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Qual a extensão do poder de Melkor (Morgoth) e de todos os Valar?

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E Glaurung, poderia ser um maia?

A origem anterior de Ungoliant (como sendo o espírito da escuridão) é até melhor do que a hipótese de que ela era uma maia.

Parem as máquinas! Há quem sugira que ela é na verdade Míriel, mãe de Fëanor (8-O), caso do nosso amigo Rúmil vejam só:

"Well, think of someone who:


1 - was such a weaver her skills earned her the name Serindë

2 - "died" *cough, cough* a few years before the Darkening

3 - "reappeared" a long time after the beginning of the First Age (see Morgoth's Ring, the late QS)

4 - Was closely connected to one whose main achievement was to draw some of the life-force from the Trees (in order to make the Silmarils)


Remind you of anyone? No? Remember the mother of Fëanor, Míriel? Well, she died of exhaustion after giving birth to her mighty son. Or so the loremasters would have us believe, all too anxious to conceal the dreadful truth. Just suggesting. Very strongly suggesting. "

http://www.thetolkienforum.com/showthread.php?7945-Ungoliant

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E Glaurung, poderia ser um maia?

A origem anterior de Ungoliant (como sendo o espírito da escuridão) é até melhor do que a hipótese de que ela era uma maia.
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Sim, poderia, pq o processo de encarnação dele seria o MESMO dos ents e águias, com o diferencial que Morgoth dava nele uma turbinada extra albergando/emprestando uma porção de sua essência no bicho ao ponto dele FALAR com a voz de Morgoth. Como aconteceu com Ulmo e Tuor, lembra?

Interessante a teoria da Miriel como Ungoliant mas, não, ela continua em Mandos e não reencarnou VOLUNTARIAMENTE ( ou teria reencarnado depois da morte de Finwë mas nunca mais quis voltar a viver em Valmar ou Túna permanecendo com Vairë, esposa de Mandos).l
 
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Primeiro uma boa noite a todos. No que tange ao nível/extensão de poder dos Ainur, é imperioso analisar alguns conceitos teológicos referentes aos modelos de criação do Gênesis. A criação de Eä ilustra (me parece) 2 modelos cosmológicos até hoje inferidos pelos estudiosos bíblicos. O primeiro é o Logos (verbo), ou seja, é o fato da (somente) Uma ÚNICA divindade absoluta e onipotente ser o causador/fonte da criação, estabelece um "motivo para todas as coisas", exerce um comando, "exprime um fato" que origina a criação do universo. Vide alguns dizeres que ilustram tal assertiva: http://en.wikipedia.org/wiki/Logos



No que tange ao Legendarium, acredito que a melhor passagem que ilustra o conceito é:



175px-God_the_Geometer.jpg


Este primeiro modelo é o que cotidianamente se atribui na gênesis bíblica, haja vista todas as essências, ingredientes e a formação do "existir" partirem de Javé. No Silmarillion, a essência criativa primordial é atribuída à utilização (como ferramenta) da Chama Imperecível que provém do próprio Eru. Entretanto, me parece que Tolkien adiciona elementos de um Segundo Modelo Cosmológico (não tão conhecido e difundido) que é a versão de Combate - Agon struggle model: http://en.wikipedia.org/wiki/Biblical_cosmology



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O Javé-Guerreiro contra o (monstro do) caos, nas mitologias antigas retratado como uma grande serpente ou dragão devorador. Este conceito pode ser melhor entendido aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Chaoskampf#Chaoskampf

Por esse modelo de criação, é sugerida a existência de uma segunda entidade tão poderosa quanto a figura absoluta-criadora (Iluvatar-Javé), uma espécie de Deus do Caos primordial/primevo, anterior, ainda, à criação dos Ainur/anjos (vide o retratado no livro: A batalha do Apocalipse, em que se retrata o embate indescritível entre Jeová, com seus arcanjos Vs Tehom, e os Deuses Caóticos), uma força que poderia ter contaminado Melkor (do momento em que este vagava no vazio pré-criação de Eä, o vilão começara a conceber pensamentos muitíssimos destoantes do propósito inicial - Lembra demais a corrupção de Sargeras, o destruidor de mundos em Warcraft: http://www.wowwiki.com/Sargeras).

