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Reforma da Língua Portuguesa

O fato de você entender o que se diz de Oiapoque ao Chuí não significa NEM DE LONGE que o português falado é padronizado, entende? Vai desde o "rrrrr" de um caipira falando porta até palavras cujo significado alguém do nordeste discorda de alguém do sudeste, ou de que alguém do norte simplesmente desconheça de alguém do sul. O português falado no Brasil NÃO É unificado, nem de longe.

E nem precisa ir muito longe. Aaté o nacional do ano passado eu nunca tinha ouvido falar que pebolim é chamado de totó no Rio! :rofl:
 
Caraca, eu sempre usava Pára com acento meuu.. estão desvalorizando a cultura dos poucos que a têm! =P
 
Joy disse:
Bruce, compreenda: antes de mais nada, há uma distinção entre o português escrito e o falado. Através do escrito é até possível atingir uma "unificação", mas do falado, NUNCA o será. O fato de você entender o que se diz de Oiapoque ao Chuí não significa NEM DE LONGE que o português falado é padronizado, entende? Vai desde o "rrrrr" de um caipira falando porta até palavras cujo significado alguém do nordeste discorda de alguém do sudeste, ou de que alguém do norte simplesmente desconheça de alguém do sul. O português falado no Brasil NÃO É unificado, nem de longe.
Joy, o que eu quero dizer é que qualquer brasileiro assiste o Jornal Nacional ou lê um manual de instruções sem qualquer problema. Vc não precisa fazer um em francês, outro em alemão, outro em italiano. Nem precisa fazer um pro Amazonas, outro pro Sul, outro pro Centro-Oeste. Agora, pequenas diferenças de pronúncia e vocabulário, existem até no meu bairro, pô. Vc tá botando palavras na minha boca; eu não disse em momento algum que a língua falada tem que ser padronizada, nem que eu acho isso possível. Como eu falei, no país nós temos UMA só língua, e ela se faz entender em todo o território brasileiro, principalmente a lingua formal. Qualquer padronização tem limites, e quando eu digo que questões fonéticas e regionalismos são marginais, é justamente pq além de ser impossível padronizar isso, é desnecessário e irrelevante até. Vc tá reclamando de uma coisa q eu concordo.

Não há um "foco da questão". A reforma é inútil porque não fará o que propõe fazer (ponto).
Sim e eu já concordei no meu post anterior. Eu tava explicando pra Tails q eu refutei os argumentos dela e do Mene por que eram os motivos errados, IMO.

Nossa, melhor esquecer a discussão...não vai levar a nada mesmo. Concordo com todos os argumentos da Joy.
Tbm acho q a gente tá discutindo à toa, eu já concordei, inclusive. Justamente por não entender nada de linguística eu pedi a opinião da Joy.
 
Última edição:
Não considero uma discussão à toa descer o pau nesta reforma bagunçada. Se fosse pra simplificar, então que suprimissem alguns tempos verbais que raramente serã empregados pelos alunos após a conclusão dos estudos. Assim como os vários "porquês" (este sim, é uma eterna luta).

O grande problema dos livros didáticos que ensinam o Português é o seu tom formal e muito preso a detalhes, utilizando como exemplos textos de autores já consagrados e que conhecem os nuances da escrita como poucos. Os livros deveriam ser mais práticos, sem se prender tanto em listar as funções da conjunção "e" e sim em toda a estrutura da frase em que a palavra está inserida.
 
"Regionalismo" não deixa de ser um termo até relevante, se expandirmos para o mundo. Aliás, um dos pontos que tenho insistido contra essa reforma, é que a língua é um reflexo da cultura de um país (aliás, mais do que um reflexo, é um dos elementos principais). Querer "unificar" é querer fazer de conta que não somos todos diferentes. É negar nossa história, negar o que fez do português que falamos aqui hoje em dia ser o que é. Isso inclui palavras indígenas, por exemplo.

Até por que pode-se afirmar que a língua falada é a forma mais natural de comunicação do ser humano. Não é nada imposto, como a língua escrita.

Portanto também não dá para dizer que existe uma maneira errada de se falar. Existe sim um modo mais consonante com aquilo estipulado pela escrita, que seria a "pronúncia formal" (sei lá se existe esse termo), mas isso não significa ser mais certo.



E nem precisa ir muito longe. Aaté o nacional do ano passado eu nunca tinha ouvido falar que pebolim é chamado de totó no Rio! :rofl:

E também não conhecia o Fëanôrrrrrr da Valinôrrrrr. :dente:
 
Não considero uma discussão à toa descer o pau nesta reforma bagunçada.



