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Qual o armamento dos elfos?

Penso que uma das melhores formas de se começar a conhecer as armas dos elfos seja através do Silmarillion. Assim que depois de uma busca no conteúdo você poderá fazer uma lista com as armas citadas mais famosas desde a criação de Ëa.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Middle-earth_weapons_and_armour
http://thainsbook.net/swords.html

Particularmente entendo que as armas élficas (bem como qualquer objeto élfico) possuíam qualidades que não eram encontradas nas armas dos homens nem dos anões. Por causa disso os elfos eram comedidos e tinham zelo e atenção para com todos os pequenos adereços, acessórios e coisas que não podiam ser simplesmente entregues a qualquer um pelo mundo.

A depender do poder e origem do construtor do artefato a arma traria com ela algum poder subcriativo carregando consigo não apenas a história mas uma parte viva do destino do povo que a concebeu.

Por exemplo, existem passagens em que se disputa a presença de metáfora ou magia como a espada usada por Túrin e a qual conversava com ele.

Pessoalmente não duvido que exista em armas élficas sempre o elemento poético apresentando uma imagem do ato de conversar, porém é também verdade que os elfos conversavam com plantas e animais em um nível direto que homens detinham capacidade reduzida e habitavam num mundo aonde a transição entre os reinos animal, vegetal e mineral eram ainda mais cinzentas que no nosso (o nosso também é), com seres meio arvorescos (Ents) ou objetos com intenções vivas...

Tem até um filme de fantasia divertido sobre o assunto que é O Cristal Encantado (Dark Crystal) em que o mundo dos Gelflings é cheio de criaturas híbridas, de plantas com atributos animalescos, etc... Nesse filme os personagens se deslocam por uma paisagem que alguns consideram como um dos ambientes mais letais e mortíferos do universo.

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No que a cultura e natureza élfica percebia a distância aquilo que os separava do resto do mundo de forma muito mais acurada que os povos temporários. E que o próprio Túrin não chegou a perceber pela primeira vez a distância e proximidade que o separava das coisas morrendo bem antes disso.

Por esta razão costumo abordar as armas élficas com tratamento diferente da abordagem usada para armas dos homens.
 
Última edição:
Existia algum padrão pra um elfo usar tal arma ou ele escolhia qual queria se especializar? Por exêmpo, um elfo querer usar espada leve de uma mão só ou de duas mãos, ou adagas, arcos, lanças etc.
 
Sobre o comportamento deles tem algumas passagens no Silma sobre hábitos e preferências das 3 famílias em que é possível apenas pescar alguma coisa uma vez que o foco do livro não é bem nas armas mas na história dos acontecimentos... Por exemplo:

Somo se conta no Silma, os elfos foram projetados para um mundo ainda mais perigoso do que o habitado pelos homens. Eles vieram primeiro e são mais resistentes demonstrando no comportamento das batalhas se refletiria nas armas que fabricam.

De uma forma parecida com a confecção da espada japonesa antiga (Katana) em que o ferreiro tende a colocar tudo de si em um objeto de arte, as primeiras gerações de elfos (Ingwe, Finwe, etc...) tem tendência a realizar combates diretos e honestos por meio de espadas ou no máximo lanças.

Entretanto, depois de traições, e a medida que os elfos foram sofrendo com a maldade, o nível de bravura e nobreza decaiu forçando o aparecimento de armas e estratégias ocultas, de longa maturação, feitas a distância visando a vitória desesperada a qualquer custo.

Em torno desse fato o valor do combate caiu e os elfos passaram a usar arcos e a fazerem emboscadas para se contraporem ao avanço de maldades cada vez mais sutis.
 
Espada Longa (de uma mão)
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Espada Curta
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Facão
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Arco Curto
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Arco Cosmposto Recurvado
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Os Noldor quando foram para a guerra contra Morgoth deviam estar entupidos de armaduras de placas de metal, que deviam ser feitas com uma técnica impecável para deixá-las mais leves. As melhores, dos príncipes e generais com certeza eram de Mithril.

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Os guerreiros da linha de frente deviam usar armas de uma mão, como espadas longas, espadas curtas e lanças, para terem um escudo na outra mão.

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Elfos Sindar, que não chegaram a ter contato com Valinor, provavelmente não tinham à disposição uma tecnologia militar tão avançada, com acesso a técnicas absurdas para fazer armaduras de placas de metal formidáveis, de última geração.

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Ainda assim certamente sabiam moldar o metal o suficiente para fazer facões, espadas e pontas de flechas letais.

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Última edição:
Os noldor em valinor não conheciam a malha de aço , que foi uma invenção dos Naugrim em beleriand , e os sindar foram os primeiros elfos a desfrutarem dessa invenção!
Ou seja , os noldor ,em meio a fuga para a terra media deviam estar utilizando armaduras de placas , que deviam ser pesadas , porem eles como elfos , deviam saber técnicas para diminuir um pouco este peso , para aumentarem o desempenho!
Já os sindar devem ter tido muita influencia anã(naugrim) e deviam utilizar muito os machados (como diz o silma) e elmos pesados e grandes , vestindo cotas de malha com fabricação anã!
Creio que quando os noldor chegaram na terra média , eles aderiram muito da cultura sindar , e dos métodos "Sindar" de batalha , incluindo o armamento , pois beleriand era bem mais geograficamente "selvagem " que aman ! Ou seja , a situação que cada povo passou influenciou no tipo de armamento que cada um utilizava !
Já os elfos verdes de ossiriand , pelo local onde moravam , geograficamente seria mais vantajoso a utilização de arco e flecha!
E também ha a questão de que arma cada guerreiro escolhia , e porque , certo? Pois bem , eu acho que logo quando decidiam serem guerreiros e irem para a guerra , eles já escolhiam com que armamento iam mais treinar! Mas não significa que somente iam treinar com aquele! Como turin! Sim eu sei ... Turin era um Edain , porem ele viveu muito tempo da vida em Doriath , e deve ter adquirido muitos costumes dos elfos , e um deles , o modo de lutar!
Abordagens furtivas eram as únicas soluções para exércitos pequenos , por exemplo quando turin se reuniu com um bocado de sobreviventes em brethil , por estarem em numero pequeno, utilizaram se de técnicas furtivas e do elemento surpresa para vencerem as grandes hostes de morgoth! JÁ os noldor de fingolfin por exemplo , pouco precisariam disto pois estavam em grandes números(ao minimo no começo) e de acordo com as táticas de batalha os armamentos também iam mudando!
Espero ter ajudado!
 
