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Prosa ou Verso?

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seguindo essa linha de raciocínio vc tem que partir da literatura grega clássica até os dias de hj.

Não exatamente. Digo que é interessante você partir do século XIX, não obrigatório. Eu acho mais fácil, mas nada impede que se leia obras por suas qualidades internas independente do contexto externo.
 
estava falando disso que vc comentou:
IMO

Há quem saiba contextualizar melhor, eu preciso desse contexto recebido de forma literária. Mas nem todos são assim.

E depende também. Eu estava lendo Confissões de santo Agostinho, passei pra Dostoievski outro dia, agora estou lendo Harry Potter e pretendo ler Clarice Lispector assim que acabar. Depende do momento também.
 
Última edição:
agora estou lendo Harry Potter .

Sou um dos poucos que não conseguiram se encantar com ele e olha que fiz um esforço bíblico pra tentar ler pelo menos 20% de 3 livros que minha irmã fanática por ele me emprestou, mas infelizmente não dá. Filmes então, menos ainda.

A "magia" dele não funciona comigo nem a pau Juvenau.
 
Compreensível. Eu me apaixonei pela série aos meus doze anos, cresci com os personagens. Isso de a obra ser boa ou ruim hoje não faz sentido pra mim, HP é simplesmente HP, algo essencial na minha infância e adolescência, que me formou moralmente. Não dá pra fazer um juízo isento. Nem dá pra não amar a série.

No seu caso não rola porque você só tenta acompanhar por curiosidade, não foi algo importante pra ti, sabe, coisa de criança, atribuir um valor gigantesco aoq ue as 'pessoas grandes' costumam considerar insignificante. E também porque você é velho.:hihihi:
 
Não acho que tenha a ver com "infância", no sentido da idade que você tinha ao ler / ver o primeiro. Eu, por exemplo, já tinha 15 ou 16 quando vi a Pedra pela primeira vez e 18 quando li os livros pela primeira vez. Conheço pessoas bem mais velhas do que eu que também são apaixonadas por HP. A mãe de uma amiga minha ficava tão ansiosa pela chegada dos novos livros quanto nós.

A questão é haver ou não haver uma certa empatia. É até onde aquilo se torna prazeroso para você. Não tem uma regra, cada pessoa recebe de uma forma única toda e qualquer obra.
Agora, é muito difícil se encantar lendo de uma forma "analítica", digamos assim... lendo analisando estilo, erros, etc... Se a pessoa pegar qualquer livro esperando ler um novo Tolkien, uma nova Jane Austen ou uma nova Emily Brotë, vai se decepcionar na maioria das vezes. Nem sempre a linguagem rebuscada é necessária para contar uma boa história.

Até mesmo "O Hobbit" é um livro bem mais 'infantilizado' do que o restante ligado à TM, e nem por isso é desprezado pelos fãs de Tolkien... ao contrário, muitos o tem entre seus favoritos.

Eu tenho o costume de ler sem pensar tanto nesses quesitos, porque leio por puro prazer.
Agora se a linguagem for infantil demais - como achei Percy Jackson, apesar de ter gostado - ou superficial demais, aí é capaz de eu não gostar ou gostar, mas não ler o resto tão cedo. Porque faltarão elementos e detalhes para me entreter no enredo.

No caso de Crepúsculo, por exemplo... eu até acompanhei bem da primeira vez que li [só o 1º mesmo]. Não achei TÃO chato como a maioria das pessoas, achei razoável... mas a motivação da personagem principal e o objetivo da história em si não me agradaram nem um pouco.

Por outro lado, há outros novos livros "simples", que podem ser considerados como voltados para um público mais juvenil, como a série "Feios" e como "A Sociedade", que me agradam. Pois não é apenas uma simples história adolescente, tem muita coisa implícita, muitos questionamentos interessantes que vão além do enredo por si só... além do romance e dos personagens... E é esse tipo de livro que me agrada e chama a atenção, seja escrito de uma forma mais leve ou de uma forma densa.

