Anica
Usuário
Eu fico feliz que pelo menos no caso do livro não tenham optado pelo "Desejo e Reparação" malandrinho* e tenham ficado só com o "Reparação" no título mesmo. Enfim, li recentemente a obra e confesso que achei bastante interessante. Não, não entrou na lista dos livros que mudaram minha vida, mas acho que a leitura vale a pena sim.
Especialmente pelo cuidado que o McEwan tem com as personagens. É algo bastante difícil de ver hoje em dia, personagens que não tendem ao exagero (caricaturas) ou ainda, personagens que parecem pessoas de verdade.
A história de Cecilia, Briony e Robbie no final das contas poderia acontecer em qualquer lugar, embora o autor situe na Europa da Grande Guerra. O ponto de vista da história muda constantemente, mas de um jeito que flui bem e não é nem um pouco incômodo.
A primeira parte do livro narra os eventos de um dia na casa da família de Cecilia e Briony. O irmão das duas chega com um convidado, Paul Marshall, e a família também está recebendo três primos cujos pais estão passando por um processo de divórcio. Nessa noite, Lola, uma das primas, é atacada. Os fatos se desenrolam de tal maneira que Briony, ainda uma menina, acredita que o culpado é Robbie, que naquela mesma noite descobre-se/revela-se apaixonado por Cecilia.
A segunda e terceira parte do livro são os desdobramentos dessa acusação que o leitor sabe ser injusta. Acredito que é aqui que as personagens ficam ainda mais humanas, mais reais.
Outro ponto interessante é o fato de Briony querer ser escritor. É o que dá um charme para a última parte do livro (sobre o qual não posso falar para não estragar surpresas, hehe), e ainda é o que gera bastante passagens interessantes sobre o escritor e o que ele escreve.
Como disse no começo, não é um daqueles livros que colocaria na lista de favoritos e afins, mas foi uma leitura muito, muito boa. Aconselho para quem ainda não leu (e agora estou curiosa para ver o filme ¬¬')
_________
* Malandrinho porque a atriz principal da adaptação para o cinema esteve presente em Orgulho e Preconceito. A idéia desse título duplo claramente é fazer com que o público pense que tenha algo a ver com o romance da Austen, e não, não tem nada a ver.
Especialmente pelo cuidado que o McEwan tem com as personagens. É algo bastante difícil de ver hoje em dia, personagens que não tendem ao exagero (caricaturas) ou ainda, personagens que parecem pessoas de verdade.
A história de Cecilia, Briony e Robbie no final das contas poderia acontecer em qualquer lugar, embora o autor situe na Europa da Grande Guerra. O ponto de vista da história muda constantemente, mas de um jeito que flui bem e não é nem um pouco incômodo.
A primeira parte do livro narra os eventos de um dia na casa da família de Cecilia e Briony. O irmão das duas chega com um convidado, Paul Marshall, e a família também está recebendo três primos cujos pais estão passando por um processo de divórcio. Nessa noite, Lola, uma das primas, é atacada. Os fatos se desenrolam de tal maneira que Briony, ainda uma menina, acredita que o culpado é Robbie, que naquela mesma noite descobre-se/revela-se apaixonado por Cecilia.
A segunda e terceira parte do livro são os desdobramentos dessa acusação que o leitor sabe ser injusta. Acredito que é aqui que as personagens ficam ainda mais humanas, mais reais.
Outro ponto interessante é o fato de Briony querer ser escritor. É o que dá um charme para a última parte do livro (sobre o qual não posso falar para não estragar surpresas, hehe), e ainda é o que gera bastante passagens interessantes sobre o escritor e o que ele escreve.
Como disse no começo, não é um daqueles livros que colocaria na lista de favoritos e afins, mas foi uma leitura muito, muito boa. Aconselho para quem ainda não leu (e agora estou curiosa para ver o filme ¬¬')
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* Malandrinho porque a atriz principal da adaptação para o cinema esteve presente em Orgulho e Preconceito. A idéia desse título duplo claramente é fazer com que o público pense que tenha algo a ver com o romance da Austen, e não, não tem nada a ver.