Última edição:
Com relação ao estado de natural (selvageria) de Aman muito se especula.

Na época da destruição das árvores Melkor recrutou um monstro na região sul do continente, Ungoliant.

Conta-se que os Noldor gostavam da caçar nas florestas e que os Valar trouxeram muitos seres que foram recolhidos na época da queda das luminárias levando-os para Aman, seres estes nunca vistos depois nas partes das terras mortais porque foram extintos por aqui.

Outro adendo digno de nota era a que a habitação de Oromë também ficava em Aman e ele sempre saía pelo mundo afora para caçar seres ruins.

As representações há uma área efetivamente civilizada de Aman limitada ao norte deste continente, em torno de Manwe e Varda.
 
Esse tópico poderia ser a base da análise militar de vários períodos e guerras em Arda. A exemplo de um post que eu tinha feito sobre o aspecto militar de Númenor (baseada, creio, em conceitos de guerra dos primogênitos):

1 - Logística e Mobilidade dos Númenorianos:

Gostaria desde já trazer um destaque a uma capacidade inata (bom uso da disciplina e treino são elementos chaves para essa força) dos soldados Númenorianos, uma vez que a versão da queda de Isildur, apresentada nos Contos Inacabados, informa que os Dúnedain podiam marchar cerca de 8 léguas ao dia e com facilidade. O valor em si pode parecer baixo ante a distância que eles iriam percorrer naquele momento (cerca de 308 léguas).

Destarte, numa conversão dos valores atribuídos à légua terrestres percorridas, somado ao definido nas medidas lineares de Númenor, um soldado de infantaria marchava 1 légua por etapa (uma vez que faziam uma parada), sendo que cada légua correspondia à 5000 rangar (passos completos), que perfaziam 1 Lár que é aproximadamente 3 milhas, ou seja, em um dia eles faziam em média 24 milhas, o que correspondiam à 38,4 km com "facilidade" (lembrando que essa marcha teria que superar obstáculos naturais e um terreno possivelmente instável, bem como ainda estavam plenamente armados). Ora, mesmo os poderosos e sofisticados exércitos da antiguidade como os de Alexandre, o Grande, se deslocavam cerca de 32 Km por dia.

Mas vale a comparação com o exército romano: http://en.wikipedia.org/wiki/Military_step

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The steady, regular marching step was a marked feature of Roman legions. Vegetius, the author of the only surviving treatise on the Roman Empire's military, De Re Militari, recognized the importance of "constant practice of marching quick and together. Nor is anything of more consequence either on the march or in the line than that they should keep their ranks with the greatest exactness. For troops who march in an irregular and disorderly manner are always in great danger of being defeated. They should march with the common military step twenty miles in five summer-hours, and with the full step, which is quicker, twenty-four miles in the same number of hours. If they exceed this pace, they no longer march but run, and no certain rate can be assigned."

Ademais, quando forçados, seus soldados podiam se locomover 12 Lár, ou seja, 36 milhas ou o equivalente à 57,6 km. Impressiona é que mesmo os exércitos modernos (salvo me engano) não conseguem superar tal marca (a exemplo da Grande Armée de Napoleão). Destarte, a existência de uma força rápida e "manobrável", é o corolário da aplicação de um conceito primordial para o sucesso de um exército: Logística.

O termo “LOGISTIQUE”, depois traduzido para o inglês “LOGISTICS” foi desenvolvido pelo principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine Henri Jomini. Baseado em suas experiências vividas em campanhas de guerra ao lado de Napoleão, Jomini escreveu o “Sumário da Arte da Guerra” em 1.836. Ele dividiu a arte da guerra em 5: estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores, definindo logística como “a arte de movimentar exércitos”. A logística não se limitava apenas aos mecanismos de transporte, mas também ao suporte, preparativos administrativos, reconhecimentos e inteligência envolvidos na movimentação e sustentação das forças militares

Isso fora decisivo na 1ª guerra entre os Númenorianos e Sauron, bem como na grandiosa guerra da última aliança, com sua batalha de meses e meses e o brutal cerco de 7 anos numa terra maldita).

