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Quem é Ninrodel?

Cësárin

Usuário
Olá! eu sou novo por aqui, e essa é a primeira em que eu posto uma mensagem. Sem delongas, eu queria que alguém me esclarecesse sobre quem é essa elfa, Ninrodel. Ela é mencionada rapidamente por Legolas Em O Retorno do Rei. Existe algo sobre ela nos Contos Inacabados?
 
Ela é uma Sinda (elfo-cinzento) do povo de Lórien. Não tem muita importância na história da Terra-Média a não ser pelo fato de ter se apaixonado por Amroth, antigo Senhor de Lórien. Amroth partiu em busca de Nimrodel que havia se perdido nas Montanhas Brancas ao sul de Gondor, e acabou se perdendo no mar. Com isso, Celeborn e Galadriel se tornaram os novos Senhor e Senhora de Lothlórien.
 
Tem um poema bem grande dela no SdA, ki o Legolas canta qndo chega em Lórien(aliás, especificamente, ele canta numa cachoeira ki tem u meismo nome). Lá dá pra ver mais sobre ela :wink:
 
Me pergunto até que ponto a lenda de Ninrodel é real na terra-média. Pois se um dia a pessoa amada de Ninrodel foi para Aman (tendo a moça ido ou não mais tarde), é certo que em alguma medida existiam pessoas tristes do outro lado do mar suscitando perguntas a respeito do que era tido como felicidade para os elfos e do que era a felicidade para os Valar e Maiar.

E se havia lugares em Mandos aonde alguns permaneciam interditados enquanto também eram necessárias casas de repouso e de cura de outros Valar isso nos dá um indicativo da complexidade da vida naquele mundo.

E eu chamo de mundo porque devia ter afazeres completamente diversos dos daqui. Mesmo do ponto de vista individual, cada pessoa é um mundo inexplorado, que dirá uma terra habitada pelos poderes...

Mas então, porque algo assim estaria previsto nos destinos élficos? Se para os elfos havia o destino e a memória, e se eles podiam "viver nas memórias" qual seria a relação disso com aqueles que ficaram nas terras de cá para se lembrar da história?

Que tipo reflexão podia inspirar a história de Ninrodel nos elfos? Para eles o objetivo a ser alcançado possuía um caminho limitado pelo mundo e o mundo era sua estrada, mas nem todos sabiam disso, e Legolas possuía apenas um pedaço da tradição élfica. Razão pela qual ele conseguiu cantar apenas um pedaço da história quando por fim a comitiva chegou as fronteiras de Lórien.

Os outros membros devem ter percebido o quanto aquela história era importante para o povo dos elfos e perguntas devem ter aparecido na cabeça dos hobbits.

Curiosamente isso era parte do "imaginário élfico", um fragmento das histórias élficas que não haviam sido contadas o suficiente, algo como a fabulosa história de Balin que se perdeu nas minas para os anões. E do povo de Lórien, imagino que Galadriel também pensasse nessa versão da história e se lembrasse do oeste (um dos pontos em que a história dela se cruzava com a do mito). E talvez ela se identificasse com a facilidade com que os elfos podem se perder uns dos outros nos caminhos do mundo, pois era disso que a história tratava, de uma perda élfica.

E aqui se percebe que a memória, ainda que prodigiosa nos elfos, quase sobrenatural, não era substituta para a realidade e os filhos mais velhos estavam constantemente pensando nesse tipo de coisa, como se tivessem a tendência a cometer os mesmos delizes, a maneira dos homens, mas de forma mais sutil, pois o corpo deles também havia sido corrompido por Melkor, ainda que em menor intensidade.

Em parte as perdas élficas eram curadas nos jardins dos Valar. O que nos dá uma noção da complexidade de muitas questões que não chegavam aos ouvidos dos homens, pois estas eram dores que só podiam ser tiradas pelos poderes.

Nesses livros de Tolkien, por causa da influência cristã, deve ter havido isso. Pois, semelhante à bíblia, algumas respostas só podem ser obtidas no além e os elfos só conseguiam algumas de suas resposta a muito custo, tendo alguns deles que esperar até o final dos tempos para isso (como Feanor e sua mãe).

Agora, se os caminhos de Ninrodel eram estranhos para alguns elfos, para outros significava a fatalidade de seu destino. Um destino que, estando no oeste, implicava em desafios muito maiores que os das terras mortais, pois se tratava de um compromisso com problemas maiores e um mundo muito mais vasto a ser compreendido.

Muitos elfos resolviam voltar depois de pesar estas coisas. Eles precisariam "crescer" para poder fazer a viagem e então decidiam ficar um pouco mais. E Ninrodel, ao partir das terras de cá teria que pesar isso.

E por isso a pergunta "Quem é Ninrodel?" também devia ser feita pelos elfos e muitas outras mais... "Por que ela faria aquilo que fez na história?"

