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Qual o objetivo dos Senhores das Trevas?

Melkor queria fazer uma nova Arda mergulhada nas trevas para assim tentar se igualar a Ilúvatar.

Sauron queria dominar os povos da Terra Média só para ser o Senhor desses povos, mas não deveria querer transformar tudo em um lugar igual a Mordor pois se fizesse tal coisa os povos conquistados não sobreviveriam em um lugar desses e Sauron não teria quem governar além de orcs e as criaturas que viveram eras em Mordor.
 
Gosto de pensar que aí entra o famoso equilibrio das forças, talvez mesmo que os valar moldassem o mundo em trevas, Melkor iria contra os mesmos não por não gostar do que foi feito, mas porquê não foi feito ao seu modo, já Sauron acredito que o objetivo maior não fosse libertar Morgoth já que fazendo isso estaria abdicando a tudo que conquistou. Talvez seu objetivo se resuma simplesmente em conquistar e dominar, se tornar soberano e pronto.
 
Eu concordo, Melkor possuía mais princípios e, como já foi debatido antes, até uma certa "bondade" ao seu próprio modo, no intuito de moldar um mundo ao seu próprio jeito. Já Sauron, era mais mundano e seu objetivo era governar os povos da Terra Média
Quanto ao futuro de Arda nas mãos de Melkor ou Sauron: Bom, Melkor eu já falei, acredito que criaria um novo mundo, inteiramente, ao seu próprio modo, e do jeito como imaginava que as coisas deveriam ser, com suas próprias criações.
Sauron, por sua vez, iria governar num sistema mais Feudal, eu acredito, onde ele se regozijaria ao ver os próprios povos batalhando entre si, mas sempre atendendo seus desejos acima de tudo. Algo semelhante aos Vikings: Quando não havia mais inimigo, então, eles lutavam entre si.
Eu acredito que a paz nunca reinaria sob o comando deles, afinal, nem Morgoth nem Sauron eram de cumprir promessas, então sempre haveria desordem entre seus seguidores.
 
o fator e esse paradigma ñ pode ser julgado e nem compreendido por humanos.o ponto onde consigo entender é q existe o bem e o mal,polaridades uma oposta da outra.se vc perguntar pra uma criatura das trevas quem é pior o bem ou o mal?ele lhe falará que o bem prejudica tudo o que ele tem em sua mente.pra quem se julga bom é facil dizer que isso ou aquilo é mal.destrua o mal e tente entender o que sobrou do bem;veja analize tudo o que foi preciso pra ele fazer pra destruir sua oposição.será que as atitudes do bem ñ merecem a mesma atenção?
 
Primeiro eu acho que bem e mal depende muito do ponto de vista. O mais importante ao analisar Melkor é entender que antes dele não existia o conceito de maldade e bondade. Ele foi o “mau inicial”. Provavelmente Melkor nunca pensou: serei um cara malvado e farei várias maldades. Na mente dele, eu acredito que ele era o certo. No princípio, antes do conceito de bom e mau existirem, existiam apenas esse ou aquele interesse.


Devido a divergência de interesses, existiu a divisão: de um lado o mais poderoso de todos (porém sozinho) e do outro os menos poderosos (porém maioria). Aqueles que eram maioria classificaram as ações e vontade de Melkor como más, o que é extremamente natural, pensar que o outro lado está errado. O tempo foi passando e, sempre que alguma ação lembrava o jeito Melkor de ser, passou a ser dito que era uma ação de maldade. Ou seja, a partir da divisão de interesses de Melkor e os outros Valar é que surgiu o conceito de bem e mal.


Tomemos como exemplo as maiores ações de Melkor, que foram destruição dos luzeiros e das árvores, obras dos outros Valar. Esses outros Valar concordavam entre si em uma coisa: luz - bom, escuridão - ruim. Quem discordava disso era Melkor, que pensava exatamente o inverso: luz - ruim, escuridão - bom. Como Melkor era a minoria nessa opinião, ao longo do tempo tudo que era relacionado com escuridão virou sinônimo de coisas ruins, simplesmente porque a maioria pensava assim. Se as preferências fossem invertidas, a luz certamente é que seria sinônimo de maldade.


O que estou querendo dizer é que a escuridão em si não é ruim, mas o fato de que Melkor era o "mau" e buscava espalhar escuridão levou todos a relacionar escuridão com coisas ruins.


