Estava pensando se isso se enquadra na forma como discutimos pedofilia... racha e pedofilia são ambos crimes.
No caso da pedofilia, vieram também inúmeras argumentações. No final, todos sabemos que não é questão de discutir se uma criança podia ou não podia escolher o que é melhor para ela. Existem leis para proteger as crianças pois antes elas ficavam totalmente à merce dos adultos fazerem literalmente o que quiserem com elas (sexualmente, trabalho escravo, etc. Criança = propriedade do adulto)
No caso de rachas, vejo também isso. A satisfação de uma pessoa não é justificativa para ela usar das vias públicas como bem entende.
Aliás, é uma prática muito comum de todo mundo: achar que a rua é só sua. Mesmo estando errado quer ter razão.
Um amigo meu quase foi atropelado por um carro que virou sem dar seta em alta velocidade. Ele xingou o FDP em alto e bom tom, e o motorista parou para dar um soco nele.
Pois é essa a ideologia dominante. De que "mesmo estando errado, estou certo porque a rua é minha". E por isso sou totalmente contra qualquer coisa "legal" que reforce essa ideologia doentia.
Esse é o caso dos rachas.
Pois para que o racha seja "seguro" é necessário que ninguém use aquelas vias públicas. Um mané que não sabia que não podia passar por lá pois tinha de saber que tinha racha.
Oras, me desculpem! Mas infelizmente, se minha mãe tiver um derrame no meio da noite, não vou ficar pensando que na rua tal tem um racha, mas que é o caminho mais curto para chegar no hospital.
Ah, ambulância... bem, creio que o motorista da ambulância pensaria o mesmo.
Me desculpem, se eu e uma turma de amigos altamente bêbados, resolvermos voltar para casa a pé pra não dirigirmos bêbados e não tivermos prestando muita atenção para os lados e um de seus carrinhos 'descolados' nos atropelar. Afinal, as 3 da manhã, quem imaginaria que teria alguém no meio da rua, não é mesmo? Pois é, a gente também não pensaria que teria um imbecil vindo a mais de 200 por hora...
Mas não sou tão intolerante. Creio que todo mundo merece uma segunda chance.
No caso... voltar para a escola.
Ah, mas não pensem que seria como a CFC que estamos acostumados. Não... para motoristas "especiais" creio que seria melhor fazermos "escolas especiais".
E minha "escola especial" é muito cutie!
Seria assim:
Lembram aqueles carrinhos de pedalar que todos os meninos babavam para ter quando crianças...? Pois é... para começar nossa didática inclui esses modelos que podem chegar ao limite máximo de 1 m/seg de velocidade. Claro que se você tem cinco anos, você consegue maior velocidade, mas considerando que nossos motoristas "especiais" tem pernas um pouco compridas para caber nesses carrinhos, devem perdoá-los pela lerdeza e total inépcia em dirigir esse modelo avançado de tecnologia de educação no trânsito.
Continuemos... pois guiar esses carrões não é o começo. Pois vocês devem lembrar que antes da prática vem a teoria.
E a teoria terá de ser reaprendida... numa sala com todo o audio-visual necessário para nossos motoristas "especiais".
Todas as plaquinhas decorarão a sala de aula, com frases que até quem tem sindrome de Down aprende... aliás, acho que os alunos com sindrome de Down são brilhantes comparados com muita gente "normal", pois aprendem as regras de transito muito mais fácil, além de coisas como respeito... essas coisas supérfluas de nossa sociedade.
Oh, me esqueci... as mesas tem o mesmo tamanho do carrinho, tudo bem? Isso porque foi feito para quem não entende as regras de transito, nem as de convivencia em sociedade... normalmente isso ensina-se quando o ser humano é jovem, tipo aos cinco anos... e por isso as salas obedecem a essa configuração... bem como os carrinhos.
E a professora não poderia ser mais qualificada... Seria a professora Helena, mas na falta dela, vamos pegar a professora de Chiquititas: "Não, Julinho, não pode passar o sinal vermelho. É feio xingar o guarda, Felipizinho. Olha que chamo sua mãe, Thomaszinho! Quem corre muito é cavalo, Saulinho. Martinha, não é por ser menina que todo mundo tem de dar passagem, sabia?"
Surtos de raiva e indignação durante essa "humilhação"? Teremos psicólogos treinados par lidar com sua baixa auto estima sexual, que começou desde criança, com seus complexos de Édipo/Elektra. Ou qualquer outra psicose mais grave será devidamente encaminhada ao psiquiatra.