Suponho que se trata também dos arroubos juvenis dos elfos, uma história parecida com a de Aredhel a branca, que se perdeu por outras razões e achou seu próprio caminho.
 
Me pergunto até que ponto a lenda de Ninrodel é real na terra-média. Pois se um dia a pessoa amada de Ninrodel foi para Aman (tendo a moça ido ou não mais tarde), é certo que em alguma medida existiam pessoas tristes do outro lado do mar suscitando perguntas a respeito do que era tido como felicidade para os elfos e do que era a felicidade para os Valar e Maiar.

E se havia lugares em Mandos aonde alguns permaneciam interditados enquanto também eram necessárias casas de repouso e de cura de outros Valar isso nos dá um indicativo da complexidade da vida naquele mundo.

E eu chamo de mundo porque devia ter afazeres completamente diversos dos daqui. Mesmo do ponto de vista individual, cada pessoa é um mundo inexplorado, que dirá uma terra habitada pelos poderes...

Mas então, porque algo assim estaria previsto nos destinos élficos? Se para os elfos havia o destino e a memória, e se eles podiam "viver nas memórias" qual seria a relação disso com aqueles que ficaram nas terras de cá para se lembrar da história?

Que tipo reflexão podia inspirar a história de Ninrodel nos elfos? Para eles o objetivo a ser alcançado possuía um caminho limitado pelo mundo e o mundo era sua estrada, mas nem todos sabiam disso, e Legolas possuía apenas um pedaço da tradição élfica. Razão pela qual ele conseguiu cantar apenas um pedaço da história quando por fim a comitiva chegou as fronteiras de Lórien.

Os outros membros devem ter percebido o quanto aquela história era importante para o povo dos elfos e perguntas devem ter aparecido na cabeça dos hobbits.

Curiosamente isso era parte do "imaginário élfico", um fragmento das histórias élficas que não haviam sido contadas o suficiente, algo como a fabulosa história de Balin que se perdeu nas minas para os anões. E do povo de Lórien, imagino que Galadriel também pensasse nessa versão da história e se lembrasse do oeste (um dos pontos em que a história dela se cruzava com a do mito). E talvez ela se identificasse com a facilidade com que os elfos podem se perder uns dos outros nos caminhos do mundo, pois era disso que a história tratava, de uma perda élfica.

E aqui se percebe que a memória, ainda que prodigiosa nos elfos, quase sobrenatural, não era substituta para a realidade e os filhos mais velhos estavam constantemente pensando nesse tipo de coisa, como se tivessem a tendência a cometer os mesmos delizes, a maneira dos homens, mas de forma mais sutil, pois o corpo deles também havia sido corrompido por Melkor, ainda que em menor intensidade.

Em parte as perdas élficas eram curadas nos jardins dos Valar. O que nos dá uma noção da complexidade de muitas questões que não chegavam aos ouvidos dos homens, pois estas eram dores que só podiam ser tiradas pelos poderes.

Nesses livros de Tolkien, por causa da influência cristã, deve ter havido isso. Pois, semelhante à bíblia, algumas respostas só podem ser obtidas no além e os elfos só conseguiam algumas de suas resposta a muito custo, tendo alguns deles que esperar até o final dos tempos para isso (como Feanor e sua mãe).

Agora, se os caminhos de Ninrodel eram estranhos para alguns elfos, para outros significava a fatalidade de seu destino. Um destino que, estando no oeste, implicava em desafios muito maiores que os das terras mortais, pois se tratava de um compromisso com problemas maiores e um mundo muito mais vasto a ser compreendido.

Muitos elfos resolviam voltar depois de pesar estas coisas. Eles precisariam "crescer" para poder fazer a viagem e então decidiam ficar um pouco mais. E Ninrodel, ao partir das terras de cá teria que pesar isso.

E por isso a pergunta "Quem é Ninrodel?" também devia ser feita pelos elfos e muitas outras mais... "Por que ela faria aquilo que fez na história?"

Suponho que se trata também dos arroubos juvenis dos elfos, uma história parecida com a de Aredhel a branca, que se perdeu por outras razões e achou seu próprio caminho.



Nem mesmo Tolkien tinha certeza de como a história de Nimrodel seria colocada na cronologia da TM. Nos Contos Inacabados, quando Cris Tolkien discorre sobre a história de Galadriel e Celeborn, ele demosntra que Tolkien não conseguia se decidir sobre Amroth ser ou não filho deles, de forma que a história e o amor com Nimrodel somente se mostra relevante de forma prática enquanto justifica o desaparecimento de Amroth.

Assim, quando formos analisar os viezes das motivações de Nimrodel e aquilo o que ela representa para os elfos, precisamos também analisar seu contexto histórico. Mas, no fundo eu suponho que seja uma história de sacrificio amoroso de uma elfa meio marxista...
 
A banda britânica de rock progressivo Camel tem uma música inspirada nessa personagem:

 
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