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Reino Do Amanhã (Kingdom Come)

Golgo13

Usuário
Considero essa uma das maiores HQs de todos os tempos (na verdade, na minha opinião, só perde pra Watchmen).

As ilustrações de Alex Ross são fantásticas, a história é envolvente e culmina em um final primoroso. Sensacional!

Inclusive, estou procurando pela edição encadernada ou a normal mesmo. Se alguém estiver vendendo...
 
É o oposto de "Marvels", não só por ser da DC, mas também pelo fato de que, enquanto Marvels olha para o passado, Kingdom Come olha para o futuro; e enquanto Marvels é contado do ponto de vista das pessoas normais, Kingdom Come é contado do ponto de vista dos heróis.

É uma boa série, mas Marvels é muito melhor, por diversos aspectos.

O primeiro é o argumento. O Waid às vezes deixa tudo melodramático demais, e isso atrapalha um pouco o envolvimento emocional do leitor, que devia ser natural. O Busiek explora isso de forma muito mais satisfatória em Marvels.

O segundo é o grande número de referências, e o quanto a história depende delas. Em Marvels, os heróis vêm e vão, mas o que é realmente importante para a história são as reações que as pessoas tem a eles. Por isso não há a necessidade de se explicar quem exatamente são aqueles caras e o quê exatamente eles estão fazendo.

Em Kingdom Come isso não acontece. Os heróis são a coisa mais importante da história. São eles que fazem a narrativa fluir, e o fato de poucos serem explorados satisfatoriamente deixa a série um pouco sem foco. Ela é inclusive muito difícil de entender pra quem não tem um conhecimento básico de DC.

Mas as referências escondidas na arte do Ross são muito divertidas de procurar. A cena do bar é de longe a que mais tem personagens escondidos. Lá você vai achar num mesmo quadro o Rorschach e o Sombra, além de outros heróis encapotados. E num certo momento aparece um dos Super-Gêmeos como garçom. :lol:

Anyway, essa história tem uma metáfora que pouca gente entende, então acho que é bom eu explicar ela aqui.

Qual é a situação que temos, quando a história começa? Um grande número de fantasiados, todos brigando entre si sem nenhum motivo aparente. Isso é uma metáfora para a própria situação editorial dos quadrinhos americanos nos anos 90.

Nos anos 90, o mercado estava abarrotado de títulos apresentando um monte de personagens que só faziam brigar entre si. Todos tinham que ter um visual "arrojado" e "agressivo", e pela primeira vez víamos o uso excessivo de armas pelos "super-heróis". É exatamente isso que vemos em Kingdom Come.

Além disso, muitos dos "heróis" novos de Kingdom Come são filhos de personagens já existentes da DC Comics. Isso representa o fato de que os personagens dos anos 90 eram, com raras exceções, pouco criativos, muitas vezes meras cópias de personagens já consagrados.

Aí nós temos o retorno do Super-Homem, o herói à moda antiga, que havia sido desacreditado por um personagem que era a síntese das características que eu mencionei (Magog). Isso representa o fato de que as editoras sempre vão recorrer aos seus ícones no final. Por mais que se tenha um personagem mais adequando aos "novos tempos", dificilmente este irá sobreviver tanto quanto aqueles que foram os pilares de tudo que já se construiu no gênero.

Aí nós temos basicamente uma história à moda antiga. Há um vilão (Lex Luthor, o maior ícone vilanesco de todos) que tem um plano de dominação mundial. Há uma grande batalha. Há o sacrifício de um herói (que é o preferido de Alex Ross, diga-se de passagem) e quem sobrevive no final?

Os ícones. E isso é o mais importante na idéia da série.

Nas palavras do próprio Ross: pra que perder tempo com Kyle Rainer se é do Hal Jordan que as pessoas vão se lembrar daqui a 20 anos?
 
Eu gosto muito de Reino do Amanhã.

