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Relações comerciais do Leste

Calenardhon

Cavalariço de Rohan
Bom, caros amigos, pensando cá com meus botões, algo me chamou a atenção: A organização dos reinos do leste, notavelmente Rhûn e Harad. Bom, eram reinos, tinham um governo, povo, cidades, penso, então, creio que também havia comércio, mesmo que pequeno, já que o comércio é componente importante na construção da riqueza de uma nação. E eis que estou aqui compartilhando minha dúvida com vocês: Como era, se a maioria concordar que existia, o comércio entre os reinos orientais? E será que em Mordor havia comércio também? Nunca imaginei orcs ricos, mas é uma possibilidade, não? O que acham?
 
Vamos por partes:

Mordor: Você acha que o Senhor do Escuro ia permitir que os orcs ficassem ricos podendo, talvez, representar um liderança paralela? E você acha que os orcs eram suficientemente inteligentes para admiinistrar um comércio? Acho que não. Na minha opinião Mordor não tinha porque ter um comércio porque Mordor não tinha interesse nenhum em se tornar rica.
Acredito que Mordor viva de saques, pilhagens, cobrança de pesados tributos impostos às nações "parceiras" e, talvez, caça e agricultura voltadas à subsistência, tudo isso organizado, talvez, por uma pequena casta de administradores, muito provavelmente humanos corrompidos, ou pelo próprio Sauron.

Rhûn e Harad: Assim como a "parceira comercial" Mordor, eram nações voltadas principalmente para a guerra, mas, como vimos nos filmes e nos livros, não tinham participações tão frequentes na batalhas quanto os exércitos de Mordor. Tendo isso em vista, é provável que houvesse um maior desenvolvimento de uma agricultura (visto que eles também tinham de alimentar os olifantes) e, talvez, uma atividade pesqueira, visto a proximidade que eles tinham com o mar. O comércio talvez existisse, mas, muito provavelmente só o comércio interno e entre as duas nações vizinhas. Muito dificilmente Mordor iria comprar algo, sendo mais provável a exigência de tributos.

Acho que é isso =]
 
Mordor a princípio, naqueles anos à Guerra do Anel mostrou ser uma grande potência. Entretanto, essa força era embutida devido suas expansões bélicas e de dominação, quando não aceitas de forma "amigável" era por meio da força física.
Vale ressaltar que Sauron, de acordo com o Silmarillion era uma pessoa bem influente nas "dinastias" de Harad, era tido como um "deus" para alguns, uma grande referência, e que conseguiu ao longo dos anos fazer com que os povos tanto das terras quentes do sul quanto os homens do leste se tornasse grandes inimigos dos povos do oeste.

Em se tratando de comércios, com certeza haviam interesses comerciais embutidos nesses povos, mesmo não sendo muito claro nas obras do Tolkien, mas é natural de se esperar que tais atitudes fossem tomadas. A meu ver é constatado de acordo com o mapa da Terra média uma aproximação entre os povos de Harad e Khând, e a princípio, estas duas nações tinham lá suas relações de interesses, cada qual com suas virtudes e valores. A mesma coisa seria com Mordor, pois mesmo que este reino fosse um grande usurpador, não seria inteligente que tal prática fosse sempre seu porta-voz. Havia sim trocas de interesses, estritamente no que tange os grandes lideres desses povos com os representantes de Mordor. Haviam neste âmbito aqueles recrutados para serem escravos e trabalharem nos campos às margens do grande lago Núrnen, nos domínios de Nurn.
Também pode-se perceber ou presumir que haviam relações entre os povos do leste com os povos do sul, mas a meu ver em menor intensidade, e ocorriam quando a necessidade fosse imposta por natureza maior. Os homens são mais tolerantes quando se pensa em uma posição político-social do que os orcs, uma vez que nem sempre seria bom comfiar nesta raça. Mas com certeza haviam os orcs que se tinham uma posição superior ao da grande maioria, que tinha uma capacidade, uma sensibilidade para lidar com o poder, mas com certeza seriam poucos. Temos exemplos de orcs de renome como Grishnak, Bolg, Gothmog, eram orcs tidos como "elites" de Mordor para determinados assuntos, ou seja pessoas de confiança, mas o papel a isto era algo mais inerente aos homens.

