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Preso em Montreal maluco que ameaçava ateus e céticos desde 1993

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
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Dennis Markuze (David Mabus)

Começo da década de 1990. Dennis Markuze, um canadense de Montreal aficcionado em Nostradamus, lê nas previsões deste profeta as iniciais “D.M.” no texto em francês, que nada mais são que uma forma alternativa do “d.C.” ou “A.D.” indicativos de eras históricas, e fica impressionado que são suas iniciais. Dennis acredita ser parte da profecia, ao que parece, e, pelo mesmo raciocínio, acredita que a banda Depeche Mode tem algo a ver com isso.

Por isso, quando aconteceram os ataques ao World Trade Center em 2001, Dennis logo alegou que o clipe do Depeche Mode gravado no topo das torres gêmeas era uma profecia do ataque, e tenta convencer a Fundação Educacional James Randi de que merecia um milhão de dólares por este feito místico. James Randi, é claro, não ficou nada impressionado com a “profecia”. Aparentemente, este e outros episódios de encontro com o ceticismo fizeram Dennis odiar profundamente todos os ateus e céticos. Ele adotou então o pseudônimo de David Mabus – o sobrenome também vem das profecias de Nostradamus, diz-se ser do suposto nome do Anticristo.

Desde 1993 “Mabus” passa a mandar spam de manifestos de ódio ao ateísmo e ao ceticismo para o evolucionista P. Z. Myers, e desde então não parou de fazer a mesma coisa contra todo ateu e cético que encontrasse, notório ou não. Carl Zimmer, Michael Shermer, Rebecca Watson, Phil Plait, James Randi, quase todos os céticos anglófonos e divulgadores de ciência notáveis receberam o longo manifesto e as ameaças de Markuze, que se tornaram uma cruzada de contas falsas e spam na era Twitter. Em 1995, Markuze cogita numa mensagem plantar uma bomba em algum prédio governamental – felizmente não executa o plano.

Em outubro de 2010, mostra que leva a coisa muito mais a sério do que se imaginava, indo à conferência de P. Z. Myers num encontro de ateus da AAI em Montreal, onde tiraram a foto que acompanha este post. “Acreditem”, disse ‘Mabus’ num fórum humanista canadense, “a única razão pela qual a foto está disponível é que eu queria isso. É uma foto lisonjeira, com o dedo em riste eu digo ‘Tenho que acabar com esses idiotas!’”

Entre outras coisas, Markuze ameaçava decapitar os ateus para que aprendessem o real valor da crença. Muitos o denunciavam à polícia de Montreal, mas nada acontecia. Michael Shermer pediu uma ordem de restrição, Phil Plait até telefonou para o delegado. Mas foi apenas depois da investigação de Tim Farley (criador do WhatsTheHarm.net), depois de uma ameaça ao jornalista montrealense William Raillant-Clark – que conseguiu que a imprensa local finalmente cobrisse o caso – e depois de uma petição do site de ativismo Change.org que a polícia montrealense abriu uma investigação, levando à prisão de Dennis Markuze, 36, ontem (17/08).

Farley acredita que a prisão não teria sido possível se não fosse a praticidade do Twitter. O cético colaborou com a polícia fornecendo as evidências de que Markuze ameaçava céticos pela internet há pelo menos 18 anos. É bem possível que a comunidade cética, agora unida graças à internet, tenha evitado que este se tornasse outro caso de ataque terrorista crédulo como o de Anders Behring Breivik em Oslo e Utoya.

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