É diferente de Marvels naum por causa do Reino e sim pq Marvels é diferente. É outro ponto de vista e outro objetivo. Naum acho q dá pra comparar os dois.

Reino do Amanhã é uma das melhores histórias sobre o futuro do mundo dos quadrinho já feita. Normalmente, essas histórias são viajantes demais e focam mais na tecnologia q nos personagens. Reino naum. Ele mostra os personagens com sentimentos, dúvidas quase humanos, ao mesmo tempo q mostra como eles são superiores aos mortais. E a arte de Alex Ross é indiscutível. Na época q a revista estava sendo feita, eu li (se naum me engano na Wizard brasileira, q saia na época) q ele desenhava uma página e meia por mês e q o pessoal da DC ficava esperando terminar e qdo chegava todo mundo ia ver.

Interessante essa metáfora (q na verdade é uma alegoria :roll: ) q vc falou, V. É o tipo de coisa q é até bem óbvia mas a gente naum percebe até alguém falar.....
 
Metáfora, alegoria, no final as figuras de linguagem se resumem a isso: figuras de linguagem. :mrgreen:
 
Tudo que você falou sobre Marvels e Kingdom Come é verdade V
Mas bah
Foda-se
Gosta mil vezes mais de KC, ou Earth X
Marvels é muito pé no chão
E Kingdom Come tem a vantagem da novidade
Marvels só trabalha em cima do que já aconteceu
 
Eu gosto de Marvels justamente por isso. Por fazer a gente se surpreender com coisas que já sabíamos que iam acontecer. Por apresentar um olhar fascinante sobre o óbvio. Obra-prima.
 
Eu gostei bastante da número 1. É a minha favorita. Não se consegue muito material da era dourada da Marvel, e o modo como Waid e Busiek exploraram a personagem do Namor foi bastante legal.
O resto... Sei lá, resto. Tá, é legal, eu gostei também. Mas não deu aquele brilho nos meus olhos.

KC... Putz cara, fala sério. Em Marvels, não se trabalhou tanto as personalidades dos heróis. Na verdade, não se trabalhou as personalidades deles em nada. Em KC, elas ficaram trabalhadas como nunca, bem como os poderes. E as batalhas, putz, putz, putz!
 
Pegue qualquer trecho de Marvels, e ele vai soar como poesia. O texto do Busiek é muito superior ao do Waid. Eu gostei de todos os números, sem exceção. Nas hqs clássicas, a coisa é mostrada como se você estivesse vendo num filme. Em Marvels, é como se você estivesse lá. É tudo meio caótico e espontâneo, e você nem sempre entende o que está acontecendo.

Claro, quem já leu as histórias sabe o que acontece, e isso é igualmente gratificante, pois você vê as coisas por um ponto de vista completamente diferente, um ponto de vista com o qual você pode se identificar.

Marvels foi a primeira hq em muito tempo a trazer aquela sensação de "Ei... é verdade... como é que ninguém nunca explorou esse tipo de história por esse ângulo antes?"

E o Busiek virou mestre nisso, depois, com Astro City.

O óbvio nem sempre é ruim. Quando é o óbvio que as pessoas só notam se você apontar, o óbvio se torna algo brilhante.
 
V disse:
Por apresentar um olhar fascinante sobre o óbvio.

Cara, eu quase posso ver o brilho nos seus olhos com esse post. :lol:

Isso é justamente o que me faz gostar muito de Marvels. Ele cooca um foco realista de encantamento em coisas que realmente são fantásticas.

Pessoas voadoras, homens que atiram chamas das mãoes e mulheres que levantam carros. Isso é fantástico e o cinismo dos cultos transformou isso em clichê.

O ponto de vista do Phil Sheldon sobre os super-heróis foi uma maneira muito inteligente e real de mostrar como podemos ficar acomodados ao ponto de ignorarmos tudo o que há de fantástico a nossa volta, mesmo as mais simples.

O que ele disse sobre a Gwen Stacy coloca tudo isso em palavras, de forma magistral. O Busiek ganhou meu respeito depois desse trecho.
 
