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Quando diploma é necessário? (Regulamentação de Profissões)

Fingolfin

Feitiço de Áquila
Há poucos anos atrás algumas profissões passaram a ser regulamentadas pelo governo, entre elas o jornalismo. Com isso, só poderia escrever em jornal/revista quem fosse formado em jornalismo. Excessões únicas para colunistas. Ontem o STF deu um parecer que cancelava essa necessidade.

Eu particularmente comemorei muito. Embora não tenha absolutamente nada a ver com o jornalismo em si, acho que tais exigências são nada além de uma reserva de mercado, uma exigencia para tornar o Conselho Regional de Jornalistas mais forte politicamente e mais rico também.

Acho que a regulamentação deveria ser feita sobre as empresas. Cada jornal publicado deveria ter um jornalista formado como responsável por garantir a ética e os valores do jornalismo profissional(por exemplo exigir isso para o Editor Chefe) mas não é necessário para todos que trabalham no local.

Com isso, o STF segue o caminho que EU acho mais indicado, o da regulamentação federal apenas de profissões Técnica/Científica. É normal que se exija do médico um diploma, o mesmo de um engenheiro, mas do mesmo modo que não se exige um diploma de engenharia civil para cada pedreiro, servente e mestre de obra que participa da construção, também não precisaria de um diploma de jornalista para cada um que escreve no jornal.

Essa decisão então vai além do jornalismo. Ela engloba e terá efeitos em várias outras profissões não-tecnicas/científicas.

Por isso queria saber a opinião de vocês em termos gerais, e não apenas no jornalismo.

Vcs concordam ou discordam da decisão?
 
Acho que na prática não sei se muda muita coisa. Quer dizer, a empresa tem o direito de exigir ou não o diploma. Provavelmente redações de jornais vão continuar peneirando os que tem o diploma.

Mas no meu caso, fiquei feliz que agora posso escrever num jornal :grinlove:
 
Porem vale lembrar que essa regulamentação visava proteger pessoa que investiram em seu diploma e preparo.
é muito comum voce ver professores com apenas um magisterio dando aulas em escolas, enquanto muitos professores graduados em faculdades e com pos, estao desempregados.
como vc disse, nao tenho nada com jornalismo, mas proteger que estuda e investe de carinhas marcadas por 30 anos de experiencia e nenhum diploma, se bem organizado, e interessante...
 
Eu sou amplamente favorável a regulamentação da maioria de profissões. Vou por alguns exemplos:

TATUADOR: Até não muito tempo atrás era visto como uma profissão meio "marginalizada" porque muita gente sem as noções básicas de higiene e esterilização de instrumentos atuava livremente no mercado colocando em risco a saúde das pessoas. Então nesse caso passar por um bom curso e se diplomar em algo que é sério, é fundamental.

DISK-JÓQUEI (DJ): se não me engano passou recentemente a ser pois já existe cursos profissionalizantes. Esta é uma das poucas que não defenderia porque tem muita gente humilde que sem curso nenhum, sabe mandar tão bem numa mesa de som quanto um profissional. Sinceramente não sei o quanto um diploma acrescentaria a mais, pois trata-se de algo que depende mais da capacidade e competência da pessoa na prática do que ter grande conhecimento teórico por ter feito e se diplomado num curso.

COMENTARISTA ESPORTIVO: Essa é um das mais polêmicas de todas pois já faz mais de 10 anos que se criou uma verdadeira guerra fria entre os diplomados em jornalismo e os paraquedistas sem diploma que atualmente dividem espaço nas emissoras de rádio e TV de igual pra igual.

Eu não tenho absolutamente contra de ex-jogadores, ex-árbitros ou o que seja atuarem neste meio desde que antes fizessem algum curso de jornalismo para poderem saber se expressarem melhor como um Neto por exemplo.

É claro que mesmo entre os diplomados existem profissionais altamente medíocres e de nivel amador como um Chico Lang da vida aqui de SP. Por isso esse assunto nunca deixará de ser polêmico. Ainda assim sou a favor da regularização.
 
Última edição:
Porem vale lembrar que essa regulamentação visava proteger pessoa que investiram em seu diploma e preparo.
é muito comum voce ver professores com apenas um magisterio dando aulas em escolas,esempregados.
como vc disse, n enquanto muitos professores graduados em faculdades e com pos, estao dao tenho nada com jornalismo, mas proteger que estuda e investe ddiploma, se bem organizado, e interessante...

Educação e carinhas marcadas por 30 anos de experiencia e nenhum é um direito, não um dever. Pq tem professor com magistério dando aula o graduado desempregado? Provavelmente pq o graduado não tem didática, não é bom professor ou está querendo salário acima do mercado.

O diploma pra mim deve ser um diferencial de mercado e não uma exigencia legal. Vc pode dar aula se tiver só magistério, mas fazer faculdade PROVAVELMENTE te ajudaria a se aprimorar, fazer um melhor trabalho e se destacar. Agora, existe excessão.

