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Professor manda estudante “voltar à África” e “clarear sua cor”

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Pessoal!

Segue abaixo um relato que aconteceu em uma universidade do Nordeste brasileiro.

Logo depois da matéria há um abaixo assinado para quem queira registrar seu protesto contra tais atitudes.

Também há uma carta de retratação do professor com relação ao ocorrido.

Leia a matéria abaixo:

Professor manda estudante “voltar à África” e “clarear sua cor”

CARTA ABAIXO-ASSINADO



Nós, estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, matriculados na disciplina Cálculo Vetorial, informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos da turma. Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a nota de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que “tirou uma péssima nota”; por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria “voltar à África” e que deveria “clarear a sua cor”; em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição “está tudo errado” e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão “no cu”; disse que o colega é péssimo aluno por que “somos de mundos diferentes” e que “aqui diferente da África somos civilizados” inclusive perguntando “com quantas onças já brigou na África?”. Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso.

Favor divulgar em todas as redes pois o que está acontecendo aqui é comum em outras Instituições.


Cristina Miranda

Coordenadora do CEN/MA

Abaixo assinado

Retratação pública do professor

Fonte: http://racismoambiental.net.br/2011...udante-“voltar-a-africa”-e-“clarear-sua-cor”/


http://racismoambiental.net.br/
 
Última edição:
E esse... Ignorante chegou a professor federal? Desde quando tem onça na África? Ele não tem muita moral pra falar que ninguém é mau aluno depois dessa, sem falar que é racista, quer prova maior de ignorância que essa?
 
E esse... Ignorante chegou a professor federal?

Diploma nunca conferiu carater a ninguém, infelizmente. O cara está com o blá blá blá de que foi mal interpretado e etc e tal, mas há o testemunho dos alunos. Enfim, o caso todo tem de ser apurado e o cara punido se for culpado.
 
LEI Nº 7.716 - DE 5 DE JANEIRO DE 1989 – DOU DE 6/1/89

Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor.

(...)

Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

Em mais esse caso abjeto seria só cumprir a Lei, coisa que infelizmente é a mais difícil nesta terra...
 
Pergunta número um: Isso ai é verdade mesmo?

Parcialmente e de forma interpretativa. O Professor respondeu:

O professor do Curso de Engenharia Química da UFMA, José Cloves Saraiva, acusado de se referir com termos racistas ao estudante nigeriano Nuhu Ayuba, 21 anos, conforme relatado aqui, encaminhou nota ao blog se retratando publicamente das declarações.
Segundo os colegas de Ayuba, Saraiva humilha o estudante “bradando em voz alta que tirou uma péssima nota”, dizendo que “deveria voltar à África” e “clarear sua cor”. Tem dito ainda que Ayuba é péssimo aluno “porque somos de mundos diferentes e aqui, diferente da África, somos civilizados”.
O professor diz que houve interpretação “certamente dúbia” de suas palavras por parte do estudante. Leia:
RETRATAÇÃO PÚBLICA
José Cloves Verde Saraiva, professor associado III da UFMA, vem mui respeitosamente pedir desculpas públicas à interpretação, certamente dúbia, do aluno nigeriano NUHU AYUBA, que durante as aulas de Cálculo Vetorial, no curso de Engenharia Química da UFMA, sentiu-se ofendido, e vem esclarecer este engano nos três itens seguintes:
1. Ao perguntar o seu nome não houve qualquer sentido jocoso, visto que sua pronúncia no seu idioma induz isto no nosso e que foi esclarecida por ele mesmo como o equivalente deste a NOÉ JOSUÉ.
2. Em conversa particular, referir-me ao Prêmio Nobel Nigeriano W.Soyinka sobre a frase “UM TIGRE NÃO DEFINE TIGRITUDE. UM TIGRE SALTA!” Quando me referi aos LEÕES AFRICANOS, que nas dificuldades de todo estrangeiro para o entendimento subjetivo de acusações preconceituais, esta não induz isso, pois sou também de cor parda, assim como os meus familiares, e durante toda minha existência jamais proferiria tal insulto, principalmente para aluno.
3. Já referir-me em classe que “ser universitário é muita responsabilidade” e é costume dos alunos novatos (calouros) usarem as dependências da universidade para outros fins fora do contexto educacional. Reclamei a você e aos outros colegas que não compareciam às aulas, nem fizeram os exercícios e, principalmente você, não compareceu ao PRÉ-TESTE e nem fez a sua 1ª Avaliação, além disso, não fez o PRÉ-TESTE da 2ª Avaliação, nem as suas notas de aula no caderno desta disciplina foram escritas e apresentadas até hoje. É lamentável! Faço o meu dever de professor cobrando o bom entendimento da disciplina, tendo formado excelentes alunos durante todo esse tempo, veja que a maioria dos seus colegas de classe cumpriram seus deveres e a turma passada não teve problemas deste tipo. Embora sabendo que você tem suas dificuldades naturais, como qualquer estrangeiro, deveria pelo menos se explicar, evitando interpretações errôneas sobre o seu atual comportamento como estudante da UFMA.
Firmo-me nestes termos públicos e receptivo a quaisquer outros esclarecimentos.

