Aldamar disse:
Sinceramente Décimo, eu li o tópico e pensei que era aquele com mais perícia em armas, então a pergunta deveria ser: Quem foi o mais sábio, ou o mais prudente.
É, talvez... Mas acho que um verdadeiro guerreiro, no sentido completo da palavra, tem de ter outras qualidades para além da perícia com armas, e foi nisso que eu pensei quando inventei a enquete.
Aldamar disse:
Mas sem dúvida os outros fizeram mais coisas boas... se bem que sem o comando de Fingolfin os Noldor não teriam ido à Terra Média (atravessando o gelo) e portanto Glorfindel não poderia lutar contra o Balrog, e Earendil não existiria... se tu fosse pensar por esse lado todos são importantes...
Para já, não tinha de ser necessariamente Fingolfin a liderar os Noldor para que eles conseguissem atravessar Helcaraxë; eles teriam conseguido de qualquer das maneiras. E depois, não fosse todo o problema com as Silmarils e a travessia dos Noldor, Eärendil não teria de existir. Morgoth venceria os Sindar, mas afinal, eles não acabaram por se levar a si mesmos à destruição de uma maneira ou outra? Os Valar acabariam, de alguma maneira, por se decidir a atacar Morgoth. As coisas na Terra-Média seriam completamente diferentes, mas o desenrolar dos acontecimentos é assim mesmo: são pequenos promenores que fazem a história.
Enfim, claro que, de qualquer maneira, para que as coisas acontecessem como por fim aconteceram, a intervenção de Fingolfin revela-se insêncial. Não sou grande adepto de ficar a conjecturar, mas neste caso prefiro pensar como as coisas poderiam ter sido, para melhor.
Krebain disse:
Ele não foi porque estava fora de si. Imagina tudo destruído, seus familiares sendo mortos, sem uma luz no fim do túnel e o seu Inimigo lá, dentro de seu covil, protegido e destruindo tudo. E ele foi enfrentar a Morte.Se fosse morrer, que fosse com honra. Que fosse com luta. E ele foi enfrentar a Morte.
Quando leio essa parte do Silmarilion fico com a impressão de que Fingolfin estava realmente fora de si, pelas razões que você referiu, o que justifica a sua decisão. É verdade que se ele estava lucido, como você diz, a sua decisão também se justifica com o seu carácter e personalidade, e não podemos censurá-lo pos as coisas realmente pareciam ter acabado para ele. Mas mesmo assim, e por mais corajosa e impressionante que tenha sido a sua acção, o seu feito não trouxe bem nenhum, e as coisas poderiam ter sido melhores se ele tivesse usado a sua invejável habilidade com armas para fins mais benéficos e honráveis. Mais heróicos.