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Quem aqui não gosta de literatura nacional?

Realmente a literatura nacional é vinculada de maneira muito forte aos autores do passado (Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Martins Pena, Érico Veríssimo, Lima Barreto, etc.). Há diversos autores novos que merecem destaque (não digo isso simplesmente por ser um deles). Troquei livros com diversos autores principiantes e constatei a qualidade. Poesias, contos, crônicas, etc...todas de grande valor literário.
 
Daewen disse:
O problema não é nem 'não gostar', é que a maioria das pessoas não encontra na literatura nacional o tipo de literatura que gosta. Eu sou aficcionada em romances históricos, e posso até está deixando passar, mas não conheço uma autor brasileiro que escreva coisas do mesmo gênero que Bernard Cornwell ou Conn Iggulden. Isso me afasta da literatura daqui.
Também gosto de livros de ficção, estilo Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos ou até mesmo de vampiros, tirando o André Vianco, sobre quem já tenho grandes ressalvas, não tem muita gente produzindo sobre os temas. Agora com a onda e o sucesso da Saga Crepúsculo é que vemos alguns novos autores como Felipe Santos(Preço da Imortalidade), e o universo fantástico de Eduardo Spohr na Batalha do Apocalipse.
Sinceramente, já tive a minha fase de ler os clássicos e pelo que li, duvido muito que essa garotada de hoje se interesse por esse tipo de literatura. É muito densa e monótona. E Monteiro Lobato como ficcção é muito chato. O povo quer magia, quer aventuras, vampiros metidos príncipes, lobisomens bonitões, vasouras voadoras. Essa coisa de 'Cuca', de 'boneca de pano falante'....é muito sem graça e infantil até na visão dos pirralhos.
O que acontece é que as escolas querem obrigar as crianças a lerem esses livros clássico sacais e elas acabam lendo apenas por obrigação. E se realmente gostarem de ler, correm atrás dos importados e se o trauma for muito grande, abandonam o hábito da leitura logo cedo.

Verdade. Leitura, música, toda sorte de conhecimento e arte não combina com ufanismos... o universo é o limite. Esse caldeirão de culturas é o verdadeiro fascínio.. :)
 
Mavericco disse:
O que é uma, como você disse, tremenda besteira... O candomblé, por exemplo, se relaciona com as antiguidades clássicas muito mais do que nossa religião... O cristianismo, principalmente o antigo testamento, é um grande compêndio de mitos antigos... O dilúvio mesmo já cansou de ser retratado em inúmeras outras religiões...

ERAM OS GREGOS MACUMBEIROS ?
http://www.opandeiro.net/livros/artigos/2001_gregos_macumbeiros.pdf
Artigo publicado em março de 2003 em livro organizado por Rafael dos Santos[/b]

Gostei desse artigo. Salvo! :)
 
O problema não é nem 'não gostar', é que a maioria das pessoas não encontra na literatura nacional o tipo de literatura que gosta. Eu sou aficcionada em romances históricos, e posso até está deixando passar, mas não conheço uma autor brasileiro que escreva coisas do mesmo gênero que Bernard Cornwell ou Conn Iggulden. Isso me afasta da literatura daqui.

Sugestões:

Ana Miranda escreveu alguns romances históricos. Eu já li "Boca do Inferno" e achei um romance de qualidade, com características "comerciais" .Tanto é que foi bem vendido no exterior) e com algumas características de "interesse acadêmico" (Envolve personagens reais da literatura barroca brasileira e algumas falas e sermões são usados a favor da história contada, e não como "citação" pedante). É um livro tenso e violento e, pelo que andei vendo na web, as escolas parecem gostar de adotá-lo.

Foi o único que li dela, então não sei como são os outros. Mas "O Retrato do Rei" é sobre a Guerra dos Emboabas (1707-09) e "Desmundo" é sobre as mulheres órfãs enviadas da Europa pra cá pros "bravos" colonizadores portugueses na época colonial (virou filme. Tenho o livro, mas está na fila).

