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Quem tem medo dos puristas maus?, por Michael Martinez

Seu comentário me fez ler o texto de novo. Eu senti um tom de desabafo imenso nessa parte específica, principalmente quando ele diz nas últimas linhas, que câncer mata e já perdeu muito com isso. Aí você entende bem a crítica dele, eu achei que faz muito sentido... Tolkien não sabia do mal que o fumo fazia, naquela época isso, se era conhecido, não era divulgado. Posso estar errado, mas acho que o Professor não se importaria se os hobbits deixassem os cachimbos guardados nesse filme. Realmente, com toda essa onda anti-tabagismo, o cinema mostrando cenas e mais cenas de personagens saudáveis indo salvar o mundo é um tanto contraditório. Mas como o próprio Martinez disse, certamente alguém reclamaria se ninguém fumasse, de qualquer jeito alguém ia reclamar. Preferiram seguir o livro.

No mais, está ali o que ele achou do filme. Em algumas coisas eu concordo, como nas modificações sem sentido, e achei que ele provavelmente se esqueceu de comentar sobre Lothlórien e algumas locações. É o que ele acha, a opinião de um especialista e grande fã de Tolkien. Eu sou só fã e penso parecido em muito, pode ser que seja bom.
 
Maglor disse:
Seu comentário me fez ler o texto de novo. Eu senti um tom de desabafo imenso nessa parte específica, principalmente quando ele diz nas últimas linhas, que câncer mata e já perdeu muito com isso. Aí você entende bem a crítica dele, eu achei que faz muito sentido... Tolkien não sabia do mal que o fumo fazia, naquela época isso, se era conhecido, não era divulgado. Posso estar errado, mas acho que o Professor não se importaria se os hobbits deixassem os cachimbos guardados nesse filme. Realmente, com toda essa onda anti-tabagismo, o cinema mostrando cenas e mais cenas de personagens saudáveis indo salvar o mundo é um tanto contraditório. Mas como o próprio Martinez disse, certamente alguém reclamaria se ninguém fumasse, de qualquer jeito alguém ia reclamar. Preferiram seguir o livro.

No mais, está ali o que ele achou do filme. Em algumas coisas eu concordo, como nas modificações sem sentido, e achei que ele provavelmente se esqueceu de comentar sobre Lothlórien e algumas locações. É o que ele acha, a opinião de um especialista e grande fã de Tolkien. Eu sou só fã e penso parecido em muito, pode ser que seja bom.

concordo em genero, numero e grau.....

achei um poco forte como ele colocou o fumo na historia.. desde de cedo eles tem esse costume e blah blah blah... tudo bem que aquilo e ficção.. mais tudo mundo sabe que isso sempre acaba influenciando...

ae vc me diz, "ahhh fuck os retardado que nao tem opiniao propria" td bem ele colocar isso no livro.. afinal nao e todo mundo que gosta de ler.. mais pelo menos no filme devia deixar os caximbos de lado como o Maglor disse...
 
Não acho que devia ter tirado o fumo, apesar de no livro ele representar uma parte ainda mais importante de trama (leia-se o contrabando para Isengard e o expurgo do Condado).

Acho que o cara foi meio exagerado. Existem muitas campanhas que conscientizam as pessoas sobre os males do fumo, e quanto as crianças, ISSO É DEVER DOS PAIS de o fazer.

Eu acho que o cachimbo e o fumo é uma parte interessante da caracterização dos personagens.
Não que eu defenda o fumo (eu não fumo e não aconselharia ninguém a fazê-lo) mas não acho que o fumo deveria ser abolido do filme....mas é apenas minha opinião. :roll:
 
Eu gosto do clima que os cachimbos dão no livro e no filme, mas entendo o Martinez. Não dá para saber o quê ou quem ele perdeu, mas deu para perceber que doeu muito e ainda dói. Ele não foi moralista ou quis concientizar crianças que precisam da orientação de pais, até porque tenho certeza de que ele não escreve pensando em crianças. Ele só foi contra a glamourização de uma coisa que causa muitos males a muitas pessoas.
 
