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Qual o seu jogo de tabuleiro preferido?

Qual o seu jogo de tabuleiro preferido?


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Vou fazer uns posts para falar de alguns dos meus jogos favoritos no momento. Vou começar pelo meu top 1 atual. Já falei dele nesse mesmo tópico:

1) Root.

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Root é um war game com uma assimetria pesadíssima. Em resumo, você tem diversas facções de animais disputando o controle da Floresta da Madeira. No jogo base, você tem quatro facções: marqueses (gatos), rapinas (aves), Aliança da Floresta e o Malandro (guaxinim). Cada uma dessas facções joga e pontua de maneira completamente diferente das demais.

Para vocês terem uma ideia, no setup inicial, os marqueses iniciam o jogo dominando todas as clareiras do tabuleiro, exceto uma, que fica numa das bordas, e que é dominada pelas rapinas. A Aliança da Floresta, no início do jogo, nem está no tabuleiro. Ela tem um processo de espalhar tokens de simpatia pelas clareiras (simbolizando que ela está ganhando simpatizantes para a sua causa entre os demais animais da floresta, que estão sob o jugo dos marqueses e das rapinas); e só no momento em que ela faz uma revolta numa das clareiras é que ela ganha presença ostensiva no tabuleiro e constrói ali uma base. O Malandro tem um único meeple. Ele não é considerado um guerreiro e transita pela floresta, ora favorecendo uma facção, ora favorecendo outra; ora tomando ações hostis em relação a uma facção, ora em relação a outra. E ele também tem um baralho específico de "quests", que ele deve cumprir para pontuar. Em regra, ganha quem completar 30 pontos primeiro. Mas é possível também ganhar por dominância.

É um jogo complexo de aprender, porque pra jogar razoavelmente bem você precisa entender a dinâmica de cada facção. E elas são muito diferentes. É quase como se você tivesse que aprender quatro jogos diferentes para aprender um. Então, assim... tem uma certa curva de aprendizado. As primeiras partidas que eu joguei foram bem truncadas. Com muitas dúvidas, muita necessidade de consultar o manual e também com muitos erros que fui descobrindo depois. Mas quando o jogo rodou liso pela primeira vez, foi lindo. :g:

Outro ponto legal do Root é que é um jogo que envolve muita política. Alianças de ocasião pra baixar o pau em quem está muito na frente; traições; tentativa de induzir a mesa a fazer o que você quer que eles façam.

E as expansões...

Em nenhum outro jogo que eu tenha jogado, as expansões mudam tanto o jogo como em Root. As expansões trazem novas facções, com dinâmicas totalmente diferentes de jogo. Você tem a Companhia dos Ribeirinhos (lontras), os Lagartos Cultistas, novos Malandros, a Conspiração Corvídea (corvos), o Ducado Subterrâneo (toupeiras), os Guardiões de Ferro (texugos) e as Centenas (Ratos). Além disso, as expansões trazem novos mapas e marcadores, que agregam novas regras e dinâmicas ao jogo.

Eu mesmo ainda não aprendi a jogar com todas as facções. Das expansões, pra mim falta aprender a jogar com as toupeiras e com as centenas.

Mas assim... só o jogo base já te oferece muito jogo. Dá pra aproveitar muito o jogo base antes de pensar em expandir.

O problema de Root é o seguinte:

Por ser um jogo mais pesadinho, ele não vai funcionar bem em qualquer mesa. É preciso que você tenha um grupo de pelo menos 4 pessoas que esteja disposto a abraçar o jogo, ler as regras e aceitar que as primeiras partidas podem ser meio truncadas, como comentei.

Mas a galera que curte é completamente maluca pelo jogo. Para se ter uma ideia, existe um sem número de expansões não oficiais do jogo, criadas por fãs, em que a galera disponibiliza o PnP (Print and Play) na internet. Estou em grupo que a galera compra impressora 3D pra fabricar peças pro jogo. rsrs

Embora se diga que o jogo é para entre 2 e 4 jogadores, o jogo em 2 não funciona bem. Fica completamente desbalanceado. É realmente em 4 que ele brilha.

Ah sim... o jogo ganhou uma adaptação para o Steam. É baratinho, coisa de 30 reais. E eu acho que o jogo na Steam é a melhor forma de aprender a jogar o jogo físico. Ele tem uns tutoriais realmente excelentes.

Pra quem se interessar, indico o vídeo do Sotero, do canal Jogatina Mil Grau. Acho que é o vídeo, no YouTube, que melhor vende o peixe sobre esse jogo:

 
Última edição:
Acho que vou para de seguir esse topico, ou vou precisar de um "meu jogo, minha vida" :rofl:
 
Meu top 2 atual:

2) Revive.

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Tematicamente, Revive se passa em um futuro pós apocalíptico, no qual a lógica da acumulação capitalista levou o planeta a um colapso ambiental e social. O mundo como o conhecemos foi destruído.

Aquilo que restou da humanidade passou a viver em cavernas subterrâneas, uma vez que a superfície do planeta se tornou inabitável. E como desgraça pouca é bobagem, sobreveio uma nova glaciação. A Terra é agora um planeta congelado.

