-Tal-Gal A Todo Vapor(1971)
Engenheiros Do Hawaii-Várias Variáveis(1991)
Los Hermanos-Bloco Do Eu Sozinho(1999)
[04]
Gilberto Gil-Gilberto Gil(1968)
Roberto Carlos-Roberto Carlos(1971)
Elis Regina-Elis(?)
Engenheiros Do Hawaii-Acústico MTV(2004)
Wander Wildner-Baladas Sangrentas(1996)
Yamandu Costa-Violões Brasileiros-Um Século(?)
[03]
Hurtmold-Hurtmold(2002)
Oswaldo Montenegro-Seu Francisco(1992)
[02]
Luiz Melodia-Pérola Negra(1973)
Velha Guarda Da Portela-Tudo Azul(1999)
Legião Urbana-Dois(1986)
Marisa Monte-Verde,Anil,Amarelo,Cor-de-Rosa e Carvão(1994)
Titãs-Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas(1987)
Pelebrói Não Sei-Positivamente Mórbido(2001)
Tom Zé-Estudando O Pagode(Na Opereta Segregamulher E Amor)(2005)
Karnak-Estamos Adorando Tóquio(2000)
[01]
Moraes Moreira-Bazar Brasileiro(1980)
Ultraje A Rigor-Nós Vamos Invadir Sua Praia(1985)
Dorival Caymmi & Ari Barroso(1958)
Bezerra Da Silva-Ao Vivo(2003)
Novos Baianos-Acabou Chorare(1972)
Titãs-Tudo Ao Mesmo Tempo Agora(1991)
Ratos De Porão-Crucificados Pelo Sistema(1984)
Djavan-Milagreiro(2001)
*Critério de desempate entre o 4(Los Hermanos) e o Samba Esquema Novo(Jorge Ben):mais vezes que foi citado.