Raphael S
Desperto

Introdução:
" Mesmo em um pequeno palco pode acontecer um grande espetáculo, mesmo pequenos frascos podem conter mortais venenos, mesmo uma pessoa de aparência simples pode mudar vários destinos. Por isso menosprezar o pequeno que lhe é desconhecido é sinal de irresponsabilidade."
Algrimir, o Ancião.
De fato eu digo aos que estiverem ouvindo, uma grande guerra foi travada por um pequeno mundo e aos que estiverem interessados irei contar como ela ocorreu.
Laernia era uma pequena terra que nem podia-se chamar de mundo pois o planeta nem tinha nome, aliás seus habitantes sequer sabiam o que era um planeta, era um continente pequeno com duas ilhas e mesmo assim era tudo para eles. Em Laernia uma guerra se estendia por gerações entre o Reino de Illythia e as Planícies Negras e apesar dos milhares de habitantes sentirem os efeitos da guerra nenhum sabia dizer pelo quê ela havia começado.
Illythia era um Reino cercado por muralhas antigas, detentores de sabedoria e orgulho, eles queriam governar toda Laernia de forma justa baseados em leis e mesmo assim não obrigavam ninguém a se juntar a eles, o próprio povo de Illythia já estava acostumado e seguia a forma de seu governo respeitosamente.
As Planícies Negras eram comandadas pelo Cavaleiro Negro mais forte de cada geração, quando um Líder morria eles lutavam entre sí para escolher o próximo líder que os lideraria enquanto vivesse. Claro que nem todos entravam na disputa, mas os mais fortes subiam à planície e o único que sobrasse em pé era reconhecido como novo líder.
O grande problema era que os Líderes dos Cavaleiros Negros sempre ambicionavam a beleza e fartura de Illythia e desdenhavam de suas leis. A Lei dos Cavaleiros Negros era simples, dominação total pela força.
A Guerra sempre se estendia pois a localização não era muito favorável a nenhum dos dois Reinos, separados por um campo deserto eles eram obrigados a organizar ataques pelas bordas se não quisessem ser vistos e para isso acabavam envolvendo habitantes externos.
Não se sabia muito das Gerações Passadas, apenas pedras encontradas com nomes nos lugares onde estavam as construções.
Havia uma pedra marcando o Reino de Setrene, uma construção em ruínas com aldeões pobres constantemente atacada pelos exércitos por estar entre os dois Reinos, outra marcava Illythia, duas nas margens apontando para as ilhas e mais uma à frente de uma floresta. As pedras foram removidas com o tempo mas cada uma carregava um nome que batizava o lugar para todos em Laernia. Apesar de não terem encontrado uma pedra nas Planícies Negras havia um castelo de pedra construído por dentro da terra e no topo cresciam orquídeas escuras que chamavam a atenção ao longe. Os Cavaleiros Negros eram reconhecidos facilmente por suas armaduras e ostentavam o nome com orgulho por serem o terror de Laernia.

Os que viram o mapa devem estar achando que é fácil atacar pelo outro lado, mas a floresta de Silene era uma barreira enigmática, raramente os soldados que entravam conseguiam sair de seus pântanos e mesmo contornando haviam animais assassinos. As vezes podia-se ouvir sons estranhos como uivos de mulheres, por isso surgiu o boato de que a floresta era habitada por mulheres guerreiras selvagens que comiam a carne dos mortos. Atacar pelo centro não adiantava pois o inimigo podia enxergar pelo campo aberto e pela mancha deserta que o campo formava eles decidiram chamá-lo de Campo dos Ancestrais pois acreditam que alí, no centro de Laernia, aconteceram as batalhas entre as primeiras tribos e o campo também foi utilizado para duelos de força em várias gerações. Agora que vocês conhecem melhor o mundo de Laernia podem entender melhor a história que vou lhes contar...
Capítulo 1: Confusões de Guerra
Os Heróis
Não haviam maneiras de descrever melhor os heróis do que dizer que eram indesejados. Haviam três heróis em Laernia e eu posso afirmar isso porque eles não seguiam nada e ninguêm.

Catyr era o Desarmador mais perigoso de toda Laernia, líder dos heróis, ele era da nobreza de Illythia mas renunciou a tudo por não concordar com algumas das leis, foi o primeiro a se declarar independente e se juntar às vilas para protegê-las de ladrões. Lahda era uma jovem fugitiva de Setrene, ela havia se tornado muito bonita e alvo para os Cavaleiros Negros, aos 16 anos foi enviada até as vilas independentes pelo Rei Aredel que também era bem jovem e lá ela se aperfeiçoou no arco e flecha tornando-se também a melhor de todo o reino. Ela queria vingança mas só descobriu seu destino quando ouviu o que Catyr havia feito, ela o seguiu e foi aceita, os dois defenderam muitos inocentes juntos.
Mas foi quando Alliesh, a incrível guerreira sobrevivente do ataque às vilas independentes, entrou no grupo que os três se deram conta de que tinham poder para finalmente tentar algo grande, algo para terminar com a guerra de uma vez por todas, e foi que a aventura começou.
- ALLIESH! ACORDE! ESTAMOS SENDO ATACADAS!!!
Mal abriu os olhos e a guerreira viu um machado cravar do lado da árvore em que ela estava apoiada. Era noite e um homem enorme vinha na direção dela com uma espada pronta para o primeiro golpe.
Elas estavam alí a três dias entre um pequeno bosque que separava a muralha de Illythia e Setrene. Catyr estava demorando para voltar e agora acontecia aquele ataque, a luz da lua refletiu na armadura prateada da guerreira e ela pode ver o tipo de perigo que estava enfrentando, era um Cavaleiro Negro.
Your Turn Melian
Assim iniciamos o jogo, por enquanto é só a vez da Melian então só ela pode postar, os demais acompanhem e postem qualquer pergunta no tópico de seleção. Sejam Bem Vindos
(ATUALIZAÇÃO: Os Players devem aguardar até eu terminar todos os Posts até chegar a parte que parou o jogo antes de postar. Postei só o primeiro para recolocar nosso jogo no lugar, com tempo eu posto vários de uma vez, calma que não vai demorar tanto. ^_^)
By Raphael Silvério
The Dark Knife
Melian Turn
Ainda assustada pela forma que fora acordada agora tomava melhor ciencia da situação,chacoalhando levemente a cabeça p/ enxergar melhor:
- Mas que porcaria é essa?
disse Aliesh aparando com sua espada uma feroz investida do homem.
Melian End Turn
Havia sido um golpe com firmeza, mas não com toda a força, era como se ele estivesse medindo a força dela, mas foi o suficiente pra ponta da espada cravar na árvore. O Cavaleiro Negro era mais forte.