Será que eu consegui ser claro? :D
 
Também creio que Mordor não comercializava nada... sustentava sua crescente população de orcs por meio de tributos vindos dos reinos humanos de Harad e Rhûn. Como esses povos foram corrompidos por Sauron, creio que os mesmos sempre acreditaram que os reinos do Oeste queriam suplantá-los... Sauron assim podia cobrar os tributos como uma ajuda para que Mordor não apenas barrasse o avanço do Oeste sobre o Leste, mas também prestando soldados para a grande Guerra que se avizinhava de forma a terem também seu espaço nos grandes "ermos" do Oeste.
 
Pensando melhor sobre esse assunto (peço desculpas pela demora de responder, tive que sair e só cheguei agora), sou obrigado a pensar que Mordor não mantinha nenhum tipo de comércio, já que parecia uma "sociedade" totalmente escravagista, afinal não só uma vez os orcs não são citados como servos comuns, e sim como escravos. E, um escravo não ganha nada. Ora, como pode haver comércio em um "reino" onde ninguém, aparentemente, tem renda? Mas estou convencido de que havia uma agricultura, mesmo que de subsistência, nas margens do lago Núrnen, provavelmente administrada por chefes-orcs escolhidos por Sauron ou seus protegidos.
Já os reinos do Leste, podem ser influenciados pela política escravagista de Mordor, e pode ser que o comércio deles fosse limitado, mas Harad é vista como um deserto enorme, então isso dificultaria relações comerciais com estrangeiras, já que era necessária a produção de alimentos para si mesmos e suas enormes bestas de guerra, e agricultura nessa escala exigiria uma boa parte de terras férteis, coisa que não parece muito comum nas visões que temos de Harad. MAS, não podemos nos esquecer dos portos dos haradrim, notavelmente Umbar, que garantiam oportunidade de pesca e outras vantagens que comentarei abaixo. E Rhûn, bem, havia o Mar interno de Rhûn, e o mar é uma ampla oportunidade comercial. Pode-se pescar, e também há uma grande possibilidade de agricultura e pecuária nas margens dos rios que desaguam no mar, o que geraria um excedente de alimentos que, se não fosse doado a Mordor como tributo ao Senhor do Escuro, o que parece mais provável, poderia ser trocado por outros produtos, e talvez até vendido, se havia algum tipo de moeda nos reinos do Leste.
Como nosso querido colega Thalion nos disse, a impressão que temos nos filmes e livros é de uma "baixa" participação, em número de tropas, de Rhûn e Harad, o que poderia sugerir que uma grande parcela de sua população estava ocupada. Ora, eles não estariam contando estrelinhas. Então, só podemos deduzir que havia alguma atividade econômica, mesmo pequena, que possa explicar a "ausência" desses reinos na campanha do Senhor do Escuro.


Bom, é isso, agradeço os que postaram aqui:mrgreen:
 
Importante rememorarmos que Morgoth foi o primeiro entre os Ainur a conhecer os homens, sob algum disfarce para que caíssem sob a sua influência. Os que não caíram na balela de Morgoth foram para o Oeste e se deram bem... viraram os Edain... os que ficaram se deram mal, é claro... Estes, sob a influência de Morgoth, a ele juraram aliança, combatendo as forças do Oeste desde a Nirnaeth Arnoediad...

Desde que Morgoth foi sepultado no vazio, os homens do leste passaram a adorar a Sauron, lutando com ele, por exemplo, para desviar a atenção de Gondor de forma aos Nazgul reabrirem os portões de Mordor e preparassem o retorno de Sauron, o que veio a acontecer alguns poucos anos antes da Guerra do Anel, quando o Necromante revelou quem realmente era...

Enfim, os homens do leste sempre estiveram sob a influência direta do poder escuro, sejam eles variags, homens de khand, wainriders, do harad, rhûn, umbar... todos prestavam a Sauron juramento de fidelidade. Tanto que mesmo quando Sauron estava sumido, recuperando suas forças, os easterlings fizeram umas bagunças em Gondor que precisou da ajuda do nosso Passolargo...

Não creio que tenha havido qualquer tipo de cultura agropastoril dentro do reino de Mordor. A alimentação dos escravos de Sauron se resumia a pães carunchados e carnes já mesmo em putrefação, até mesmo de outros orcs, pq não? Nojo tenho certeza que eles não tinham! Muito menos infecções bacterianas!