Qdo eu disse que seria uma discussão à toa eu me referia que, enquanto ficarmos aqui no Fórum no "discordo", "concordo", "eu acho", nada vai mudar, infelizmente. Aqui, é uma discussão saudável, vale pra entendermos melhor o ponto de vista de cada um e notarmos que ainda existem pessoas coerentes que realmente discordam dessa palhaçada.
 
IBGE: ANALFABETISMO CAIU, MAS AINDA É ALTO

O analfabetismo no Brasil prossegue em queda, mas permanece em patamar elevado e em situação desconfortável em relação a outros países da América Latina, segundo observou Ana Saboya, responsável pela Síntese de Indicadores 2007 do IBGE, divulgada hoje. Ela apresentou dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), relativos ao ano de 2005, que comparam as taxas de analfabetismo urbano para pessoas de 15 anos ou mais de idade em vários países da região.

O Brasil estava em nono lugar entre as taxas mais altas em 2005, com taxa de analfabetismo urbano em 11,1%. Perdia apenas para países como Haiti (45,2%), Nicarágua (31,9%), Guatemala (28,2%), Honduras (22,0%), El Salvador (18,9%), República Dominicana (14,5%), Bolívia (11,7%) e Jamaica (11,3%).

A taxa de analfabetismo urbana do Brasil é muito superior às apuradas no grupo de países fundadores do Mercosul, por exemplo. Em 2005, o Paraguai tinha taxa de 5,6%; a Argentina, de 2,8% e o Uruguai, de 2,0%. A menor taxa da região foi apurada em Barbados (0,3%).

Os dados reunidos pelo IBGE mostram também um esforço significativo de redução do analfabetismo em vários países latino-americanos, entre 1995 e 2005. No Brasil, houve uma queda na taxa de analfabetismo urbana para população acima de 15 anos de idade de 15,3% para 11,1% no período. Na Bolívia, caiu de 17,9% para 11,7%. No Paraguai, de 8,1% para 5,6%. No Peru, de 12,2% para 8,4%.

"O contingente de analfabetos ainda é muito expressivo e tem sido um desafio para os governos", disse Ana. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), na qual foi baseada a Síntese divulgada hoje, revelou, para o total do País, uma taxa de analfabetismo de 10,5% em 2006, o que corresponde a 14,4 milhões de indivíduos.

Dos 14,4 milhões de analfabetos no Brasil em 2006, a maior parte era de pretos (terminologia utilizada pelo IBGE) ou pardos (67,4%), enquanto 32% eram brancos. Na divisão por idade, o maior porcentual de analfabetos (36,4%) tinha entre 40 e 59 anos, enquanto o menor porcentual (5,8%) tinha entre 15 e 24 anos.

A pesquisa mostra também que a taxa de analfabetismo é inversamente proporcional ao rendimento familiar. Enquanto a taxa de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais de idade, para o total do País, era de 10,4% em 2006, chegava a 17,9% para as classes de rendimento familiar per capital de até meio salário mínimo. Para a faixa de rendimento acima de dois salários mínimos, a taxa era de 1,3%.

A taxa variava significativamente também entre as regiões: enquanto no Nordeste chegava a 20,8%,?ou exatamente o dobro da média do País, no Sul era de 5,7%. Dos 14,4 milhões de analfabetos no País em 2006, mais da metade, ou 7,6 milhões, estavam nessa região.

A Síntese de Indicadores Sociais foi elaborada principalmente com os dados da Pnad 2006, que foi divulgada pelo IBGE no dia 14 de agosto, e traz informações sobre aspectos demográficos, educação, domicílios, famílias, casamentos e raça, entre outras.
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Fonte: G1 28/09/2007

Só esta estatística já seria suficiente para acabar com as pretenções de Reforma da Língua Portuguesa.
 
Só isso?! E ainda precisam fazer pesquisas recentes pra descobrir?!

Bom, que seja...eu sinceramente não tenho mais esperança na humanidade, menos ainda no nosso governo...
 
Culpa o governo também é uma saída meio fácil. O governo tem sua parcela de culpa sim, mas e sobre os diversos que tiveram oportunidade de serem educados em escolas privadas, e mesmo assim não dominam a própria língua? A "culpa" está em todo canto. Vai desde essas faculdades meiaboca que "formam" professores que sequer sabem o que estão estudando, passando pelas escolas que os contratam e os alunos que não querem p* nenhuma (que eu ainda acho que formam a grande parte do coro do "Eba, o português ficará mais fácil!!").
 