- Vejam só... Parece que a criança não está acostumada com ataques surpresa.
E puxando a espada de volta ele preparou outro golpe mas foi interrompido, Alliesh viu uma flecha acertando e se quebrando no escudo do Cavaleiro Negro fazendo ele ressoar.
- É, esquecí que são duas...

E assim dizendo ele estendeu a mão na direção da mão de Alliesh que segurava o cabo da espada.
Your Turn Melian
Defesa básica, nada mal, mas esqueceu que o cara é forte.
Melian Turn
- Quem você tá chamando de criança?
Irritada Aliesh segura a espada com as duas mãos e o empurra antes q ele alçance a guarda de sua espada
- Acha que vai tirar minha espada? Essa menina nasceu comigo, ela não me larga!
*Agora empunhando a espada com as duas mãos em direção ao inimigo e a guarda alta*
Melian End Turn
Alliesh deu um impulso para empurra-lo segurando a espada com as duas mãos, mas aproveitando-se da distãncia ele soltou a espada negra e agarrou-a pelo cabelo empurrando-a contra o chão, foi um movimento rápido para alguém daquele tamanho. Alliesh sentiu a dor sendo puxada para o chão e teve um calafrio ao perceber que estava lutando contra alguém mais experiênte que ela. Fosse quem fosse, aquele inimigo era muito pior do que os bárbaros, era o primeiro Cavaleiro Negro que ela realmente encontrava.
Abaixado, logo outra flecha passou zunindo atingindo em cheio o elmo dele...
- HAHHHHHHHHhhhhhh. Pirralha!
Com a dor do barulho ele puxou Alliesh pelos cabelos alguns passos para trás, ela ainda estava com a espada mas não havia um ângulo bom para atacá-lo de costas.
Your Turn Melian
Ufa, quando você comentou o chute baixo pelo msn eu fiquei preocupado, por um momento pensei que você não sabia lutar muito bem. Bom, Melian, foi um ótimo movimento este agora, mas teria dado certo com um cara mais leve, você tentou empurrar um cara bem mais forte e pesado que você. Mas eu gostei. ^_^
Melian Turn
- Lahda vc é vesga?
O cabelo de Aliesh era longo e liso, mesmo com a cabeça latejando ela consegui dar um giro e estocar-lhe com a espada.
Melian End Turn
Agilmente ela girou e acertou o golpe em cheio. Mas ouviu um barulho de metal contra metal então antes que pudesse reagir ele segurou a espada pela lãmina com as luvas de cota de metal que estava usando e sorriu pra ela ainda segurando firme o cabelo...
- Bom, mas a minha armadura não é tão ruim assim.
- E nem minha pontaria é tão ruim assim. Larga ela porque dessa distãncia eu não tenho como errar e desta vez eu estou mirando no seu olho, desgraçado.
Lahda tinha dado a volta silenciosamente e a ponta da flecha aparecia iluminada pela luz da lua em meio aos arbustos próximos.
- Ok, você venceu, eu me rendo.
Ele soltou devagar o cabelo de Alliesh ainda segurando a espada quando as duas ouviram uma voz conhecida se aproximando.
- Lahda, Alliesh, vocês estão aí?
- Catyr, pegamos um Cavaleiro Negro.
Então Catyr apareceu por entre as árvores, estava com o braço esquerdo enfaixado e sorriu ao ver a cena dos três.
- Ele está comigo. Podem relaxar.
Aquelas palavras eram um susto para as duas.
Your Turn Melian
Nada mal mesmo, ótima saída a idéia de girar e atacar, não tenho mais dúvidas que você é a Player certa para isso. ^_^
Melian Turn
- Acho q alguem tem muito a explicar...
disse Aliesh apontando a espada p/ Catyr e se sentando onde repouzava antes de tudo isso acontecer.
- A e você, nunca mais toca no meu cabelo * o fitando com olhos frios e apontando a espada para o seu peito* senão te mato!
Melian End Turn
Lahda saiu do arbusto desarmando o arco. Ela estava séria, mas foi apenas por um momento então correu e abraçou Catyr que ferido teve que abafar os gemidos de dor.
- Você quer nos deixar doidas de preocupação? Some três dias e volta com um Cavaleiro Negro doido que quase mata a Alliesh! Explique-se garoto.
- Aiiiiiiiiiiiiii... Heyheyhey... Solta Lahda, solta...
- Explica...
Ele continuava insistindo e ela continuava apertando o braço machucado, o Cavaleiro Negro havia ouvido a ameaça de Alliesh mas logo olhava para o casal de modo intrigado...
- Eles são casados?
E embora Alliesh pudesse responder uma flecha atingiu o chão próximo ao pé do cavaleiro e Lahda com uma cara muito brava gritou com ele.
- NÃO SOMOS CASADOS SEU IDIOTA GRANDALHÃO!
- Ow... Que rápida.
E de fato ele havia perdido o movimento dela girando e pegando a flecha. Lahda se vestia com poucas roupas de pano com ombreiras como única proteção, ela gostava de se sentir livre e não se importava com olhares. Usava um tecido tribal na parte da frente da cintura que tinha achado nas vilas independentes. Ela tinha um rosto muito bonito e belos e vivazes olhos. Havia cortado o cabelo curto e sempre era reconhecida como um dos heróis por suas escolhas de vestuário. Catyr ainda vestia roupas de nobre feitas artesanalmente em Illythia com alguns desenhos nas costas que ele mesmo havia criado para expressar seus gostos por cavalos e luta. Suas armas eram o que diferenciavam-no e o davam um nome, era duas Katai feitas sob encomenda para ele. Eram armas pequenas formadas por apenas um cabo e duas lâminas em forma de trevo. Com estas armas ele travava as espadas dos inimigos e os desarmava. Ele havia criado as armas e o estilo de luta, era um homem muito inteligente...e estava muito aliviado por Lahda ter parado de apertar seu ferimento.
- Ufa... Bom garotas, este é o Yuber. Embora seja difícil pra muita gente entender, inclusive para mim mesmo, agora ele é um de nós.
Fez-se um silêncio por um segundo ou dois, as duas estavam assimilando aquelas palavras até que Lahda quebrou aquele silêncio.
- DE JEITO NENHUM! NÃO PODE! ELE É UM CAVALEIRO NEGRO! Alliesh, me ajude, diga a ele.
E a arqueira esperou que Alliesh ajudasse.
Your Turn Melian
Hum...
Melian Turn
- Catyr...Venha cá...