No caso de HP, eu sempre gostei desse estilo de histórias com bruxos. Ou seja, histórias em que havia magia fantástica, sem ser história de terror.
Quando eu vi que uma autora se dedicou a criar todo um universo em cima desse tema, eu só não gostaria se ela tivesse feito MUITA lambança na história... mas ao contrário, tudo é muito coerente, se encaixa perfeitamente, faz sentido e tem muitos personagens palpáveis...

Estou relendo a série e, agora que sei o final [pois desde HP7 que eu não pegava os livros de novo], estou até me divertindo mais do que antes, porque dá para ver - como bem disse a Melian - que o final já tava todo lá, nos detalhes que deixamos passar despercebidos. Amo séries quando o autor sabe interligar tão bem os volumes.
 
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No seu caso não rola porque você só tenta acompanhar por curiosidade, não foi algo importante pra ti, sabe, coisa de criança, atribuir um valor gigantesco aoq ue as 'pessoas grandes' costumam considerar insignificante. E também porque você é velho.:hihihi:

Gosto se respeita, não se discute: simples

Nada haver. Tenho uma prima 5 anos mais velha eu que assim como a minha irmã (9 anos mais nova que eu) é uma devoradora de livros e filmes de HP. Bastou sair uma nova publicação ou filme as duas não medem qualquer sacrificio.
 
Elriowiel Aranel tá certa sobre a questão da idade. Comecei a ler aos 29 e me diverti um monte. A questão é a relação leitor x livro, que é mais complexa do que se imagina. Há uma série de fatores que acabam sendo agregados ao texto enquanto uma pessoa lê uma obra, fazendo com que ela seja única. O meu Harry Potter não é o mesmo da Elriowiel Aranel, nem o mesmo do Paganus, por exemplo. Porque eu não li na época em que foram publicados, porque li quando já era mais velha, porque li já tendo na bagagem o livro x, y e z de tema semelhante, por causa do gosto que tenho por magia, por causa de uma personagem que lembra alguem que eu conheço... e por aí vai. Nós somos únicos, e imprimimos no texto isso enquanto lemos. Mas a idade não é nem de longe um único fator.

Agora Fúria, na boa:

Gosto se respeita, não se discute: simples

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH /o\

Gosto se discute sim, se você está aberto para novas experiências. Pode ter algo em Harry Potter que vc não viu enquanto lia, e que alguns desses apaixonados podem te mostrar ao falar de pq vc deveria tentar reler. Não é que questionem seu gosto (quer dizer, intimamente qualquer um questiona, é natural quando encontramos algo diferente do nosso estilo), mas é mais aquela coisa de UOUUUUUUUUUU, MAS EU GOSTEI TANTO, COMO ASSIM VC NÃO GOSTOU, PERAÍ QUE VOU TE EXPLICAR PQ É LEGAL. Em outras palavras, não leve as pessoas a mal quando elas fazem isso por aqui.

Eu sempre escuto fãs apaixonados, especialmente quando é obra de entretenimento. Usando um exemplo o próprio Harry, na primeira vez que li estava cursando letras, meu bacharelado em estudos literários. E eu estava uma chata-mor para qualquer livro que não fosse genial, artisticamente falando. Eu tinha simplesmente esquecido do prazer de ler para me divertir. E na época achei o livro bocó e não quis continuar o resto da série. Custaram aí alguns anos para que eu perdesse essa mania, e por uma feliz coincidência pude reler o livro, e desta vez achei bem legal.
 
Ana eu não discordo de ti. Sendo o mais otimista, talvez daqui uns 10 anos quem sabe eu consiga apreciar melhor, como aconteceu comigo em "O Pequeno Príncipe" que só a partir da 5a. ou 6a. lida quando eu já estava com meus 27 anos é que começou a ter um sentido interessante pra mim, pois já tinha lido em diferentes momentos da minha vida, mas só mais recentemente teve esse sentido encantador.

Mas em relação a HP pelo menos não tenho vergonha de ter feito 3 tentativas e num momento mais sussa que não tiver irmã extremamente fanática de marcação cerrada e pegando direto no meu pé estarei aberto pra 4a, 5a, ou tantas que forem necessárias. :D
 
Última edição:
Não consigo ler nada em forma de verso, me perco na história, até hoje não sei direito como acaba Fausto nem me lembro de nada dele, na 2ª página já tava perdido, tenho inveja de quem consegue.
 