http://cenbrasil.blogspot.com/2011/07/professor-acusado-de-racismo-pede.html
 
Respostas vagas, calcadas em mera burocracia acadêmica. Falou muito e não disse nada.

Encaminhei os links e o abaixo-assinado às listas do DCE Unesp-Fatec e entidades do meu campus, que certamente propagarão esse caso revoltante.
 
pois é, é dificil acreditar, mas ainda tem muita gente assim no mundo
a mentalidade preconceituosa é dificil mudar e sempre vai existir, seja com mulheres, com negros, com gays, com emos, com grupos religiosos, enfim, sempre tera uma classe em minoria que sofrerá preconceitos
hoje a mulher brigou pelo seu espaço na sociedade, e foram longos anos até diminuir o preconceito, mas mesmo assim não tem como dizer que opreconceito deixou de existir
e assim é com todas essas classes que sofrem esse preconceito, aos poucos as coisas vão melhorando, mas ai então surge uma nova classe que sofrerá com isso, pois a sociedade esta em constante mudança, sempre surgindo novas classes, outras assumindo o poder, e o preconceito sempre vai existir, não importa contra quem
 
Última edição:
Respostas vagas, calcadas em mera burocracia acadêmica. Falou muito e não disse nada.

Encaminhei os links e o abaixo-assinado às listas do DCE Unesp-Fatec e entidades do meu campus, que certamente propagarão esse caso revoltante.

... o qual nem sabemos se é verdade, uma vez que é só palavra contra palavra.

Que tal a gente parar de gastar tempo e energia com essas coisas da Internet até que algo seja provado?
 
Ahhhh, ninguém sabe o que levou o professor a isso. Por mais que suas palavras sejam TOTALMENTE erradas, ninguém sabe realmente o contexto.
Sem contar que já temos MUITOS casos de professores agredindo verbalmente alunos, é fácil julgar. Mas ninguém vê que todos esses professores estão há pelo menos TRÊS longos anos tentando umas férias justamente para se desestressar, e NINGUÉM tem consideração por eles.
Professor sofre estress pra caramba, falta de respeito pra caramba, ganha mal PRA CARAMBA. Tem uma hora que entra em parafuso, e dependendo da provocação do aluno, fala coisas totalmente impróprias e irreais.
Só acho que é muito fácil julgar e fazer escarcéu em cima. Se foi de forma leviana que ele foi preconceituoso, ele que se exploda. Mas certeza mesmo, ninguém tem pra saber se foi exatamente assim.
 
pois é, isso tambem deve ser avaliado
muitos já foram os casos que foram condenados pela imprensa, e depois de descoberto a verdade absolvida pela justiça
acho que o mais recente foi a escola acusada de pedofilia, a imprensa destruiu a imagem da escola, e depois descobriram que a mãe da criança tinha mentido e a escola foi absolvida na justiça
se não me engano uns 5 meios de comunicação foram condenados a pagar mais de 1 milhão em indenização pra escola por causa disso
 
pois é, isso tambem deve ser avaliado
muitos já foram os casos que foram condenados pela imprensa, e depois de descoberto a verdade absolvida pela justiça
acho que o mais recente foi a escola acusada de pedofilia, a imprensa destruiu a imagem da escola, e depois descobriram que a mãe da criança tinha mentido e a escola foi absolvida na justiça
se não me engano uns 5 meios de comunicação foram condenados a pagar mais de 1 milhão em indenização pra escola por causa disso