*obediente ele foi até proximo a ela que ainda estava imovel encostada na mesma arvore*
- abaixe-se
* novamente obediente ele abaixou-se*
- ESSE SEU FERIMENTO È SÒ NO BRAÇO OU BATEU A CABEÇA TBM????
Melian End Turn
Catyr conhecia o senso de humor de Alliesh e abaixou a cabeça meio sem graça, e meio sorrindo, mas então manteve a seriedade e disse.
- Ele salvou a minha vida.
- Isso mesmo, mas se para as duas não for suficiente eu também tenho recomendação do Rei de Setrene. Isso não é tão mal assim, estou num grupo de lutadores comediantes e me sinto bem com isso.
Ele sorriu e deu uma boa olhada pelo corpo da Lahda que estava de costas e depois deu uma olhadinha para Alliesh também com um olhar bobo bem característico dos homens.
- ...E pelo visto um grupo com mulheres bonitas para nos servir.
- YUBER! Elas não nos servem!
- Hum... Tah tah, isso é outra coisa que eu tenho que mudar não é? Sem mais arrastar a mulher que eu quiser pela floresta e...
- YUBER!
- Droga... Tudo bem, eu consigo.
- Conte para elas porque está conosco.
- Quero matar o líder dos Cavaleiros Negros, fiquei amigo do Aredel, salvei Catyr de uma emboscada, estou com fome. Quem irá caçar comigo? VOCÊ, Rabo de Cavalo, levante-se e vamos conseguir algo pra comer.
Em palavra de resumo Yuber conseguia ser bem direto.
Your Turn Melian
Guerreira esperta e com senso de humor. ^_^ Só cuidado pra não exagerar tentando dizer o que os npcs estão fazendo porque eles tem viva própria. Vamos ver como você vai reagir a estas revelações do Cavaleiro Negro.
Melian Turn
* levanta-se da arvore e se põe de pé diante do cavaleiro*
- Rabo de cavalo? Se vc quer um eu te arrumo
*assovia*
- Black!!
*O cavalo vem trotando*
Tá ai, vc não queria um rabo de cavalo p/ caçar com vc? Leve este.
Olha p/ Catyr e fala:
- Então esse aí se chama Yuber?... Matar o lider dos cavaleiros negros? Além de achar que somos seu haren tbm é desertor? Que maravilha de companheiro nos arrumou hein?
*dando-lhe tapinhas nas costas*
Melian End TurnGuerreira esperta? kkkkkkkkkkkk Desculpa, é q se eu nao fizesse isso não ia ter graça, esperar vc postar ia estragar a brincadeira ^^
- Tudo bem, mulher, eu entendi o recado. Vou caçar algo pois estou com muita fome, espero que vocês estejam aqui quando eu voltar.
Yuber se virou e saiu andando pelo bosque, olhou Alliesh nos olhos antes de sair e se foi, ele não estava mais com o sorriso debochado no rosto, por algum motivo ele estava sério.
Catyr se sentou ouvindo as reclamações de Lahda e pediu para que as duas o ouvissem antes de continuar a reclamar. Ele as contou que Aredel tinha sido forçado a enviar uma mensagem para ele pedindo ajuda e que quando chegou havia uma emboscada preparada para pegá-lo.
- ...Os oito Cavaleiros Negros me cercaram, eu não tinha como fugir, lutei contra eles e fui ferido, pensei que ia ser morto quando um deles começou a lutar contra os outros, era um dos mais fortes e se aproveitou dos que eu já havia machucado. Eu não entendi nada mas quando os sobreviventes fugiram ele abaixou a espada e pediu para que eu fosse com ele até Setrene. Lá encontramos Aredel e ele contou o que havia acontecido, eu nunca aceitaria Yuber no grupo se não ouvisse o que Aredel me contou.
- Não interessa, não podemos confiar nele.
- Yuber tem ajudado Aredel, os dois se tornaram amigos. Este cavaleiro Negro pode não ser educado como nós mas ele é uma esperança para sabermos como atacar o Líder deles pessoalmente, nós temos uma chance de parar a guerra. Eu também não confio plenamente nele mas ele me salvou e me poupou, ele também poderia ter te matado Alliesh mas não o fez. Aredel confia nele, como podemos ignorar isso?
- Ele é um Cavaleiro Negro e sempre vai ser Catyr, por causa deles eu não pude crescer com a minha família e por causa deles Setrene está do jeito miserável que está. Ninguém aqui respeita mais Aredel do que eu, mas eu acho que isso é um erro e cedo ou tarde todos pagaremos por ele. Vamos decidir como sempre fizemos, minha escolha é que ele não fique conosco.
- Eu te entendo, mas minha escolha é sim, acho que todos merecem uma segunda chance, então a decisão fica por conta de Alliesh.
- Há, então você perdeu porque a minha amiga vai me apoiar nisso, não é Alli?
Os dois olhavam para ela, Lahda tinha um sorriso no rosto, estava confiante que tinha vencido, mas a escolha ainda era da guerreira.
Your Turn Melian
Creio que você está certa. Bom, quero ver a sua decisão no que vai dar.
Melian Turn
- Ninguem que olha p/ mim me chamaria de amiga como vc me chama não é Lahda?
Não digo de devemos confiar nele, porque tambem não confio, uma pessoa que faz ataques sorrateiros como fez conosco não é digno de confiança.
Mas eles nos deixou em duvida, e ele merece o beneficio que ela traz.
Meu voto é sim, por enquanto ele fica, mas se ele vascilar um milimetro que seja, não exitarei em usar minha espada.
Melian End Turn
- QUÊ? Você vai deixar aquele doido andar conosco?
E assim que Lahda terminou a frase eles ouviram a voz de Yuber bradando alto a uma média distãncia dalí.
- ... EU SOU UM DOS HERÓIS DE LAERNIA!
Escolhas e Leis
Para continuar devo interromper um pouco a narrativa para que vocês possam entender com precisão a história pois cada detalhe é muito importante amigos. Em Illythia, além dos soldados normais também existiam os Justicados e um deles foi muito importante nesta guerra. A cada cinco anos alguns recêm nascidos eram retirados de suas famílias por ordem da Imperatriz de Illythia, estas crianças não vinham apenas do reino mas também de fora dele caso os pais aceitassem a honra do destino de seus filhos. Os cidadãos de Illythia não tinham esta escolha pois era parte da lei que também especificava que eles nunca poderiam revelar a seus filhos o parentesco.
