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Programa DarwinTunes analisa como a música surge a partir do barulho

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Software criado por pesquisadores ingleses vê a seleção natural dos sons.
Assim como na reprodução sexual, 'filhos' das melodias sofrem mutações.[/h]

Pesquisadores do Imperial College de Londres desenvolveram um programa de computador chamado DarwinTunes para estudar como a música evolui no mundo da seleção natural e descobriram que o que antes era ruído pode se tornar um som agradável, com algumas adaptações.

O resultado do estudo foi divulgado esta semana na versão online da revista “Proceedings of National Academy of Sciences”, publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

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De Mozart a Beatles (foto de Paul McCartney e John Lennon), o programa DarwinTunes mostra como a música evolui, passando de ruídos para padrões sonoros agradáveis (Foto: Mike Mitchell/Reprodução)​

Segundo o bioinformático Robert MacCallum, principal autor do trabalho, a música – de Mozart a Beatles – evolui à medida que os ouvintes se acostumam com sons que, inicialmente, parecem estranhos ou até chocantes. E, assim que uma melodia se torna agradável demais ou tendência, os artistas procuram atacar em novas direções para inovar e emocionar.

O DarwinTunes produz sequências de oito segundos de sons gerados aleatoriamente, a partir de uma base de dados com “genes” digitais. Em um processo semelhante ao que ocorre na reprodução sexual, as alças trocam pedaços de código genético para gerar “filhos”. Mutações surgem enquanto esse novo material é inserido. As alças “filhas” retêm a qualidade do som, a agudeza e o ritmo dos “pais”, mas com um material adicional único.

No mundo natural, o DNA de dois pais não é transmitido aos descendentes ao acaso: a criança recebe uma cópia de cada gene dos progenitores, que funciona quando, onde e como devem.

De acordo com MacCallum, a experiência não traça um retrato real de como a música muda naturalmente, com novos e estranhos padrões sonoros que são considerados satisfatórios e até se tornam comuns. Uma explicação, segundo o pesquisador, é que são os compositores e os letristas que determinam o que as pessoas ouvem, e o público se acostuma com isso.

"Um único usuário que gira botões para conseguir um som agradável é como um criador de cães de uma raça pura selecionando características particulares. E o programa não evidencia como a música evolui no mundo exterior, como as pessoas a ouvem, passam adiante e recomendam aos amigos”,
diz MacCallum.

Ele e os colegas adaptaram o programa para ser acessado online por quase 7 mil participantes, que classificaram cada alteração de som em uma escala de cinco pontos: desde "não posso suportar" até "amo".

Em uma experiência musical de sobrevivência do mais apto, os trechos mais marcados passaram a se emparelhar com outros e a se replicar. Cada geração resultante foi avaliada novamente. Depois de cerca de 2.500 gerações de alterações de som, o que começou como uma “cacofonia” de barulhos evoluiu para linhagens agradáveis de música.

"A evolução da música levou à criação de sons agradáveis e jingles, mas que não precisam necessariamente comover todo mundo",
afirma o pesquisador. Ele acrescenta que a reprodução computadorizada também tem seus limites. Por exemplo, uma música não se torna mais bonita por tempo indeterminado: ela atinge um patamar em que permanece estável, em um nível inofensivo. É um "efeito platô" dos sons.

Agora, o DarwinTunes deve fazer uma experiência de forma mais controlada e poderá produzir músicas ainda mais interessantes, de acordo com MacCallum. No futuro, os pesquisadores esperam permitir que até 1 milhão de usuários se cadastrem e participem do programa.

"Ter uma grande quantidade de pessoas ajudará a música a evoluir muito mais rápido"
destaca o autor do estudo.

Fonte
 
A seleção é provavelmente a força evolutiva menos difícil de entender, representar e rastrear pelo computador ou sistemas de busca da internet. É como colocar zero ou um. Já as outras forças são um terror para se representar e detectar (mutação, recombinação e divergência). Por isso, o computador sempre corre risco de interpretar uma das 3 como erro e não como parte do programa. Segundo o que foi escrito no texto...

funciona quando, onde e como devem

Depreende-se que o simulador em questão observa uma minúscula (e põe minúscula nisso) área da evolução no âmbito desses 3 fatores, que apesar de tudo dá para ensinar algumas coisas muito interessantes.

Considerando que a música seja um programa, e mais que isso que falemos em música no cérebro (ou dos seus efeitos e semelhanças com um ser vivo). A música é interpretada como mensagem por qualquer tipo de sistema (incluindo o nervoso).

Quando a mensagem é enviada precisa atravessar infinitos filtros até que o receptor escolha. A seleção se dá em um desses filtros, por exemplo:

Daqueles que ouvem a mensagem uma parte não tem bons ouvidos. Daqueles que possuem bons ouvidos uma parte não é boa ouvinte e não chega a prestar atenção até o fim. Dos que ouvem até o fim uma parte não está pronta para intepretar. Dos que podem interpretar uma parte não aceita ou erra na hora de interpretar.

Aquele visualizador com aquelas exibições coloridas do programa de música Windows Media Player também é um simulador que descreve uma parte da evolução da música. É como uma caixa de areia que muda de forma sob influencia das ondas sonoras. Colocando mais fatores na música, por exemplo adicionando outra caixa de areia com outra música cria um filtro novo e assim por diante. Dá para colocar muitos filtros. Curiosamente, a Inglaterra é muito fértil na área da música.
 
Última edição:
Muito legal, principalmente a parte dos sons gerados automaticamente.

Existem jogos, amadores, que utilizam algoritmos que geram trilhas sonoras simples.

Geralmente essas trilhas sonoras são iguais as dos jogos da época dos 8 bits :D.
 

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