É um bom exemplo, mas ela não é recente. Já tem ai 16 anos. O Caso da Escola de Base em 1994.
Mas depois desse caso, a maioria dos escandalos sem provas foram tomar cuidado com as palavras. Pois existe ai um punhado de palavras que você "pode" usar, que você não ta acusando a pessoa. Mas se for inserido num texto bem malicioso, não ta adiantando porcaria nenhuma.
O problema são os maus profissionais que ainda se dizem "jornalistas".... affffff
 
bom, então utilizando dessa vez exemplos recentes, o caso do goleiro bruno, nada foi provado contra ele, mas por causa do escandalo que a midia fez, ele esta agora preso
 
Se a pergunta é, se alunos de uma Universidade Federal, a nata da juventude Brasileira, certamente os mais responsáveis e preparados de sua geração hesitariam, em uma situação hipotética, em difamar e destruir a carreira de um Professor porque não acham ele camarada o suficiente ou porque ele é demasiado severo, a resposta sem nenhuma dúvida é SIM.
 
bom, então utilizando dessa vez exemplos recentes, o caso do goleiro bruno, nada foi provado contra ele, mas por causa do escandalo que a midia fez, ele esta agora preso

Quer realmente comparar o caso de um corpo desaparecido e não encontrado, com algumas palavras ditas de má indole?

No caso da Escola de Base, o erro foi justamente esse, não havia provas, nem nada. Já no goleiro Bruno, a mulher AINDA esta sumida. As ameaças foram comprovadas... só que a justiça brasileira é aquela merda, sem corpo, sem prova.

Nesse caso é palavra contra palavra. E apenas isso, ninguém sumiu, não houve sangue. No máximo ai, alguns egos feriados. E é realmente acredito que alguns egos feridos filhinhos de papai que começaram a aumentar isso mais do que deveria.
 
Ahhhh, ninguém sabe o que levou o professor a isso. Por mais que suas palavras sejam TOTALMENTE erradas, ninguém sabe realmente o contexto.
Sem contar que já temos MUITOS casos de professores agredindo verbalmente alunos, é fácil julgar. Mas ninguém vê que todos esses professores estão há pelo menos TRÊS longos anos tentando umas férias justamente para se desestressar, e NINGUÉM tem consideração por eles.
Professor sofre estress pra caramba, falta de respeito pra caramba, ganha mal PRA CARAMBA. Tem uma hora que entra em parafuso, e dependendo da provocação do aluno, fala coisas totalmente impróprias e irreais.
Só acho que é muito fácil julgar e fazer escarcéu em cima. Se foi de forma leviana que ele foi preconceituoso, ele que se exploda. Mas certeza mesmo, ninguém tem pra saber se foi exatamente assim.

Você está falando de professores da rede pública de ensino básico (fundamental e médio), e o caso foi numa universidade federal. São realidades muito diferentes, professor de universidade pública ganha muito bem, tem todo o aparelho burocrático dentro da universidade ao seu favor e não tem esse problema de férias.
 
Se a pergunta é, se alunos de uma Universidade Federal, a nata da juventude Brasileira, certamente os mais responsáveis e preparados de sua geração hesitariam, em uma situação hipotética, em difamar e destruir a carreira de um Professor porque não acham ele camarada o suficiente ou porque ele é demasiado severo, a resposta sem nenhuma dúvida é SIM.

Isso é bem verdade.
Aconteceu na minha facul no 1º ano.

Dois alunos preguiçosos faltaram a TODAS as aulas. Foram mal pra caramba nas provas e depois convenceram a sala toda a se voltar contra o prof. dizendo que ele não tinha dado a matéria. Isso porque a maioria foi mal por não se dedicar porque achavam a matéria "chata" e, ainda no achismo, se recusavam a prestar atenção na aula e respeitar o prof. sob alegação de que a matéria "não tinha nada a ver com o curso".
A real? É que eles não entenderam nem se esforçaram pra entender a matéria.
Nessa época eu era representante de classe... Quando o coordenador veio me procurar pra esclarecer eu disse que era tudo mentira e tinha minhas anotações e minhas notas pra provar que o prof. tinha feito seu trabalho corretamente.
Conseguiram tirá-lo da nossa turma e colocar o substituto, mas - ainda bem - não conseguiram fazê-lo ser despedido.
Mas ele que era coordenador e prof. da maioria dos cursos de exatas pegou trauma dos cursos de comunicação por causa de dois babacas filhinhos de papai!

Quanto ao caso do tópico, eu não faria um comentário sem ter presenciado as situações, justamente porque podem ser muito ambíguas.
 

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