Eu sou amplamente favorável a regulamentação da maioria de profissões. Vou por alguns exemplos:

TATUADOR: Até não muito tempo atrás era visto como uma profissão meio "marginalizada" porque muita gente sem as noções básicas de higiene e esterilização de instrumentos atuava livremente no mercado colocando em risco a saúde das pessoas. Então nesse caso passar por um bom curso e se diplomar em algo que é sério, é fundamental.

DISK-JÓQUEI (DJ): se não me engano passou recentemente a ser pois já existe cursos profissionalizantes. Esta é uma das poucas que não defenderia porque tem muita gente humilde que sem curso nenhum, sabe mandar tão bem numa mesa de som quanto um profissional. Sinceramente não sei o quanto um diploma acrescentaria a mais, pois trata-se de algo que depende mais da capacidade e competência da pessoa na prática do que ter grande conhecimento teórico por ter feito e se diplomado num curso.

COMENTARISTA ESPORTIVO: Essa é um das mais polêmicas de todas pois já faz mais de 10 anos que se criou uma verdadeira guerra fria entre os diplomados em jornalismo e os paraquedistas sem diploma que atualmente dividem espaço nas emissoras de rádio e TV de igual pra igual.

Eu não tenho absolutamente contra de ex-jogadores, ex-árbitros ou o que seja atuarem neste meio desde que antes fizessem algum curso de jornalismo para poderem saber se expressarem melhor como um Neto por exemplo.

É claro que mesmo entre os diplomados existem profissionais altamente medíocres e de nivel amador como um Chico Lang da vida aqui de SP. Por isso esse assunto nunca deixará de ser polêmico. Ainda assim sou a favor da regularização.

Fusa, não sou contra uma pessoa se profissionalizar, ter um conselho, etc. Sou contra a obrigação legal disso. Dizer que o cara só pode ser DJ de festa se tiver diploma universitário em musica. Ou o tatuador em artes plásticas.

A profissionalização dessas profissões devem ser exigencia do consumidor. A garantia de boas práticas pode ser regulada por um profissional graduado. Por exemplo, para abrir uma empresa de tatuagem é preciso um curso X, o dono precisa fazer e garantir que sua empresa segue toda regulamentação, mas não precisa exigir que todos tatuadores façam já que ele garante a realização das condições ideais para tal.

Qto comentarista esportivo, isso é um reflexo de nós mesmos. Teve uma enxurrada de ex-jogadores e aí de repente a Globo(principalmente Sportv) se viu perdendo audiencia da classe A e B (maior consumidora e portanto mais disputada pelas empresas de propaganda) pra ESPN que era formada quase que exclusiva por jornalistas.

A Globo então parou de investir em Pelé, Dadá e Romário como comentaristas, trouxe um monte de jornalistas e só manteve os jogadores que tinham "admiração" do publico elitizado (Falcão, Caio e no Rio o Junior). No final, quem gosta de assistir jogo com Neto, Ronaldo entre outros comentando é a classe D e E paulista(não é a toa que são ex-idolos do Corinthians).

Ou seja, o próprio telespectador já deu uma dividida no joio do trigo.

As TVs, comandadas por jornalistas, podem fazer essa regulamentação, sem precisar de uma lei pra isso.
 
Pelo que eu sei, esse lance de não precisar do diploma não é assim totalmente liberado.
A menos que eu tenha entendido errado, não é como seu eu que nunca trabalhei com isso pudesse de uma hora para outra começar a atuar com jornalista. Esse liberação de exigencia do diploma é para proteger pessoas como minha irmã, que tem 20 anos de atuação na área e não é formada.

Na verdade não muda muito a realidade atual, pois já havia uma liminar há alguns anos que garantia o direito de pessoas nessa situação de trabalhar com jornalistas. De qualquer forma, é um ganho. Melhor por parecer do Supremo que por liminar, claro.

No geral eu concordo com você, Figolfin. Certas profissões não precisam mesmo de reserva de mercado. O diploma tem de ser exigido de profissionais de saúde, engenheiros e advogados. Talvez haja outras, mas pensando rapido assim, eu não me lembro.

Furia, não acho que tatuadores ou DJs precisem. Tatuadores precisam de reulamentação da vigilancia sanitária apenas. A questão dever ser regulamentada pelo prórpio consumidor mesmo. Nem para minha profissão, analista de sistemas, eu acho que o diploma deveria ser obrigatório. O mercado é competitivo, e o conhecimento faz falta, então vale a pena investir no diploma.

O caso dos professores é um negócio a parte. É uma classe fundamental e extemamamente mal remunerada. Como qualquer um, mesmo sem nenhum curso específico para isso, pode dar aula, o festival de atrocidades é enorme.

Um jornalista, formado ou não, vai se adequar a linha editorial do veículo para o qual ele trabalha. Um professor de história que diz que "O comunismo é a pior herança que Hitler nos deixou." ou uma professora de português que diz que "a única razão para aprender sintaxe é que é cobrado na prova do vestibular" estão provocando um dano em muitos estudantes. Eles só estão lá proque o salário de M... que eles recebem desistimula os mais capacitados e os faz buscar outras áreas, inclusive o jornalismo.

