Bellcross
Ei, Ó o Auê aí ó !
Os fãs de mangá (forma como os quadrinhos são conhecidos no Japão) e HQ`s terão uma boa surpresa, quando forem às livrarias : depois de lançar toda a saga de Gen - Pés Descalços (um marco das HQs nipônicas), a Conrad Editora lançou no Brasil Preto e Branco, de Taiyo Matsumoto. O autor é um legítimo representante da nova geração dos quadrinhos japoneses.
Seu traço desafia o famoso "estilo mangá". Os seus personagens, ao contrário do que acontece na maioria das HQs orientais, apresentam olhos puxados e sua narrativa mostra influências dos quadrinhos americanos e europeus. O resultado final, especialmente no que tange ao visual das páginas, é incrível.
O livro conta a história de dois garotos - Preto e Branco. Órfãos, eles vivem nas ruas de Treasure Town. No entanto, estão longe de serem considerados indefesos. Eles podem voar e possuem força incomum. São os "donos da cidade". Todos os temem e querem seu lugar: Yakuza (a máfia japonesa), grupos rivais e até cultos religiosos. E não medirão esforços para isso!
A história é uma interessante ficção, que mescla elementos de Peter Pan com o Cavaleiro das Trevas (o clássico de Frank Miller que, na década de 80, revigorou o Batman), construindo uma história realista e empolgante.
Preto é o "líder" da dupla. Frio, determinado e extremamente poderoso, não tem medo de nada e adora desafios. Já Branco, apesar da força e agilidade, tem um retardamento mental, compensado por um dom de premonição bastante útil, por causa das encrencas em que ambos estão sempre se metendo.
Eles estão longe de serem heróis. Como garotos de rua que são, não hesitam em roubar e cometer pequenos delitos para satisfazer suas necessidades. Eles têm o seu próprio código de ética: fazem o que acham certo, e pronto! No entanto, como seus feitos são muito alardeados em Treasure Town, as organizações criminosas da cidade decidem ir à sua caça.
Nas páginas do livro, Matsumoto usa Preto e Branco para contar uma história bizarra e violenta, uma crítica social em forma de quadrinhos. Sua arte é admirável. Mesclando tons claros e escuros com extrema competência, utilizando "tomadas de câmeras" (o ângulo de que o leitor vê a cena) ousadas e abusando da criatividade na diagramação dos quadrinhos, ele confere à história o ritmo exato imposto pelo roteiro.
Taiyo Matsumoto fez outras séries de mangá, como Ping Pong e Zero, que era específico sobre boxe (no Japão, a segmentação dos quadrinhos é tão grande que há publicações para os públicos mais inusitados).
Para o leitor brasileiro, em especial, a escolha dos nomes dos protagonistas da história não poderia ser mais adequada. Afinal, por aqui, quando se vai "acertar as contas" com alguém, não se diz que está na hora de colocar "o preto no branco"? Evidentemente, essa não foi a intenção do japonês Taiyo Matsumoto, mas ao término da leitura, depois de ver do que os dois garotos são capazes, essa correlação, definitivamente, passa a fazer sentido.
Então leiam, pois vcs não sabem o que estão perdendo... Preto & Branco são simplesmente as melhores "HQ`s" que eu já lí na minha vida !!!!!
Mais comentários em : http://www.underweb.com.br/artigos.asp?cod=329
Seu traço desafia o famoso "estilo mangá". Os seus personagens, ao contrário do que acontece na maioria das HQs orientais, apresentam olhos puxados e sua narrativa mostra influências dos quadrinhos americanos e europeus. O resultado final, especialmente no que tange ao visual das páginas, é incrível.
O livro conta a história de dois garotos - Preto e Branco. Órfãos, eles vivem nas ruas de Treasure Town. No entanto, estão longe de serem considerados indefesos. Eles podem voar e possuem força incomum. São os "donos da cidade". Todos os temem e querem seu lugar: Yakuza (a máfia japonesa), grupos rivais e até cultos religiosos. E não medirão esforços para isso!
A história é uma interessante ficção, que mescla elementos de Peter Pan com o Cavaleiro das Trevas (o clássico de Frank Miller que, na década de 80, revigorou o Batman), construindo uma história realista e empolgante.
Preto é o "líder" da dupla. Frio, determinado e extremamente poderoso, não tem medo de nada e adora desafios. Já Branco, apesar da força e agilidade, tem um retardamento mental, compensado por um dom de premonição bastante útil, por causa das encrencas em que ambos estão sempre se metendo.
Eles estão longe de serem heróis. Como garotos de rua que são, não hesitam em roubar e cometer pequenos delitos para satisfazer suas necessidades. Eles têm o seu próprio código de ética: fazem o que acham certo, e pronto! No entanto, como seus feitos são muito alardeados em Treasure Town, as organizações criminosas da cidade decidem ir à sua caça.
Nas páginas do livro, Matsumoto usa Preto e Branco para contar uma história bizarra e violenta, uma crítica social em forma de quadrinhos. Sua arte é admirável. Mesclando tons claros e escuros com extrema competência, utilizando "tomadas de câmeras" (o ângulo de que o leitor vê a cena) ousadas e abusando da criatividade na diagramação dos quadrinhos, ele confere à história o ritmo exato imposto pelo roteiro.
Taiyo Matsumoto fez outras séries de mangá, como Ping Pong e Zero, que era específico sobre boxe (no Japão, a segmentação dos quadrinhos é tão grande que há publicações para os públicos mais inusitados).
Para o leitor brasileiro, em especial, a escolha dos nomes dos protagonistas da história não poderia ser mais adequada. Afinal, por aqui, quando se vai "acertar as contas" com alguém, não se diz que está na hora de colocar "o preto no branco"? Evidentemente, essa não foi a intenção do japonês Taiyo Matsumoto, mas ao término da leitura, depois de ver do que os dois garotos são capazes, essa correlação, definitivamente, passa a fazer sentido.
Então leiam, pois vcs não sabem o que estão perdendo... Preto & Branco são simplesmente as melhores "HQ`s" que eu já lí na minha vida !!!!!


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