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A imagem mais próxima de Tehom

Entretanto, Tolkien reiterava a inexistência de uma contra parte ao "Deus ÚNICO". Para um melhor entendimento, vale muito a pena a leitura da análise feita por Ilmarinen em seu blog: http://de-vagaesemhybrazil.blogspot.com.br/2009/09/ungoliant-dualismo-e-livre-arbitrio-nos.html; Não obstante a inexistência de uma entidade rival de Iluvatar, Tolkien parece ter sim usado elementos do 2º modelo. São conceitos como:



Sem dissentir:



Desde já, nota-se que seus poderes se estendem por todo o universo criado, pessoalmente correlaciono simbolicamente o "ecoar da antiga música" com a construção e expansão constante que o Cosmo ainda sofre uma espécie de legado criativo que se converte em planetas, galáxias estrelas do universo: http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=105013&page=2



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E os Valar com acesso à chama imperecível utilizam os ingredientes (calor, gravidade, magnetismo e demais energias) primordiais do universo e deram origem à matéria/mundo visível.

É justamente aí que se verifica a correlação entre os modelos de Criação, ou seja, a criação por Potência/logos/palavra da 1º Versão - representada pela chama imperecível como fonte de criação – o 2º com a coexistência de forças menores que o Deus Supremo, mas com a capacidade de formarem o Universo. É praticamente a conversão de energia/luz em matéria:



Mas não somente a surgimento do universo é a tarefa dos Valar, eles também são as sementes da vida do planeta, à exemplo de Ulmo, o senhor dos águas, que fica vagando no grande “oceano de fora”, mas salvara a vida do planeta na grande hecatombe advinda da queda das lâmpadas: http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_responde/lqes_responde_sopa_primordial.html

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E a humanidade nos propósitos dos Valar? Pois, dentre as grandes realizações dos Poderes, não podemos deixar de falar da importância simbólica da criação de Arda, a grande morada dos filhos de Iluvatar. Há um interessante conceito no folclore judaico que fala de uma dimensão exclusiva para todos aqueles que ainda não nasceram ou existiram (para quem assiste Neon Genesis Evangelion vai saber o que eu estou falando): Os portões de Guf: http://en.wikipedia.org/wiki/Guf - Vai ver que Arda seja apenas um portão de Guf tornado visível ou o misterioso local para onde os homens vão após o "Sheol de Mandos", evidenciando uma importância maior da humanidade nos propósitos do Deus único:



The-Saintly-Throng-in-the-Form-of-a-Rose-Gustave-Dore-242x300.jpg




E Melkor nisso tudo? Como seus propósitos evidenciam seus poderes? Pois o que nos é familiar é sua capacidade destrutiva, seu niilismo insano e a deturpação da criação dos seus irmão. Pessoalmente, creio que Melkor será o catalizador da morte não só de Arda, mas também do próprio Universo. Uma das hipóteses dos biblistas advém da "Teoria da Lacuna/intervalo":



320px-Re-creation_%28Gap%29_Theory.png

Só passando para introduzir uma nota útil. Existem os seguintes conceitos:

-Guerra física.
-Paz física.
-Guerra espiritual.
-Paz espiritual.

Biblicamente, a guerra e paz espiritual transcendem os planos e possibilidades do mundo cujas interpretações podem ser captadas através de algumas passagens, que estão se não me engano, no novo testamento.

Seguramente, uma das razões para os Valar não fazerem referência ao passado de atividades anterior a consolidação do mundo reside também neste fator.

Uma vez que a coexistência entre trabalho e repouso seja plenamente possível na representação da paz fora dos círculos do mundo os conceitos de guerra e paz antes e depois da entrada no mundo exibem diferenças. Que são as diferenças daquilo que um ser angelical pode entender como paz ou como guerra e das ameaças das quais ele deva proteger os humanos.

Em outras palavras, do ponto de vista de Eru a inimizade de Melkor podia não chegar a ser uma guerra se assim desejasse mas apenas um passo a mais em seus planos. Ao entrar no mundo Melkor passa a se submeter as leis da guerra física (diferentes das leis de uma guerra espiritual) e se torna num pedaço do metabolismo do mundo.

E ocorrreu que entre Eru e o mundo fora criada uma interface exatamente como num organismo (e a chama que ele colocou no mundo dava vida, igual a um organismo, a ele). E dada a natureza das interfaces, algumas são mais perceptíveis do que outras a ponto de existirem interfaces que apenas ele possa distinguir. De modo que as ordens de Eru penetravam o mundo para realizarem a vontade da harmonia que ele desejava (paz espiritual na forma de música).

Existem sinais nas obras de que fora do mundo ele também criou fronteiras e interfaces para administrar e separar aquilo que era vazio daquilo que ele criava (palácios de Eru e outros Ainur). Segundo o Silma a relação de Eru para com o vazio é de desinteresse e quando muito Ilúvatar usava-o indiretamente como matéria prima para permitir o exercício da liberdade (como no caso de Melkor). Dessa forma ele doma a escuridão e o caos sem eliminá-los, nem eles representam ameaça a ele de uma forma bélica física como poderia ser de uma guerra física versus paz física.
 
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