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Quiromania para a Condessa Erzsébet

JLM

mata o branquelo detta walker
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A minha vida chegou ao fim no momento em que a noite terminou.

Uma mulher, uma sombra passageira disfarçada de musa, depois de ninfa, depois sereia, deusa, vício, maldição e tortura, transpôs a minha existência e roubou a essência do meu ser.

Transformou em rosa dilacerada o cego apaixonado. Em restos putrefatos o inocente sonhador.

Não fez caso da existência conjunta construída à custa de palavras, sussurros, gemidos, gritos e silêncios.

No buraco vazio onde outrora ardia o meu coração, por ela, restou apenas o som áspero de dentes dilacerando sentimentos. Cortou a jugular da minh’alma quando desprezou as noites de luxúria em que bebia incansavelmente a minha seiva. Eu a saciava dando o que ela queria e ela queria sempre mais.

Julgava-a perfeita – pobre tolo que era – a companheira ideal por nunca alterar-se com o tempo, permanecendo sempre bela, jovial, faminta e sedutora, e não levei em conta que eu é quem mudara. Uma noite, sorrindo o seu sorriso diabólico, olhando o seu olhar malicioso, falando suas falas encantadas, me acusou de haver secado por dentro, fazendo-me duro, insípido, gélido.

Não a interessava mais, de qualquer modo.

Partiu. Da minha vida.

Partiu. O meu coração.

A lua bem que tentara me avisar, mas eu era surdo e não entendia que a paixão só existe nas pinturas dos poetas. E que um amor como o meu – tão gigantesco, brutal e raro – só ocorre a uma pessoa em cada geração, nunca com duas, pois toda a matéria-prima amorosa faltante no Universo encontrava-se supercondensada em mim.

E este amor, esta dor, foi a herança e a maldição que ela me deixou.

Logo, só me resta suplicar para que o vazio me absorva por completo antes que em vingança eu mate milhões, explodindo de prazer bestial tal qual a minha algoz o fez, gozando a minha morte. Que a última lembrança dela seja o seu corpo nu e os esbugalhados olhos vermelhos, o sussurro de seu nome entre os meus lábios e o seu pescoço em espasmos entre as minhas mãos.
 
Quando li o título, pensei que houvesse acontecido algum errinho de digitação, afinal, condessa e quiromanCia (com C), são palavras que rondam os mesmos recantos léxicos fantásticos na minha cabeça acostumada a RPGs e nerdisses afins.

Afinal, um conto onanístico não passava pela ideia assim que comecei a ler.

Grata surpresa. Não é que era o que eu não esperava, rapaz?

Gostei: gradações boas, ainda mais em se tratando de um momento quiromaníaco, em que a coisa vai evoluindo, evoluindo.
Do clima meio masoquista/vampírico, já que eu não pude deixar de pensar que isso eram pensamentos durante o ato de amor prórprio do indíviduo emo/sofredor principal. Pra ajudar a passar essa impressão, a intercalação de xingamentos e descrição dos momentos foguentos do principal com a condessa mostrava a indecisão do emo adolescente, que, pra mim, se punia e se odiava por fazer o que estava fazendo.

Viajei?

Não gostei: dos "Partiu", sei lá porquê. Também não gostei do amor/dor ali do final, sei lá, é uma pena pq o texto vinha bem e ali no fim, justo a parte que gruda mais na cabeça do leitor, parece que deu uma pequeeena empobrecida no conteúdo. A rima é batida demais. Mas é opinião pessoal. No geral o texto é, como era de se esperar, muito bem escrito.

Uma pergunta: algum motivo pra se render ao tema undead twilight que, como um vírus digno de filme de zumbi, tomou conta do mundo letrístico?
 
viajou ñ, uma das interpretações q trabalhei no texto foi justamente esta. mas ñ é a única, pois criei o texto para soar ambíguo, com 3 leituras possíveis. quer ver outra? tente reler o texto com novos olhos, como se o narrador fosse um vampiro.

o motivo foi o www.duelodeescritores.com da semana. :timido: mas como fui eu quem escolheu o tema lá, a resposta é q foi um tema pra desafiar a galera e para ver se saía algo diferente (melhor) q o modismo atual. afinal, sou dos q pensam q vampiros são bem mais dq aquilo q andam mostrando por aí.

ah, a escolha do título pra causar esta confusão tb foi proposital, hehehe. q bom q deu certo.
 
ah, tá explicado! :sim:. Muito bacana mesmo o blog, dei um pulo lá e deixei um comentário.

sou dos q pensam q vampiros são bem mais dq aquilo q andam mostrando por aí.

Concordo. Para os anglófonos, tem um vídeo legal da Anne Rice (que aliás, mexeu bem com essa história de vampiros): http://www.youtube.com/watch?v=9JuRY-dpM88&feature=related


Além do mais, eu joguei Vampiro: a Máscara por 4 anos seguidos. Ninguém tira da minha cabeça que uma história que tenha um Malkaviano já seja uma boa história de vampiros.
 
além do q, se vc se manifestar lá na votação, pode entrar como duelista convidado na próxima rodada. pq ñ experimenta?
 

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