Nas campanhas terrestres, tal prerrogativa fora essencial para a mantença do Reino de Gondor. Exemplo disso é a marcha dos colossais exércitos da Última Aliança que saíram de Eriador e chegaram à Dagorlad em um tempo hábil para aliviar a pressão exercida pelas forças de Mordor contra o Reino recém-fundado. A importância dessa capacidade de marcha, foi um dos fatores decisivos (além dos equipamentos e táticas dos integrantes desses exércitos) para a vitória dos elfos, homens e anões na Planície da Batalha. Ora, temos então dois grandes exércitos, o 1º composto pelos colonos instalados no Noroeste da Terra Média, junto com seus aliados, que compunha boa parte de sua cavalaria, ou seja, me parece uma organização semelhante as forças romanas dos primeiros séculos da Era Comum: http://en.wikipedia.org/wiki/Auxiliaries_(Roman_military)

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Não obstante a força, os equipamentos, as táticas e estratégias empregadas (sim, há uma indicação explícita de algum "plano"-comando por parte de Gil-Galad, vide pag. 290 dos C.I) junto com os elfos e anões, temos um inimigo composto por uma força possivelmente mais numerosa, composta por Orcs (aos montes, se multiplicam que nem moscas), Númenorianos Negros (o exército de "elite" de Sauron), os Bárbaros do Leste (acho que os de Khand, dentre outros orientais, que vieram em peso), as forças de Harad, Trolls, Lobisomens (Gandalf fala que Sauron tinha esses servos) e alguns anões.

Num cenário como esse, sempre imaginei as forças (inicialmente) dispostas mais ou menos assim como na Batalha de Gaugamela:

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Ou seja, se pensarmos na possibilidade de Sauron tentar "compensar" a superioridade em armas, equipamentos e força inata de seus inimigos, ele poderia tentar dispor suas forças como Dario fez contra Alexandre, ou seja, usando a esmagadora vantagem numérica somada a um terreno aparentemente plano e tentar flanquear a Aliança, razão pela qual a mobilidade e flexibilidade dos Númenorinos seria essencial para essa contenda, a exemplo do que Isildur fez com sua tropa contra os orcs, pois a formação militar adotada (lembrando em muito a parede de escudos muito usada na Idade Média) oferecia uma contra-formação neste caso, a ponto de uma tropa cercada (lembrar o que ocorreu com os Romanos em Canae) poder contra-atacar:

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Em termos táticos numa batalha campal, essa tática seria mais ou menos assim:

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** Posts duplicados combinados **


2 - Tradição Militar dos Dúnedains:


Dando prosseguimento com a análise das realizações dos Dúnedains, gostaria de elencar e analisar certos pontos quanto aos equipamentos e a tradição militar que constituiu um dos alicerces para o "prolongamento da existência" dos reinos de Arnor e Gondor. Uma das base do sucesso militar de Númenor estava na (possível) organização de seus soldados em coortes; tomo como base esse conceito, uma vez que os C.I informam que os arqueiros dos reis se organizavam desta forma, podemos inferir a aplicação desta formação militar também à infantaria, de forma que num exército completo de Gondor nos "tempos de sua força" (é uma suposição, quase um "chute") com uma Vanguarda com 7000 soldados (O Retorno do Rei - O Último Debate - pag. 934), somado a uma "possível" tropa de apoio (2² linha de batalha) com 7000 homens que poderiam agir, se necessário, para os espaços da primeira linha, formando um longo e coeso Front contra o inimigo (para mim esse conceito fora empregado na guerra da última aliança e nos conflitos que perduraram na 3ª era), e por fim, deveria/teríamos a aplicação de uma 3ª linha de combate, que normalmente agiria nos flancos, empregada como reserva, tanto para reforçar um ataque como para dar cobertura a uma retirada. Sem contar a cavalaria:

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Supondo que em seu auge os exércitos de Gondor/Arnor seguissem o modelo (análogo) romano de formação e historiografia militar, é possível que estes reinos tenham começado a sofrer de um "Mal" decorrente dessa possível "Homogeneização da infantaria", pois qual seja: a perda gradual da mobilidade em campo, mas como resultado, a infantaria, se bem treinada e com a mantença dos conhecimentos trazidos por Númenor, ficaria mais resistente a grandes ataques, e as forças mais ágeis como as de cavalaria decidiriam a batalha contra o inimigo, a exemplo do que Gondor fez em ocasiões como a batalha na planície que fica entre Nenuial e as Colinas do Norte (a derrocada de Angmar no norte); a batalha em Dagorlad contra os Carroceiros (liderada por Calimehtar, filho de Narmacil II); e possivelmente nas batalhas em Lebennin e nas Travessias do Erui (contenda das famílias), o que evidenciou um fato interessante:

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I - Uma vez que Eldacar deve de ter sido apoiado por forças de Rhovanion, ele deve ter empregado uma cavalaria bastante experiente e profissional contras as forças do Usurpador (constituídas majoritariamente, ao meu ver, de infantaria) e este fator deve de ter sido um dos principais para o êxito de sua causa, o que demonstrou a crescente importância da cavalaria num cenário que se seguiria pelos próximos séculos. Os primeiros sinais já vinham desde a campanha contra os Carroceiros, que expuseram a "fraqueza" de Gondor contra forças mais ágeis e móveis num campo de batalha propício a tal uso. Vide os Wainriders ou os Carroceiros:

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II - O desenvolvimento e a consolidação do uso e melhoria estratégica da cavalaria por Númenor fora por deveras "atrasada", haja vista que seu uso não era prioritário pelos exércitos da ilha, a despeito do uso de cavaleiros arqueiros constituídos na maior parte por aliados (lembrando que Fingon e seus cavaleiros foram os primeiros na utilização tática desta novidades, vide o que eles fizeram à Glaurung em sua juventude): http://en.wikipedia.org/wiki/Horse_Archer

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Estes deveriam de ser realmente fantásticos, pois combinavam a rapidez da cavalaria com a destreza e alcance dos arqueiros. Havendo, neste caso, a utilização dos mesmos como linha de frente de seu exército por abrirem espaço na formação do esquadrão inimigo. Mas, todas as classes de arqueiros levavam desvantagem contra guerreiros de ataque corpo-a-corpo.