As crianças eram criadas em um templo separado da cidade, isoladas do mundo exterior elas aprendiam com Justicados mais velhos, os Sacerdotes, toda a doutrina do Reino de Illythia, além de aprendizado estratégico de guerra e luta armada e desarmada. Quando chegavam a idade adulta eram chamados pela Imperatriz e recebiam tarefas específicas. Os Justicados eram respeitados e venerados por todo o povo do reino e até mesmo as vilas independentes e Setrene os viam como sinal de Justiça e Proteção. As Planícies Negras os viam como inimigos mortais pois eles eram o pior pesadelo que um General do exército negro podia enfrentar.
Os Justicados atuavam como incentivo no meio dos exércitos, encorajavam os homens e podiam até mesmo influênciar no modo de ataque pré definido pelos generais, quando um Justicado errava ou falhava ninguém o culpava ou reprendia por isso, mas os que falhavam constantemente eram substituídos a pedido dos Generais e assim voltavam ao templo para se aperfeiçoar e meditar sobre seus erros.
Isao era um destes Justicados, e com ele não era diferente, ele tinha consciência de todo o código e postura corretos a alguém de sua importância, o que foi diferente com Isao foi sua primeira tarefa quando alcançou a idade adulta.
- Você é livre para ir aonde quiser até que precisemos de você.
Aquelas tinham sido as palavras da Imperatriz e nunca um justicado havia recebido tal liberdade. Vestiu-se de modo simples, com uma calça marrom bem larga que a olhos desavisados parecia uma saia e um já sujo e surrado roupão com o emblema de uma arvore bordado nas costas e partiu do templo. As vezes ele não se identificava passando como um mendigo, era sempre cortês e alegre e sempre ajudando no que fosse possível aqueles que precisavam. Passou meses em Setrene e em várias vilas cruzando algumas vezes com os heróis sem ser percebido e naquela noite ele havia cruzado o campo dos ancestrais voltando para Setrene quando algo em seu coração o fez mudar o rumo e pegar a estrada de volta para o templo, ele sentia que precisava ver seu Mestre Sacerdote e foi aí que ele entrou em nossa história, enquanto andava calmamente viu um Cavaleiro Negro atravessar o caminho aberto carregando um cervo morto e assim que o Cavaleiro o viu fez o que qualquer Cavaleiro Negro faria ao ver um Justicado, puxou a espada preparando-se para lutar e jogou o cervo no chão.
- Eu devo estar com muita sorte ou com muito azar hoje para encontrar um Justicado andando sozinho fora de seu templo justo aqui.
Isao sabia que aquele enorme Cavaleiro Negro não era um qualquer e que daria trabalho, o que ele não entendia era como havia sido reconhecido, eles estavam a dez passos de distãncia um do outro mas algo com certeza precisava ser feito por alguma das partes.

Your Turn Wild
É Melian, descanso pra você, agora é só o Wild.
Wild Turn
- O senhor pode se considerar com sorte ou com azar, mas deve escolher um. A dúvida não o guiara a caminhos corretos. Quanto a me encontrar aqui eu considero apenas acaso. E um acaso que não irá se repetir, peço desculpas por ter cruzado seu caminho.
Isao não era tolo. Sabia que estava olhando para um oponente poderoso e que uma luta poderia ter resultado desfavorável para ele. Mas mesmo querendo evitar a luta colocou de lado seus pertences e retirou as sandálias. Posicionou a perna esquerda a frente e os braços ao lado do corpo com os punhos cerrados.
- Senhor, não gosto de lutas. Deixe me ir. Tenho meus motivos pra caminhar sozinho assim como você tem os seus. Por que não seguimos cada um seu caminho? Isso evitara que um de nós morra e o outro saia muito ferido de um combate.
Isao calculou a distancia e soube que se esperasse o movimento do oponente como fora ensinado venceria. Então assim fez, se preparou e esperou.
Wild End Turn
Yuber sorriu dando um passo para o lado ainda com a mão na espada.
- Então parece que estou com muita sorte, tenho novos amigos e encontrei um Justicado que não quer me atacar, foi realmente uma noite e tanto esta... Se quer passar em paz então passe meu caro, pode passar pelo meu lado. Escolheu um bom disfarce mas eu reconheceria este cabo vermelho à distãncia. Se quer andar por aí ouça este conselho, enrole este cabo com couro, há muitos Cavaleiros Negros sanguinários por estes lados. Será que eu sou um deles?
Yuber tinha os olhos arregalados e não continha o sorriso para o estranho oponente, estava dividido entre uma luta com alguém à altura e a nova vida que estava iniciando. A reação dele era imprevisível, assim como a decisão de Isao.
Your Turn Wild
Huhuhuhuhuhu ^_^
Wild Turn
- Agradeço sua cortesia e seu conselho. Ainda sou jovem e tenho muito que aprender. Você e seus amigos terão uma bela refeição. Mas creio que se esse cervo ficar muito tempo no chão será tomado de você pelas formigas. Creio que deveria soltar sua espada e pegá-lo.
Isao observava atentamente cada movimento do Cavaleiro Negro a sua frente. Fora ensinado desde cedo a nunca confiar em nada do que dissessem. Principalmente se dissessem que não iam mata-lo. A distancia o favorecia mas o Cavaleiro poderia atirar uma faca ou algum outro objeto.
Ainda em guarda Isao esperou a reação do Cavaleiro a sua frente.
Wild End Turn
Yuber arregalou mais os olhos e fechou o sorriso se sentindo contrariado. Por um momento ele pensou em abaixar e pegar o cervo e sair dalí mas seu orgulho o impedia, então ele embainhou a espada e pousou a mão esquerda sobre o cabo ficando mais calmo e voltando a sorrir de um modo mais normal.
- Agora posso entender a fama sobre a inteligência dos Justicados. Nós Cavaleiros Negros comemos qualquer coisa que pudermos pegar, as formigas serão um delicioso tempero. Embainhei minha espada mas quero que passe perto de mim, quero me lembrar deste dia como o início de minha nova vida e não quero perder nenhum detalhe. Este é um encontro difícil para nós dois Justicado e eu estou testando seu famoso julgamento.
E fazendo um beiço expressou um olhar orgulhoso de quem se sentia vitorioso.
Your Turn Wild
Muito muito bom, eis o porque de minha dificuldade de selecionar e aceitar os personagens e players, eram coisas assim que eu estava esperando.
Wild Turn
- Um gesto de boa fé deve ser retribuído com um gesto de boa fé. Assim como diz eu passarei ao seu lado. Mas peço-lhe, se tenta uma nova vida que sua decisão seja verdadeira e que esta não mude quando eu estiver ao alcance da sua espada, senão todo o dialogo que tivemos será perdido e este dia acabará com morte.
