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[Rede Globo] Capitu

Eu assiti o primeiro capitulo e até gostei, porém, o estilo hoje é dia de mara não me agradou muito não, foi mais teatral do que deveria, seria melhor se fosse no estilo de novela e tals, acho que dava mais uma seriedade a importância da obra.
 
Eu de forma alguma ampliei minha reclamação à Globo ou a outras séries dela =] Mas eu afirmei que Dom, um filme da Globo Produções (se não me engano) foi um fiasco em todos os sentidos e, pela propaganda, DiaDeMariazaram o coitado do Casmurro, transformando o livro literalmente num circo e Bentinho em um clown

=]


Eu não consigo ter argumentos para discutir contigo!
 
eu não vi o primeiro capitulo, então vou aguardar pra ver se vou ver agora pra comentar sobre a serie em si...

mas acho que o Brasil carece um pouco de se voltar pro teatro mabembe, uma das vertentes de teatro mais ricas aqui do brasil...

principalmente casado com outras midias que não o teatro

eu queria ver o cinema explorando mais isto por exemplo...

foi atraves do mambembe que os trapalhões surgiram por exemplo...

mas realmente quero reler e ver a serie para comentar sobre a adpatação em si.
 
eu não vi o primeiro capitulo, então vou aguardar pra ver se vou ver agora pra comentar sobre a serie em si...

mas acho que o Brasil carece um pouco de se voltar pro teatro mabembe, uma das vertentes de teatro mais ricas aqui do brasil...

As pessoas andam confundindo alhos com bugalhos neste tópico justamente neste aspecto. Pessoalmente eu acho que ele devem usar qualquer linguagem possível na teledramaturgia, principalmente em obras que funcionaram, como Dia de Maria.

Isso é perfeitamente aceitável e aplaudível...


mas realmente quero reler e ver a serie para comentar sobre a adpatação em si.

... mas pegar o Mahcadão pra fazer isso? Há inúmeras obras mais interessantes e que se adequam melhor a esse formato. Vide "Dia de Maria".

Daí a coisa dá errado com Dom Casmurro e eles empacotam projetos novos só pq escolheram mal a adaptação.
 
Pois achei justamente o contrário de quem achou exagerado e detestou. Pra mim o grande mérito da série foi ter corrigido os maneirismo, exageros e confusões de A Pedra do Reino e Hoje é Dia de Maria. Mantiveram a levada estilística, mas não viajaram na narrativa. Ficou no tom ideal.
 
Mas e a adaptação?

Estou me lixando pros recursos estilísticos. Quero saber qual a dimensão do estrago na obra do Machadão.
 
Mas e a adaptação?

Estou me lixando pros recursos estilísticos. Quero saber qual a dimensão do estrago na obra do Machadão.

O texto é 100% retirado da obra.

De resto, vou ser sincero que não posso falar muito pq li Dom Casmurro faz 10 anos.
 
O texto é fiel, bom.

Quais cenas cortaram? Quais ampliaram? Quais destacaram? Bentinho se tornou um clown, como parece? Capitu virou uma heroína injustiçada da raça humana? Manteve os costumes da época?

Dom Casmurro não funciona transferido pros dias de hoje. Sim, DNA.
 
A época é a do livro mesmo, mas volta e meia jogam elementos contemporâneos. Tipo, quando ele tá comentando da origem do apelido Dom Casmurro e diz que pode até ser que confundam que foi escrito pelo jovem poeta que lhe deu o apelido, aparecem uns flashes como se o poeta do trem tivesse virado celebridade, e aí tem várias câmeras digitais em cena. Mas essas inserções de modernidade são sutis e bem rápidas, e geralmente não são ligadas de forma relevante à trama.

O bentinho é um misto de amargurado e nostálgico. Tipo um personagem apaixonado, mas ferido. Não achei ele um clown não. Aliás, achei o cara que faz ele adulto o melhor ator até então (embora a garota que faça Capitu seja de fato apaixonante - aliás, a cena em que ele se lembra da primeira vez que a viu é a melhor da série até aqui).

E sobre a Capitu, ela não é heroína nenhuma até agora. É a vizinha pela qual todo garoto de 15 anos se encantaria. Provocadora e interessante sem exagero algum, sem cair na vulgaridade ou coisa do tipo.
 
Quanto aos recursos estilísticos, que foi a única coisa que me incomodou (já que o texto, gaD, é fiel ao livro), essa foi a minha opinião lá no OMG:


Edu disse:
Eu não gostei da teatralidade exagerada, das caras e bocas dos atores, dos "stops" dados em certas cenas para depois continuá-las com mais doses de interpretação exagerada de personagens, etc. É como se a história estivesse cheia de lacunas, e quando assistimos ao episódio vamos pulando as diversas lacunas e nos atendo apenas a flashes/recortes da obra, a cenas sugestivas com músicas sugestivas, que apenas sugerem emoções e acontecimentos.