5000 anos após a queda da humanidade, iniciou-se o degelo do planeta e a superfície começou a se tornar habitável.

O objetivo dos jogadores é liderar a sua tribo em missões de exploração e repovoamento da superfície, que buscarão "reviver" o planeta, garantindo recursos, acessando o conhecimento e tecnologias ancestrais que haviam sido perdidas. Agora, cada uma das tribos projeta construir uma civilização que seja o oposto das civilizações do passado, que conduziram o planeta à ruína.

Revive é um euro médio-pesado, com mecânicas de construção de motores, controle de área, gestão de recursos e um quê de deckbuilding. Há também uma assimetria leve (bem mais leve, se comparado com Root), em que cada uma das 6 tribos jogáveis dispõem de habilidades e tecnologias diferentes.

Um jogaço, super estratégico, com aquela fritação de cabeça na medida certa. E os tabuleiros, tanto o tabuleiro geral (com peças modulares), como o de jogador (em alto relevo, com cartas e peças que se encaixam perfeitamente a ele), são uma obra de arte e trazem para o jogo uma rejogabilidade absurda.

É um jogo muito cheio de possibilidades. Você pode explorar, construir, povoar, fazer ações que te garantam recursos e usar a energia disponível no seu tabuleiro de jogador para ativar tecnologias que te trarão alguma vantagem. E com isso, você consegue criar uns combos de ações que são muito satisfatórios.

Como o jogo termina? Há alguns artefatos que os jogadores coletarão, ao longo da partida. Quando um jogador coleta o último desses artefatos, ativa-se o fim de jogo e vence o jogador que somar mais pontos.

Eu jogo a maioria das partidas com a minha esposa e o jogo roda muito bem em 2 jogadores. Em 3 ou 4 jogadores, a experiência continua espetacular, mas o controle de área fica mais acirrado.

Vídeozinho curto do Studart falando do jogo:



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Não sei se já falaram aqui, mas qual é o nome daquele jogo das cartas muitcho doidas que você só pontua se pelo menos uma pessoa acertar sua dica, mas não pontua se todas acertarem?
O mais legal dele é que não precisa de muito espaço ou coisas pra jogar e é fácil de entender a ideia, e dá muita viagem porque as ilustrações são completamente abstratas. Joguei duas vezes na casa de um amigo, e ele tinha comprado não sei quantas expansões de cartas, então nunca chegamos a repetir carta.
 
Não sei se já falaram aqui, mas qual é o nome daquele jogo das cartas muitcho doidas que você só pontua se pelo menos uma pessoa acertar sua dica, mas não pontua se todas acertarem?
O mais legal dele é que não precisa de muito espaço ou coisas pra jogar e é fácil de entender a ideia, e dá muita viagem porque as ilustrações são completamente abstratas. Joguei duas vezes na casa de um amigo, e ele tinha comprado não sei quantas expansões de cartas, então nunca chegamos a repetir carta.

É o Dixit.
Dixit realmente é um jogo bem legal e quanto mais viajada a galera com quem você joga, melhor fica o jogo! :g:
 
Esse mesmo! Deve ser o meu jogo preferido para encontros de amigos, porque eu ganho quase sempre gera bastante interação sem precisar de muito trabalho pra montar e desmontar e planejar etc.
 
Eu joguei muito o Dixit lá no início. Faz algum tempo que não jogo, mas acho que ele é uma excelente porta de entrada pra esse mundo. E é mesmo diversão garantida. :cerva:

_____
Seguindo no rankeamento:

Meu top 3 do momento é mais propriamente um jogo de cartas que um jogo de tabuleiro. Estou falando do Imperium: Clássicos:

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Imperium é o melhor jogo com a temática de civilizações que eu já joguei (perdão, 7 Wonders! :pray:) e é inteiramente baseado na mecânica de deckbuilding (construção de baralhos).

Só que é um deckbuilding mais pesado que a média dos jogos do gênero.

Em Imperium: Clássicos, você pode jogar com 8 povos diferentes:

- cartagineses;
- celtas;
- citas;
- gregos;
- macedônios;
- persas;
- romanos;
- vikings

O jogo é também assimétrico (acabo de notar que os 3 jogos do meu top 3 tem algum nível de assimetria), na medida em que cada baralho de civilização tem suas peculiaridades. Dito de outra maneira, cada povo tem as suas peculiaridades. Alguns são mais interessados em comércio (cartagineses); outros em expandir os seus domínios, anexando regiões e submetendo povos (romanos).

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Você invariavelmente iniciará jogando como "bárbaro" e, na medida em que for desenvolvendo o seu deck, vai chegar o momento em que irá acionar a carta de ascensão, tornando-se um "império".

Há cartas que você só pode jogar enquanto é bárbaro; e há cartas que você só pode jogar enquanto é império. A partir do momento em que você se torna um império, essas cartas de bárbaro sujam o seu deck (mas ainda te darão pontos no final da partida) e você terá de se valer de alguns meios para tirá-las do seu baralho principal, para gerir o seu deck de maneira mais eficiente. Você pode "guarnecê-las" sob uma carta de região, na sua área de jogo, por exemplo; ou eventualmente enviar essas cartas para a sua história. Há algumas cartas que você adquire no mercado que permitem, inclusive, que você passe cartas indesejadas para o deck do coleguinha, sujando o baralho dele.