Isao fez como o Cavaleiro pedia, juntou suas coisas e camonhou em sua direção. Ainda estava descalço, trazia as sandalias a mão pois caso o homem a sua frente mudasse de ideia ele teria como usar suas pernas pra se defender.
- Se permite a curiosidade de um jovem me responda. Como se chama e que nova vida é essa que esta começando?
Isao parou e fitou o homem. Estava a 4 metros de distancia do oponente que mantinha a mão sobre o cabo da espada.
Wild End Turn
As mãos de Yuber formigavam ele tinha um inimigo mortal a apenas quatro metros, era o suficiente para atirar um dos machados, seu instinto de guerra era muito feroz mas ele tentava se conter. Ao ouvir as palavras respirou fundo e sorriu um sorriso sincero tirando a mão do cabo e apontando para sí.
- Eu sou Yuber e...
Respirou novamente e soltou em alto e bom tom.
- ... EU SOU UM DOS HERÓIS DE LAERNIA!
Isao foi pego totalmente de surpresa por aquelas palavras, a idéia de um Cavaleiro Negro como herói era estranha, não impossível, mas com certeza surpreendente e pelo modo amigável do enorme Cavaleiro ele parecia estar falando a verdade.
Catyr, Lahda e Alliesh haviam ouvido a proclamação do cavaleiro mas não sabiam o porque dele estar falando aquilo em voz alta no meio do bosque escuro.
- Será que ele encontrou alguém?
- E quem se importa? Espero que tenha encontrado os soldados de Illythia
Catyr e Alliesh entreolharam-se, era uma possibilidade.
Your Turn Wild e Melian
Melian Turn
- Soldados? Agora?
Ah não essa noite tá muito agitada!
Catyr da proxima eu escolho o lugar p/ nós acamparmos
Melian End Turn
Wild Turn
- É realmente uma surpresa. Talvez os ventos da guerra mudem com essa sua decisão. Seus amigos também devem ser heróis correto? Gostaria de conhece-los se for possivel. Em Setrene ouvi muitas coisas sobre os Heróis e gostaria de ver o quanto delas é verdade.
Isao sorria de maneira amigavel para Yuber. Seria bom conhecer os Heróis e seria melhor conseguir traze-los para o lado de Illithia
Wild End Turn
O Cavaleiro Negro pegou a carne e acompanhou Isao de volta ao bosque, Lahda se levantou pouco antes deles chegarem e assim que os dois apareceram ela já estava com uma flecha no arco apontada para o novo estranho.
- Eu ouvi passos de duas pessoas "amigo". Quem é esse cara que você trouxe?
- Calma Lahda, deixe Yuber falar.
- Encontrei um Justicado na estrada e nós não nos atacamos. Ele veio conhecer vocês.
- Ele é um Justicado? Hahahahahahahahahahaha, e não te matou? Huhauhauhuahauhuahu.
Lada abaixou o arco e rolava de rir na árvore. Mas Catyr observava bem o estranho e por fim...
- Ele é mesmo um justicado Lahda, está carregando uma espada dos Justicos.
Isao olhou bem para eles, pelo jeito desleixado pareciam heróis, mas a armadura preteada de Alliesh, a roupa de Lahda e os simbolos na roupa de Catyr junto das Katai eram inconfundíveis, o Cavaleiro Negro estava falando a verdade e Isao sabia que aquilo podia significar muita confusão com as autoridades de Illythia. Tudo bem que os Heróis tivessem o modo deles de agir, mas um Cavaleiro Negro como herói agora soava mais verdadeiro e Isao sabia que para Illythia seria inaceitável.
- Então temos um Justicado frouxo aqui que poupa a vida de um Cavaleiro Negro.
- Lahda, controle-se.
- Não Catyr, o que um Justicado faz sozinho por aqui a estas horas? Em que missão você está? Quem é você? Que espécie de Justicado aceita entrar em um bosque com um Cavaleiro Negro sem matá-lo? O que está acontecendo aqui???
Yuber rangeu os dentes e deu um passo, Lahda armou a flecha mas ele a arrancou com a mão jogando-a no chão.
- Tudo o que eu sei é que ambos poupamos a vida um do outro, e eu estou feliz por isso. Estou feliz por estar aqui ao invez de estar em uma vila de bárbaros esperando minha vez para ter uma mulher que nunca será só minha.
E respirando fundo ele sorriu para Isao e apontou um lugar para ele sentar.
- Não ligue para isso Justico, acredita em mim agora? É muito melhor estar num grupo de Heróis ajudando Laernia, e um grupo com mulheres bonitas e virgens.
E sorriu para Lahda começando a preparr o cervo com um dos machados.
Your Turn Melian e Wild
*rs* Espero que não reclame já que foi sua escolha Wild. Huhuhu.
Melian Turn
- Justicado? Nunca tinha visto um...
A que devemos a sua presença?
Afinal vc ainda não nos disse, está em missão?
Melian End Turn
Wild Turn
Isao se dirigindo a Lahda disse em tom calmo, embora fosse sua vontade soca-la por chama-lo de frouxo.
- Não sou frouxo como diz senhora. Um homem que encontra um meio de permanecer mais um dia vivo em tempos de guerra pode ser considerado sábio. E sim, eu estou em missão. Porém minha missão é um pouco diferente do que vocês estão acostumados. Se eu ando sozinho e por que foi essa a decisão que tomei. E vim até vocês por que gostaria de conhece-los. Ouvi muito sobre vocês em Setrene e queria ver de perto aqueles que se levantam sozinhos em defesa daqueles que não podem se defender.
Wild End Turn
Yuber era hábil com o machado, em pouco tempo destrinchou o cervo espetando-o em um galho pontudo. Lahda se sentia contrariada mas estava com fome, pegou alguns temperos e acabou ajudando, após algumas horas começava a amanhecer e eles comiam a deliciosa carne acompanhaa de um pouco de vinho do Cantil de Catyr. Yuber comia como um animal, era realmente um homem bruto enquanto mastigava tocou no assunto.
- Vamos rever o plano de ataque então Catyr?
Catyr olhou para o Cavaleiro e depois para o Justicado abaixando a cabeça para tomar um dedo de vinho da tampa do cantil.
- Não Yuber, isso é assunto apenas para os heróis. É muito bom termos um justicado aqui conosco, mas ainda há assuntos que separamos de Illythia. Para onde vai agora Isao?
O Justicado não havia dito o próprio nome e percebeu que Catyr o conhecia. Lahda dormia com a boca aberta no colo de Alliesh, estava satisfeita pela comida e era fraca para o vinho, não demoraria muito para que a moça começasse a babar no colo da guerreira.