3 - Sistema defensivo:

O que poderia ter servido como fator primordial à Gondor na mantença de suas fronteiras que atingiam até o Mar de Rhûn, uma vez que, mesmo diante de uma grande distância que esta zona militarizada tinha em relação ao seu centro, os senhores de Gondor poderiam combinar o uso do conceito das Themes (me parece que as guarnições à oeste dos Meandros seguiam parcialmente o conceito, e as regiões de Ithilien seguem mais um conceito das Lindes romanas) como elemento para a política de defesa que se seguiria posteriormente, a exemplo do modelo bizantino que segue (parcialmente) o equivalente romano: http://en.wikipedia.org/wiki/Theme_(Byzantine_district)

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O post acima tratou de alguns aspectos pertinentes ao "WARFARE" de Númenor e dos reinos do exílio. Mas sobre os inimigos, temos alguns aspectos militares bem interessantes. Comecemos então sobre a Queda de Gondolin é um dos eventos mais dramáticos e decisivos da 1ª era e, porque não dizer, da própria história de Arda. Como corolário do primeiro post que eu abri recentemente, gostaria de analisar o que seriam os Dragões de Metal usados pelos Orcs no assalto a cidade. Sim, pois a cidade possuía fortes muralhas e uma defesa extraordinária (vide o fato de que supostamente mais inimigos dos Eldar foram destruídos ali do que em todas as contendas e batalhas que marcaram Beleriand).

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1 - Os Monstros de Metais e os Tanques dos Orcs: É impossível não relembrar que Maeglin não só revelou a localização de Gondolin, mas também instruiu Morgoth na feitura de autômatos/máquinas semelhantes à serpentes, movidas à combustão, com a capacidade superarem obstáculos naturais, bem como lançarem rajadas de chamas nas poderosas estruturas da cidade. Particularmente vejo isso como uma analogia ao que Tolkien vivenciou na Primeira Guerra, haja vista o horror que os soldados sofreram numa Guerra Estática (simbolicamente representada nos eventos que marcam a queda da cidade oculta), o uso desenfreado e catastrófico de maquinários (aqui se entenda os tanques da Guerra - com pouca velocidade, algo parecidíssimo com os monstros metálicos utilizados no cerco).

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[T]he rede that [Maeglin] gave to [Morgoth] was that not all the host of the Orcs nor the Balrogs in their fierceness might by assault or siege hope ever to overthrow the walls and gates of Gondolin even if they availed to win unto the plain without. Therefore he counselled [Morgoth] to devise out of his sorceries a succour for his warriors in their endeavour. From the greatness of his wealth of metals and his powers of fire he bid him make beasts like snakes and dragons of irresistible might that should overcreep the Encircling Hills and lap that plain and its fair city in flame and death. (169)

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John Garth, no seu livro "Tolkien and the Great War", considera que esses monstros de metal seriam uma referência (ou porque não uma alegoria) à tanques de guerra. Ademais, Christopher Tolkien parece apoiar tal visão, pois em um comentário seu no texto do The Book of Lost Tales Part Two, ele alega:
"the language employed suggests that some of least of the 'monster' were inanimate 'devices'.

Lembremos que Tolkien detestava os ditos avanços dos monstros de metais nascidos da indústria pesada e da Revolução Industrial que a precedeu.

2 - Diabruras químicas e máquinas: Vemos no Senhor dos Anéis várias reminiscências do Silmarillion. Se na era antiga tinha-se tecnologias análogas aos tanques/autômatos, o universo da 3ª era nos mostra que a maldita tradição fora continuada.

"Não é improvável que tenham inventado algumas máquinas de que desde então perturbam o mundo, especialmente instrumentos engenhosos para matar um grande número de pessoas de uma só vez, pois sempre gostaram muito de rodas e motores e explosões (...) mas naqueles dias e naquelas regiões selvagens ainda não tinham avançado (como se diz) tanto.

Quanto a passagem do Hobbit em, os Orcs ali descritos se assemelham em muito ao conceito dos Goblins-"tecnocratas", bem populares no meio do RPG (os do Warcraft são o exemplo basilar, ou seja, aparentemente Tolkien deve ter influenciado esse conceito), no sentido de possuírem um "gênio" militarista-industrial, no uso da ciência para fins destrutivos. Imaginemos este conceito moderno com isso:


Mas no contexto do Legendarium, podemos remontar a uma história pouco estudada aqui no fórum: A história dos Drúedain:

"Dali viu dois orcs encostando à casa material combustível, e preparando-se para lhe atear fogo. Então Barach tremeu de medo, pois os Orcs saqueadores levavam consigo enxofre ou outra substância diabólica que se inflamava depressa e não podia ser apagada com água." (Contos inacabados - Drúedain - pag. 420).

Aqui vemos uma ideia de que os Orcs tinham conhecimentos químicos (ou foram os Noldor aprisionados ou algum Sauron da vida que desenvolveu a fórmula) para produzir a pólvora (enxofre é um dos ingredientes, salvo me engano), mas essa passagem sugere que esse "coquetel molotov - Napalm" tem as mesmas propriedades do fogo-grego usado pelos bizantinos (e parece que é um conhecimento perdido até hoje, pois a fórmula completa se perdeu).

