Quenya feio, Sindarin belo

[Lingwilóke]

Continua parecendo-me uma forma de preconceito fazer um julgamento assim... o quenya é tão feio, o sindarin é tão legal, e se a criação é uma arte, é claro que se está negando, inda que sem querer, pois o que passa é que a pessoa não teve horizonte de percepção bastante para perceber a intensão do autor. Arte, pelo menos para mim, é o jogo de intensões.

 

[Tilion]

E alguém consegue ficar impassível diante de alguma forma de arte?

O autor tem as intensões dele ao criar, mas no momento em que torna a sua obra de conhecimento público, está sujeito à manifestações de outros que entrarem em contato com ela.
Caso ele não queira isso, simplesmente vai mentê-la privada. Mas ao torná-la pública, julgamentos surgirão, bons ou ruins, dependendo de cada pessoa.
Mas algo "neutro", é impossível. Não há como não ter uma opnião sobre algo em que você bota o olho ou algo que vc ouve. É instintivo.

 

[Faram¡r]

Apenas um detalhe, nenhuma lingua é natural, todas são construções humanas, como qualquer outra manifestação cultural. O Quenia nasceu morto, por que foi construido pela mente de um homem, e não tem uma aplicação histórico social como os idiomas "normais". Isso não tira dele a beleza, mas é inevitavel afirmar que tanto o Quenia quanto o Sindarin são pobres, por razões obvias.

Quanto a beleza de outros idiomas, isso é passivel ao gosto pessoal de cada um. Eu gosto de quase todos os idiomas europeus, mas prefiro os latinos, especialmente o francês. Eu consigo gostar do Russo, que geralmente consideram ter uma das sonoridas mais brutas existentes. So não curto muito as linguas africanas e a maioria das asiaticas. Questão de gosto.

 

[Lingwilóke]

Soa meio estranho dizer que as línguas não são naturais. Talvez este termo seja mais adequado à faculdade de produzir linguagem, que é inata. A língua, como sistema, é um produto social, criado, portanto, pelo homem. Quanto ao quenya e ao sindarin, eu diria que são línguas planejadas, pois quem as fez usou um método na sua criação, que é fazer evoluir uma palavra a partir de uma raiz etimológica. Eu, quando, ao criar o entromaç ("entre romances") faço evoluir a palavra a partir da forma latina vulgar de maior circulação.

 

[Quarion Galanodel]

Tipo, gosto da sonoridade e gramática das duas linguas (embora o sindarim seja mais atraente para mim). Ambas necessitaram de árduo trabalho e criatividade (e que criatividade) para serem feitas, então comparando uma com a outra você estará inferiorizando uma delas.