Your Turn Melian e Wild
ROOOOOOOOOOONC
Melian Turn
Aliesh estava cansada havia ficado a noite toda acordada, comeu pouco*
- Essa Lahda parece um porco dormindo... Então seu nome é Isao? não entendo o porque de tanto interesse em nós, também gostaria de saber qual sua missão e o que ela tem a ver conosco..
Desculpe as perguntas mas já tive muitas surpresas por hoje
*olhando de esguelha para o cavaleiro negro que comia feito um animal*
Melian End Turn
Wild Turn
- A minha missão senhora, minha missão é ser livre. Viver do jeito que eu considerar correto pelas regras que me foram ensinadas pelo meu sacerdote. Minha missão tem pouco haver com vocês, apenas o fato de que eu gostaria de conhece-los.
Isao comia pouco, fora ensinado que o excesso de tudo era prejudicial, portanto evitava se fartar como Yuber. Olhando atentamente para Catyr, tentando lembrar se ja o vira em alguma ocasião perguntou:
- Vejo que me conhece senhor. De onde? Não sou famoso e muito menos tenho algum feito heroico que me possa tornar conhecido. E não me recordo de te-lo visto alguma vez. Nos conhecemos de onde?
Wild End Turn
Catyr deu uma verificada no ferimento no braço e ponderou por um momento o que ia dizer, por fim falou.
- Me lembro de ter ouvido um trecho de uma reunião com a Imperatriz onde ela havia deixado claro que o Justicado Isao seria o único que poderia sair do templo, parecia que ela queria que ele ficasse longe o máximo possível de lá, os motivos eu não sei, mas posso apenas supor que você seja alvo de algum tipo de experiência para a guerra.
- O Justico poderia ser um herói como nós!
- Não Yuber, você já é uma dificil excessão e creio que vamos ter problemas com Illythia por você estar agora no nosso grupo, mas um justicado nunca poderia ser um herói. Tudo que Illythia os ensinou desde pequenos tem muita força para eles. Nós ignoramos as leis e eles são a forma viva da lei. Os Cavaleiros Negros não tiveram muita educação e são duros, mas mesmo alguns deles poderiam aprender algo, mas o justicado já está repleto dos ensinamentos de Illythia. Você não matou o Cavaleiro Negro quebrando esta lei, e por isso eu agradeço. Se eu não pensasse que isso pode ser uma das famosas estratégias de vocês eu estaria ainda mais agradeçido. Precisamos ir e espero que você chegue ao seu destino em segurança. Meninas.
Ele fez um olhar que Alliesh conhecia bem, eles tinham que ir embora dali.
Your Turn Wild e Melian
Bom, sua decisão de seguir eles rendeu ao menos um jantar.
Melian Turn
*chacoalhando Lahda*
- Acorda porquinha, devemos ir.
*ajeita sua espada nas costas*
- Até quando o destino nos cruzar justicado
*vai andando em direção a floresta densa*
Melian End Turn
Wild Turn
Isao continuou sentado onde estava olhando o grupo se afastar. Experiência de Guerra. O que isso significava? Um Justicado não mentia, não enganava e não fingia. Mas parece que a Imperatriz mentira para os Justicados.
- Se a Imperatriz queria um guerreiro não devia ter mandado eu trilhar meu proprio caminho, devia ter me mandado pras batalhas.
Isao se ajoelhou e sentou sobre os calcanhares para meditar. E ficou nessa posição por muito tempo e em muitas coisas pensou. enfim, se ergueu.
- Meu Mestre deve saber algo a respeito. É hora de procura-lo.
Reunindo suas coisas Isao caminhou o mais rápido que podia em direção ao seu Templo.
Wild End TurnPelo menos não to mais com fome
O Justicado demorou mais um dia de viagem até chegar ao templo dos Justicados, lá ele foi recebido pelos guardas de Illythia que abriram passagem e o escoltaram para a entrada principal do Templo. Os mestres e outros Justicos o receberam bem mas com um certo pesar nas boas vindas. Quando o Justicado se acomodou à mesa para uma refeição e disse porque tinha vindo a resposta do Mestre dos Sacerdotes o abalou.
- O Sacerdote Lay está morto.
Os justicos e Sacerdotes que estavam sentados na grande mesa branca pararam por um momento de respeito à menção do Sacerdote morto.
Your Turn Wild
Agora voltamos ao segundo plot normalmente.Apenas com o Wild.
Wild Turn
- O que houve? Quando foi isso e por que ninguém me avisou?
Wild EndTurn
A resposta do Sacerdote Mestre foi direta e simples.
- Ele se suicidou com veneno. Não tínhamos como encontrar você, não podemos sair do templo a não ser que seja em missão e a imperatriz não achou necessário.
E era exatamente assim que as coisas funcionavam, Isao sabia muito bem, mas a idéia de seu mestre ter se matado era perturbadora.
Your Turn Wild
Wild Turn
- Não faz sentido! Se matar com veneno?! Há algo errado nisso. Não há honra em se matar com veneno. Mestre Lay sempre me disse que um homem não pode viver sem honra e comete um ato desses? Algo esta errado.
Isao socou a mesa com todo o poder de seus punhos. Se levantou e dirigiu-se a floresta. Precisava meditar a respeito da situação. Muita coisa havia acontecido em pouco tempo. Fora enganado pela sua imperatriz, seu mestre havia supostamente se matado com veneno. Isao não sabia o que fazer nem pra onde ir.
- Aquele herói, Catyr, ele parecia saber de alguma coisa a respeito de mim. Talvez eu deva caça-lo e arrancar a verdade dele.
Isao estava bastante nervoso. Sabia que a raiva o levaria a tomar decisões erradas mas se controlar era a ultima coisa em que ele pensava no momento. Havia quebrado muitas regras criadas pelos Justicados e quebraria mais se resolvesse caçar os Heróis.
- Sim. É isso que vou fazer. Meu mestre nunca se mataria com veneno, não combina com sua conduta e seus ensinamentos.
E Isao se dirigiu ao lugar onde havia encontrado os heróis. Buscaria Catyr e descobriria o que ele quis dizer com "experiencia de guerra".
Wild End Turn
Todos olharam para Isao como se ele fosse uma abominação, mas logo ponderaram os olhares e abaixaram as cabeças pensativos. Nenhum Justicado agiria daquela maneira, eles foram ensinados a suprimir estas emoções e aceitar a partida dos mortos mas Isao era um caso a parte, havia começado era novo seu melhor amigo foi morto em uma caçada e Isao quis ir pra se vingar mas o Mestre Lay o disse que a floresta das feras, e que como eles tinham invadido tiveram o que mereceram e não era direito dele mata-las.