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3 - Ensinamentos órquicos aos Númenorianos: Há algumas passagens nos History of Middle Earth que demonstra a catástrofe tecnocrata dos ensinamentos de Sauron a nível militar em favor de Ar-pharazon. No Silma Elendil descreve que não havia vento levando a Grande Armada à Valinor, mas que havia muitos escravos e grandes remos para navegar os "castelos dos mares". Eu particularmente discordo dessa descrição do Silma, o que para Elendil seriam remos e muitos braços de escravos (a invasão demoraria muito e ainda havia o cinturão de névoas e sombras), eu vejo isso:

The teaching of Sauron has led to the invention of ships of metal that traverse the seas without sails, but which are hideous in the eyes of those who have not abandoned or forgotten Tol-eressea; to the building of grim fortresses and unlovely towers; and to missiles that pass with a noise like thunder to strike their targets many miles away.” (-History of Middle-earth 5, The Númenórean chapters,

Nas versões abandonadas, a fumaça das torres da ímpia armada era tão tóxica e imbuída de "elemento morgoth" que os elfos ficam doentes, e os ataques da armada são comparadas às raios e trovões que geraram rubras chamas abaixo de Taniquetil:

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Some-se a isso que os sábios queriam chegar à um elixir da vida, e assim o conceito/fórmula utilizada para criação desse utensílio partiu de escritos e estudos ("perdidos") realizados pelos Númenorianos, no sentido de que eles já (ou também) tinham descoberto a pólvora e (quem sabe) o seu uso ofensivo. E que, no caso, constitui um paralelo genial com a historiografia humana e a criação da pólvora, quando em verdade os sábios chineses queriam chegar à "fórmula"-elixir da imortalidade ou o "postergar a chegada morte", e acabaram criando justamente o contrário:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pólvora

Começaram então a construir casas imensas para os mortos, enquanto seus sábios trabalhavam sem cessar para descobrir, se possível, o segredo de fazer voltar a vida ou, no mínimo, prolongar os dias dos homens.

Ademais:

Senhores sem filhos sentavam-se em salões antigos e ficavam meditando sobre heráldica; em câmaras secretas homens mirrados preparavam fortes elixires, ou nas altas e frias torres faziam perguntas às estrelas." (As duas torres - A janela sobre o oeste - 713)

Lembrar dos "missiles that pass with a noise like thunder to strike their targets many miles away" façam referência a uma linguagem poética a alguma tecnologia destrutiva, seja o embrião dos canhões e do uso ofensivo da pólvora (que o diga Saruman) ou a referência dos arcos de aço oco utilizados por Númenor:

Destarte, esses arcos de aço-oco sempre me chamaram a atenção por serem os utensílios mais temidos pelos inimigos dos Númenorianos, mas sempre me perguntei o porque disso. Houve alguns posts em sites de discussão que entendiam que tais armamentos possuíam tamanha capacidade ofensiva que seu lançamento ultrapassava até mesmo (exagerando, eu penso) a velocidade do som (razão pela qual os Orcs, na história da queda de Isildur, temiam tanto se aproximar do alcance dessas, uma vez que, aparentemente, os arqueiros atiravam diretamente sobre seus alvos, algo parecido com que os elfos-arqueiros fazem na guerra da última aliança demonstrada na introdução do 1º filme), vide:


Vale citar, por oportuno o desenvolvimento (tardio e não presente no Silma) que os Númenorianos desenvolveram uma "proto-força" aérea sem fins militares, aparentemente, mas que gerou intencionalmente/ou não um cunho religioso/arquétipo que compuseram os mitos e lendas dos "deuses" que desciam dos céus em suas carruagens de fogo, nas suas barcas divinas e traziam conhecimento, adoração ou civilização aos povos incultos:

No entanto, diz-se que, mesmo daqueles Númenóreanos de idade que tiveram a visão reta, havia alguns que não compreenderam isso, e eles estavam ocupados inventando navios que subiam acima das águas do mundo e se detinham aos mares imaginados. Mas eles (as naves) conseguiram navegar apenas nos lugares de respiração. E esses navios, voando, vieram também às terras do novo mundo, e ao leste do velho mundo; e eles relataram que o mundo era redondo. Portanto, muitos abandonaram o Valar e os colocaram para fora de suas lendas. Mas os homens da Terra-média olhavam para cima com medo e se perguntavam vendo os Númenorianos que desceram do céu; e eles levaram a crer que os marinheiros do ar eram deuses, e alguns dos Númenorianos estavam contentes que isso deveria ser assim. "(HISTORY OF MIDDLE EARTH 9, THE DROWNING OF ANADÛNÊ, 338-9)

O projeto "original":

guns-of-icarus-online_evening_airship.png

Mas aos homens da Terra-Média:

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Anexos

  • casemate-ironclads.jpg
    casemate-ironclads.jpg
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Última edição:
No que tange as guerras épicas de Beleriand, interessante notar alguns aspectos militares, sócio - econômicos e históricos que muito inspiraram Tolkien na concepção desse conflito de mais de 500 anos. Ora, imperioso ressaltar, por oportuno, que antes da invasão/migração das Hostes dos Noldor lideradas por Fëanor e Fingolfin, o conflito se inicia com a invasão maciça de exércitos armados, organizados e com formações cerradas dos Orcs contra as comunidades dispersas e despreparadas dos elfos, com a exceção do recém-fundado reino de Doriath que adquiriu conhecimentos de natureza bélica com os anões, o que evidencia contendas entre os filhos de Aulë e os monstros e bestas Melkorianas:

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Os pontos elencados acima denotam 2 paralelos geniais à evolução humana em termos organizacionais desde a pré-história à formação das primeiras civilizações. Mas como? No que tange ao conhecimento de armas, armaduras e versões melhoradas de equipamentos dos anões, isso se deveu a competição com seres selvagens e monstros - sendo que na historiografia humana, a evolução de equipamentos, armas rústicas para armas mais avançadas passaram pela competição dos hominídeos e suas comunidades contra predadores e animais selvagens que competiam na sobrevivência com o homem. Quando passamos disso:

1 - Transição élfica de sociedades da "Era Paleolítica": caçadores (semi) nômades para a "Era Mesolítica - Neolítica": sociedades sedentárias e evolução para era do bronze/ferro:

Ora, como se relatou, um certo Lenwë da hoste de Olwë abandonou a marcha dos eldar na
ocasião em que os teleri foram detidos às margens do Grande Rio junto às fronteiras da região
ocidental da Terra-média A chegada dos animais ferozes, vindos do norte, deixou-os apavorados como os naugrim declararam ao Rei Thingol em Menegroth. Ora, esse era um povo da floresta e não possuía nenhuma arma de aço.