Eu acredito que para os professores deve sim acontecer uma exigencia de titulação, mas no atual estado isso não seria a solução, nem viável em alguns lugares. Mas o estado da educação é uma discução muito mais ampla.
 
>O diploma pra mim deve ser um diferencial de mercado e não uma exigencia legal.< Concordo plenamente com a afirmação de Filgolfin!!! Se vc é capaz de exercer uma certa profissão plenamente, se adquiriu conhecimento e capacitação por outros meios, etc... ótimo! Se além disso vc possui diploma, melhor ainda! Acredito que não é o diploma o determinante para vc ser um bom profissional... Sou formada em Letras e vi que a maioria das pessoas que se formaram comigo não têm a capacidade de atuar como professor, por exemplo... e sei que muitos ainda não formados, ou alguns até que não se formaram por falta de $, são melhores profissionais do que os "diplomados"... Capacitação, esforço e prática está na pessoa, não no diploma!!!
 
Acho que o problema é a comentada "falta de qualificação". Não é segredo pra ninguém o poder que a mídia tem, e o poder de destruir vidas que a mídia sensacionalista tem. Nesse sentido, a carga filosófica que é dada aos estudantes de Jornalismo, toda aquela cultura geral, parece ser um tremendo calcanhar de Aquiles aos não-formados.

Temo pelo monstro que podemos estar criando com essa resolução. Se é que vcs me entendem...
 
Mas isso é uma questão de ética. E a universidade não dá isso a ninguém que já não traga pelo menos o básico de sua vida.

Um profissional não ético, tendo ou não diploma, se adequará a linha jornalistica do seu veículo, se essa for do tipo manipulação de informação.
 
Acho que o problema é a comentada "falta de qualificação". Não é segredo pra ninguém o poder que a mídia tem, e o poder de destruir vidas que a mídia sensacionalista tem. Nesse sentido, a carga filosófica que é dada aos estudantes de Jornalismo, toda aquela cultura geral, parece ser um tremendo calcanhar de Aquiles aos não-formados.

Temo pelo monstro que podemos estar criando com essa resolução. Se é que vcs me entendem...

Pra isso existe o papel de responsável pelo jornal, cargo q eu acredito ser do Editor Chefe. Se ele for o responsável, deve ser graduado e garantir que o jornal siga as regras do jornalismo correto.

Como eu disse em outro post, vc precisa de um engenheiro responsável pra construir um prédio, mas não vai exigir que cada pedreiro, servente e mestre de obra faça faculdade de engenharia para poder construí-lo.
 
Acho que o problema é a comentada "falta de qualificação".

Isso é responsabilidade do chefe dessa pessoa e dos leitores.

Hoje em dia qualquer blog mais conhecido acaba tendo o mesmo impacto de um jornal de cidade pequena, e pode apostar cm boa chance de ganhar que ninguém do blog é jornalista.
 
Isso é responsabilidade do chefe dessa pessoa e dos leitores.

Mas você acha, Deriel, que o leitor brasileiro tem essa cultura, essa responsabilidade? Não o afirmo, nem nego, tenho dúvidas a respeito, queria saber sua opinião.
 
Afirmo que não é função de um órgão regulador dizer se a pessoa pode ou não ser jornalista, da mesma maneira como não há um órgão regulador para quem quer publicar um livro ou para qualquer outra coisa.

Ou mesmo desenvolvedor de sistemas - todo mundo da minha área sabe que qualquer um pode programar, mas o mercado já aprendeu a identificar os diferenciais de qualidade de um profissional. O mesmo vale pro jornalismo. Eu poderia justificar de n maneiras que a informática deveria ser regularizada (imagine se o sistema da polícia cai ou se tem bug no programa do hospital ou o prejuízo que um negócio tem se a página dele está fora do ar), mas nenhuma delas muito defensável - e mesma coisa o jornalismo.

A meu ver regulação só pra profissões que produzam risco de vida - engenharias e medicinas, basicamente.
 
Última edição:
Pra mim a única utilidade de não se exigir mais um diploma pra exercer a profissão é impedir que as pessoas continuem achando que vão comprar um canudo na universidade de esquina mais próxima e sair de lá com emprego garantido. Além disso obriga os graduandos a correr atrás de uma melhor qualificação, de um diferencial, e amplia a área de atuação de outros profissionais de comunicação mas que pertencem a outras habilitações (como Rádio e TV, meu caso).

Tem uma galera que defende a (arg!) comunicação comunitária (incluindo a diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, principal defensora da causa dos sem-diploma) e que acredita que essa medida pode favorecer a mídia contra-hegemônica, a mídia livre, etc. Mas isso em termos de regulamentação das atividades destes profissionais, direitos trabalhistas e tal. Quanto ao mercado de trabalho em geral acho que pouca coisa muda.
 

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