O Trono da Rainha Jinga, de Alberto Mussa, é uma "história policial" passada durante a época Colonial, e trata os escravos de uma forma pouco usual: são menos "vítimas" do que costumam ser mostrados. Em quadrinhos, André Toral trata os índios de forma bem forte e interessante em "Os Brasileiros" (Nesta edição, há "Negócio do Sertão" sobre as bandeiras escravistas).

Alberto Mussa também tem um romance chamado Enigma de Qaf, com uma série de reinterpretações e aventuras com poetas pré-islâmicos.

Destes que eu li, todos são legais, com variações normais de qualidade, com sacadas e defeitos. Nenhum achei "fantástico", mas todas as histórias se "fecham". Não tem
"viagens" na linguagem, são bem objetivas e deixam-se ler tranquilamente. Minha opinião, bem entendido.
 
Sobre o tema principal.

Particularmente, acho que cada texto tem o seu leitor e às vezes o que serve pra um leitor num tempo, já não serve em outro.

Não acho que a literatura brasileira mereça ser mais ou menos defendida que qualquer outra. Vai saber se na Suazilândia não existe um livro fantástico..? O que me incomoda é o 'pré-conceito" puro e simples: livro brasileiro é chato, livro da Suazilândia é chato, legal são os livros suecos.

Acho que existem características "nacionais" que complicam a criação artística de uma forma geral... Países pobres costumam dar bons músicos, mas poucos pintores. Não quero dizer que é mais fácil tocar uma guitarra do que pintar como Miró ou Alex Ross... Mas acho mais fácil imaginar um puta cara talentoso viver com sua guitarra tocando em festinhas pelo sertão da Tanzânia do que vendendo quadros à beira de uma estrada no Nepal.

Mas daí a dizer que a "mitologia da Suazilândia é ruim" ou teorias similares, acho meio falta de boa vontade... Tem bastante coisa ruim, e é difícil de separar o joio do trigo, além de não termos "críticos" muito confiáveis (Gente que diga: "este livro não me serviu, mas pode servir a quem gosta de vampiros", por ex), reconheço que é um trabalhão. Acho que ESTE TRABALHO de escarafunchar é o grande problema. Daí irmos no trivial gringo que tem uma puta campanha de marketing e todo mundo lê e todo mundo conhece e todo mundo compra porque todo mundo lê e todo mundo conhece. Porque um livro não é um filme ou uma música que - em pouco tempo - já passou e você gostou ou não. É preciso dedicação e concentração.

E a gente não se dedica nem aos filhos ou a namorada, quanto mais aos livros...
 
Gosto, sim...mas como tenho dois livros publicados, troco muitas obras com autores nacionais!!!!

Minha estante está cheia de livros aguardando leitura, fora o que estão por vir ainda. Por mês, em média, recebo 2 livros novos somente nessas trocas, fora as compras e os que ganho em sorteios na blogosfera...=P
 
Realmente a literatura nacional é vinculada de maneira muito forte aos autores do passado (Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Martins Pena, Érico Veríssimo, Lima Barreto, etc.). Há diversos autores novos que merecem destaque (não digo isso simplesmente por ser um deles). Troquei livros com diversos autores principiantes e constatei a qualidade. Poesias, contos, crônicas, etc...todas de grande valor literário.

Pegando o gancho dessa mensagem é o que penso também e somado a isso uma visão genérica que o brasileiro não tem tradição de bons livros em determinados gêneros.
 
Eu particularmente acho que a literatura brasileira tem seus pontos fortes e fracos. Gosto muito da nossa poesia e também das nossas crônicas, gêneros que foram e são dominados com maestria por autores clássicos e contemporâneos de forma absolutamente brilhante. Agora, vou ser sincero, no quesito romances e contos realmente não há tantos assim que eu goste, apenas alguns.
 