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Para isso:

A essa altura, portanto, os sindar estavam bem armados, expulsaram todas as criaturas do mal e voltaram a ter paz.

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Vide o que o Silma pontilha com esses conceitos:

- Há feras cruéis na terra à leste das montanhas, e seus antigos parentes que moram por lá estão fugindo das planícies para as colinas. E, antes que se passasse muito tempo, as criaturas nefastas chegaram até mesmo a Beleriand, por passagens nas montanhas, ou vindo do sul através das florestas escuras. Havia lobos, ou criaturas que adotavam sua forma, e outros seres cruéis das sombras.

Ademais:

Por isso, Thingol começou a pensar em armas, das quais até então seu povo não sentira necessidade. E essas, de início, os naugrim forjaram para ele; pois eram muito hábeis nesse trabalho, embora nenhum deles suplantasse os artífices de Nogrod, dos quais Telchar, o Ferreiro, era o de maior renome. Uma raça belicosa desde tempos imemoriais eram todos os naugrim; e eles se dispunham a lutar, ferozes, com quem quer que os afligisse: servos de Melkor, eldar, avari, animais selvagens, ou, não raramente, sua própria gente, anões de outras casas ou linhagens.

Interessante notar a primeira citação faz referência a lobos ou seres que adotavam suas formas, sendo uma reminiscência a natureza mítica que a humanidade atribuíra ao lobo. Entretanto, é imperioso destacar que tais seres se convertem num possível corolário dos medos e repúdios que os homens tinham (e têm) com estes que sempre os ameaçaram na corrida da sobrevivência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo

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Lobo ou lobo cinzento (Canis lupus) é o maior membro selvagem da família canidae. É um sobrevivente da Era do Gelo originário durante o Pleistoceno Superior, cerca de 300 mil anos atrás.[2] O sequenciamento de DNA e estudos genéticos reafirmam que o lobo cinzento é ancestral do cão doméstico (Canis lupus familiaris), contudo alguns aspectos desta afirmação têm sido questionados recentemente.[3] Uma série de outras subespécies do lobo cinzento foram identificadas, embora o número real de subespécies ainda esteja em discussão. Os lobos cinzentos são tipicamente predadores ápice nos ecossistemas que ocupam. Embora não sejam tão adaptáveis à presença humana como geralmente ocorre com as demais espécies de canídeos,[3] os lobos se desenvolveram em diversos ambientes, como florestas temperadas, desertos, montanhas, tundras, taigas, campos e até mesmo em algumas áreas urbanas.[4] O lobo cinzento, o lobo-vermelho (Canis rufus) e o lobo-etíope (Canis simensis) são as únicas três espécies classificadas como lobos. Os demais lobos pertencem a subespécies.[5]

E não é por menos a mitificação a tal ser, uma vez que o lobo sempre fora perseguido, poucas vezes compreendido e muito menos respeitado, sendo este um sério concorrente do homem no domínio e vivência na natureza. Considerado por muitos um símbolo de crueldade, selvageria "sanguinolente" e ícone indômito por sua quase inviabilidade doméstica, e, principalmente, pelos estragos sócio-econômicos advindos da morte dos gados dos camponeses e nômades. Tomando o lobo como corolário, vê-se que as primeiras competições tiveram início nesta corrida da sobrevivência com seres/bestas selvagens, fato este que tornou possível diversos avanços bélicos, no que para Tolkien já passa do pulo de arco e flecha para companhias organizadas com armaduras, espadas e armas de metal - na história do homem, vê-se os primeiros indícios de evolução, quando passamos disso:


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para isso:

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2 - Sedentarismo, civilização e choque/competição de grupos - criação das primeiras táticas, formações militares e luta por recursos: Adoção de formação de falange Orquica?


Quando a competição cessa entre bestas x seres racionais e passa de grupos x grupos, vemos que o impacto sócio - econômico de grandes ajuntamentos, de grupos para clãs, de clãs para comunidades e o aumento significativo da densidade populacional somada à disputa brutal de recursos limitados vão gerar inevitáveis conflitos. Interessante notar que não havia até então a existência de hostes que possibilitassem o contato e, por conseguinte, os conflitos armados vindos da evolução dos grupos predominantemente caçadores - coletores (semi) nômades dos elfos cinzentos e dos Orcs para o (excepcional) sedentarismo de Doriath, dos Portos (Brithonbar e Esglarest):

E entre eles estavam os orcs, que mais tarde devastariam Beleriand. Naquela época, entretanto, eles ainda eram poucos e desconfiados; e só farejavam aquela terra, enquanto aguardavam a volta de seu senhor.

e

(...) caçadores nômades das Montanhas Azuis, do outro lado do Rio Gelion, reconheciam Elwë como seu senhor.
Ora, em seus vastos domínios, muitos elfos perambulavam livremente na natureza ou moravam pacificamente em pequenos clãs muito afastados. Somente em torno de Menegroth, no centro da região e ao longo das Falas, no país dos marinheiros, havia grandes populações.

Vejamos então quando o adensamento/crescimento populacional gera:

Ora, os orcs que se multiplicavam na escuridão da terra tomaram-se fortes e cruéis, e seu senhor sinistro os encheu de desejo de devastação e morte. Dali, de súbito, um enorme exército entrou em Beleriand e atacou o Rei Thingol. Ora,
em seus vastos domínios, muitos elfos perambulavam livremente na natureza ou moravam pacificamente em pequenos clãs muito afastados.