O mais provável é que a maior parte das matérias primas alimentícias de Mordor provinham de seus aliados humanos. Apesar do Harad ser descrito como uma terra fustigada pelo sol (um belo deserto), certamente que os Olifantes tinham vastas florestas para comerem... e, a julgar pelo tamanho de tais criaturas, as árvores deveriam ser tão altas e viçosas como os mallorn. E se há florestas enormes para sustentar tais animais, rios em abundância devem haver para suprir a sede dessas bestas. Havendo rios, há boas possibilidades do povo do Harad ter desenvolvido uma eficiente agricultura e pecuária, domesticando os animais por ventura lá existentes para criação e abate. Por haver predomínio de clima quente, milho seria uma boa cultura básica. Já o trigo, para a feitura do pão, deveria ser fornecido pelos homens de rhûn.

Somente suposições, mas tentando embasar em fatos oficiais... xD
 
Bombadil disse:
Não creio que tenha havido qualquer tipo de cultura agropastoril dentro do reino de Mordor. A alimentação dos escravos de Sauron se resumia a pães carunchados e carnes já mesmo em putrefação, até mesmo de outros orcs, pq não? Nojo tenho certeza que eles não tinham! Muito menos infecções bacterianas!

Na realidade as Planícies de Nûrn, nas margens do mar interno de Nurnen, eram bastante férteis e grande parte da alimentação dos orcs e dos escravos de Sauron provinha dessa terra desolada, mas ainda capaz de produzir alimento. Aliás, os escravos de Nûrn são libertados por Elessar que lhes doa a terra em redor ao mar para lá poderem continuar a viver.

Algumas Fontes:
Wikipédia.en
Encyclopedia of Arda

Bombadil disse:
O mais provável é que a maior parte das matérias primas alimentícias de Mordor provinham de seus aliados humanos. (...) Por haver predomínio de clima quente, milho seria uma boa cultura básica. Já o trigo, para a feitura do pão, deveria ser fornecido pelos homens de rhûn.

Concordo com bastante do que falaste. Tolkien criou Arda "baseando-se" na Terra e sendo assim, depois dos desertos de Rhûn e Harad que, imagine-se, ocupariam o médio oriente, ficariam as extensas e verdejantes terras da Índia e até parte da antiga Pérsia! Não é difícil imaginar que por detrás dessas terras sombrias e desoladas existam grandes florestas capazes de albergar os enormes olifantes (tudo bem que eles não têm o tamanho dos filmes, mas são grandes de qualquer forma) e também campos aráveis capazes de suprimir as necessidades de dezenas de milhares de soldados (apenas soldados, imagine-se a população total), não só alimentícias mas de vários outros tipos.

Creio que no Regresso do Rei existem referências a grandes estradas que partem de Mordor para Leste e Sul e essas estradas não só servem para trazer produtos e tributos como também para os soldados. Porém, como o pouco que seria produzido em Mordor seria para auto-consumo, acredito que não haveria um comércio entre Mordor e os povos de Leste mas sim um comércio interno, normal, entre esses povos!

;D
 
Quando se fala em comércio, que tipo de comércio estamos falando? :think:

Porque na verdade, não havia uma moeda como produto de valor, mas sim transações "comerciais" baseados nas trocas, trocas de produtos seja uma matéria-prima, deste produtos fabricados, como armamentos e afins.
Além claro de outros interesses como uma melhor posição "política" e etc, isso a meu ver seria comum entre estes reinos que estamos discutindo. A meu ver eu consigo enxergar Mordor como um domínio onde se tem ou teria tais trocas, trocas de interesses entre Sauron por meio de seus arautos com os líderes de cada um desses povos. Eles não eram simplismente grupos de pessoas totalmente escravizados no sentido literal, mas tinham sua independência, autonomia, sua cultura, sua identidade, mas estavam presos ou até "escravizados" quando do poder de persuasão de Sauron. Pode-se ver que havia a prática do escambo:

Escambo(PB), permuta (PE, PB), troca directa ou, simplesmente, troca é a transacção ou contrato em que cada uma das partes entrega um bem ou presta um serviço para receber o bem ou serviço que a outra lhe entrega ou presta a ela, sem que um dos bens seja moeda ou seja, uma aplicação monetária, que alguns estudiosos chamam de dinheiro, que é a moeda "aceita", ou em "circulação - forçada", desde Dario, como querem os autores.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escambo

Ou seja, pela ausência de uma moeda ou moedas havia a meu ver a prática do escambo entre Mordor e demais reinos. Isso era fato! Claro que o poder de Mordor em muitas situações usavam a força física para conquistarem seus objetivos, assim se a situação fosse necessária. Imaginem, se Mordor resolvesse escravizar todos os povos de Khând, Harad e Rhûn a base da força. Com certeza não obteria sucesso em seus objetivos.

