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Reportagem no Estadão

Eönwë

Usuário
O Estadão de hohe publica uma reportagem muito legal sobre o RdR. O autor chama o filme de "monumento à glória do cinemão" e de "deslumbrante". A única crítica que ele faz é que o filme se estende demais, tendo vários finais, um atrás do outro.

Mas o texto não é a melhor parte. A melhor parte é um maravilhoso infográfico explicativo do filme. Há um mapa do sul da Terra-média mostrando Rohan, Gondor e Mordor. Em volta dele quadros falando sobre cada personagem. E, no mapa, setas e números indicam aonde os persongens estão e como eles se movimentam no filme. Há alguns errinhos perdoáveis (Minas Tirith virou "as minas de Tirith") mas é muito bom.
 
Infelizmente, somente assinantes conseguem ver a reportagem...

Se alguém aqui assina o jornal, podia postar os textos pra gente, hehe... :mrgreen:
 
Bom, aí vai:

E a saga de 'O Senhor dos Anéis' chega ao fim.

Matéria de Luiz Carlos Merten, Estadão

'O Retorno do Rei', que estréia 25, produz misto de decepção e deslumbramento.

“Foram seis horas de introdução para se atingir três horas de resultados. A definição é feita do próprio diretor Peter Jackson, que disse que fez a saga O Senhor dos Anéis só para chegar ao terceiro filme da série. O Retorno do Rei estréia no dia 25 nos cinemas de todo o Brasil. Nos EUA, a estréia foi antecipada para depois de amanhã, dia 17. No sábado, o filme teve sua primeira exibição na cidade. A Warner planejava um grande evento, mas teve problemas na alfândega e só pôde exibir para críticos e convidados um cópia de serviço, com duas marcas d'água - a sigla WB Brazil à esquerda, em cima, e o nome da controladora de legendas, Márcia Sandy, à direita, mais embaixo. Durante mais de três horas as duas marcas estiveram sempre lá, prejudicando a qualidade da imagem. Não é isso que você quer saber.

Tranqüilize-se. O Retorno do Rei é deslumbrante. Talvez carregue decepção. Um pouco é pelo cinema - tem quase meia hora de finais, que vão se sucedendo excessivamente, até que apareça 'The End' na tela. E O Retorno do Rei não consegue evitar um sentimento de perda, quando o espectador deixa a sala. Agora está concluído. A história está contada, muito bem contada. Acabou-se a expectativa de esperar pelo próximo episódio. Frodo e Gandalf entraram para sempre nas terras cinzentas. Nunca mais nossa ansiedade de fãs será despertada. Já sabemos como é.

Quando A Sociedade do Anel estreou, há dois anos parecia coisa de louco. Trazer para o cinema a saga erudita de Tolkien era uma tarefa insana. Muitos críticos e leitores do livro duvidavam que o diretor neozelandês Peter Jackson concluísse a empresa, à qual dedicou seis anos de sua vida. Ele próprio disse que aceitou o desafio por ser ingênuo. Achava que seria difícil, mas não tão difícil. Santa ingenuidade. Sem ela talvez não tivesse se lançado à realização de O Senhor dos Anéis. Teria privado o público desse monumento à glória do cinemão.

Desde que estreou o primeiro filme, Jackson vinha alertando os fãs de que não poderia fazer uma transição literal do livro. E disse que a maior traição que poderia fazer a Tolkien não seria tomando essa ou aquela liberdade, em relação a personagens e situações. A grande, a imperdoável traição seria não fazer de O Senhor dos Anéis um grande filme, à altura do grande livro que o inspirou. Os defeitos possíveis de O Retorno do Rei serão agora exaustivamente debatidos. Para a intensidade do drama, para a quantidade de cenas de combates, falta a figura de Saruman neste terceiro episódio. Um pouco de Saruman, mesmo que em detrimento do olho de Sauron, seria bem-vindo. Mas o espírito do livro de Tolkien está resguardado.

Desde que surgiu o primeiro volume, em 1954, a contribuição de Tolkien à literatura tem sido muito discutida. O livro virou cult na década seguinte, adorado pelos hippies que viajavam na imaginação do autor, um místico leigo que escreveu a saga do Anel para recuperar algo que a falta de harmonia da era moderna parecia ameaçar – velhas e seguras convicções morais que estavam desaparecendo com o esfacelamento do império britânico. Neste sentido, talvez haja algo de reacionário no universo mítico de Tolkien. Jackson sabe disso. Aos temas de coragem, da dignidade e da honra, ele superpõe a amizade de Legolas e Aragorn, de Legolas e Gimli, de Merry e Pippin e vai mais longe sublinhando a verdadeira devoção de Samwise por Frodo. Talvez seja o mais pungente dos seus temas. E Jackson usa o livro e o filme para fazer um comentário social – o rei dá uma lição de democracia, prometendo que, na nova idade dos homens instaurada na Terra-Média, cabe a todos construirmos uma sociedade fraternal e democrática. O rei curva-se perante os pequenos hobbits, que vão além dos limites e revelam grandeza que não sabiam possuir. É o que faz o fascínio do cinema. Não é só fantasia, mas também é um instrumento para nos introduzir no maravilhoso de filmes raros como esse.”

Bom, tem partes nesse texto que parecem meio confusas, mas ele está na íntegra.

O infográfico vou ficar devendo. :?