Eu acho essa reforma uma B*sta. sinceramente.
Sei de todos os problemas estruturais de educação, culpa do governo, culpa dos professores, culpa especial dos próprios alunos que também estão pouco se lixando pra estudar.
Acho uma perda horrorosa, a língua é a identidade de um povo. Deviam se preocupar mais com a melhora geral da educação (formaçãod e bons professores e etc) ao invés de fazer mais uma lei pra tapar o sol com a peneira. COMO SEMPRE.
 
Não culpo só o governo não, a culpa é geral sim...por isso não consigo mais ter fé ou esperança na humanidade. Continuo a considerar uma besteira o voto ser obrigatório, por isso nosso governo está essa m***.
 
Adoraria convidar um de nossos membros de Portugal para escrever um texto usando expressões regionais típicas e também as normas da tal "reforma". Veríamos então que tirar acento não faz a menor diferença.
 
Culpa o governo também é uma saída meio fácil. O governo tem sua parcela de culpa sim, mas e sobre os diversos que tiveram oportunidade de serem educados em escolas privadas, e mesmo assim não dominam a própria língua? A "culpa" está em todo canto. Vai desde essas faculdades meiaboca que "formam" professores que sequer sabem o que estão estudando, passando pelas escolas que os contratam e os alunos que não querem p* nenhuma (que eu ainda acho que formam a grande parte do coro do "Eba, o português ficará mais fácil!!").
Essa história de culpa é sempre a mesma. Perdemos empo tentando achar o culpado mas não a solução.

Ponto é, a educação no Brasil é e pelo jeito sempre será medíocre. Tirando algumas escolas particulares que ainda se salvam...algumas...

Se nortearmos nossa conversa por ai, teremos que falar em salário de professor, escolasa esculhambadas, qualidade na formação dos professores...
E ai cai tudo em cima do governos sim. Mas também temos nossa parcela de culpa em não educarmos nossos filhos em casa de uma maneira correta, para que ao menos eles tenham interesse em estudar.

Como você mesmo disse, aluno tá é achando bom, porque vai ficar mais "fácil".
 
O problema não é em culpar o governo, que tem quase toda a culpa sim. O problema é falarmos do "governo" como se não tivéssemos nada com isso. O problema é falarmos "do governo" e pactuarmos com o que ele faz. Não cobramos dos nossos governantes as atitudes que queremos. Falarmos que "eles roubam" mas somos os primeiros a querer nos dar bem quando temos oportunidade. "Eles", "o governo", na verdade somos nós. Sem falar no fato de que culpar os outros não resolve nada...

Eu acho louvável a atitude de muitas pessoas em práticas de caridade, voluntariado, filantropia. Mas eu acharia muito mais importante se essas pessoas fossem engajadas politicamente.
 
O problema não é em culpar o governo, que tem quase toda a culpa sim. O problema é falarmos do "governo" como se não tivéssemos nada com isso. ...

Nossa culpa começa pelo voto...afinal, somos nós que colocamos eles no poder. E qdo temos a chance de fazer alguma coisa e tirá-los de lá não fazemos.


Eu acho louvável a atitude de muitas pessoas em práticas de caridade, voluntariado, filantropia. Mas eu acharia muito mais importante se essas pessoas fossem engajadas politicamente.

Sinceramente, eu acho absurdo...o governo tem a obrigação de manter isso sim, os impostos que pagamos e não são poucos, são destinados à educação, saúde etc. Bem, na prática não funciona assim, e justamente por causa disso que há ONG´s e pessoas que são voluntárias ou fazem algum tipo de serviço comunitário para ajudar instituições, escolas e afins.
Acredito que as coisas só funcionem assim justamente por não serem engajadas politicamente...pq são completamente independentes.
 
Se esta reforma fosse séria, muitos políticos já estariam se articulando para engavetá-la. As pessoas desconhecem o grande benefício de se estudar o nosso idioma. E raposas políticas sabem disso, utilizando de palavreado cheio de floreios e pompas, mas sem qualquer conteúdo prático. Gostam de falar de "Pacto", "Melhoria na Educação", "na Saúde"... etc. Sempre generalizando e sem apontar de onde irão tirar recursos técnicos e finaceiros para suas "obras". Se mais cidadãos se dessem conta deste engodo nos discursos, aí sim veríamos uma grande melhora de representantes no Congresso.
 

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