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Quais os propósitos de Ilúvatar quando permitiu que Melkor fosse até Eä?

Bem, das razões para os Valar não interferirem, uma delas era para não acontecer o que houve com Melkor. Ao dispersar poder de interferência no mundo Melkor desvirtuou o plano original rendendo sofrimento aos moradores dele (elfos, ents, homens e anões).

Se houvesse uma batalha dos Poderes toda vez que Melkor ou Sauron se insinuassem a matéria do mundo ficaria cada vez mais torturada e insuportável. Uma vez que eles tinham se tornado contidos no mundo a força enorme que possuíam do lado de fora passaria também a sofrer desgaste com o mundo e começar do zero não era mais possível para eles se os danos fossem excessivos.

No meu entendimento a maior falta deles aparece no diálogo de Manwë e Eru quando o único fala que os Valar deviam cuidar melhor da questão dos corpos (casas do espírito) dos filhos e Manwë se mostra reticente nela. Porque se houvesse algum tipo de remédio, alívio ou boa vontade maior que melhorasse parcialmente os corpos de homens ou elfos isso seria seguir a vontade de Eru. Nisso eles não orientaram nem ajudaram devidamente os filhos. O Túrin foi um exemplo.
 
Eu não li (ainda) o tópico inteiro, então não sei se já foi falado algo neste sentido, mas lá vai: esse, ao meu ver, é um típico problema que há séculos vem sendo debatido: a origem do mal e o porquê de sua existência em um Universo supostamente governado por um Deus que é Todo-Amor e Todo-Bondade - Eru, no caso da Mitologia Tolkieniana. Ora, Tolkien era Católico e acho que a existência de uma real possibilidade de Melkor se tornar mau e entrar em Arda mesmo assim junto com suas hostes é um modo de Tolkien abordar esse problema. A solução de Tolkien, provavelmente, é a mesma de Agostinho de Hipona: a origem do mal jaz no livre-arbítrio humano quando em desarmonia com Deus e seus preceitos. Mesmo assim Deus permite ao homem ser mal e se desviar, pois de outro modo isto acarretaria em privar a liberdade de seus seres - e a existência do mal não é absoluta, mas relativa: dura temporariamente e até desse esgoto Deus é capaz de tirar coisas boas e belas e eternas. Este é o pensamento de Agostinho e, provavelmente, de Tolkien. Na obra dele, segundo ele mesmo diz, não existe o mal absoluto, além de ela ser fundamentalmente Cristã. Acho que, então, esta é uma possível resposta para a sua pergunta, sem entrarmos no mérito de uma discussão teológica, em tudo infrutífera e assaz distante dos propósitos deste tópico e mesmo do fórum: o problema do mal e a solução de Agostinho.

Mas... Não sou um especialista na Mitologia de Tolkien. Posso estar (muito) errado.


[]'s!
 
Eu penso que o Akira, Elring, Aranel e Ilmarinem já deram a resposta pro tópico e bem. Mas, como Mandos respondeu a Manwë, mesmo assim, tudo que o Melkor fez continuará sendo o mal e não dá pra não ter raiva dos Valar e de Eru. Tanto sofrimento e sangue derramado, no fim, para aqueles que perderam tudo, parece ser só isso, apesar de todas as belezas advindas depois (e durante também). Se olharmos para o todo, tudo bem, mas se nos colocarmos no lugar de cada um que se f., a revolta e a indignação continuam sem redenção (e explicação) nenhuma.
 

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