Ceblanth :mrgreen:
 
Ceblanth disse:
E disse que a maior traição que poderia fazer a Tolkien não seria tomando essa ou aquela liberdade, em relação a personagens e situações. A grande, a imperdoável traição seria não fazer de O Senhor dos Anéis um grande filme, à altura do grande livro que o inspirou.

Bueno...

Tolkien não pediu que ninguém filmasse a Trilogia... portanto, considero como traição as mudanças mais significativas que Peter Jackson fez na obra do Professor...

Mas valeu, Ceblanth, por ter trazido a matéria para todos!
 
Láthspell disse:
Ceblanth disse:
E disse que a maior traição que poderia fazer a Tolkien não seria tomando essa ou aquela liberdade, em relação a personagens e situações. A grande, a imperdoável traição seria não fazer de O Senhor dos Anéis um grande filme, à altura do grande livro que o inspirou.

Bueno...

Tolkien não pediu que ninguém filmasse a Trilogia... portanto, considero como traição as mudanças mais significativas que Peter Jackson fez na obra do Professor...

Mas valeu, Ceblanth, por ter trazido a matéria para todos!

:roll:

Nenhum autor pede para filmar seus livros.

Harry Potter é fidelíssimo (com a Rowling enchendo o tempo todo) e por isso mesmo perdeu pra caramba em termos de FILME. E o desenho animado de Senhor dos Anéis também é fidelíssimo, mas...

Como o Cisne (que já assistiu tudo e viu as cagadas) disse, o que se mantém é a essência. Mesmo quem já leu os livros, não sabe as "soluções" cinematográficas que P-queimado-Jackson vai aprontar. Mesmo assim, a linha se mantém, ele não conta uma estória completamente diferente. Como Tolkien que manteve as palavras "elfos", "orcs" e tantos outras figuras fantásticas, ao invés de chamar de "findrlings" ou "Gerddnrs", PJ manteve a Estória, mesmo que as estorinhas paralelas tenham sofrido consideravelmente.

Note, ESTÓRIA com estorinhas há uma grande diferença. Ser fidelíssimo significa ater-se demais à soberba de inúmeras pérolas inigualáveis, mas esquecer conjunto total da jóia.

Um exemplo beeem excroto é o tratamento que PJ deu a Denethor. O Regente de Gondor, que é pai de Boromir (brilhantemente retratado por Sean Bean) e de Faramir (que é ídolo de muitos leitores tolkendili) não merecia ser tratado daquele jeito pelo roteiro. Mas ao mesmo tempo, um Regente pirado é algo que demora a ser retratado, e não é o foco da estória... desenvolver demais Denethor seria fazer algo Macbeth, mas com certeza, seria muito tempo que poderia ser usado em outras coisas (Saruman, Casas de Cura, etc.), ou que talvez JÁ tenha sido usado em outras coisas (batalha tem de ser comprida... tem de dar a sensação de tudo por um fio... desespero, etc... afinal já em Helm's Deep já foi uma batalha do caramba, esta aqui tem de dar de mil a zero, e sem cansar a gente que vai assistir.)

A escolha de "pérolas" ao invés de Pérolas se deve ao conjunto. Nenhum joalheiro faz uma jóia com inúmeras primas-donas. Pompa demais, corte francesa, Luis XV. Vira algo carnavalesco.

Mas se propositalmente colocar coisas "falhas" ou mesmo "ridículas", a obra, o conjunto tem mais chances de se tornar soberbo.

Qual é a sensação de QUALQUER um que saia do cinema? De que algo épico aconteceu. Não é a sensação que temos de ver o desenho de SdA, ou de Harry Potter que é legalzinho... é uma coisa enorme, praticamente indescritível.

Se essa sensação foi mantida, não vejo onde há a heresia.

Mas você tem direito de não gostar, claro... e se for questão de gosto, é só não assistir que poupa seu dinheirinho! :wink: (Roverandom, HoME, etc... tem uma porrada de coisa de Tolkien esperando para ser comprado, hehehe)
 
Bueno...

Prímula, eu não desgosto dos filmes. Venho repetindo isto exaustivamente nas últimas semanas.

Eu adoro os filmes. Como só consigo dormir com algum tipo de barulho, normalmente eu durmo ao som do DVD, ou de FoTR ou de TTT. Já vi os filmes pelo menos meia centena de vezes cada um. E o mesmo vai acontecer com RoTK.

O Retorno do Rei será um excelente filme. Fatalmente, estará em qualquer lista Top Ten que eu venha a fazer no futuro, juntamente com os dois que o precederam.

Só que vou insistir na mesma tecla, que vem sendo base de meus parcos argumentos até o momento. Penso que, se Peter Jackson não tivesse feito tantas mudanças nos filmes, eles seriam ainda melhores que ainda são. Tudo bem, eu concordo plenamente que a essência do filme ele não alterou. Mas alterou a essência de vários personagens, ou de vários momentos da história. E isso me incomoda.

Mais uma vez, eu sei que filmes são filmes e que livros são livros. E que, para que um livro seja bem inserido na telona, carece de algumas alterações em sua história. Por exemplo, eu entendo o destaque que Peter Jackson deu à Batalha do Abismo de Helm. Mas, pergunto: seriam os elfos de Haldir necessários? Não seria melhor vermos Éomer lado a lado com Theóden, e que Gandalf chegasse com os homens do Folde Ocidental?

É em cima de exemplos como o que acabei de citar que vejo como traição as mudanças de Peter Jackson. Radical, purista, chato? Sim, eu sou. Sou e sou com gosto... :mrgreen:
 

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