Quanto à mistura de elementos contemporâneos com os de época, é algo que, nesse primeiro capítulo, não esteve muito presente, a meu ver. Temos, no começo, Bentinho andando de metrô e depois a história passa para a rua Matacavalos e permanece ali, sem nenhuma (ou quase nenhuma) presença de elementos modernos. Se esses elementos persistirem nos próximos episódios, pode ser interessante, mas no primeiro episódio, IMO, não funcionaram lá muito bem.

Do ator que faz o Bentinho jovem eu não gosto já faz tempos, sei lá, ele sustenta uma cara apalermada em todas os trabalhos que faz, e sua interpretação de emoções distintas sempre se reflete em cima dessa cara de palerma, o que chega a ser cômico em algumas situações. Sei lá, pode ser a expressão facial do menino que seja estranha, mas acho que poderiam ter arranjado gente melhor pro papel, esse menino tem muito cara de ator do Sítio do Pica-pau Amarelo pro meu gosto.

Eu não acho essa série primorosa, assim como não achei Hoje é Dia de Maria. Embora Capitu seja mais "legível" que HeDM (em algumas cenas de HeDM, especialmente dos primeiros capítulos, algumas falas de personagens simplesmente não podiam ser entendidas), continuo achando ambas muito, na falta de palavra melhor, "fingidas". Com "fingidas" quero dizer que ambas as séries apresentam elementos narrativos díspares, cortes estranhos nas cenas, ângulos esquisitos e tudo sem um propósito bem definido a não ser de contar a história segundo uma outra visão. Isso não seria de todo mal se o modo como estão contando a história de Dom Casmurro nessa série fizesse sentido, mas não faz. Todos esses elementos se misturam na tela e não há nenhuma coesão ligando-os, nenhum fio que permeia todas as cenas, personagens, ângulos estranhos e caras e bocas e dê sentido a tudo isso, torne a obra suave, verdadeira, realmente primorosa. Isso é o "fingimento" do qual falo.

Em resumo, eu não gostei de Capitu, assim como não sou fã de Hoje é Dia de Maria, porquê as séries misturam coisas demais, músicas distintas demais, ângulos, interpretações e o etc. todo demais sem que haja uma justificativa para eles e, pior, um elemento de transição. Quer quebrar o ritmo de uma cena para dar lugar a outra? Tudo bem, isso pode ser feito, mas tem que ser feito de maneira que faça sentido. As mudanças de foco, narrativa e ambiente em Capitu são despropositadas, apelando apenas para a demonstração de um modo de fazer arte original que, a meu ver, peca em amarrar os fios soltos de personagens, narradores, lugares e o escambau todo da mini-série.


Devo ressaltar que essa é uma opinião baseada nos meus sentimentos ao assistir a Capitu, e que não tem embasamento teórico-técnico, então, se forem descer o pau na minha crítica, tenham isso em mente :dente:
 
O texto é fiel, bom.

Quais cenas cortaram? Quais ampliaram? Quais destacaram? Bentinho se tornou um clown, como parece? Capitu virou uma heroína injustiçada da raça humana? Manteve os costumes da época?

Dom Casmurro não funciona transferido pros dias de hoje. Sim, DNA.


Sim, uma das melhores adaptações que eu me lembro de ter visto para uma minissérie baseada num livro foi "Os Maias". Por que? Porque se manteve fiel ao seu contexto histórico e ninguém quiz inventar. Dá impressão que qualquer adaptação hoje se não for de "vanguarda" não presta. Pra que misturar elementos atuais aos de época? Fica uma coisa meio gratuita, sem sentido. Como se a obra por si só não bastasse.

Quer ter sucesso na adaptação de Machado? Coloca um bom elenco e não se meta a inventar. Um feijão-com-arroz bem temperado sempre dá certo e alimenta.
 
Última edição:
Vi o primeiro capítulo, e até então minha crítica foi favorável. Mas houve dois elementos que me incomodaram: primeiro foi o uso da trilha sonora de "O Poderoso Chefão", cuja escolha não me agradou e não achei que tivesse qualquer coisa a ver com o contexto em que ela foi usada na minissérie.

Segundo, esses flashes com os tempos modernos. Parecem simplesmente uma mania de querer reinventar a roda, e não vi nada que o ligasse artisticamente à narrativa, ou que pudesse dar um novo ângulo à história. Enfim, como disse o pessoal que não gostou do primeiro capítulo, houve em certos momentos uma falta de coesão dos elementos postos em cena.

