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Acho que tem um probleminha com esse raciocínio aí Alkarin: parece-me que aí ele parte da suposição que todos os espíritos maiar gozavam do mesmo status ou tinham o mesmo grau de consciência e intelecto quando em formas encarnadas em Arda. Não me parece que era esse o caso. Espíritos de categorias muito diversas pareciam estar unificados debaixo do termo genérico "maiar", tanto é que os lobisomens e muitos dos próprios ents pareciam sujeitos a se "degenerar"e se tornarem mais como a matéria que habitavam do que espíritos preternaturais já existentes antes de Eä e Tolkien tb não detalhou as consequências que tal processo de encarnação por mediação de corpo possuído pelo ainu poderiam ter sobre o espírito, especialmente, um desses de categoria ou ranking "inferior". A aquisição de parte das características do veículo material habitado em termos de atributos espirituais e mentais PARECE ser uma dessas consequências.
Ou seja: é bem possível que, como efeito colateral dessa via de encarnação, o espírito TIVESSE que assumir algumas características inerentes à condição material/biológica do hröa ocupado, de sorte que não fosse um absurdo um maia ainu encarnado assim, como um mastim dos Valar, ser "dado" pra Celegorm, especialmente quando ele tivesse um papel tão elevado a cumprir. Além do mais, lembremos: nem todos os termos e especificações "técnicas" do Silmarillion são acuradas "in universe" mas, sim, a visão dos cronistas élficos que influenciaram o Bilbo. Da perspectiva dos Valar podia perfeitamente ser o caso de que eles estavam nomeando um espírito guardião protetor, a la anjo da guarda, pro Celegorm ao invés de estarem MESMO "presenteando" um maia pra ele como uma propriedade qualquer.
Acho que tem um probleminha com esse raciocínio aí Alkarin: parece-me que aí ele parte da suposição que todos os espíritos maiar gozavam do mesmo status ou tinham o mesmo grau de consciência e intelecto quando em formas encarnadas em Arda. Não me parece que era esse o caso. Espíritos de categorias muito diversas pareciam estar unificados debaixo do termo genérico "maiar", tanto é que os lobisomens e muitos dos próprios ents pareciam sujeitos a se "degenerar"e se tornarem mais como a matéria que habitavam do que espíritos preternaturais já existentes antes de Eä e Tolkien tb não detalhou as consequências que tal processo de encarnação por mediação de corpo possuído pelo ainu poderiam ter sobre o espírito, especialmente, um desses de categoria ou ranking "inferior". A aquisição de parte das características do veículo material habitado em termos de atributos espirituais e mentais PARECE ser uma dessas consequências.
Ou seja: é bem possível que, como efeito colateral dessa via de encarnação, o espírito TIVESSE que assumir algumas características inerentes à condição material/biológica do hröa ocupado, de sorte que não fosse um absurdo um maia ainu encarnado assim, como um mastim dos Valar, ser "dado" pra Celegorm, especialmente quando ele tivesse um papel tão elevado a cumprir. Além do mais, lembremos: nem todos os termos e especificações "técnicas" do Silmarillion são acuradas "in universe" mas, sim, a visão dos cronistas élficos que influenciaram o Bilbo. Da perspectiva dos Valar podia perfeitamente ser o caso de que eles estavam nomeando um espírito guardião protetor, a la anjo da guarda, pro Celegorm ao invés de estarem MESMO "presenteando" um maia pra ele como uma propriedade qualquer.
E independente disso que você mencionou sobre a acurácia dos escritos do Silma com relação a uma 'realidade' daquele universo, me parece claro que Huan foi o 'cachorro de Celegorm', levou uma vida de cão.