Vejam uma outra observação a respeito do escambo. Na verdade uma síntese sobre a sua história. Temos que pensar neste âmbito, ou seja, trocas de necessidades quando assim a situação permitia. Os tributos que eram pagos a Mordor pelos outros reinos do Sul é uma variante importante, entretanto, não seria a única, uma vez como eu bem disse é claro uma relação de trocas de interesse:


História da Moeda
Os primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e recorriam às trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando desejavam algo que não possuíam. Esses grupos, basicamente, praticavam uma exploração primitiva da natureza e se alimentavam por meio da pesca, caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca diversidade de produtos, o escambo era viável.
O escambo apresenta alguns problemas no que se refere ao desenvolvimento das atividades econômicas de uma maneira geral. Ele exige uma dupla coincidência de desejos, porque quem pescasse e quisesse, por exemplo, um machado, teria que achar uma outra pessoas que fabricasse machados e quisesse, exatamente, peixes. Outro problema diz respeito à indivisibilidade dos objetos nas trocas diretas. Montoro Filho (1992) exemplifica esse problema salientando a dificuldade que um fabricante de canoas teria se quisesse tomar um cafezinho.
A primeira revolução agrícola foi modificando o sistema baseado no escambo. A vida nômade foi gradativamente cedendo lugar para sedentária e a produção passou a diversificar-se com a introdução de utensílios de trabalho. A divisão social do trabalho começa a se manifestar e os integrantes do grupo ganham funções específicas como guerreiros, agricultores, pastores, artesãos e sacerdotes Dessa maneira, a divisão do trabalho provocou sensíveis mudanças na vida social. A atividade econômica tornou-se mais complexa; o numero de bens e serviços exigidos para satisfação das necessidades do grupo aumentou, por consequência, a "dupla coincidência de desejos" torna-se mais difícil; a troca torna-se fundamental para a sobrevivência do grupo social
A partir de então, alguns bens de aceitação são eleitos como intermediários de trocas, exercendo, portanto, função de moeda.
A moeda pode ser conceituada como um intermediário de trocas

"que serve como medida de valor e que tem aceitação geral. (...) esta aceitação geral é um fenômeno essencialmente social. Além disso, como a moeda representa um poder de aquisição, desde o momento em que é recebida até o momento em que é dada em pagamento de outra transação, ela também se caracteriza como uma reserva de valor" (LOPES e ROSSETTI, 1991: 18).