Os orcs, porém, investiram contra os dois lados de Menegroth; e, a partir de acampamentos no leste, entre o Celon e o Gelion, e, no oeste, nas planícies entre o Sirion e o Narog, praticaram todo tipo de pilhagem.

As supracitadas "evoluções" citadas no legendarium são o que os antropólogos e etnógrafos definem como "Paleolithic warlessness" - ou seja, a passagens do período paleolítico para mesolítico, com o término no neolítico e a origem das sociedades da era do bronze sobrepondo as menos evoluídas no domínios nas artes dos metais:

According to cultural anthropologist and ethnographer Raymond C. Kelly, the earliest hunter-gatherer societies of Homo erectus population density was probably low enough to avoid armed conflict. The development of the throwing-spear, together with ambush hunting techniques, made potential violence between foraging parties very costly, dictating cooperation and maintenance of low population densities to prevent competition for resources. This behavior may have accelerated the migration out of Africa of H. erectus some 1.8 million years ago as a natural consequence of conflict avoidance. This period of "Paleolithic warlessness" persisted until well after the appearance of Homo sapiens some 0.2 million years ago, ending only at the occurrence of economic and social shifts associated with sedentism, when new conditions incentivized organized raiding of settlements.[5][6]

Sem dissentir:

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The onset of the Chalcolithic (Copper Age) saw the introduction of copper daggers, axes, and other items. For the most part these were far too expensive and malleable to be efficient weapons. They are considered by many scholars to have been largely ceremonial implements. It was with the development of bronze that edged metal weapons became commonplace.

Military conquests expanded city states under Egyptian control. Babylonia and later Assyria built empires in Mesopotamia while the Hittite Empire ruled much of Anatolia. Chariots appear in the 20th century BC, and become central to warfare in the Ancient Near East from the 17th century BC. The Hyksos and Kassite invasions mark the transition to the Late Bronze Age. Ahmose I defeated the Hyksos and re-established Egyptian control of Nubia and Canaan, territories again defended by Ramesses II at the Battle of Kadesh, the greatest chariot battle in history. The raids of the Sea Peoples and the renewed disintegration of Egypt in the Third Intermediate Period marks the end of the Bronze Age.

The bronze age in China traverses the protohistoric and historic periods. Battles utilizing foot and chariot infantry took place regularly between powers in the North China Plain.

Veja o que Tolkien fala sobre esse aspecto:

Contudo, a vitória dos elfos teve um alto preço. Pois aqueles de Ossiriand estavam poucoarmados e não tinham como enfrentar os orcs, que usavam calçados e escudos de ferro e portavam enormes lanças de lâminas largas.

Em Linhas gerais:

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Anexos

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Última edição:
1 - Grandes migrações, choque cultural e político dos Noldor em Beleriand:

Com as noções gerais dos primeiros aspectos militaristas, ou seja, quando as sociedades da T.M passam de um sistema tribal (semi) nômade para o sedentarismo militarista, é interessante analisar o impacto da chegada dos Noldor em Beleriand. A inspiração mitológica para a grande migração ao continente até então desconhecido: http://en.wikipedia.org/wiki/Tuatha_Dé_Danann

The Tuatha Dé Danann were descended from Nemed, leader of a previous wave of inhabitants of Ireland. They came from four cities to the north of Ireland–Falias, Gorias, Murias and Finias–where they acquired their magical skills and attributes. According to Lebor Gabála Érenn, they came to Ireland "in dark clouds" and "landed on the mountains of [the] Conmaicne Rein in Connachta; and they brought a darkness over the sun for three days and three nights". According to a later version of the story, they arrived in ships on the coast of the Conmaicne Mara's territory (modern Connemara). They immediately burnt the ships "so that they should not think of retreating to them; and the smoke and the mist that came from the vessels filled the neighboring land and air. Therefore it was conceived that they had arrived in clouds of mist".

A poem in the Lebor Gabála Érenn says of their arrival:


It is God who suffered them, though He restrained them

they landed with horror, with lofty deed,
in their cloud of mighty combat of spectres,
upon a mountain of Conmaicne of Connacht.

Without distinction to descerning Ireland,
Without ships, a ruthless course
the truth was not known beneath the sky of stars,
whether they were of heaven or of earth.

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Vide:

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É interessante notar que a chegada dos Noldor trouxera não somente impacto no sentido militar, ou seja, não somente para trazer derrotas acachapantes aos exércitos avançados e com noções táticas apresentadas pelos Orcs, que munidos de armas de ferro suplantaram os clãs dispersos de elfos (semi) nômades predominantemente arqueiros - caçadores, mas a chegada mudou toda a panorâmica política e social do continente. Onde já vimos isso na história? Temos inúmeros paralelos, cite-se, por exemplo: http://en.wikipedia.org/wiki/Anglo-Saxon_settlement_of_Britain

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e

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The Anglo-Saxon settlement of Britain was the process by which the coastal lowlands of Britain developed from a Romano-British to a Germanic culture following the Roman withdrawal in the early 5th century. The traditional view of the process has assumed an invasion of several Germanic peoples, later collectively referred to as Anglo-Saxons, from the western coasts of continental Europe, followed by the establishment of Anglo-Saxon kingdoms across most of what is now England and parts of lowland Scotland. The arrival of a Germanic element in the history of Britain is also called the Advent of the Saxons (Latin: Adventus Saxonum), a term first used by Bede in about 731.[1]

Sem dissentir:

Ora, como foi relatado, o poder de Elwë e Melian crescia na Terra-média, e todos os elfos de Beleriand, desde os marinheiros de Círdan aos caçadores nômades das Montanhas Azuis, do outro lado do Rio Gelion, reconheciam Elwë como seu senhor. Elu Thingol era ele chamado, Rei Manto-cinzento, no idioma de seu povo.

