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Quem leu Ferreiro de Bosque Grande?

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Quem aqui já leu ou está lendo Ferreiro de Bosque Grande?

Acabei de ler pela segunda vez.

O que acharam da história?

É realmente um grande conto de fadas, mas o que me chamou a atenção foi a forma como Ferreiro entra na Terra-Fada e lá passa por aventuras e conheçe a rainha élfica.
A passagem ou porta do nosso mundo para a Terra-Fada é aquele que possui a Estrela, vinda em um pedaço de bolo na grande Festa dos Vinte e Quatro.

Minha impressão:

Não tem como não comparar. Fazendo um paralelo com o Legendarium que há no Silmarillion, pareçe que a Estrela é uma oportunidade dos homens entrarem nas "Terras Imortais" e assim, de forma indireta, os filhos de Iluvatar manterem contato, mesmo estando em dimensões diferentes e em tempos diferentes.
Porque fazendo a analogia a questão da linha do tempo. Pareçe que é uma história medieval, dando prosseguimento nas Eras de Arda. Me lembra muito um mundo medieval, como se esse tempo medieval fosse algo como a Quinta ou Sexta Era dos Homens.

Deixem suas opiniões.
 
Eu tenho essa história em inglês (acho que no Tales of The Perilous Realm do qual por enquanto só li o conto do Tom Bombadil e trechos do Leaf), mas estou demorando porque vou indo por outro caminho antes de ler a história. Pelo que tinha lido no Tolkien Gateway a estória faria parte da abertura de um livro do George Mac Donald que é o The Golden Key. Mas o texto havia ganhado importância própria e virou um conto por si só. Já que o George é relacionado a influência de materiais como o Tolkien ainda estou pegando os livros dele antes para depois entrar no Smith. No projeto Gutenberg tem o livro completo e está na minha fila. Quando eu terminar devo voltar ao Tolkien porque vai me dar uma base melhor para abordar o sentido colocado no "ferreiro de Tolkien".
 
Comprei neste último fim de semana e comecei a ler ontem. Estou achando bem interessante.
 
Quem aqui já leu ou está lendo Ferreiro de Bosque Grande?

Acabei de ler pela segunda vez.

O que acharam da história?

É realmente um grande conto de fadas, mas o que me chamou a atenção foi a forma como Ferreiro entra na Terra-Fada e lá passa por aventuras e conheçe a rainha élfica.
A passagem ou porta do nosso mundo para a Terra-Fada é aquele que possui a Estrela, vinda em um pedaço de bolo na grande Festa dos Vinte e Quatro.

Minha impressão:

Não tem como não comparar. Fazendo um paralelo com o Legendarium que há no Silmarillion, pareçe que a Estrela é uma oportunidade dos homens entrarem nas "Terras Imortais" e assim, de forma indireta, os filhos de Iluvatar manterem contato, mesmo estando em dimensões diferentes e em tempos diferentes.
Porque fazendo a analogia a questão da linha do tempo. Pareçe que é uma história medieval, dando prosseguimento nas Eras de Arda. Me lembra muito um mundo medieval, como se esse tempo medieval fosse algo como a Quinta ou Sexta Era dos Homens.

Deixem suas opiniões.
Li e tive exatamente a mesma impressão, a comparação com a Silmaril nas mãos de Earendil. A história de Earendil pode muitas vezes ser ofuscada no silmarillion como temos hoje pelas grandes alianças dos elfos nas primeiras batalhas de beleriand, e os contos de Túrin e Beren, mas também foi uma das primeiras pedras do edifício Silmarillion, de extrema relevância na obra de Tolkien como um todo.
 
Eu tinha ficado devendo postar aqui logo que eu terminasse o conto e promessa é dívida.

Bem, inicialmente saí em busca de vídeos sobre George McDonald no Youtube e fui ler sobre a relação relutante de Tolkien com George na Enciclopédia Tolkien. De certo modo foi muito bom fazer isso especialmente pelo que contém o ensaio On Fairy Stories. Também foi legal porque acabei encontrando audiolivros gratuitos dos livros do George. :)

Enfim, há no ensaio comentários de Tolkien com relação a referências e autores estudados em particular à Rainha das Fadas (Queen of Fairies) e lendas mais antigas como Undine que Tolkien poderia usar para escrever e George também, mas que George nem sempre acertava. Segundo JRR o George acerta por inteiro quando escreve The Golden Key mas acertou apenas parcialmente quando fez Lilith (e de fato em certo ponto o texto dele parece se obscurecer nesse livro).

No que o On Fairy Stories descreve 3 elementos em contos de fadas:

-Mistério: Sobrenatural (SuperNatureza).
-Magia: Natureza aonde vivem os homens e os seres mágicos. Talvez aqui se enquadrem livros como The Night Side of Nature havendo uma divisão entre o lado visível da natureza e aquele lado que ainda é a natureza mas que fica além da capacidade dos olhos como micróbios ou estrelas.
-Espelho: Focando aquilo que o homem conhece.

Em um momento mais maduro Tolkien procura se manter longe de elementos que perturbem o desejo ou encantamento do mundo narrado, propiciando portas de acesso coerentes para com o poder de atração sem necessariamente depender de um público de crianças para o sucesso do texto.

Chama a atenção em especial o que ele descreve como "day of judgement" desejado pelas crianças, uma espécie de porta do julgamento aonde alguns passam e outros não. Ora, nos tempos de George Julgamento e Purificação (o dia do julgamento é o dia da purificação) andavam juntos, que para um personagem conseguir "passar no teste" era necessário ser e estar puro para uma tarefa, do contrário continuaria aguardando o julgamento e não entraria na aventura (o famoso "puro de coração" sem erro de sentimento).

No que quando Tolkien abre a porta das fadas para a entrada do ferreiro de bosque grande o lado oculto da natureza começa a dar sinais em eventos também ocultos como a estrela no pedaço de bolo. Além do mais, os caminhos por onde ele anda, ocultam a descrição pelo fato de eles mesmos só poderem ser encontrados estando já no lado mágico ou nas fronteiras dele. Nessas ocasiões o mundo comum era substituído de forma tão rápida quanto a perspectiva dos olhos no truque de uma ilusão de ótica. Com uma diferença, não era ilusão.

O protagonista voltava dos passeios com um brilho, que poderia muito bem ser uma sensação que ultrapassa a luz radiante. Não obstante, o caso não fica por aí e certa vez ele traz também um objeto do mundo mágico (uma herança). Um presente da rainha do reino oculto ao habitante do reino visível.

De fato o conto é também uma análise de que algumas coisas só podem ser procuradas ou encontradas se a pessoa estiver procurando exatamente por aquilo, ou seja, o ferreiro queria conhecer a fada. A fada já estava na mente do ferreiro ele precisou andar até lá. Poderia ser apenas uma peça pregada pelo reino mágico mas a história prefere contar que nele havia perigos e ocasionalmente esses perigos eram também perigos para nós.
 

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