Cantona
Tudo é História
Estou ainda sob os efeitos do belo documentário As canções, onde os entrevistados cantam trechos de canções que marcaram de alguma forma suas vidas. Ninguém é afinado, mas as situações que tornaram as músicas inesquecíveis são, ora hilárias, ora comoventes.
Pago um doce pra quem, depois de sair do cinema, não buscar recordar seu momento, sua música. E pago uma Coca aos nascidos pré 1986 que não colocarem nenhuma música do Roberto Carlos na relação.
A situação que desperta a memória sonora se personifica em alguém.
Ninguém assistiu a um pôr de sol, do alto de uma colina, sozinho, ouvindo, sei lá, Bruno e Marrone, e recordou o momento. O sujeito assistiu a um pôr do sol, do alto de uma colina, junto da morena, ouvindo o mesmo Bruno e Marrone, e botou Meu jeito de sentir num canto do coração, pra ficar piegas de vez.
Qual música te marcou? Por quem? Por qual momento?
Vou começar, mas sem memória de amante, que ainda não bebi nada. Pra mim, fossa de amor é melhor curtida no bar. Lá, entre uma Brahma e outra, é quase um prazer chorar de saudade da "bandida".
Fui criado com Nelson Gonçalves. Minha família tem uma paixão enorme por ele. Moleque, não gostava muito. Mas depois, quando o tempo carregou tudo e o registro da infância virou um álbum de fotografias, passei a ouvi-lo, recordando. Naquela Mesa é a música que mais reaviva aquela época. Surge, principalmente, a figura de um tio. O torto na vida, que tomava porres enormes, fazia confusão com tudo e não trabalhava. Ele era nosso ídolo, pois tocava violão, jogava capoeira e fazia bonecos com o miolo do pão, além de nos levar aos treinos e jogos do São Paulo.
Naquela Mesa, numa versão mais moderna e muito bonita:
Pago um doce pra quem, depois de sair do cinema, não buscar recordar seu momento, sua música. E pago uma Coca aos nascidos pré 1986 que não colocarem nenhuma música do Roberto Carlos na relação.
A situação que desperta a memória sonora se personifica em alguém.
Ninguém assistiu a um pôr de sol, do alto de uma colina, sozinho, ouvindo, sei lá, Bruno e Marrone, e recordou o momento. O sujeito assistiu a um pôr do sol, do alto de uma colina, junto da morena, ouvindo o mesmo Bruno e Marrone, e botou Meu jeito de sentir num canto do coração, pra ficar piegas de vez.
Qual música te marcou? Por quem? Por qual momento?
Vou começar, mas sem memória de amante, que ainda não bebi nada. Pra mim, fossa de amor é melhor curtida no bar. Lá, entre uma Brahma e outra, é quase um prazer chorar de saudade da "bandida".
Fui criado com Nelson Gonçalves. Minha família tem uma paixão enorme por ele. Moleque, não gostava muito. Mas depois, quando o tempo carregou tudo e o registro da infância virou um álbum de fotografias, passei a ouvi-lo, recordando. Naquela Mesa é a música que mais reaviva aquela época. Surge, principalmente, a figura de um tio. O torto na vida, que tomava porres enormes, fazia confusão com tudo e não trabalhava. Ele era nosso ídolo, pois tocava violão, jogava capoeira e fazia bonecos com o miolo do pão, além de nos levar aos treinos e jogos do São Paulo.
Naquela Mesa, numa versão mais moderna e muito bonita:
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