É como diz o Maglor.A motivação do Martinez passa por uma relação traumatica com o fumo.Creio que uma certa etica pessoal deve ser observada por cada artista, mas coloco acima de tudo o direito a liberdade de expressão, sobre a questão do "politicamente correto".
Este é um debate antigo, e em sua origem está até algumas criticas a Tolkien, como o fato deste não ter se engajado no pensamento filosófico e "doutrinas éticas" de seu tempo.
Este mesmo debate , condena o artista a submeter-se a uma "vanguarda" estética e até moral, como se esta fosse a razão suprema para todo o sempre.
Por isso, alguns condenam Tolkien ao rotulo de reacionario por não mostrar uma obra mais engajada as "questões de seu tempo", renegando a moda modernista e descrevendo um mundo de ideais "imperialistas" ,"machistas " e até "racistas"...Como se essa fosse a unica verdade absoluta...
É nesse momento que os criticos substimam e desconsideram o que realmente importa para o professor, como por exemplo uma busca aos valores espirituais (este não é o unico). Putz...querem falar mal...tudo bem.Todo mundo tem direito de não gostar.Critiquem a prosa, aleguem falta de inventividade estilistica, chamem de brega...Mas não venham dizer que o cara não estava "antenado" com seu tempo.
Hoje o "politicamente correto" (ou o eufemismo institucionalizado) tenta impor regras de conduta a arte, e limitar sua liberdade de expressão, nçao permite ao artista discordar dos termos dessa nova ordem.
Tambem é papel do artista, contestar.E se o cara quiser falar abertamente do direito de fumar ?
Ou do prazer que tem no tabaco ?
Nem é o caso de PJ.Ele não faz uma ode ao tabaco.
Apenas cria condições para ser um pouco mais fiel ao professor, já que existe o entendimento, de que em algum ponto (no caso em varios) a obra original vai ter que ceder a nova mídia e as imposições de mercado que movem o cinemão americano.
Creio que o Martinez superestima o poder de influênciada da cena em que o tabaco é mostrado.A cena não glamouriza o fumo,e não agrega nenhum status ao ato de fumar, que não o fato deste ser executado pelos mocinhos (Bilbo e Gandalf).Alem do mais, o filme recebe uma restrição etaria, o que garante um publico o suficiente ciente que trata-se de uma história de fantasia.
Até mesmo o próprio ato de fumar é mostrado na tela de forma fantasiosa, com nuvens de fumaça tomando forma de um navio.
Se tudo isso não bastasse, ainda assim eu gritaria ao direito da livre expressão artistica.

Duque DécioZico95 Calça J. Quadradix, que não fuma (nem maconha) e lembrando de uma frase do Gabeira:"Eu acho carne gordurosa muito prejudicial a saúde, mas não vou pra porta de churrascaria fazer um ato de protesto."

Ps.:Mas agua de ent...essa eu to dentro... :beer:
 
Ninguém estava criticando o Tolkien por mostrar seus personagens fumando, até porque ninguém sabia que fazia mal na época. Estavamos só comentando a reação exagerada do Martinez. Mas concordo com o seu post, Duque. O maior motivo do desprezo que muitos críticos tem por Tolkien vem do fato que ele não seguia nenhuma tendência da literatura da época, e não ligar para vanguardas (odeio vanguardas :x ).
 
Ringil disse:
Ninguém estava criticando o Tolkien por mostrar seus personagens fumando, até porque ninguém sabia que fazia mal na época. Estavamos só comentando a reação exagerada do Martinez.

Mas veja bem.Eu não disse que alguem aqui estava criticando o Tolkien.Pelo contrario, entendi que a questão era a opinião do Martinez, que tambem entendo devido ao trauma que ele sofreu.
Minha intenção era estabelecer uma ligação entre as criticas que Tolkien recebeu por não estar comprometido "eticamente" com as "questões de seu tempo"e essa patrulha do politicamente correto que cobra esse mesmo "comprometimento ético" do PJ.
Ou seja, em ambos os casos essa imposição impõe limites a liberdade artistica.
 

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