Antes da chegada dos muitos príncipes e hostes dos Noldor, Beleriand vivia um núcleo de proto-unificação política em seus territórios, isso muito em razão predominância "racial" - cultural dos elfos cinzentos, isso sendo consequência do isolamento geográfico com os "orgulhosos" de Valinor que chegam ávidos de novos territórios, a ideia já estava germinando e dando frutos em Amam, não nascera do nada:

Não sou, porém, o único valente neste povo destemido. E vocês todos não perderam seu Rei? E o que mais vocês não perderam, encurralados aqui numa terra estreita, entre as montanhas e o mar. - Aqui, outrora, houve luz, que os Valar não concediam à Terra-média, mas agora as trevas deixam todos em condições iguais. Vamos nos lamentar aqui, passivos, para todo o sempre, um povo-fantasma, que corre atrás de névoas, derramando lágrimas vãs sobre os mares ingratos? Ou vamos voltar para a terra natal? Em Cuiviénen, as águas fluíam tranqüilas à luz das estrelas límpidas, e havia terras extensas onde um povo livre podia caminhar. Lá elas ainda estão aguardando por nós, que em nossa loucura as abandonamos. Vamos embora! Que os covardes fiquem com esta cidade!

Não fez nenhum juramento, mas as palavras de Fëanor acerca da Terra-média haviam reverberado em seu coração, pois ela ansiava por ver os vastos territórios desprotegidos e estabelecer ali um reino a seu gosto. Disposição semelhante à de Galadriel tinha Fingon, filho de Fingolfin, que também ficara comovido com as palavras de Fëanor, embora não gostasse muito dele. E ao lado de Fingon, como sempre faziam, estavam Angrod e Aegnor, filhos de Finarfin. Esses, porém, permaneceram calados e não falaram contra seus pais.

Desse modo, por ser um reino novo, com instituições ainda em formação, Thingol e Mélian não conseguiram manter a unidade política até então imperante. A fraqueza institucional fora decisiva para a criação dos reinos em Beleriand, mas também essa "concessão" do Rei de Beleriand era inócua e desprovida de força política, como bem salientado por Maedhros no Silma, o que não impediu a assimilação das populações Sindar e Noldorin, mas também havia conflitos de ordem política e racial (lembrar da história de Eol).

Beleriand sob a tutela de Thingol:

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Ora, o Rei Thingol não acolheu de coração aberto a chegada de tantos príncipes cheios de poder, vindas do oeste, ansiosos por novos territórios; e não se dispôs a abrir seu reino, nem a remover seu cinturão encantado, pois, prudente com a sabedoria de Melian, não confiava que a repressão a Morgoth perdurasse.

Ademais:

O seguinte você dirá àqueles que o enviaram. Em Hithlum, os noldor têm permissão para ficar, bem como nos planaltos de Dorthonion e nas terras a leste de Doriath que estejam vazias e ermas. Em qualquer outra parte, porém, há muitos do meu povo, e não quero vê-los constrangidos em sua liberdade, muito menos expulsos de seus lares. Atentem bem, vocês, príncipes do oeste, para o modo como vão se comportar; pois eu sou o Senhor de Beleriand, e todos os que procuram aqui habitar deverão me dar ouvidos. Em Doriath, ninguém poderá permanecer, a não ser aqueles a quem eu convidar como hóspedes ou que me procurarem em grande necessidade

Por fim:

- Rei é aquele que consegue manter seus domínios, ou seu título será em vão Thingol não nos dá nada além de terras sobre as quais não exerce poder. Na realidade, neste momento somente Doriath seria seu reino, não fosse pela chegada dos noldor. Portanto, que reine ele em Doriath e se alegre por ter como vizinhos os filhos de Finwë, não os orcs de Morgoth que encontramos.

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2 - Super - elfos (energizados pela luz de Aman) vs Orcs (organizados, armados e com histeria guerreira)

Interessante notar que na primeira batalha entre os Noldor e os Orcs, os elfos encontravam-se em menor número, sem conhecimento nenhum do terreno, sem acampamento montado ou fortificado e o pior (é uma suposição/hipótese) sem noções básicas de táticas ou estratégias bélicas, sendo que até então o que eles aprenderam fora sob a tutela de Melkor na forja de armas, mas o combate, se analisarmos o Massacre em Aqualonde, pareceu ser muito mais individual - man x man - do que formações militares básicas. Então pergunta-se, como a hoste de Fëanor em desvantagens tão grandes conseguira tal vitória? Resposta:

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Aí entram conceitos teológicos que tratam da relação Alma-poder-corpo, por assim dizer:

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e

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e:

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Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.
Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.
Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.
Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.
Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

e

Middle-earthVer anexo 63504, so that the Elves are indeed deathless and may not be destroyed or changed(impassibilidade).(30)

He wrote here: 'Memory by a fëa of experience is evidently powerful, vivid, and complete. So the underlying conception is that"matter" will be taken up into "spirit", by becoming part of its knowledge - and so rendered timeless and under the spirit's command ( sutileza). As the Elves remaining in Middle-earthVer anexo 63505slowly "consumed"their bodies - or made them into raiments of memory? The resurrection of the body (at least as far as Elves were concerned) was in a sense incorporeal. But while it could pass physical barriers at will, it could at will oppose a barrier to matter( sutileza de novo). If you touched a resurrected body you felt it. Or if it willed it could simply elude you - disappear. Its position in space was at will(agilidade).'
 

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