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Ratos e Homens (John Steinbeck)

Obrigada, meninos. Me emprestaram esse livro, mas eu o achei tão pequenito q tive essa dúvida. Agora animo de ler. =)
 
Comecei a ler este livro à bocado e estou a gostar. George parece-me um homem bastante frustado, sonha com uma vida melhor mas no fundo sabe que precisa do Lennie, da sua força. Reclama do Lennie mas não o larga. Reclama muito até.

Acho engraçada a fixação que o George tem por ratos.
 
Mavericco disse:
Devo começar com esse ou com As Vinhas da Ira?

[align=justify]Recomendo esse para se inteirar no estilo da prosa do Steinbeck, não que ela seja difícil, ela não é, mas o diferencial que o faz especial é justamente essa crueza com que conta suas histórias. Ratos e Homens é mais dramático, mais individual, enquanto As Vinhas da Ira é mais profundo nas abordagens, no retrato da situação social coletiva, alcança amplitudes maiores.[/align]
 
Li essa novela há algum tempo e me amarrei muito.. achei o fim quase bíblico e vi paralelo entre Lennie e John Coffy do "A espera de um milagre".
 
Novela seria se fosse dividido em vários capítulos, no caso de Ratos e Homens apesar de pequeno é um romance.

Essa relação entre o Lennie e o John Coffy foi algo que esqueci de comentar, na época em que li também imaginei ele mais ou menos por aí, apesar de uma força descomunal os dois apresentam a ingenuidade e inocência de uma criança.
 
Diego disse:
Novela seria se fosse dividido em vários capítulos, no caso de Ratos e Homens apesar de pequeno é um romance.

Essa relação entre o Lennie e o John Coffy foi algo que esqueci de comentar, na época em que li também imaginei ele mais ou menos por aí, apesar de uma força descomunal os dois apresentam a ingenuidade e inocência de uma criança.

Nunca ouvi / li dizer que novela tinha que vir seriada, em capítulos. Para esse caso eu usaria folhetim. Novela tem a ver com extensão, né?


Vlw
 
Essa classificação não se resume unicamente a extensão da obra, algo como: conto < novela < romance. Novela seriam poucas páginas, geralmente centrado em um único personagem, ausência de alguns elementos narrativos e já ouvi mais de uma vez que haveria de ter também essa divisão em capítulos. No caso de colocar "Ratos e Homens" como novela só haveria a característica do número de páginas. Outro motivo pelo qual o livro em questão foge da classificação de novela é por apresentar não só a história de Lennie e George (apesar deles serem o foco) como também dos vários outros trabalhadores da fazenda. Um exemplo de novela seria "O elogio da madrasta" do Mario Vargas Llosa.

Enfim, esse tipo de classificação é um pouquinho nebulosa mesmo, mas para mim, Ratos e Homens é um romance. E quanto a idéia dos vários capítulos e a classificação de folhetim, eu sempre ouvi falar em romance de folhetim, só que aí para ser romance entra em questão a extensão e outras cositas más.
 
[align=justify]Puxa, não adianta, também sempre fico com o pé atrás quando se trata em definir essas coisas. Tem esse tópico aqui em que a Denise Bottmann respondeu que é de grande ajuda.[/align]
 
Ratos e Homens é um dos mais famosos livros de John Steinbeck. Ele foi publicado em 1937, logo depois de Luta Incerta, o polêmico romance que chacoalhou a crítica e a “opinião pública” norte-americana por colocar tão abertamente e de forma tão subversiva o problema dos trabalhadores agrícolas na Califórnia e nos Estados Unidos, tendendo para uma clara simpatia por eles (embora velada quanto a nomes e posicionamentos mais específicos).

Porém outra baliza tem que ser posta ainda para que consigamos situar melhor Ratos e Homens no tempo e panoramicamente na obra de Steinbeck: as experiências que Steinbeck vivenciou atuando como repórter, ou seja, a experiência de vagar pelas estradas norte-americanas acompanhando os migrantes e até mesmo acampar com os eles nas hoovervilles, partilhando de seu cotidiano e sua miséria.

continue a ler o artigo no blog meia palavra
 
Bom, terminei a leitura de "Ratos e Homens" ontem. No começo, achei o livro simplista e achei que seria somente uma história sobre dois homens percorrendo fazendas durante a depressão dos EUAS. Mas no final do livro você percebe que tem mais doque só a história.
O sonho de George e Lennie de ter um pedaço de terra só deles,era uma forma do George manter uma esperança pro Lennie e com o tempo até ele passou a acreditar nesse sonho. Talvez até o tal sítio que ele diz poder comprar por 600 dolares, seja também parte do sonho e não exista na realidade.Em minha opnião é só um artifício pra deixar a vida mais fácil de ser vivida. Uma espécie de objetivo que faça eles continuarem sem desistir.
Outro ponto, que observei no livro é a visão dos "patrões" que tratam os piões como se fossem seres sem sentimentos,vontades e sonhos. Como se fossem burros de cargas. Como vemos no caso da mulher do Curley , quando destrata Lennie, Crocks e Candy na cabana do cabloco. E Crocks só tem a opção de se reduzir a nada, pois a vida é assim.
No final, não vejo George como vilão. Na verdade ele ficou sem saída.Quando foi até a casa dos peões e roubou a Luger do Carlson,talvez estava pensando em fugir com o seu parceiro e dizendo que o Lennie estava com a arma, o bando ficaria com medo e pensaria melhor se valeria a pena sair atrás dele. Por outro lado se fugisse com o Lennie, George seria cúmplice de um assasinato e futuramente Lennie poderia matar mais alguém,talvez até uma criança. Além disso o Curley, mandou ele ir com o bando para procurar o Grandalhão e pra provar que George não estava metido no meio disso. Então a única opção para o George, foi sacrificar Lennie, de uma forma sem dor, pois os outros queriam "atirar nas tripas dele" e fazer ele sofrer. Desta forma, George tomou a sua decisão e com ela, abandonou o sonho, que ele sabia ser impossivel. E passa a cogitar, viver a vida igual aos outros piões, gastando tudo que ganha em prostibulos e casa de jogos.

Livro muito bom!
Tenho aqui também "As vinhas da ira". Logo irei ler!
 

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