As obras do Ross são realmente maravilhosas. Você se delicia a cada página, fica minutos e minutos observando, vendo detalhes (principalmente aqueles escondidos).
Marvels foi um dos melhores investimentos que fiz com relação à HQs. Lembro que liguei para a Devir em São Paulo e encomendei os 4 Volumes, mais O Cavaleiro das Trevas, do Frank Miller (outro clássico).
O fato de Marvels ser-nos apresentada sob o ponto de vista de uma pessoa normal é o que fascina. Você passa a ver os heróis como os seres humanos normais os vêem no mundo das HQs. Eles não enxergam o Peter Parker cheio de problemas, mas apenas uma figura escalando paredes e jogando teias, que talvez para muitos nem seja real. Assim como não conhecem o romance de Sott e Jean, ou a relação interna entre o Quarteto Fantástico. Lá, temos heróis vistos por quem está em baixo. Isto fascina... muito.
Já Kingdown Come, não perde seu valor também, pelo menos não para mim. O V disse tudo: KC é o oposto de Marvels. Ma spara mim é muito bom, talvez tão bom quanto. Lá vemos os heróis clássicos de uma forma nunca imaginada, em um futuro que podemos considerar caótico. Outra obra prima para mim, que não sou nenhum grande perito em HQs (já não leio uma há uns 3 anos talvez).
Um ponto que achei muito legal em KC são as referências bíblicas ao Apocalipse. Ficou bem interessante.
Resumindo tudo: se você não leu nenhuma ou só uma dessas suas obras primas, então corra atrás e leia!!! Acho que leitor algum de HQ que se preze pode se dar ao DESluxo de não ter pelo menos lido (se não possui) clássicos como Marvels, Kingdom Come, Cavaleiro das Trevas, Piada Mortal, Watchmen...
 
Kingdom Come já é na minha opnião um classico podemos ver o velho Super como o que ele é realmente na essencia uma pessoa do campo a historia explora algo já meio manjado o seu relacionamento com a Mulher Maravilha.
Mas quem rouba acena mesmo é o Batman usando um exoesqueleto, ao seu planejamento que se deve ao bom resultado da trama.
Uma curiosidade é que todos os filhos dos super-herois são do sexo oposto dos seus pais com excessão do filho do Batman.

Po V vc não tirou minha duvida sobre quadrinhos Por que?????????????
 
kilson Viegas disse:
Po V vc não tirou minha duvida sobre quadrinhos Por que?????????????

Quando eu não respondo, ou eu não sei ou estou com falta de tempo/preguiça de ir procurar. :mrgreen:
 
Pelo visto, ninguém q tenha o KC está vendendo...

procura em sebo, mas com vontade...... essas revistas mto boas são dificeis de achar e atualmente só usada..... se vc mora em são paulo, uma dica é ir naquela banca gigante da paulista.... o cara arranja tudo pra vc.... ou então ir nessas lojas especializadas....
 
Pandatur disse:
Putz, fazem alguns anos que li KC e não estou lembrado dos "filhos dos super-herois". Quais são?
Tem a filha do Sr Milagre com a Barda, a filha de Dick Grayson com a Estelar, o filho do Batman que foi criado por Ras Al Ghul, tem um sujeito com roupa de Darkstalker que eu não faço idéia de quem é, a filha do Flash... Por aí.
 
Barlach disse:
Pelo visto, ninguém q tenha o KC está vendendo...

procura em sebo, mas com vontade...... essas revistas mto boas são dificeis de achar e atualmente só usada..... se vc mora em são paulo, uma dica é ir naquela banca gigante da paulista.... o cara arranja tudo pra vc.... ou então ir nessas lojas especializadas....

Cara, pior q já procurei pra caramba, tá embaçado mesmo de achar...mas continuarei minha caçada.
 
Eu vi uma edição encadernada com a série completa ontem numa loja especializada daqui =P
Não pode ser tão difícil.
 

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