Em todo o resto, acredito que os Valar eram bastante similares a Melkor. Ao tentarem impor sua vontade, os Valar também eram violentos. Melkor destruiu os luzeiros e as árvores tentando impor o seu jeito: escuridão. Da mesma forma, os Valar destruíram Beleriand, tentando se impor sobre Melkor. Do mesmo modo que Melkor criou fortalezas em montanhas nas Tangorodrim, os Valar fizeram as Taniquetil. Do mesmo modo que Aulë criou um povo, Yavanna cuidava da natureza e etc, Melkor também tinha poder criativo, criando dragões, ou outras criaturas. Do mesmo modo que os Valar criavam luzeiros, árvores, sol e lua para dar luz para o povo, pode-se interpretar que Melkor também “pensava no bem dos seus servos”, atacando fontes de luz ou criando nuvens contra a luz, já que os orcs gostavam mesmo é de escuridão. Em outras palavras, todos os Valar agiam de maneira muito parecida, cada um de acordo com seu interesse.


Transcendendo então, os conceitos de que Valar eram bonzinhos e Melkor era malvado, podemos analisar o que deu origem a tudo: a divergência de interesses, que pra mim é a única real diferença entre eles e também é a essência da diferença de maldade e bondade: Melkor queria dominar tudo.


O problema em si não é o desejo da escuridão, nem os métodos que Melkor usava, mas o desejo de ter tudo para si. Essa é a única diferença entre Melkor e os demais Valar. Os Valar eram liberais, enquanto Melkor era autoritário e queria impor seus jeitos e vontades.



Respondendo mais diretamente à pergunta do tópico, pra mim, era isso que ele queria:

Escuridão (não por ser algo ruim, mas é o que ele gostava), um mundo sem elfos, sem árvores de Yavanna, sem obras de nenhum outro Vala, e principalmente, ele no comando de tudo.

Sobre Sauron, aí é mais difícil. É difícil dizer se em Numenor o culto a Melkor era verdadeiro ou só um meio astuto de atingir seu objetivo.
 
Melkor deve ter se ressentido quando o repreenderam em não poder fazer uma "música só sua". Aí começou a espiral de vinganças, punições, mais vinganças e o rancor só foi crescendo... quando foi ver, ele já estava afundado em um mar de ódio e trevas.

Com o Sauron deve ter sido o mesmo, embora o Sauron no início ambicionasse mais poder e posição ao aliar-se a Melkor, mas aí só se danou... rs.
 
Deixo a recomendação para leitura do tópico da "lenda de Morgoth coitadinho".

Os conceitos de ignorância e maldade podiam conviver dentro de um indivíduo ao mesmo tempo (igual em nosso mundo).

O que faltava a Melkor, à semelhança do que falta ao demônio biblico, não era tanto a falta de conhecimento, de fé ou falta de fé na existência do bem e do mal mas sim a falta de amor (que molda o caráter antes de percorrer o caminho). Ou seja o demônio também acredita em Deus e o que o diferencia é menos a fé que o uso que se faz dela (apesar de ela ter grande valor).

Melkor sabia que existia a bondade e maldade os quais eram conceitos estabelecidos em sua mente e sabia também que no começo ele fora criado a partir de um ponto neutro que era a ignorância primordial dos seres recém-criados por Eru.

Mas ao invés de evoluir, à medida que aprendia as coisas, usou o conhecimento contra a neutralidade e também contra a bondade desejando ser consciente da maldade escolhida. O Vala caído foi se tornando cada vez mais maligno a partir de um ponto neutro (criação de Eru), sempre descendo mais e mais até que a própria maldade do Inimigo do Mundo o anulasse completamente.

Tanto que os dois primeiros principais mandamentos do cristianismo (seguido por Tolkien) falam de amor e da capacidade de compreender o amor ao invés de falar de fé (que é importante mas com uma importância inferior a habilidade no amor).

Um exemplo emblemático é quando Sauron é derrotado por Lúthien e fica apavorado em ter que voltar com a alma nua diante dos olhos aterrorizantes de Melkor. O que quer dizer que um dos principais generais de Melkor sabia que não havia qualquer amor em Morgoth e esperava ser destratado e ferido por aquilo que era inimigo do amor (a maldade). Para Melkor, não havia a necessária convalescença e respeito com a alma.

No fim, a história de Beren e Lúthien é também um conto do amor contra a maldade.
 
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Melkor, a princípio, parecia ter a necessidade de criar e não há nada de errado nisto, os problemas começaram quando ele quis adonar-se das obras alheias, ele poderia muito bem ter deixado seu pai e seus irmãos e começado algo que fosse apenas seu. Em vez disto e vendo-se frustrado, preferiu entregar-se à fúria cega niilista.

Já Sauron é mais complexo, ele era alguém que amava a ordem, a capacidade de administrar e a rapidez nas decisões. E ele enxergou estas qualidades no vala caído [que lhe pareceu a completa antítese do seu (de Melkor) irmão gêmeo, Manwë]. Mas, até por admirar as características supracitadas, Sauron foi um "rebelde de segunda hora", o que nos leva a pensar que talvez ele acreditasse em uma possibilidade de reconciliação entre Melkor e seus irmãos. Mas como isto não ocorreu, uniu-se ao vala rebelde em sua tentativa de ordenar a criação e acabou por se tornar o seu sucessor.

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