Evolução Histórica da Moeda
As primeiras moedas foram mercadorias e deveriam ser suficientemente raras, para que tivessem valor, e, como já foi dito, ter aceitação comum e geral. Elas tinham, então, essencialmente valor de uso; e como esse valor de uso era comum e geral elas tinham, conseqüentemente, valor de troca). O abandono da exigência do valor de uso dos bens, em detrimento do valor de troca, foi gradativo.
Entre os bens usados como moeda estão o gado, que tinha a vantagem, de multiplicar-se entre uma troca e outra — mas, por outro lado, o sal na Roma Antiga; o dinheiro de bambu na China; o dinheiro em fios na Arábia.
"As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para comunidade e de época para época, sob marcante influência dos usos e costumes dos grupos sociais em que circulavam" . Assim, por exemplo, na Babilônia e Assíria antigas utilizava-se o cobre, a prata e a cevada como moedas; na Alemanha medieval, utilizavam-se gado, cereais e moedas cunhadas de ouro e prata; na Austrália moderna fizeram a vez de moeda o rum, o trigo e até a carne.
Com o tempo, as moedas-mercadorias foram sendo descartadas. As principais razões para isso foram:
· Elas não cumpriam satisfatoriamente a característica de aceitação geral exigida nos instrumentos monetários. Além disso, perdia-se a confiança em mercadorias não homogêneas, sujeitas à ação do tempo (como no caso dos gados citado acima), de difícil transporte, divisão ou manuseio.
· A característica valor de uso e valor de troca tornava o novo sistema muito semelhante ao escambo e suas limitações intrínsecas.
Os metais preciosos passaram a sobressair por terem uma aceitação mais geral e uma oferta mais limitada, o que lhes garantia um preço estável e alto. Além disso, não se desgastavam, facilmente reconhecidos, divisíveis e leves. Entretanto, havia o problema da pesagem.
Em cada transação, os metais preciosos deveriam ser pesados para se determinar seu valor. Esse problema foi resolvido com a cunhagem, quando era impresso na moeda o seu valor. Muitas vezes, entretanto, um soberano recontava as moedas para financiar o tesouro real. Ele recolhia as moedas em circulação e as redividia em um número maior, apoderando-se do excedente. Esse processo gerava o que conhecemos como inflação, uma vez que existia um maior número de moedas para uma mesma quantidade de bens existentes
Os primeiros metais utilizados como moeda foram o cobre, o bronze e, notadamente, o ferro. Por serem, ainda, muito abundantes, não conseguiam cumprir uma função essencial da moeda que é servir como reserva de valor. Dessa maneira, os metais não nobres foram sendo substituídos pelo ouro e pela prata, metais raros e de aceitação histórica e mundial O desenvolvimento de sistemas monetários demandaram o surgimento de um novo tipo de moeda: a moeda-papel. A moeda-papel veio para contornar os inconvenientes da moeda metálica (peso, risco de roubo), embora valessem com lastro nela. Assim surgem os certificados de depósito, emitidos por casas de custódia em troca do metal precioso nela depositado. Por ser lastreada, essa moeda representativa poderia ser convertida em metal precioso a qualquer momento, e sem aviso prévio, nas casas de custódia A moeda-papel abre espaço para o surgimento da moeda fiduciária, ou papel-moeda, modalidade de moeda não lastreada totalmente. O lastro metálico integral mostrou-se desnecessário quando foi constatado que a reconversão da moeda-papel em metais preciosos não era solicitada por todos os seus detentores ao mesmo tempo e ainda quando uns a solicitavam, outros pediam novas emissões. A passagem da moeda-papel para o papel-moeda é tida como uma das mais importantes e revolucionárias etapas da evolução histórica da moeda A falência do sistema privado de emissões (quando, em diversos momentos da História, todos resolviam reconverter seus papéis-moeda em metais preciosos) levou o Estado a controlar o mecanismo das emissões e a exercer seu monopólio. Após o uso de diversos sistemas de conversão que se mostraram fracassados, os sistemas monetários de quase todos os países, depois da Grande Depressão gerada pela crise de 1929-33, com a exceção dos Estados Unidos — que mantiveram o lastro metálico proporcional até 1971 —, adotaram o sistema fiduciário. Hoje, esses sistemas apresentam inexistência de lastro metálico, inconversiblidade absoluta e monopólio estatal das emissões Desenvolve-se, juntamente com a moeda fiduciária, a chamada moeda bancária, escritural (porque corresponde a lançamentos a débito e crédito) ou invisível (por não ter existência física). O seu desenvolvimento foi acidental (LOPES e ROSSETTI, 1991), uma vez que não houve uma conscientização de que os depósitos bancários, movimentados por cheques, eram uma forma de moeda. Eles ajudaram a expandir os meios de pagamento através da multiplicação de seu uso. Hoje em dia, a moeda bancária representa a maior parcela dos meios de pagamento existentes.
Criada pelos bancos comerciais, essa moeda corresponde à totalidade dos depósitos à vista e a curto prazo e sua movimentação é feita por cheques ou por ordens de pagamento — instrumentos utilizados para sua transferência e movimentação Atualmente, as duas formas de moeda utilizadas são a fiduciária e a bancária, que têm apenas valor de troca.


Funções da Moeda
Para aprofundar as utilizações da moeda descritas acima, quando foi feita a sua conceituação, estão, a seguir, as principais funções da moeda relacionadas por Cavalcanti e Rudge:
· "Intermediária de trocas: Superação do escambo, operação de economia monetária, melhor especialização e divisão social do trabalho, transações com menor tempo e esforço, melhor planejamento de bens e serviços;
· Medida de valor: Unidade padronizada de medida de valor, denominador comum de valores, racionaliza informações econômicas constrói sistema agregado de contabilidade social, produção, investimento, consumo, poupança;
· Reserva de valor: Alternativa de acumular riqueza, liquidez por excelência, pronta aceitação consensual;
· Função liberatória: Liquida débitos e salda dívidas, poder garantido pelo Estado;
· Padrão de pagamentos: Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de produção e de renda;
· Instrumento de poder: Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, permite manipulação na relação Estado-Sociedade" (CAVALCANTE e RUDGE, 1993: 37).

http://www.coladaweb.com/economia/moeda.htm


Só uma coisinha: não tem escrito em lugar nenhum que Gothmog seja um orc. Isso é coisa do PJ :joinha:

Agora você me deixou com uma pulga atrás da orelha :think:.

