Haleth
Sweet dreams
Bem, vou partir do específico para o geral,
Geralmente meus contos têm uma página, uma e meia, não costumo ir muito além disso. E enquanto escrevo, gosto de deixar o texto mais ou menos encaminhado em relação à escolha das palavras e estruturas frasais (considero isso muito importante num texto, e de certa forma, acho que condiciona muito a narrativa), não sei se por mania ou se por medo de perder o insight. Isso às vezes me atrasa no desenvolvimento da trama, mas... Ok.
Estou escrevendo um conto, sei o início e o fim, mas quanto mais escrevo, mais o meio ganha volume, densidade e rumos que não previa, é como se eu estivesse descobrindo a história, em vez de inventá-la, rs. Esse conto vai ultrapassar a página e meia com certeza. Além disso, estou narrando dois episódios ao mesmo tempo, e o que diferencia um do outro é só o tempo verbal (não sei se vou conseguir explicar sem mostrar o texto, mas enfim). Nunca tinha escrito assim antes, ao menos não que eu me lembre rapidamente. Ok.
A questão 1 é: no meu mundinho tudo está lindo, maravilhoso, coerente e claro, mas... como vou saber se realmente está? Já tentei deixar o texto dormir, mas enquanto não terminar de escrever, por mais que eu não o veja nem trabalhe nele, não consigo me distanciar. É meio mimimi, mas rola uma certa afeição pelo filho que está sendo gerado, se é que vcs me entendem.
E vem a 2: distanciar-se enquanto o texto não está pronto não atrapalha o processo criativo?
E a 3: o trabalho com as estruturas é coincidente com a escrita ou vem com a revisão? (óbvio que não to me comparando, oras, mas imagino como o Guimarães Rosa fazia isso. A estrutura dele é parte fundamental do texto. Será que ele primeiro rascunhava em "português corrente" e depois fazia aquelas loucuras todas? Não sei, acho que não faria muito sentido. Mas e esse "atraso" no desenvolvimento da trama, será que é mesmo prejudicial?)
Desculpa, galera, mas meus amigos do mundo offline não partilham desses questionamentos existenciais, a terapia tem mesmo que ser com vcs...
Geralmente meus contos têm uma página, uma e meia, não costumo ir muito além disso. E enquanto escrevo, gosto de deixar o texto mais ou menos encaminhado em relação à escolha das palavras e estruturas frasais (considero isso muito importante num texto, e de certa forma, acho que condiciona muito a narrativa), não sei se por mania ou se por medo de perder o insight. Isso às vezes me atrasa no desenvolvimento da trama, mas... Ok.
Estou escrevendo um conto, sei o início e o fim, mas quanto mais escrevo, mais o meio ganha volume, densidade e rumos que não previa, é como se eu estivesse descobrindo a história, em vez de inventá-la, rs. Esse conto vai ultrapassar a página e meia com certeza. Além disso, estou narrando dois episódios ao mesmo tempo, e o que diferencia um do outro é só o tempo verbal (não sei se vou conseguir explicar sem mostrar o texto, mas enfim). Nunca tinha escrito assim antes, ao menos não que eu me lembre rapidamente. Ok.
A questão 1 é: no meu mundinho tudo está lindo, maravilhoso, coerente e claro, mas... como vou saber se realmente está? Já tentei deixar o texto dormir, mas enquanto não terminar de escrever, por mais que eu não o veja nem trabalhe nele, não consigo me distanciar. É meio mimimi, mas rola uma certa afeição pelo filho que está sendo gerado, se é que vcs me entendem.
E vem a 2: distanciar-se enquanto o texto não está pronto não atrapalha o processo criativo?
E a 3: o trabalho com as estruturas é coincidente com a escrita ou vem com a revisão? (óbvio que não to me comparando, oras, mas imagino como o Guimarães Rosa fazia isso. A estrutura dele é parte fundamental do texto. Será que ele primeiro rascunhava em "português corrente" e depois fazia aquelas loucuras todas? Não sei, acho que não faria muito sentido. Mas e esse "atraso" no desenvolvimento da trama, será que é mesmo prejudicial?)
Desculpa, galera, mas meus amigos do mundo offline não partilham desses questionamentos existenciais, a terapia tem mesmo que ser com vcs...