Muito interessante, colocado dessa forma. O Martin já comparou os WW aos sidhe, povo sobrenatural/deuses da mitologia celta (Tuatha Dé Dannan), que tinham muita magia (realizavam metamorfoses, ressurreições e etc, como não podia deixar de ser) - eu me lembro de que tinha um deles, não lembro o nome, que reinava sobre a Morte e a Ressurreição.
"In an email to the comic book artist Tommy Patterson, George Martin wrote:
“ The Others are not dead. They are strange, beautiful… think, oh… the Sidhe made of ice, something like that… a different sort of life… inhuman, elegant, dangerous"..."
Fonte
Dá o que pensar. Nos faz perguntar o que o autor, no processo de "treasure hunting" (caça ao tesouro) pelas referências nos livros, usarará das histórias do norte da Europa.
Tudo que me lembro é que em algum lugar, havia lido uma versão que os "Thuata" haviam invadido e tomado as terras de um outro povo mágico, ainda mais antigo do que eles.
Curiosamente, as histórias feericas da Europa remetem as dos índios nas américas quando comentam das disputas territorialistas entre povos mágicos. Fada contra fada (quase uma guerra celeste de Valar).
Nesses relatos se comentava que as tribos locais buscavam acordos de interesse/benefício mútuo para dividir a terra entre as " entidades mágicas das luzes da floresta" e o povo nativo. Qualquer semelhança com as famílias do norte (Stark), do conhecimento tradicional de Jojen então não seria mera coincidência.
Martin pode mesmo estar trabalhando em cima de um passado em que houve guerra entre os seres mágicos. E desse caos podem ter brotado um ou dois experimentos mal-sucedidos quem sabe...
No que isso me lembra de outro ponto interessante é com relação aos rituais cátaros (estímulo para não procriar e morte com imagem positiva), da ligação com cristianismo e a motivação dos seres sobrenaturais de Westeros.
Biblicamente falando, quando se fala em anjos, uma das principais tentações para queda viria do orgulho que poderia dar um indicativo de como poderia ser um povo mágico que se dobra apenas por força bélica.
Afinal que tipo de objetivo poderia querer um White Walker ou um ser mágico? Talvez cumprir uma missão significativa apenas do ponto de vista mágico a que não pudesse se furtar por algum tipo de obrigação que viesse a calhar pelo domínio de território.
Acredito então que se ocorrer o pior e o comandante morrer, se for ressuscitado haverá grandes chances de Jon não voltar mais ao original, podendo variar de um Bran a um Beric ou quem sabe um espírito errante, criatura fria, etc...
Do ritual cátaro o espírito já era visto mesmo como fagulha ou centelha que em caso de purificação deveria buscar a fonte original (Senhor do Fogo?). Para onde irá a centelha de Jon, heheheh