Eu li Fausto, linda obra, muito profunda. É meio confuso sim perceber o toque de genialidade nos versos, o estilo até alegórico de muitas coisas, mas vale mesmo a pena.
 
quem tenta separar prosa de poesia quando tratando ambas como obra de arte certamente não leu algo como grande sertão:veredas ou budapeste, isso para citar obras brasileiras. a única diferença entre um e outro é que um é escrito em parágrafos e linhas, o outro em estrofes e versos. dá para contar grandes aventuras tanto de uma forma como de outra (vide a odisséia e o senhor dos anéis) e dá para experimentar com a forma de um tanto com a de outro (vide os poemas do concretismo e livros como house of leaves). vou frisar aqui, COMO ARTE, ambos são iguais: literatura.
Não há como discordar. O que eu tentei explicar era sobre o comentário do Fúria. Mas Literatura é a arte que engloba verso e prosa.

Mas com relação às narrativas em verso (acho até que já disse aí pra trás), eu realmente não consigo acompanhá-las com tanta facilidade como as feitas em prosa.
Esse fator, por sinal, é o que mais tem feito eu não me esforçar pra comprar As Aventuras de Tom Bombadil.
Mas aí é uma barreira minha, que eu tento vencer, pois sei como devem ser realmente belas as grandes obras épicas, como Odisséia ou a Ilíada. Até comprei Os Lusíadas recentemente, mas ainda não tive coragem de lê-los.

No entanto não vivo sem os versos dos grandes poetas. Poemas de Pessoa, Quintana, Drummond e tantos outros, que tanto me fascínam! "E quem me dera alguns fossem meus", como bem já invejava o próprio Quintana!

E sobre o que falaram do séculos XIX...
Eu adoro a literatura do século XX - meu autor favorito é vintista (Tolkien!!!). Mas por uma questão de gosto particular, tenho o século XIX como o melhor período da literatura, com o estilo mais interessante, com os temas mais geniais, com as histórias mais originais. E ainda fecho ainda mais o cerco e coloco os autores ingleses do século XIX como meus favoritos. Porém não desmereço os franceses e os russos da mesma época, bem como os brasileiros.

Mas como eu disse, é questão de preferência minha.
Há uma série de fatores que acabam sendo agregados ao texto enquanto uma pessoa lê uma obra, fazendo com que ela seja única. O meu Harry Potter não é o mesmo da Elriowiel Aranel, nem o mesmo do Paganus, por exemplo. Porque eu não li na época em que foram publicados, porque li quando já era mais velha, porque li já tendo na bagagem o livro x, y e z de tema semelhante, por causa do gosto que tenho por magia, por causa de uma personagem que lembra alguem que eu conheço... e por aí vai. Nós somos únicos, e imprimimos no texto isso enquanto lemos. Mas a idade não é nem de longe um único fator.
"A arte reflete o espectador e não a vida", como bem já disse Wilde!
Cada um interpreta as histórias como melhor que convém.
Eu mesmo tenho um exemplo disso. Quando li O Hobbit pela primeira vez, adorei o livro, mas vi apenas a aventura, a diversão e os fatos que preludiam SdA.
Já na segunda vez que li, em um período diferente da vida (quando tinha acabado de me mudar pra SP, longe de casa e da família) me identifiquei com Bilbo e não vi nada de infantil em O Hobbit. Pelo contrário, vi uma história muito profunda sobre valores familiares, sociais e de amizade. E vi como alguém pode aprender e evoluir longe de casa. E meu carinho por O Hobbit foi bem maior a partir daí.

E HP eu nunca tive curiosidade de ler. Mas ainda tenho vontade. Quem sabe um dia?!
 
E HP eu nunca tive curiosidade de ler. Mas ainda tenho vontade. Quem sabe um dia?!

E somos dois

E nada justo que deixar a pergunta aberta, mas sem comprometimento imediato, porque é ruim fazer algo sobre pressão (que no meu caso é muito forte por causa de irmã fanática)

mas tudo tem sua hora. É isso aí!
 

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