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Relacionamentos familiares

Holygriever

Usuário
É normal um garoto de 11 anos preferir ficar em casa em vez de querer sair com os amigos? E uma garota de 13? Ela deve gostar necessariamente de estar com garotos e, se preferir estar só com as amigas, é sinal de que não está aceitando bem a adolescência? Vai tudo bem com uma menina de 9 que não quer mais saber de sair com os pais porque só quer estar com a turma de meninos e meninas que conheceu na escola? E um garoto de 16 que é tímido com as garotas, mas passa horas e mais horas em frente ao micro conversando com elas em salas de bate-papo, é normal?

Muitos pais buscam parâmetros para avaliar o comportamento e o desenvolvimento dos filhos à procura de um sinal que indique qual providência devem tomar para ajudá-los e/ou se há motivos para preocupação. O problema é que, muitas vezes, eles esquecem que os próprios filhos é que devem dar as referências sobre si mesmos. E esse esquecimento é o suficiente para provocar muitas confusões. Quer ver?

Hoje, por exemplo, o relacionamento da criançada - entenda-se por isso convites dos amigos para viagens e festas, mil telefonemas ao dia, etc. - é considerado ponto muito importante para avaliar o grau de sucesso social de crianças e adolescentes. Mas, se essa for a única condição a ser usada na observação dos filhos, como ficam os mais introvertidos , os mais seletivos, os caseiros, os que preferem um bom livro a uma boa festa?

É preciso ter espaço para todo tipo de gente, para a individualidade, para a diferença, e as crianças e os adolescentes estão incluídos nessa história. Não se pode querer uniformizar e universalizar estilos, comportamentos, características e anseios. É preciso evitar a tentação de acreditar que determinada maneira de viver é a melhor para todos. É o caso do sucesso social, da popularidade. Muitos adolescentes vivem muito bem com um ou dois amigos e com pouca proximidade com os colegas. Outros se distraem horas com algum jogo de interação e que exige raciocínio, como o xadrez, por exemplo, e se sentem tão bem quanto um colega de mesma idade que passa o mesmo tempo conversando com os amigos.

Cada criança tem o seu potencial a ser desenvolvido, estimulado. Esse potencial precisa de oportunidades para crescer e se realizar. Quando conseguem, na interação com o filho, identificar a direção de seu potencial, os pais podem, então, prepará-lo para fazer escolhas coerentes com esse potencial, estabelecendo, assim, um compromisso consigo mesmos. Para tanto, o filho precisa aprender isso com seus pais. Quanto maior o compromisso dos pais na observação do filho, na interação com ele, no conhecimento mais atento dele, maior será a aprendizagem do filho sobre si mesmo e, portanto, maior a chance de ele procurar situações na vida que o beneficiem.

Os pais que se relacionam desse modo com os filhos ficam mais seguros quanto ás atitudes que eles tomam. Claro que trocar experiências com outros pais com filhos de mesma faixa de idade pode ajudar. Claro também que não é preciso ignorar totalmente as referências externas que possam facilitar a compreensão do jeito do filho para, assim, ajudá-lo melhor.

O que os pais precisam é evitar considerar apenas esse tipo de referência, não nortear-se apenas por ela ao olhar para o filho. E, mesmo quando a informação que os pais tem sobre os comportamentos típicos da idade correspondente às atitudes do filho, não é obrigatório aceitá-las. Sempre é bom lembrar que é possível remar contra a maré, quando acreditamos assim ser melhor, mais sensato, mais ético.
 
Fez curso de psicologia amigo? Sinceramente seu texto é muito instavel, pois parece tratar d euma verdade inata... Tenta explicar olhando algo tipo Jung ou Freud...
 
Eu já discuti isso em algum tópico do Insonia um tempo atrás. :eh:

Na época eu me lembro que citei um cara que estudei no tempo que tinha aulas de Recursos Humanos, Froebel:

A questão da criança e seu crescimento sádio e "sociável" vem dela viver de acordo com a sua natureza, de ser tratada livremente e não sob essa constante orientação familiar, isso não adianta...

Cada um deve ter a sua faze de aprender sobre si mesmo, "andar com os próprios pés", "observar com seus próprios olhos", é o que alguns denominam "método de desenvolvimento pela atividade espontânea".


Tirando a parte de como fazer uma criança crescer preparada ou não, deve-se lembrar de mais uma coisinha quando falamos nisso:

Mas, se essa for a única condição a ser usada na observação dos filhos, como ficam os mais introvertidos , os mais seletivos, os caseiros, os que preferem um bom livro a uma boa festa?

Não devemos esquecer que o homem é um ser sócio-histórico, o homem é caracterizado, entre outros aspectos, por estabelecer relações sociais, por desenvolver uma linguagem e uma subjetividade. Tudo isso caracterizado pela consciência , identidade, sentimentos, emoções e pelo inconsciente. Ou seja, o homem é um ser multideterminado.

Quero dizer com isso que ao chegar ao mundo estamos inseridos em um contexto pronto, organizado. É desde pequeno, desde criança que cada um passa pela Socialização primária, seguida pela secundária e então pela formação do que André Green, Carlos Brandão, entre outros especialistas denominam identidade.

(Falo em "desde pequeno", mas existem correntes como a de B. Charlot que indicam que a Socialização começa antes mesmo do nascimento).

Enfim, creio que introvertidos ou não, o homem tem de passar por determinadas situações, tem que aprender a se socializar, tem de passar por esse processo de internalização do mundo social e isso pode ser prejudicial se não concluído.

Ou seja, é importante nas relações familiares entender que são essas relações que marcam o início de um processo de apropriação do mundo de um ser social que vai aos poucos formando sua identidade. Seja a família ou o que for o seu equivalente, não importa, ela é a base da criança/adolescente que se insere nesse mundo.

O segundo e último ponto é que ler é bom, mas o processo secundário de socialização só ocorre com o contato com um grupo de amigos, fornecendo assim um padrão de comportamento, em outras palavras, livros não constituem grupos sociais.
 
Caramba, me identifiquei bastante com o texto.
Tipo, eu percebo que minha mãe nada sabe sobre mim. Por vezes ela diz coisa totalmente incoerentes com minha personalidade ou atos. Já eu consigo prever cada coisa que ela vá dizer ou fazer só de olhar pra ela.

Sinceramente eu não me sinto mal de ser tão anti-social. Tenho apenas 3 amigos na vida real em que posso confiar de verdade, o resto são apenas colegas/conhecidos, e isso se repete na internet.

Eu acabo me conhecendo bem melhor estando sozinho, do que ficando com várias pessoas. E meus familiares não percebem isso e acabam por me colocar em situações em que me sinto muito mal ou deslocado.
 
Eu tb sempre fui muito introvertido. Dificilmente preferi as festas ..
Mas é de fundamental importância estabelecer contato e relações com outras pessoas. É agradável na maioria das vezes se vc souber escolher os seus amigos e tal; e tb é importante pra "se conhecer" de outra forma ... conhecer seu lado social ... Conhecer a beleza das pessoas parecidas contigo e até a das diferentes de ti, enfim, explorar o comportamento humano!!
 
E meus familiares não percebem isso e acabam por me colocar em situações em que me sinto muito mal ou deslocado.
Seus familiares ñ percebem pq vc ñ diz nada pra eles ...
 
.plück. disse:
Eu não sou obrigado a dizer.
Então ninguém é obrigado a perceber ou adivinhar. Vc nem pode culpar ninguém disso, pq vc é kem precisa expor seu problema!!
 
Varatar disse:
.plück. disse:
Eu não sou obrigado a dizer.
Então ninguém é obrigado a perceber ou adivinhar. Vc nem pode culpar ninguém disso, pq vc é kem precisa expor seu problema!!

Afinal...

pluck mesmo disse:
Tipo, eu percebo que minha mãe nada sabe sobre mim. Por vezes ela diz coisa totalmente incoerentes com minha personalidade ou atos. Já eu consigo prever cada coisa que ela vá dizer ou fazer só de olhar pra ela.

Você pode ser um garoto na sua... ou pode ser um potencial sociopata como os veteranos de 1999 da Faculdade de Medicina da Usp.

Responsabilidade de quem em identificar isso? De seus pais... E se eles em vez de corrigir, resolverem acobertar, ignorar, deixar na dele, não teriam destino como os pais de Suzana von Richtoff? (ou tendo que lidar com prisão e advogados e etc.)

Definitivamente eles podem errar na sua educação. Mas que errem estando presentes e sendo pentelhos enxeridos. Mas que não errem sendo omissos.

(se bem que tem tanta gente que resolve "educar" os filhos quando eles já estão na escola... deixando até os cinco anos fazer do jeito que quiserem, como se depois pudessem ter tanta influencia assim competindo contra escola, colegas, televisão, etc..)
 
Então ninguém é obrigado a perceber ou adivinhar. Vc nem pode culpar ninguém disso, pq vc é kem precisa expor seu problema!!

Mas muita gente consegue saber que uma pessoa está com problemas, só de olhar para elas. E meus familiares só percebem quando me revolto de verdade, mas mesmo assim não digo nada.
E não há pq eu conversar ou dizer o que estou sentindo, principalmente pq eles tem todo esse esteriótipo de "ah, ele é roqueiro, revoltadinho, blabla". Meu irmão mesmo, uma vez foi reclamar com minha mãe que "daqui a pouco ele vai estar usando drogas".
Como posso me abrir pra pessoas assim?
Além do fato de eu não gostar de nenhum deles, e dos próprios nem se importarem muito.
 
Como posso me abrir pra pessoas assim?
Além do fato de eu não gostar de nenhum deles, e dos próprios nem se importarem muito.
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Se importar lógico q se importam .. mas eu vi poucas famílias na vida q tomam atituides corretas ou exemplares. Todos tem defeitos e problemas .. tanto vc quanto eles. Vc tem q se ligar q ñ é o centro do universo, e ninguém te conhece melhor do q vc mesmo ... . Ñ pode culpar ninguém e muito menos julgar alguém dizendo "Como posso lidar com pessoas assim?" se vc nem faz o q tem q fazer ...

Se ñ rola conversa, ñ rola nada .. Eles vão continuar te julgando como revoltadinho e vc os vai julgar como uma família incapaz de lidar com teus problemas!!
 
Os pais precisam mto pensar antes de ter um filho, pke esse filho não pode escolher entre nascer ou não. Os pais podem até certo ponto, entao eles (os filhos) vão ter q dar respeito e ter q conviver com os pais por um bom tempo, os pais tem q pensar em tso antes de colocar um ser no mundo.

Dar uma educação não soh o material e o secular (escola) eh fundamental, não eh qqr um em qqr fase da vida q pode ser pai ou mãe.

Pq depois o filho vai te cobrar.
 

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