No mais, eu gostei bastante do aspecto delirante da coisa toda, já que esse já tem uma função contextual de representar, de forma intencionalmente exagerada, as emoções e a mistura de idéias na cabeça de Bentinho, durante qualquer fase da sua vida. E, afora a primeira observação, gostei bastante da trilha sonora, inclusive o uso de "o Guarani", "God Save the Queen" (dos Sex Pistols) e "Elephant Gun" do Beirut.
 
O problema de se adaptar uma obra alterando sua temporiedade é transportar de maneira que não fiquem estranhas certas visões da sociedade da época e como se lidava com elas, se tal influencia é determinante a narrativa, já que o cenário em si, a moda, os aparatos de cena, tudo é parte reflexo desta visão da época, a meu ver. Exemplo: Se vc fosse adaptar sítio do pica pau amarelo com o texto na integra, ou seja, bem fiel, iam queimar o diretor por racismo. Só que se vc contextualizar o racismo da obra com a época em que foi escrito, vc "normaliza” (o que é diferente de justifica) tal característica da obra de monteiro lobato. Muito difícil seria passar como normal tal característica com os dias atuais. O cerne das estórias costuma ser universais, vc consegue contextualizar Romeu e Julieta em qualquer época com certa facilidade por exemplo. Hamlet já é uma coisa mais complexa, já que em parte envolve questões políticas de época da Dinamarca, e a época é bem influente no cenário da narrativa. No caso de Capitu, o pouco que eu vi, na verdade a pretensão parece ser mais criar um lirismo meio atemporal, ate porque o figurino mantém bem fidelidade com a questão época por exemplo. Se os aspectos modernos são usados com gratuidade ai realmente só vendo a série. e realmente ate que ponto se vai justificar esta escolha por este estilo narrativo(como a estoria do delirio de casmurro) eu tambem não sei.
E dai se o texto é um texto que consegue se desprender e funcionar atemporalmente já é outra discusão. Textos clássicos brasileiros tendem a manter uma influencia forte de época, e são realmente bem difíceis de se trabalhar deslocando para um atemporização ou modernização. Tanto que é muito difícil, cada vez mais, fazer crianças nas escolas lerem clássicos, já que os mesmos se distanciam cada vez mais das realidades cotidianas que a criança conhece. Sendo bem feito, mantendo o contexto, a idéia, e o mais difícil, a ambientação, eu acho valido adaptações. O mais difícil pra mim é que das duas uma:
Ou vc transporta a influencia social do cenário e ai os modernos não entendem direito (acho que a maior critica que vi em cima de Capitu) já que não estão familiarizados, alem da dificuldade de se traduzir com fidelidade os componentes de cena. Neste caso se mantém uma fidelidade maior, mas o anacronismo é bem suscetível, ou então a dificuldade de interpretação.
Ou vc adapta a obra em si para que a influencia de época não seja necessária, não com fidelidade a elementos da época do texto original, e acaba que se reescreve a estória, o que é um risco grande para a integridade da mesma.
Difícil, mas não acho que não possa ser feito.
 
Eu acho que Dom Casmurro é instransponível por uma razão muito simples e científica: teste de DNA. Hoje em dia nenhuma, absolutamente nenhuma pessoa passaria pela dúvida de Bentinho, sem pensar imediatamente na solução de um teste de DNA rápido e sigiloso.

Pedir para o telespectador para ignorar um fato tão cotidiano e tão normal eu acho que seria exigir demais. É muita "realidade" pra ele esquecer. E isso já foi tentado no filme "Dom" (não funcionou).
 
Hummmm melhor cena... eu achei todas tão boas que é difícil escolher. No primeiro capítulo eu cito a do cavalo e a dos riscos no chão (com eles deitados). No segundo, a cena do beijo foi maravilhosa e ele indo pro seminário com ela na janela.

O texto é o livro, mais fiel que isso impossível :lol:

E adorei a música tema dos dois.
 
Então, terminando o House acabamos vendo um trechinho, justamente o do beijo. Otexto é fiel, eu me recordava das palavras, e isso é o melhor da série, sem dúvida - melhores diálogos impossível.

A parte que eu não gostei muito foi o visual do Bentinho velho, esse estilo todo meio exagerado, meio clown, meio over. Mas fechando os olhos ficava ótimo :D E a guria como Capitu nova não pareceu ruim, mas vi pouca coisa - a parte dos olhos de cigana ficou meio nada a ver, achei :think:

O bom da obra é o Machadão e o ruim é o visual, o estilo.

Ou seja, falhou como obra de TV :lol:
 
Eu só vi um bloco (o sono impera, e eu tinha acabado de ver um episódio de Mentalist e um de House ehehe), mas do pouco que vi, gostei do Bentinho narrador. A entonação dele para alguns trechos deram novas cores ao que eu já conhecia, ficou tão bonito. Mas tem qualquer coisa na interpretação do Bentinho moço que achei incômoda.
 

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