E há povos que são tão diferentões que até as regras para eles mudam. O exemplo mais contundente de Imperium: Clássicos é o dos vikings, porque nesse jogo eles serão sempre "bárbaros". Isto é, eles nunca se tornam "império". E eles também não têm "história", o que em alguma medida dificulta que você "tire" algumas cartas que, ainda que vão te dar pontos no final, sujam o seu deck enquanto a partida corre.

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Outro ponto interessante sobre o Imperium é que ele tem diversos gatilhos de fim de jogo. Isso faz com que dificilmente uma partida vá ser igual à outra. É possível testar estratégias as mais diversas para esse jogo e, a cada partida que passa, esse jogo só tem crescido pra mim. Rejogabilidade infinita. kkkk

E um plus sobre o Imperium é que ele tem um modo solo bastante sofisticado, que chega perto de simular uma partida contra um jogador real, combinando um sistema de rolagem de dado com uma tabela de referência para as cartas que você comprará para o automa. Alguns jogadores não vão curtir esse modo solo, por achá-lo um pouco burocrático. Eu achei genial, mas não discordo que administrar as ações do automa dá um trabalhinho.

Eu acho o modo solo dele maravilhoso. Mas uma partida em 2 sempre será melhor. Aliás, sobre isso:

A grande crítica que fazem a esse jogo é a seguinte: em tese, é um jogo para jogar entre 1 e 4 jogadores. Mas a maioria das pessoas recomendam jogá-lo apenas em 2, porque mais do que isso o jogo fica bem demorado. É o que dizem. Ainda não testei jogar em mais jogadores. Só joguei ele solo ou com a minha esposa. E nossas partidas em 2 duraram entre 2 e 3 horas. Então eu acredito que jogar com mais gente deve ficar demorado mesmo...

Um detalhe sobre o Imperium é o seguinte. Depois do Clássicos, já lançaram até o momento duas outras caixas (o Imperium: Lendas, já lançado no Brasil; e o Imperium: Horizons, que está pra ser lançado).

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Essas caixas não são propriamente expansões, mas podem funcionar como expansões. São jogos autônomos (autossuficientes, digamos assim), mas as regras são as mesmas e é possível combiná-las e jogar uma mesma partida com civilizações provenientes de caixas diferentes.

As civilizações que vêm na caixa do Lendas são, em parte, como o nome sugere, Lendas. Você tem ali, por exemplo, os Atlantes. Mas tem também uma civilização histórica ali no meio, como é o caso dos Egípcios.

O diferencial da caixa do Lendas é que as civilizações são muito mais diferentonas que as da caixa Clássicos, o que implica dizer que a assimetria se torna muito mais pesada. Não é sem razão que recomendam aos que querem se iniciar no jogo que comecem pelo Clássicos, porque é menos complexo. E depois partir pro Lendas.

Ainda não joguei o Lendas, mas já está na minha lista de desejos. rsrs :anjo:

[Do Horizons, ainda não posso falar, porque não foi lançado no Brasil ainda e eu não tenho muita informação a respeito.]
 
Ó @Mercúcio chegaste a jogar o Citadels?
Se ainda não, recomendo muito.
Mas acho que só fica legal com pelo menos uns cinco jogadores. Não sei se o teu grupo é tão grande.

Ainda não joguei, mano.
Tá na minha lista de jogos que quero experimentar desde que você recomendou ele aqui nesse tópico. Mas ainda não tive oportunidade.

Nesse sábado, vou pra um evento de jogatina, que tem rolado uma vez por mês aqui na casa de um casal de amigos. Tem dado algo em torno de umas 13 a 15 pessoas. Vou assuntar pra ver se alguém tem o jogo. Se alguém tiver, vou pedir pra levarem no evento do mês que vem.
 
Vou mudar minha resposta pra:

Rummikub (Jogo todos os dias e sou professional 💅)
Xadrez
Gamão
Outro (Combate, Dama)
 
alguém já jogou Harmonies?
joguei em um encontro e achei muito divertido!

perdi todas as partidas, by the way

Ver anexo 102212
Já tinha visto várias pessoas falando dele, mas só agora parei para dar uma olhada em vídeo sobre regras/gameplay e achei bem legal, parece ser bem gostosinho de jogar, já vai para a minha lista de desejos.

Eu joguei muito o Dixit lá no início. Faz algum tempo que não jogo, mas acho que ele é uma excelente porta de entrada pra esse mundo. E é mesmo diversão garantida. :cerva:

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Seguindo no rankeamento:

Meu top 3 do momento é mais propriamente um jogo de cartas que um jogo de tabuleiro. Estou falando do Imperium: Clássicos:

Ver anexo 102428
Até agora não tinha visto esse jogo. Achei bem interessante a proposta dele e ainda mais por ser deckbuilding que adoro.
 

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