Admito que não explorei muito da literatura nacional, exceto os nomes clássicos. Tanto por não ter a curiosidade atiçaca desde cedo, quanto pela imensa quantidade de livros estrangeiros em posição privilegiada nas livrarias, isso em comparação às opções nacionais, claro. A atenção, obviamente, acaba/va sendo direcionada.
 
Última edição:
A maioria dos livros na minha lista de próximas leituras são estrangeiros, mas isso não é proposital, simplesmente aconteceu. Qualquer livro que desperte meu interesse vai pra lista de próxima leituras sem eu ficar pensando "esse é um livro russo" ou "esse é brasileiro" etc.
 
A maioria dos livros na minha lista de próximas leituras são estrangeiros, mas isso não é proposital, simplesmente aconteceu. Qualquer livro que desperte meu interesse vai pra lista de próxima leituras sem eu ficar pensando "esse é um livro russo" ou "esse é brasileiro" etc.
Sim, basicamente o meu caso. Mas acredito que isso seja justamente uma pequena preferência dos vendedores em dar visibilidade maior às obras estrangeiras. Me parece, claro. Será isso outro reflexo do complexo de vira-latas que todos dizem o brasileiro ter?
 
Sim, basicamente o meu caso. Mas acredito que isso seja justamente uma pequena preferência dos vendedores em dar visibilidade maior às obras estrangeiras. Me parece, claro. Será isso outro reflexo do complexo de vira-latas que todos dizem o brasileiro ter?
Não tenho certeza. O que me atrai num livro costuma ser a sinopse. Se eu achar interessante eu leio, senão não. E sabe-se lá porque, pouquíssimos romances brasileiros entram na lista, mas como eu disse, não é proposital.
 
Sim, basicamente o meu caso. Mas acredito que isso seja justamente uma pequena preferência dos vendedores em dar visibilidade maior às obras estrangeiras. Me parece, claro. Será isso outro reflexo do complexo de vira-latas que todos dizem o brasileiro ter?

Não só acho, como tenho certeza!

O que eu mais lamentava no período pré-internet era ser muito dependente do que a grande mídia impunha como sendo bom, melhor e popular produzida aqui e só com a expansão da Internet é que fui descobrir que existe várias publicações, filmes, músicas, peças de teatro, etc dos mais diversos gêneros com pouquíssima ou sem nenhuma divulgação. É claro que dentro desse universo "submerso" tem coisas medianas e ruins, mas também tem coisas boas que valem a pena.
 
Não tenho certeza. O que me atrai num livro costuma ser a sinopse. Se eu achar interessante eu leio, senão não. E sabe-se lá porque, pouquíssimos romances brasileiros entram na lista, mas como eu disse, não é proposital.
Faz muito tempo que não considero a sinopse como sendo parâmetro único de decisão. Principalmente nas obras mais recentes, que parecem não ter um grande zelo por parte dos autores e editoras, quanto a qualidade, ou mesmo aquela atenção especial em conquistar pela sinopse. Sinto que alguns tem uma receita pronta, coloca no modelo e voilá, saí uma sinopse quentinha do próximo livro.

Particularmente, acabo lendo a primeira página, e se não der uma palhinha boa, pego a segunda também, vejo se curto a escrita, a construção rápida, a forma de abordar o assunto, isso somado à sinopse, que sempre vem com um panorâma bem superficial. E enredo é kinder, não tem como saber, nem por sinopse, nem por 2 págs do início, é o lado bom e ruim da leitura.
 
Geralmente eu leio duas ou três resenhas também. Mas caso não tenha me interessado eu nem começo a ler porque minha lista de próximas leituras já é extensa. Mas ainda há muita coisa de literatura nacional que eu não conheço.
 
Sinopse pra mim é similar a trailer de cinema. Quando bem elaborada, consegue transmitir uma ideia geral até razoável sobre o conteúdo do livro, mas na hora da decidir, ela deve ser um dos parâmetros e não o único de decisão.
 

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