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RESENHA: Ao Coração da Tempestade (Will Eisner)


Para qualquer fã ou admirador mais próximo da Nona Arte, soa redundante destacar os méritos de Will Eisner. Aliás, o termo "Nona Arte" é uma conquista para os Quadrinhos, por muito tempo marginalizados nos círculos considerados mais esclarecidos. Se essa percepção melhorou com o passar do tempo, ainda que seja preciso muito mais, com um reconhecimento artístico bem maior, uma das personalidade que mais trabalhou por isso foi Eisner. Como artista fenomenal que era, mesmo em idade avançada, ele não deixava de ousar. Ao Coração da Tempestade (To The Heart of The Storm) é o maior testemunho disso.

Lançado em 1991, quando o roteirista e desenhista já havia passado dos setenta anos, Ao Coração da Tempestade cobre a jornada autobiográfica do jovem Willie. A bordo de um trem que o leva para apresentar-se ao regimento onde servirá na Segunda Guerra Mundial, as paisagens que vê pela janela são gatilhos que disparam muitas lembranças. As dificuldades como parte de uma família imigrante judia em Nova York, enfrentando a Grande Depressão, são retratadas com sinceridade visceral.

Como não poderia deixar de ser, o antissemitismo crescente naqueles tempos também é um fator importante nesta história. Willie sente na pele o preconceito, percebendo tristemente como algumas pessoas se deixam levar por ele sem muita reflexão. As lembranças de Eisner sobre sua vida pregressa, seus parentes e o contexto da época, retrato somente possível com a maturidade e distanciamento que o tempo traz, criaram uma das maiores obras da história das HQ's.
 

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