A verdade é que Isao aprendeu a seguir tudo o que um justicado é, mas a morte do amigo sempre conflitou com seus ensinamentos tanto que ouveram alguma soutras vezes em que ele se indignou com algo mas seu mestre sempre estava lá para repreendê-lo. Isao era imperfeito como Justicado, a própria escolha de poupar o Cavaleiro Negro demonstrava isso pois nenhum outro Justicado faria o mesmo. Mas ele queria acreditar em tudo o que seu mestre havia ensinado e no Reino que o havia escolhido.
Após se sentar do lado de fora do templo e pensar no que faria ele se levantou pronto para ir atrás dos Heróis mas um guarda veio na direção dele.
- Justicado Isao, a Imperatriz quer vê-lo.
Your Turn Wild
Wild Turn
- Leve-me até ela. Será bom ouvir o que ela tem a dizer.
Seguindo o mensageiro Isao se dirigiu ao castelo da imperatriz
Wild End Turn
Andaram por um bom tempo atravessando a estrada entre a terceira cidade e a segunda guilda do exército até que Isao adentrou o grande palácio de Illythia onde nunca havia estado. Havia figuras de rosas vermelhas nos detalhes antigos do lugar que tinha sido restaurado e inscrições antigas de linguagem desconhecida mesmo aos mais antigos do reino. Ao fundo uma clarabóia deixava entrar a luz do círculo de luz, como era conhecido o sol, que batia no centro da sala Ao fundo no trono estava a imperatriz sentada e cercada por velhos justicados conselheiros, e soldados de Elite.
Ao se aproximar ela olhou para ele reflexiva então friamente disse o motivo do chamado.
- Justicador Isao, você voltou ao templo, eis que então tenho uma tarefa para você. Atacaremos as Planícies Negras com nosso melhor exército saindo esta noite daqui e quero que você seja o Justicador deste ataque.
Os Soldados de Elite se ajoelharam ao Isao em sinal de respeito, aquela era uma grande honra.
Your Turn Wild
Wild Turn
- Com seu perdão senhora eu recuso esta missão. A noticia da morte de meu mestre foi demais pesarosa pra mim e gostaria de não ser mandado nesse ataque. Nessas condições certamente serei a ruína do exercito.
Isao se curvou perante a imperatriz esperando sua resposta
Wild End Turn
Os cavaleiros de Elite suaram frio ao ouvir as palavras de Isao, até os Conselheiros se assustaram, todos sabiam o que aquilo significava.
- Você é um Justicado e deve agir como tal. Se não pode ajudar seu reino a batalhar contra os inimigos não me têm serventia. Eu vou abrir uma excessão porque você foi o único Justicado a andar pelo mundo e eu espero muito de você, mas você vai nesta missão, a pena por me contrariar é a morte e você sabe muito bem disso Isao.
Embora estivesse abalado Isao sabia que ela não pensaria uma terceira vez em poupá-lo. A decisão era simples, ir ou ser morto.
Your Turn Wild
Você pode fazer o que quiser, só estou deixando BEM claro que os Illythianos são rígidos quanto as leis.
Wild Turn
Isao olhou em volta, contou os guardas. A desvantagem numerica era grande demais para que ele pudesse tentar uma luta. Mas não queria ir na missão. E não iria.
- Senhora, seja feita sua vontade. Mas antes tenho uma pergunta. Um dos Hérois sabia meu nome e disse que eu sou uma experiencia de guerra. O que isso significa?
Wild End Turn
Ela olhou expressivamente para Isao e falou.
- Catyr... Ele não sabe do que está falando, ele pensa que sabe tudo e que pode fazer o que quiser sem leis, mas nós dependemos das leis para viver protegidos, sem elas não teríamos disciplina e teríamos sido derrotados a muito tempo. É por isso que você vive Isao. Prepare-se para a guerra e proteja nossos soldados com sua sabedoria. Isto é tudo, você pode ir.
E dois soldados vieram à frente para escoltar o Justicado para fora.
Your Turn Wild
Na verdade o último turno seu desta parte.
Wild Turn
- Eu guiarei o exercito nessa batalha. Me esperem na porta do palacio. Agora devo me retirar para meditar e controlar meu espirito. E vocês devem dizer a todos para se prepararem. Provavelmente será a ultima marcha de todos vocês.
Isao caminhava a passos largos em direção ao templo. Ao chegar pegou sua espada e se trocou dirigindo-se a floresta. Se ajoelhou, desembainhou a espada e olhando pra lamina pensou
"Agora querem que eu guie um exercito. Querem meu conselho mas o desprezam quando dou. O que meu mestre diria agora? O que fazer? Ir para a batalha ou fugir? Vejo que ainda não terminei minha jornada, não posso morrer antes de terminar meu caminho. Porem muitos dependem de mim. Se não guia-los eles certamente morrerão. Que conselhos tem pra me dar mestre?"
Enquanto embainhava novamente sua espada disse
- É hora de ver o que o campo de batalha me reserva. Talvez seja hora de lutar contra os inimigos do meu reino. Então, mesmo contrariado irei. Enquanto eu puder ajudarei esses pobres homens que lutam uma batalha que sequer é sua.
Então Isao se dirigiu ao lugar onde o exercito se reuniria.
Wild End Turn
Horas depois o exército de Illythia estava pronto perto da muralha que ligava o Reino à Setrene e o Justicador foi chamado até lá. Isao aceitou um destino que parecia inevitável, ele ia liderar o exército de Illythia.
Gentilezas Negras
Pesmerga estava lutando ao lado de Yuber, os dois aniquilavam os guardas da muralha e adentravam a cidade, poderosos, os dois eram seguidos pelos outros Cavaleiros Negros que os obedeciam cegamente, eles arrancaram cabeças abrindo passagem pelo exército de Illythianos assustados e adentraram no palácio de interior dourado como ouro e perfumado como o corpo de uma nobre. Yuber defendia Pesmerga contra os soldados de Elite, trabalhavam juntos um cobrindo o outro. Yuber socava a cara dos anciões e enquanto que Pesmerga agarrava a Imperatriz pelo pescoço e a erguia até que ela quase não pudesse respirar, ele era forte, musculoso e a tomava para sí alí mesmo mostrando sua superioridade. Depois ele a prendia a correntes para ser sua escrava particular e juntos eles invadiam as cidades comendo a melhor comida, a melhor bebida, tomando outras mulheres lindas e cheirosas de Illythia, os novos reis Supremos de Laernia. Pesmerga...
- CAVALEIRO NEGRO!
...Acordava para a realidade!