But as for the Valar themselves, and the Maiar also in their degree: they could live at any speed of thought or motion which they chose or desired.*(3) * They could move backward or forward in thought, and return again so swiftly that to those who were
in their presence they did not appear to have moved. All that was past they could fully perceive; but being now in Time the future they could only perceive or explore in so far as its design was made clear to them in the Music, or as each one of them was specially concerned with this or that part of Eru's design,
Sim, tão claro quanto parecia que Melian e Thingol ficaram paralisadinhos na clareira em Nal Elmoth durante duzentos anos; será que Tolkien quis mesmo dizer que eles ficaram lá, levando picadas de insetos, tomando sol e chuva esse tempo todo, sem nunca terem sido achados por ninguém, mesmo com gente procurando Thingol por todo lugar?
Será que a gente deve aceitar a acuidade do que está no texto do Silma "at face value"? O texto de HoME 10 esclarece que a percepção e passagem do tempo pra um ainu depende da sua vontade e conveniência e, como Melian compartilhou seu poder maia com Thingol, foi meio que os dois "viajando no tempo" ( algo tipo o "loop" do Great and Secret Show do Clive Barker e as entradas e saídas de personagens de dentro dele)
Tb parecia muito claro no texto do Silmarillion que Melkor fora exilado para o Vazio fora de Eä com pés e mãos cortados mas nós sabemos que isso não era realmente o caso agora pós publicação de HoME X.
Vai que, por exemplo, a la Eros, o Huan fosse um cachorro de dia pro Celegorm mas virasse um conselheiro com forma humana à noite em torno das fogueiras das caçadas, e que
Além do que levar uma "vida de cão" podia não ser mais degradante pra um espírito maia do que, concebivelmente, seria botar ovos em montanhas ou pastorear ou virar árvores depois de séculos de imobilidade como Fangorn disse que aconteceu com alguns dos huorns que haviam sido ents.
Pra mim, no caso de Huan, a noção de espírito maia é mais condizente com o status e a sua imunidade a feitiços "normais" ( mencionado como um grande trunfo dele no embate contra Sauron), sua capacidade de "previsão" e veiculação de profecias ,lembrando que esse não seria o status de entidades como Landroval e Gwaihir que seriam só "descententes" dos maiar encarnados como olvar originais.
Não entendi em que sentido o caso de Huan é equivalente a esses casos mencionados. O que quis apontar no trecho de meu post citado é que, diferente de eventos causados fora de Eä ou no início dos tempos, ou nos confins de florestas entre dois seres entorpecidos por paixão, ou qualquer outra situação longe de testemunhas élficas ou humanas, Huan como o cão de Celegorm teria sido um fato público dentro daquele universo, como era o fato de Fëanor ter sido exilado para a Terra-Média ou de Daeron ter sido um menestrel. Nesse sentido o crivo dos 'escritores élficos' é muito leve, esse fato é tão cheio de acuidade quanto um escrito do Silma pode ser.
Sobre a questão dos três vulcões que existem nas Thangorodrim eu não gosto nem de imaginar o estrago que seria se os três entrassem em erupção ao mesmo tempo. Acredito que o abalo e a área afetada não seria apenas na região norte da Terra Média, e sim em grande parte da Terra Média (se não toda).
Acredito que podemos comparar a região vulcânica das Thangorodrim com a maior região em atividade vulcânica do mundo, que pertence ao Parque Nacional do Yellowstone, ou seja, uma bomba relógio que esta pronta para explodir a qualquer momento.
But true 'rational' creatures, 'speaking peoples', are all of human/'humanoid' form. Only the Valar and Maiar are intelligences that can assume forms of Arda at will. Huan and Sorontar could be Maiar-emissaries of Manwe. But unfortunately in The Lord of the Rings Gwaihir and Landroval are said to be descendants of Sorontar.
In the beginning was the Word, and the Word was with God, and the Word was God. He was with God in the beginning. Through him all things were made; without him nothing was made that has been made. In him was life, and that life was the light of men. The light shines in the darkness, but the darkness has not understood it.
E tu, Melkor, verás que nenhum tema pode ser tocado sem ter em mim sua fonte mais remota, nem ninguém pode alterar a música contra a minha vontade. E aquele que tentar, provará não ser senão meu instrumento na
invenção de coisas ainda mais fantásticas, que ele próprio nunca imaginou (...) Logo, eu digo: Eä! Que essas coisas Existam! E mandarei para o meio do Vazio a Chama Imperecível; e ela estará no coração do Mundo, e o Mundo Existirá; e aqueles de vocês que quiserem, poderão descer e entrar nele.
God does battle with the monsters of the sea at the beginning of the world in order to mark his sovereignty and power.[12] Psalm 74 evokes the agon model: it opens with a lament over God's desertion of his people and their tribulations, then asks him to remember his past deeds: "You it was who smashed Sea with your might, who battered the heads of the monsters in the waters; You it was who crushed the heads of Leviathan, who left them for food for the denizens of the desert..."[12] In this world-view the seas are primordial forces of disorder, and the work of creation is preceded by a divine combat (or "theomachy").[13]
Creation in the "agon" model takes the following storyline: (1) God as the divine warrior battles the monsters of chaos, who include Sea, Death, Tannin and Leviathan; (2) The world of nature joins in the battle and the chaos-monsters are defeated; (3) God is enthroned on a divine mountain, surrounded by lesser deities; (4) He speaks, and nature brings forth the created world,[14
Havia Eru, o Único. Ele criou primeiro os Ainur, os Sagrados, gerados por seu pensamento, e eles lhe faziam companhia antes que tudo o mais fosse criado. - A partir do tema que lhes indiquei, desejo agora que criem juntos,em harmonia, uma Música Magnífica. E, como eu os inspirei com a Chama Imperecível, vocês vão demonstrar seus poderes ornamentando esse tema, cada um com seus próprios pensamentos e recursos, se assim o desejar. Eu porém me sentarei para escutar; e me alegrarei, pois, através de vocês, uma grande beleza terá sido despertada em forma de melodia.
Em meio a todos os esplendores do Mundo, seus vastos palácios e espaços e seus círculos de fogo, Iluvatar escolheu um local para habitarem nas Profundezas do Tempo e no meio das estrelas incontáveis. E essa morada poderia parecer insignificante para quem leve em conta apenas a majestade dos Ainur, e não sua terrível perspicácia; e considere toda a área de Arda como um alicerce de uma coluna e a erga até que o cone do seu topo seja mais aguçado que uma agulha; ou contemple somente a vastidão incomensurável do Mundo, que os Ainur ainda estão moldando, não a precisão detalhada com que moldam todas as coisas que ali existem.
Num exercício imaginativo somada ao trecho destacado na passagem acima e com as teorias científicas acerca do cosmo, a descrição feita por Tolkien parece (pode ser forçado, mas enfim) uma linguagem metafórica (ou uma mera coincidência) de um processo físico que o universo ainda apresenta, vide: http://pt.wikipedia.org/wiki/Expans%...do_espaço
Da mesma forma que matéria pode ser convertida em energia, também a energia poderia se transformar em matéria. Isto é o que um time de doze pesquisadores dos Laboratórios Jefferson (Estados Unidos) está buscando em um novo experimento chamado Hall A.
A sopa primordial é uma mistura teórica de compostos orgânicos que podem ter dado origem à vida na Terra. Quando se quer explicar como os organismos vivos apareceram na Terra, muitas vezes se lança mão da teoria da sopa primordial, que parece ser a explicação científica mais plausível.
Quando de sua formação, a Terra não tinha qualquer material orgânico. Mas, estamos aqui - bilhões de anos depois -, demonstrando que, em algum momento, material inorgânico transformou-se em material orgânico. O processo é conhecido como "abiogênese" (a-bio-gênese": origem não biológica), o que, teoricamente, seria extremamente difícil.
According to Jewish mythology, in the Garden of Eden there is a Tree of life or the Tree of Souls[1] that blossoms and produces new souls, which fall into the Guf, the Treasury of Souls. Gabriel reaches into the treasury and takes out the first soul that comes into his hand. Then Lailah, the Angel of Conception, watches over the embryo until it is born.The mystic significance of the Guf is that each person is important and has a unique role which only they, with their unique soul, can fulfill. Even a newborn baby brings the Messiah closer simply by being born.
The peculiar idiom of describing the treasury of souls as a "body" may be connected to the mythic tradition of Adam Kadmon, the primordial man. Adam Kadmon, God's "original intention" for humanity, was a supernal being, androgynous and macro-cosmic (co-equal in size with the universe). When this Adam sinned, humanity was demoted to the flesh and blood, bifurcated and mortal creatures we are now. According to Kabbalah, every human soul is just a fragment (or fragments) cycling out of the great "world-soul" of Adam Kadmon. Hence, every human soul comes from the guf [of Adam Kadmon].
r. Já os filhos dos homens morrem de verdade, e deixam o mundo, motivo pelo qual são chamados Hóspedes ou
Forasteiros. A morte é seu destino, o dom de Ilúvatar, que, com o passar do tempo, até os Poderes hão de invejar.
Então, os temas de Ilúvatar serão desenvolvidos com perfeição e irão adquirir Existência no momento em que
ganharem voz, pois todos compreenderão plenamente o intento de Ilúvatar para cada um, e cada um terá a compreensão do outro; e Ilúvatar, sentindo-se satisfeito, concederá a seus pensamentos o fogo secreto.
Gap creationism (also known as ruin-restoration creationism, restoration creationism, or "The Gap Theory") is a form of old Earth creationism that posits that the six-day creation, as described in the Book of Genesis, involved literal 24-hour days, but that there was a gap of time between two distinct creations in the first and the second verses of Genesis, explaining many scientific observations, including the age of the Earth.[1][2][3] It differs from day-age creationism, which posits that the 'days' of creation were much longer periods (of thousands or millions of years), and from young Earth creationism, which although it agrees concerning the six literal 24-hour days of creation, does not posit any gap of time.
É similar a tudo Alkarin. O Tolkien disse que Huan e Thorondor eram, provavelmente, maiar, a noção deles serem maiar, no seu entendimento, vai de encontro a uma série de considerações que, nós, como recenseadores/leitores analistas do material fazemos da nossa perspectiva sociológico/teológica modernas do mesmo jeito que nossas idéias de astronomia e geofísica não se coadunam com detalhes da logística descrita no Quenta Silmarillion, tal como a história do Sol e da lua e até mesmo as erupções das Thangorodrin, que deveriam ter ARRASADO Beleriand inteira se tivessem MESMO acontecido do jeito que são descritas na Dagor Bragolach.
O próprio suposto acorrentamento de Melkor e banimento pra fora de Eä contado no fim da Quenta Silmarillion é um fato bastante público e notório, não é mesmo? Assim como DEVERIA ter sido a sua execução em Aman que Tolkien disse ter acontecido no Mitos Transformados. E o acorrentamento e exílio da Terra Média teriam acontecido dentro de Arda no tempo da vida física de figuras do Legendarium ainda vivas e proeminentes no tempo do SdA. Entretanto, o acorrentamento e banimento são narrados mas a execução não, sendo que um exílio em forma física acorrentada pra fora de Eä( que Tolkien considerou impossível depois) toma o seu lugar como versão publicizada dos fatos.
É por isso mesmo que me parece ser bem mais o caso de que Thorondor e Huan seriam maiar encarnados enquanto seres que são descendentes deles NÃO SERIAM maiar e não teriam alma embora fossem, sim, "falantes" e sencientes. É essa que seria a diferença entre os werewolves que serviam Sauron na Primeira Era e os wargs montados por orcs na Terceira.
O poder de imunidade ou resistência mágica de qualquer ser físico encarnado em Arda, Alkarin, não parece vir, principalmente, da forma física adotada ( vide Gandalf, o cinzento e o Balrog de Moria) mas da essência espiritual que está albergada no corpo.
De qualquer forma, onde é dito que "Huan e Thorondor eram provavelmente maiar"? Porque eu entendo que a frase do trecho que você ‘negritou’ ali é só uma conjectura e hipótese de Tolkien, um pensamento inicial, que ele dispensa já na frase seguinte e no decorrer de todo o restante do texto. Seria como dizer "Gildor poderia ser filho de Finrod. Mas infelizmente é dito em O Silmarillion que Finrod permaneceu solteiro". A existência de Gwaihir e Landroval como filhos de Sorontar seria colocada ali como uma evidência contrária ao fato de Sorontar ser um maia (e de quebra o mesmo para Huan, já que Tolkien os analisa conjuntamente no texto, como animais inteligentes; se Sorontar não é um maia não haveria motivo para Huan sê-lo). Tanto é que no final do mesmo texto (tradução 1, tradução 2), quatro parágrafos à frente, ele conclui:
Nota 6 – Pengolodh aqui elabora (embora não seja necessário ao seu argumento) essa questão de “previsão”. Nenhuma mente, ele afirma, conhece o que nela não está. Tudo o que fora experimentado está nela, apesar de que no caso dos Encarnados, dependendo dos instrumentos do hröa, algumas coisas podem ser “esquecidas”, não estando imediatamente disponíveis para recordação. Mas nenhuma parte do “futuro” lá está, pois a mente não pode vê-lo nem tê-lo visto: isto é, uma mente situada no tempo. Tal mente pode aprender sobre o futuro apenas a partir de outra mente que o tenha visto. Mas isso significa apenas diretamente de Eru, ou por intermédio de alguma mente que tenha visto em Eru alguma parte de Seu propósito (assim como os Ainur, que agora são os Valar em Eä). Só assim um Encarnado pode conhecer algo do futuro: por instrução derivada dos Valar, ou por uma revelação vinda diretamente de Eru. Mas qualquer mente, seja dos Valar ou dos Encarnados, pode deduzir pela razão o que pode ou irá ocorrer. Isso não é previsão, mesmo que possa parecer claro em termos e, de fato, mesmo mais preciso do que vislumbres de previsão. Nem mesmo se isso for formado por visões vistas em sonho, um meio segundo o qual a “previsão” é freqüentemente revelada à mente.
Mentes que possuem grande conhecimento do passado, do presente, e da natureza de Eä, podem predizer com grande precisão, e quanto mais próximo o futuro, mais claro ele se apresenta (exceto, sempre, pela liberdade de Eru). Portanto, muito do que é chamado “previsão”, em palavras desatentas, é apenas a dedução do sábio; e se isso for recebido, como advertência ou instrução, dos Valar, pode ser somente a dedução do mais sábio; embora isso possa às vezes, por outro lado, ser “previsão”.
Eu prefiro a versão de que águias realmente não têm espíritos, são animais, conforme expliquei nesse post - tanto do ponto de vista dos escritos deixados por Tolkien quanto do ponto de vista mais estético a respeito: as águias seriam um contraponto dos dragões (e vice-versa) que também não tem espíritos, mas parte do ser de Melkor. Por motivos análogos também acho que a versão que Huan não tem espírito é melhor, além do mais há a questão dele ter sido 'dado' a Celegorm, o que não me parece condizente com o fato dele ser um maia, além da limitação que ele tem na fala - também não me parece condizente que um maia, tendo o aparato fisiológico para fala, não falar mais de três vezes.
(4) E quanto aos animais e pássaros que pensam e falam? Esses foram adotados frivolamente de mitologias menos 'sérias', mas representam papéis que não podem agora ser retirados. Eles são certamente 'exceções', não usados frequentemente, mas o suficiente para mostrar que eles são um aspecto reconhecido do mundo. Todas as outras criaturam os aceitam como naturais, se não comuns.
Vejam!Quando os Filhos despertarem, o pensamento de Yavanna também
despertará, e ele convocará espíritos de muito longe, que irão se misturar aos kelvar e aos olvar, e alguns ali residirão e serão reverenciados, e sua justa ira será temida. Por algum tempo: enquanto os Primogênitos estiverem no apogeu, e os Segundos forem jovens.” Não te lembras agora, Kementári, que teu pensamento cantava, nem sempre sozinho? Que teu pensamento e o meu tampouco se encontravam, de modo que nós dois alçávamos vôo juntos como grandes aves que sobem acima das nuvens? Isso também irá se passar pela intenção de Ilúvatar; e, antes que os Filhos despertem, as Águias dos Senhores do Oeste surgirão com asas como o vento”.
Alegrou-se então Yavanna, e ela se levantou, com os braços esticados para os céus, e disse: -
Crescerão muito as árvores de Kementári para que as Águias do Rei possam habitar suas
copas!
Manwë, entretanto, também ergueu-se; e ele parecia tão alto, que sua voz descia até Yavanna como se viesse dos caminhos dos ventos.
- Não, Yavanna, apenas as árvores de Aulë terão altura suficiente. As Águias habitarão as montanhas e ouvirão as vozes daqueles que clamam por nós. Mas nas florestas caminharão os Pastores das Árvores.
Mas eu aqui não penso criar uma objeção baseada em “conjecturas sociais e teológicas” modernas e externas a obras, e sim na própria interpretação que tenho da obra como um todo, em conceitos que enxergo dentro da obra. Dessa forma penso que a situação é diversa daquela de querer negar a letra da obra baseada em teorias externas à ela. É claro que pode-se dizer que na própria interpretação essas conjecturas e teorias externas aparecem invariavelmente, mas aí é um problema da interpretação de modo geral e não dessa discussão específica.
Ilmarien disse:O conceito de Huan como maia bate MUITO mais com o nível de poder dele, a duração de sua vida que abrange pelo menos a maior parte da Primeira Era, ou seja quase seiscentos anos e com a capacidade de urdir profecias. A resistência a feitiço é somente um dos elementos que me fazem pensar dessa forma e ela torna sim o resultado do embate com Sauron logisticamente MUITO MAIS plausível, mesmo levando-se em conta a ajuda recebida por Lúthien.
Hmmm Huan eu via mais como, em essencia e criação, extensão do poder de Oromë. Não muito diferente de Carcharoth.
A profecia em torno do cão não bate com o poder de um maia. Ainda mais um maia a serviço dos Valar.
Mas o caso desses animais é tão diferente de Bárbavore e dos Ents?
Eu não acho que esse tanto de ser eram maias. Não mesmo!
Dos Maiar
Com os Valar vieram outros espíritos cuja existência também começou antes do Mundo, e da mesma ordem dos Valar, mas de grau inferior. São os Maiar, o povo dos Valar, seus criados e auxiliares. Seu número não é conhecido entre os elfos, e poucos têm nomes em qualquer dos idiomas dos Filhos de Ilúvatar. Pois, embora seja diferente em Aman, na Terra-média os Maiar raramente apareceram em forma visível a elfos e homens.
See p. 138.-At the bottom of the page bearing the brief text V (p. 389) my father jotted down the following, entirely unconnected with the matter of the text:
Living things in Aman. As the Valar would robe themselves like the Children, many of the Maiar robed themselves like other lesser living things, as trees, flowers, beasts. (Huan.)
Afinal, Morgoth pôs sua cabeça a um prêmio em nada inferior ao oferecido pela cabeça de Fingon, Rei Supremo dos noldor; mas os orcs fugiam ao ouvir falar na sua aproximação, em vez de persegui-lo. Por isso, foi enviado um exército contra ele, sob o comando de Sauron; e Sauron trouxe lobisomens, feras cruéis possuídas por espíritos apavorantes que ele havia aprisionado nesses corpos.
Vejam!Quando os Filhos despertarem, o pensamento de Yavanna também
despertará, e ele convocará espíritos de muito longe, que irão se misturar aos kelvar e aos olvar, e alguns ali residirão e serão reverenciados, e sua justa ira será temida. Por algum tempo: enquanto os Primogênitos estiverem no apogeu, e os Segundos forem jovens.” Não te lembras agora, Kementári, que teu pensamento cantava, nem sempre sozinho? Que teu pensamento e o meu tampouco se encontravam, de modo que nós dois alçávamos vôo juntos como grandes aves que sobem acima das nuvens? Isso também irá se passar pela intenção de Ilúvatar; e, antes que os Filhos despertem, as Águias dos Senhores do Oeste surgirão com asas como o vento”.
Alegrou-se então Yavanna, e ela se levantou, com os braços esticados para os céus, e disse: -
Crescerão muito as árvores de Kementári para que as Águias do Rei possam habitar suas
copas!
Manwë, entretanto, também ergueu-se; e ele parecia tão alto, que sua voz descia até Yavanna como se viesse dos caminhos dos ventos.
- Não, Yavanna, apenas as árvores de Aulë terão altura suficiente. As Águias habitarão as montanhas e ouvirão as vozes daqueles que clamam por nós. Mas nas florestas caminharão os Pastores das Árvores.
Then Manwë awoke, and he went down to Yavanna upon Ezellohar, and he sat beside her beneath the Two Trees. And Manwë said: 'O Kementári, Eru hath spoken, saying: "Do then any of the Valar suppose that I did not hear all the Song, even the least sound of the least voice? Behold! When the Children awake, then the thought of Yavanna will awake also, and it will summon spirits from afar, and they will go among the kelvar and the olvar, and some will dwell therein, and be held in reverence, and their just anger shall be feared.
Apontar isso não implica em aceitar total acuidade dos escritos do Silma. Mas para atacar esses fatos confiáveis dentro do contexto do Silma, penso serem necessárias outras evidências ou textos confiáveis fora do contexto do Silma, do contrário não há motivo para esse ataque.
De qualquer forma, onde é dito que "Huan e Thorondor eram provavelmente maiar"? Porque eu entendo que a frase do trecho que você ‘negritou’ ali é só uma conjectura e hipótese de Tolkien, um pensamento inicial, que ele dispensa já na frase seguinte e no decorrer de todo o restante do texto. Seria como dizer "Gildor poderia ser filho de Finrod. Mas infelizmente é dito em O Silmarillion que Finrod permaneceu solteiro". A existência de Gwaihir e Landroval como filhos de Sorontar seria colocada ali como uma evidência contrária ao fato de Sorontar ser um maia (e de quebra o mesmo para Huan, já que Tolkien os analisa conjuntamente no texto, como animais inteligentes; se Sorontar não é um maia não haveria motivo para Huan sê-lo). Tanto é que no final do mesmo texto (tradução 1, tradução 2), quatro parágrafos à frente, ele conclui:
Resumindo: acredito que pode-se assumir que 'falar' não é um indício necessário de possessão de 'alma racional', ou fëa. Os Orcs eram animais de forma humana (para zombar de homens e elfos) deliberadamente pervertidos/convertidos em uma aparência mais próxima dos homens. Sua capacidade de 'falar' era na verdade um 'registro' ajustado neles por Melkor. Até mesmo suas palavras críticas e rebeliosas - ele sabia sobre elas. Melkor ensinou-lhes a fala, e quando procriavam herdavam isso; e eles tinham tanta independência quanto, digamos, cavalos ou cachorros têm de seus donos. Essa fala é bastante ecoada (como a dos papagaios); em O Senhor dos Anéis diz-se que Sauron inventou uma linguagem para eles.
A mesma coisa aconteceu com Huan e as águias: eles foram ensinados a falar pelos Valar, e acresceram a um novo nível - mas ainda não tinham nenhum fëa.
Então a conclusão desse texto em específico parece ser oposta ao que ele conjecturou inicialmente no mesmo texto, ficando na resposta de que Huan e as águias são animais. Embora ele tenha mudado de visão em relação aos orcs, por motivos que se aplicam de forma particular a eles, desconheço razões para acreditar que ele repensou isso em relação as águias e animais falantes de forma geral.
See p. 138.-At the bottom of the page bearing the brief text V (p. 389) my father jotted down the following, entirely unconnected with the matter of the text:
Living things in Aman. As the Valar would robe themselves like the Children, many of the Maiar robed themselves like other lesser living things, as trees, flowers, beasts. (Huan.)
Another reason that this chapter may feel slightly out of place is that it was not part of the Quenta Silmarillion as Tolkien wrote it. The chapter found in the published work is actually two texts by Tolkien spliced together by Christopher – the first extends up to the words “. . . whose mansions were at Khazad-dum.” This first piece, written in the 1950s, was indeed part of the Quenta Silmarillion – but it stood much later (chapter 13) and was part of a chapter on “the Naugrim and the Edain”. The story of the creation of the Dwarves by Aule first appeared in a few scattered references in the 1930s writing (including the Annals of Beleriand and the earlier Quenta Silmarillion), but it was not until this time that Tolkien wrote a full account of it. Dating from about the same time is another account found in a letter to Rhona Beare (no. 212 in Letters).
The second part of this chapter is from [v]a text written in the late 1950s at the earliest[/b], titled “Of the Ents and the Eagles”. It is, aside from a brief note from roughly the same time period, the only account of the origins of the Ents.
Additional readings:
HoMe V (for a few early references to Aule’s creation of the Dwarves; check the index under “Aule”).
HoMe XI (for the various versions of “Of the Naugrim and the Edain” as well as for “Of the Ents and the Eagles”)
Letters (for the other account of the making of the Dwarves mentioned above)
No one knew whence they (Ents) came or first appeared. The High Elves said that the Valar did not mention them in the 'Music' "Some (Galadriel) were [of the] opinion that when Yavanna discovered the mercy of Eru to Aulë in the matter of the Dwarves, she besought Eru (through Manwë) asking him to give life to things made of living things not stone, and that the Ents were either souls sent to inhabit trees, or else that slowly took the likeness of trees owing to their inborn love of trees. ... The males were devoted to Oromë, but the Wives to Yavanna." (L248)
This brief text belongs to the late, or last, period of my father's work, and must be dated at the earliest to 1958-9, but may well be later than that. The original draft is extant, a manuscript on two sides of a single sheet, written at great speed with very little correction in a script that is just legible. It is titled Anaxartamel.
This was followed by a text made on my father's later typewriter (see X.300) that expanded the first draft, but from which scarcely anything of any significance in that draft was excluded. It bears no title. In the published Silmarillion it was used to form the second part of Chapter 2 Of Aulë and Yavanna, pp. 44-6, beginning at the words 'Now when Aulë laboured in the making of the Dwarves ...' This was of course a purely editorial combination.
Note: *mavellon (pl. mevellyn) actually means "sheep-friend" as the Quenya word for shepherd literally does; I don’t know if in Quenya and Sindarin "shepherd" could be used with a definition "keeper, tender, guardian" as well, so if you want you can replace Mevellyn and Mámandili with Hebyr and Cundor.
Also, it is not known if *onya means Ent; it is attested in a compound Anaxartaron Onyalië which was pencilled on a typescript of a text of "Of the Ents and the Eagles of the Lords of the West"... I rather say that anaxartaron is anaxartar "Lord of the Ring of Doom" with a genitive plural and onyalië "child-people", i.e. The Creatures of the Lords of the Ring of Doom. So since I doubt *onya to be "Ent", I would make the cognate from Sindarin Onod; you should replace Onyar in the above sentences with Ontor.
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Ilmarinen, congrats !
Os que gostam da ideia de Ungoliant como uma ainu renegada agradecem e parabenizam de coração o seu post.
Então podemos afirmar que Melian foi a única dos ainur a ter prole com um dos filhos de Ilúvatar o que não impedia que outros maiar tivessem filhos com criaturas da mesma espécie do Hröa que usavam.
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