(XVI)
O gato tem sete vidas,
Devo ter metade disto.
Seu amor não cura feridas,
Mas sem ele não existo.
(XVII)
Tu dançaste tão bem ontem,
Rodando o teu vestido!...
Sei lá o que meu peito tem,
Mas é bom tê-lo por tido.
(XVIII)
Pão-de-leite bolorento
Tu mo vendeste apressada...
Seu amor é acalento
Mesmo quando não faz nada.
(XX)
Disseram que sou intenso
E que não sei calmo amar.
Nada pode ser extenso
Se extenso não se sonhar.
(XXIII)
Fali-me de ir ao florista,
Fali-me de não te ver.
A falência do artista
É a de jamais querer.
O gato tem sete vidas,
Devo ter metade disto.
Seu amor não cura feridas,
Mas sem ele não existo.
(XVII)
Tu dançaste tão bem ontem,
Rodando o teu vestido!...
Sei lá o que meu peito tem,
Mas é bom tê-lo por tido.
(XVIII)
Pão-de-leite bolorento
Tu mo vendeste apressada...
Seu amor é acalento
Mesmo quando não faz nada.
(XX)
Disseram que sou intenso
E que não sei calmo amar.
Nada pode ser extenso
Se extenso não se sonhar.
(XXIII)
Fali-me de ir ao florista,
Fali-me de não te ver.
A falência do artista
É a de jamais querer.