- Dormindo outra vez na pedra de vigia? Componha-se seu idiota, Lider Gaul quer falar com você... E PARE DE SONHAR!
Arrancado da bela utopia Pesmerga recolocava o capacete e olhava para os braços de tamanho normal, não eram feios, ele não era feio, mas não eram os braços musculosos de um verdadeiro Cavaleiro Negro. Apesar dele saber lutar muito bem, simplesmente não conseguia se esforçar tanto para fazer os músculos crescerem. Seu rosto também chegava a ser amigável, não colocava medo como o dos outros, mas o pior mesmo eram as constantes humilhações que ele ouvia dos outros cavaleiros, quando criança era chamado de Novato, e mesmo adulto ainda era chamado de Novato. Ele havia participado de batalhas, matado soldados inimigos, mas mesmo assim ele era, o novato.
Descendo da Pedra de vigia ele se perguntava o que tinha acontecido com seu melhor amigo, Yuber, que não vinha vê-lo a dias... Yuber era o único que era bom com ele e por causa de Yuber que ele tinha se tornado um lutador tão bom.
Ver o Líder era normal, afinal o Lider Gaul era seu tio, não que isso melhorasse muita coisa mas só não machucavam Pesmerga para valer nas brincadeiras por causa daquilo e dava pra considerar uma ajuda. O motivo daquela vez era diferente de todos os outros, sentado no trono de pedra de dentro do Castelo da planície Gaul deu um gole grande na taça de vinho e deu a Pesmerga sua primeira missão sozinho.

- Eu quero que você parta agora para Setrene e mate um traidor que se uniu aos Heróis e feriu os nossos companheiros...
Pesmerga não podia acreditar que aquelas palavras fossem verdade, era uma missão séria e ele se sentia muito feliz...
- Mate o traidor Yuber e me traga seu coração.
...Por apenas alguns segundos.
- Ele nos traiu meu sobrinho, e deve sentir a mesma traição e eu quero que seja você a fazer isso pois eram amigos e ele irá sofrer mais. PARTA AGORA! e o procure em Setrene.
Era aquilo, tudo o que o líder queria dizer tinha dito e ele estava tentando entender como o melhor amigo dele podia tê-lo traído e ao Reino, era imperdoável.
Your Turn Limpe
O Limpe ficou com o Cavaleiro Negro, tenho fé que ele vai conseguir se dar bem com ele.
Limpe Turn
Pesmerga não conseguia entender o por que da traição, sabia que seu amigo era muito leal e não faria nada sem antes falar com ele.
Estava decidido, iria atrás de Yuber, mas não o mataria antes de ouvir da propria boca o por que da traição. Embora fosse leal ao seu reino e a seu tio, não mataria Yuber a não ser que tivesse certeza de traição.
Pegou seus equipamentos, e preparou seu cavalo(negro com duas manchas brancas em cada lado como um dado, chamado Fuunan), e partiu para a floresta em busca do desertor. Estava completamente louco com a idéia da traição.
Limpe End Turn
Enquanto Pesmerga seguia com seu cavalo a história também se movimentava... Yuber estava bem longe de Satrene, os Heróis haviam atravessado o Campo dos Ancestrais e ido na direção das Vilas Independentes. O Plano havia ficado em segredo até que chegaram até lá, uma das vilas já estava a espera dos heróis, os alimentaram e após descansarem os aldeões lhes mostraram uma enorme e reforçada Jangada construída com algumas árvores locais...
- Catyr? Para quê uma jangada na vila? Os aldeões perderam o juízo?
- Faz Parte do Plano de Aredel.
- Aredel preparou isto?
- Sim, nós vamos atravessar a floresta de Selene, este é o Plano.
Yuber falava com emoção, mas a emoção no coração das guerreiras era diferente, aquela era uma floresta mortal.
Isao estava em marcha para Setrene, ouvia a estratégia simples do plano de guerra da boca do General do exército.
- Hoje um grupo médio de Cavaleiros Negros vai até Setrene para pegar os "tributos" da População. O Plano é simples, nós iremos esmagar rapidamente este grupo e com isso aumentaremos a nossa vantagem numérica quando avançarmos de Setrene até as Planícies Negras. Temos dois Justicos que causarão uma distração do outro lado da planície e assim que os Cavaleiros das pedras de vigia chamarem a atençao para o outro lado nós correremos o mais que pudermos até a entrada do Castelo da Planície e iniciaremos nosso ataque em massa. Você vai ajudar a liderar os homens e executar o plano, todos contamos com você e eles darão o melhor para honrar a sua presença Justicado...
Enquanto Isao ouvia e pensava sobre o plano, Alliesh também ouvia um plano...
- Bom guerreiras medrosas, o maior perigo das Florestas de Silene é o pãntano por causa das criaturas assassinas na água, mas... Com a jangada as criaturas terão que subir para nos atacar e aí acabamos com elas. Quando chegarmos ao outro lado os Cavaleiros Negros terão saído para o ataque do qual Gaul tem organizado a meses. Como Catyr disse a Aredel que Illythia também tem um ataque para o mesmo dia então os dois exércitos se encontrarão e degladiarão em Setrene, Aredel irá mover o maximo de aldeões para os lugares seguros. Aí nós entramos no Castelo da Planície e eu levo vocês direto até o quarto do líder Gaul onde esperaremos ele voltar e o mataremos assim que ele entrar pela porta. Sem lider os Cavaleiros Negros não saberão o que fazer e provavelmente começarão a lutar para serem os próximos líderes. Meu povo vai ficar bagunçado durante um tempo suficiente para Illythia se aproveitar.
- Como Aredel é esperto não é Catyr?
- Estou muito surpreso que ele tenha criado um plano destes sabendo dos riscos pra ele.
- Não há riscos para Aredel se nós não contarmos nada a ninguém.
- Hummm, agora sim eu estou achando muito esperto.
Guerras estavam prestes a acontecer, homens estavam prestes a arriscar suas vidas e o círculo da manhã se erguia no horizonte quando o cavalo de Pesmerga se assustou e derrubou-o fazendo-o rolar para cima de alguém caído no meio da estrada. Era uma jovem inconsciente e o Cavaleiro negro parou com o rosto a um palmo ao do dela, mas mesmo assim havia algo ainda mais surpreendente na paiságem atrás dela. Como muitas outras pessoas de diversos pontos de Laernia também repararam, havia algo acontecendo que estava muito errado...
Ninguém tinha visto quando tinha acontecido mas o fato é que aquela manhã havia um Castelo flutuando no ar bem acima do Campo dos Ancestrais.
Fim do Capítulo 1
Your Turn All
Última edição: