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Realidade da Educação (Charge)

Encontrei esta charge na internet. Achei interessante. Acho que vale a pena refletir um pouco sobre a educação que queremos para nossos cidadãos.

Dêem uma olhada.
 

Anexos

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Acho que vale a pena refletir um pouco sobre a educação que queremos para nossos cidadãos.

Dêem uma olhada.


Concordo contigo, e gostei da charge apresentada. Ela demonsta como anda a Educação brasileira hoje em dia.

A Educação no Brasil está órfã de pai e de mãe. Pai (o Estado) que não investe conforme deveria, não remunera seus profissionais e não dá atenção às necessidades verdadeiras das Instituições (escolas); órfã de Mãe (a sociedade) que não respeita, não dá valor e não encara o papel do profissional como Mestre, Educador, agente transformador na vida dos alunos e da própria sociedade.
Os profissionais da área, a maioria são antigos na profissão, que têm que se virar para acompanhar as mudanças da sociedade, as transformações do mundo, para poderem ensinar conforme o ritmo da evolução humana.
Não convém, hoje em dia, o professor ensinar de uma forma que para os padrões modernos, já está ultrapassada. A Língua e a Linguagem se transformam assim como a natureza.
 
Infelizmente, todos concordam...

E a grande maioria vai fazer igualzinho à charge quando tiver filhos.
 
Ehtyaron expôs admiravelmente bem. Não só o Estado ignora a educação ou não lhe dá as devidas condições, investimentos e talz, e a sociedade não valoriza os profissionais da educação, como temos uma cultura difícil de ser apagada.

Nossa cultura valoriza o que é útil, imediato, transitório. É uma cultura educacional basicamente positivista, que dá grande ênfase à matemática e a seus cálculos aplicados a várias disciplinas. A abordagem humana das mesmas disciplinas é recente, como é recente coisas como acompanhamento pedagógico, psicológico e físico.

O que se valoriza na educação? Um sonho, uma ideologia patética: 'estudar muito para ser alguém na vida'. O que se quer dizer com essa frase? Que mensagem se quer passar?

A mensagem do consumismo, do amor ao dinheiro, apego aos bens materiais, mentalidade conservadora, noção infantil de realidade.
O que nossas crianças mais pobres buscam na escola? Merenda. Roupa. Amigos. Um sonho de um empreguinho bom, com salário alto e vida feliz com mulher e filhos.
E as mais ricas? Amigos. Vontade de seguir os passos dos pais ricos e construir sua própria fortuna. Ou não querem nada com nada.

E onde está o espírito crítico, a mentalidade transformadora, a busca por sonhos que transforme algo além do meu quintal, onde estão meus ideais, ideiais verdadeiros, não cópias deturpadas de ideologias várias? Aqui não existem. Nossas crianças não filosofam, elas fazem contas.
 
Ehtyaron expôs admiravelmente bem².
Realmente, tanto o Estado quanto a sociedade não vêm a importancia do papel da Educação como algo revolucionador. Apesar das falsas esperanças que dão ao povo sobre suas crianças serem o futuro da nação e que eles os levariam a tal, na verdade tudo é regido pelo comodismo. Enquanto tudo continuar como está, o Estado continuará bem, com sua "boa vida", de poucos. O povo continuará a depositar suas esperanças na eterna "proxima geração", seguindo suas vidas sofridas enquanto a sociedade os engloba em seu manto de cegueira.
 
Sou estudante de Letras, e o meu curso é focado em Licenciatura em Língua Portuguesa e respectivas Literaturas, ou seja, ter licença para dar aula.
Mas sinceramente não sei se quero isso para o meu futuro. Faço este curso porque gosto deste ramo; sempre tive contato com o mundo da literatura, da escrita, da Língua, etc, então estou cursando Letras para adquirir informação, expandir meus conhecimentos.

Se a imagem do profissional (professor) fosse outra em nosso país, aí seria outra história.

Por que, hoje em dia, se um professor chega para um aluno de ensino público e o repreende, basicamente o aluno diria:

"Ow professor, tu não tem medo de acordar com formiga na boca não?"; "O senhor não tem medo de apanhar?"

Fora os palavrões e outras respostas que dariam; afinal já presenciei isso fazendo estágios.

E se fosse um aluno de escola particular, poderia acontecer dele falar:

"Ow professor, o senhor sabe quem é meu pai? Sabe quem é minha mãe?"

Então é foda, a situação fica crítica em qualquer lado.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
 
Eu penso que os problemas da Educação são antigos e profundos. Lembro de ter aprendido Em SDA que quanto mais antigo o mal, mais díficil e demorado é estirpar o mal.

Talvez se os partidos não tivessem polarizado o pensamento científico em favor de em batalhas dentro de si seria melhor.

Dentro de cada grupo (esquerda, direita e centro) tem ocorrido que vários "governantes-chave" se mantèm apenas na batalha de "Tradicionalistas versus Progressistas".

E os piores defeitos do exagero de cada grupo são:

-Tradicionalistas radicais são alérgicos a sistemas melhores.
-Progressistas radicais desejam cometer loucuras em prol das rupturas.
-Centristas radicais desconhecem ou lutam contra a visão universal.

E se o pensamento que orienta a educação fosse mais voltado para transições entre situações diferentes teriam uma outra opinião mas centrada na formação dos novos.

Curiosamente nossa situação fecha com grande parte do quadro que se delinea.
 
Última edição:
Nossa cultura valoriza o que é útil, imediato, transitório. É uma cultura educacional basicamente positivista, que dá grande ênfase à matemática e a seus cálculos aplicados a várias disciplinas. A abordagem humana das mesmas disciplinas é recente, como é recente coisas como acompanhamento pedagógico, psicológico e físico.

PÁRA TUDO...

Verifique o Enem, a Lei de Diretrizes e o que o MEC quer.

Desculpe desfazer sua doce ilusão. Não é a matemática, ou exatas a culpada pelo imediatismo.

E o "positivismo" não é uma filosofia iluminista/iluminoob do século dezoito ou dezenove.

"Interessante brinquedo, sr. Faraday/Franklin, mas não vejo nenhuma utilidade para ele"

Faraday/Franklin: "Também não vejo nenhuma utilidade para bebês. Mas mesmo assim os temos"

Não é a "ciência" (entenda-se exatas) a vilã.

Existe uma piada que circula nos campi a respeito das faculdades de educação no Brasil. Que os pesquisadores ali estão em uma torre de marfim, e nunca mais depois de Piaget nem sequer observam o comportamento lúdico dos próprios filhos, quanto mais das escolas/faculdades/supletivos/etc.

O que é o "aprovação automática", senão o entusiasmo de alguém que tem livre passagem pela Secretarias de Educação, e sem nem ao menos consultar os professores, resolveu que a avaliação deve ser um processo contínuo yaddayadda...

Claro que a classe dos professores é EXTREMAMENTE avessa a mudar suas rotinas. Portanto, a coisa mais idiota é esse negócio "up-down" da educação: um chefão decide adotar uma nova didática, e "capacita" com apostilas e alguns meses de "treinamento", força goela abaixo dos professores a nova ordem.

Fala sério: reciclar os professores é um trabalho de demandaria ANOS e não dois meses, ou uma apostila.

Era muito óbvio que essa política resultaria na distorção do sonho do idealista. Como é que conseguiriam manter a identidade do projeto original, se não explicam para os EXECUTORES detalhadamente tudo que será feito?

E por que falhou? Por que não contou com planejamento, uma estrutura para tornar real uma idéia (cadeira é uma idéia: tente torna-la realidade sem um bom projeto!)

Executor não é o secretário da educação, não é UM pedagogo com Ph.D em alguma porcaria estrangeira. São os milhares de professores, emburrados e nada convencidos que isso vai dar certo.

E essa pessoa é um "cientista puro", que não acha necessário nenhuma aplicação, nenhum método objetivo (ferramenta) para ajudar o professor a avaliar os alunos.

Onde que esse cara seria positivista? A meu ver seria mais um Dom Quixote vestido de "exterminador do futuro" (tinha uma figura do José Serra com metralhadora com esse rótulo na USP)

Se não é nada inteligente responder "porque sim Zequinha" para o aluno questionador e pentelho, porque seria inteligente obrigar (e não convencer) o órgão executor?

******

O "positivismo" não é de hoje. Sempre a humanidade só quer saber da utilidade de qualquer conhecimento. É a pergunta mais repetida por todos os 6 bilhões de seres humanos na Terra e todos os que já morreram.

Por isso que comentei "triste, mas o mais triste é que 99% dos usuários aqui vai cometer o mesmo erro".
 
Última edição:
Ilusão? Talvez, mas é igualmente ilusório culpar os responsáveis pela educação sem considerar a sociedade em que vivemos, as influências filosóficas, o peso da ideologia consumista, imediatista, burguesa em que estamos inseridos. Na verdade, nada muito diferente do que eu ou você colocamos.
 
Também dou aula e sei da realidade. Sou também professor a muitos anos. Na escola pública, os alunos não sabem ler e escrever. Essa tal de escola plural onde o aluno passa sem saber foi a destruição da atual sociedade e da próxima. Existe uma onda de permissividade em nossa sociedade onde o SIM sobrepóe o Não em tudo. O aluno pode tudo!

Ele sabe que se não estudar, mesmo assim vai passar de ano porque isso é uma determinação do estado, prefeitura e etc. Falo isso porque dou aula.

Quando o aluno chega no ensino médio fica tão, mas tão constrangido por não acompanhar o ritmo que logo logo abandona a escola e vai para a informalidade e criminalidade.

O tal do ECA (Estatudo da Criança e Adolescente) contribiu de maneira brutal para o aumento da violência nas escolas e na sociedade geral. O problema é o ECA? Não! Mas sim a forma como ele é usado. Só se afirma os direitos da criança e adolescente, mas não afirmam os seus deveres. Criança e adolescente tem direitos e DEVERES.

Como exemplo vou citar o que aconteceu no início da semana passada: Uma professora de uma escola da rede estadual de ensino de Minas Gerais chamou a atenção de uma aluna porque a mesma entrou na sala sem pedir licença. A aluno ficou irada e pegou a cadeira arremessando contra a professora que, logo ficou com a mão quebrada. A aluna insatisfeita foi até a professora e deu um suco no meio do olho.

A aluna foi suspensa, levou a ocorrência, foi registrado o Boletim de Ocorrência. Mas aí, um juiz da vara a infância e adolescência aplicou a lei (ECA) onde diz que criança tem direito a educação. O juiz estava errado? Não!

A aluna no dia seguinte voltou para a escola como se nada tivesse acontecido com ela e os alunos admirados com o retorno da menor infratora começou a pedir autógrafo, pois ela se tornou uma heroína entre eles. Isso vai dar margem para o surgimento de mais violência.

Bom, nas escolas particulares, a coisa se não for igual é pior, pois o professor não é valorizado e sempre passa por constrangimentos, assédios morais onde o pai ou aluno diz assim: "-Cala a boca porque quem paga teu salário é eu!".

Culpados? Sim! Quem?

O estado e a sociedade que deixa que as coisas fiquem como estão. Nós é que somos responsáveis por uma atual sociedade criminosa, bruta, ignorante, falsa, cruel, estúpida e carniceira.

A mudança começa em nós!
 

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