Acho que haviam duas pessoas com este nome Gothmog não :think:

A primeira era o líder dos balrogs e o outro o capitão de Minas Mórgul. Eu tinha em mente um orc, mas não baseado no filme :mrgreen:
 
Eu ainda não acho que a palavra "comércio" seria a mais adequada para descrever as relações civis de Mordor com qualquer povo. Creio que a palavra "tributo" ficaria muito mais adequada. E quanto ao comércio entre os reinos, sem Mordor, acredito sim que eles mantinham relações comercias e usavam rotas, que não passavam necessariamente debaixo do nariz de Gondor, afinal, haviam terras mais para o Leste, por onde podiam passar rotas comerciais. E as condições que todos citamos até agora (Terras férteis, atividades econômicas marítimas, condições climáticas favoráveis a certos tipos de cultura e pecuária) deixam evidente um excedente de alimentos, e mesmo que boa parte do excedente fosse enviada a Mordor, ora, não havia tanta necessidade de comida lá, já que as áreas próximas ao Núrnen eram, creio que todos concordamos, férteis, e que geravam uma boa quantia de suprimentos para as tropas do Olho. Se sobram alimentos, sobra tempo para dedicar-se a outros tipos de atividades econômicas, e pode-se lucrar com elas, gerando trocas entre os reinos e assim, o comércio. E também Rhûn e Harad eram, a meu ver, "empurrados" a entrarem em contato, já que ambos eram servos de Mordor, e servos têm contato entre si, o que motiva a troca de várias coisas, como línguas, tecnologia, fatores culturais, e mercadorias. E, por serem nações próximas uma da outra, suas relações eram ainda mais fáceis, certo?
 
Eu ainda não acho que a palavra "comércio" seria a mais adequada para descrever as relações civis de Mordor com qualquer povo.

Vc quis dizer relações de trocas de interesses, porque civismo em Mordor seria algo bem abstrato :lol:

E quanto ao comércio entre os reinos, sem Mordor, acredito sim que eles mantinham relações comercias e usavam rotas, que não passavam necessariamente debaixo do nariz de Gondor, afinal, haviam terras mais para o Leste, por onde podiam passar rotas comerciais.

Sim, sim, eles mantinham muito contato com as rotas do leste, não passando necessariamente por Gondor, porque seria algo arriscado, principalmente em tempo de Guerra.


E as condições que todos citamos até agora (Terras férteis, atividades econômicas marítimas, condições climáticas favoráveis a certos tipos de cultura e pecuária) deixam evidente um excedente de alimentos, e mesmo que boa parte do excedente fosse enviada a Mordor, ora, não havia tanta necessidade de comida lá, já que as áreas próximas ao Núrnen eram, creio que todos concordamos, férteis, e que geravam uma boa quantia de suprimentos para as tropas do Olho.

A região de Nurn embora triste, apresentava uma gama de oportunidades de Mordor suprir muito de sua demanda. Mas mesmo assim, além das comunicações entre Mordor via pagamento de tributo, haviam "intercâmbios" mistura de culturas e trocas de interesse. Acho que isso seria algo até natural entre esse povos ditos como cruéis pelo próprio Tolkien se não me engano.

Se sobram alimentos, sobra tempo para dedicar-se a outros tipos de atividades econômicas, e pode-se lucrar com elas, gerando trocas entre os reinos e assim, o comércio.

Claro, o excedente possivelmente era usado para outros fins além claro, a atenção pode se dar para outras situações, porque não? Pode-se obter algum lucro com o excedente...

E, por serem nações próximas uma da outra, suas relações eram ainda mais fáceis, certo?

Teoricamente sim, mas na prática dependendo do tipo de povo, pode até não ter intercâmbio, mas no caso de Harad, Khând, talvez fosse a questão geográfica um fator favorável a uma aumento ou constante no processo de comunicação.
 
Vamos por partes:

Mordor: Você acha que o Senhor do Escuro ia permitir que os orcs ficassem ricos podendo, talvez, representar um liderança paralela? E você acha que os orcs eram suficientemente inteligentes para admiinistrar um comércio? Acho que não. Na minha opinião Mordor não tinha porque ter um comércio porque Mordor não tinha interesse nenhum em se tornar rica.
Acredito que Mordor viva de saques, pilhagens, cobrança de pesados tributos impostos às nações "parceiras" e, talvez, caça e agricultura voltadas à subsistência, tudo isso organizado, talvez, por uma pequena casta de administradores, muito provavelmente humanos corrompidos, ou pelo próprio Sauron.

Rhûn e Harad: Assim como a "parceira comercial" Mordor, eram nações voltadas principalmente para a guerra, mas, como vimos nos filmes e nos livros, não tinham participações tão frequentes na batalhas quanto os exércitos de Mordor. Tendo isso em vista, é provável que houvesse um maior desenvolvimento de uma agricultura (visto que eles também tinham de alimentar os olifantes) e, talvez, uma atividade pesqueira, visto a proximidade que eles tinham com o mar. O comércio talvez existisse, mas, muito provavelmente só o comércio interno e entre as duas nações vizinhas. Muito dificilmente Mordor iria comprar algo, sendo mais provável a exigência de tributos.

Acho que é isso =]

Mordor a princípio, naqueles anos à Guerra do Anel mostrou ser uma grande potência. Entretanto, essa força era embutida devido suas expansões bélicas e de dominação, quando não aceitas de forma "amigável" era por meio da força física.
Vale ressaltar que Sauron, de acordo com o Silmarillion era uma pessoa bem influente nas "dinastias" de Harad, era tido como um "deus" para alguns, uma grande referência, e que conseguiu ao longo dos anos fazer com que os povos tanto das terras quentes do sul quanto os homens do leste se tornasse grandes inimigos dos povos do oeste.

Em se tratando de comércios, com certeza haviam interesses comerciais embutidos nesses povos, mesmo não sendo muito claro nas obras do Tolkien, mas é natural de se esperar que tais atitudes fossem tomadas. A meu ver é constatado de acordo com o mapa da Terra média uma aproximação entre os povos de Harad e Khând, e a princípio, estas duas nações tinham lá suas relações de interesses, cada qual com suas virtudes e valores. A mesma coisa seria com Mordor, pois mesmo que este reino fosse um grande usurpador, não seria inteligente que tal prática fosse sempre seu porta-voz. Havia sim trocas de interesses, estritamente no que tange os grandes lideres desses povos com os representantes de Mordor. Haviam neste âmbito aqueles recrutados para serem escravos e trabalharem nos campos às margens do grande lago Núrnen, nos domínios de Nurn.
Também pode-se perceber ou presumir que haviam relações entre os povos do leste com os povos do sul, mas a meu ver em menor intensidade, e ocorriam quando a necessidade fosse imposta por natureza maior. Os homens são mais tolerantes quando se pensa em uma posição político-social do que os orcs, uma vez que nem sempre seria bom comfiar nesta raça. Mas com certeza haviam os orcs que se tinham uma posição superior ao da grande maioria, que tinha uma capacidade, uma sensibilidade para lidar com o poder, mas com certeza seriam poucos. Temos exemplos de orcs de renome como Grishnak, Bolg, Gothmog, eram orcs tidos como "elites" de Mordor para determinados assuntos, ou seja pessoas de confiança, mas o papel a isto era algo mais inerente aos homens.

Será que eu consegui ser claro? :D

O que ambos falaram há sentido sim. Temos que levar em consideração realmente que existia algo muito além do que uma mera forma de "escravidão" de Mordor para com os outros reinos adjacentes. É possível identificar que estes povos mantinham intercâmbio e trocas de produtos entre Harad com Khand e até Rhûn haviam sim, e penso que também tais trocas de interesses eram vinculados a Mordor.

Sauron não tinha somente uma atitude de atuar como um agente que proporciona a escravidão por base da força. Pode-se entender que havia o poder de persuasão além claro das trocas como Lagduf disse, uma espécie de escambo entre estes reinos para um satisfazer ao outro na medida do possível, mas Sauron tinha consciência de que neste caso haviam limites para concessões.
 

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