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Presidente do Sinditaxi: pobre não usa táxi e Uber só faz sucesso devido à vaidade

Aproveitando pra compartilhar uma curiosidade que postei no fb também:

O Uber de 1911
A imagem mostra o Teatro Municipal e a praça da República no começo da década de 1910. Até aí, nada demais: a internet está cheia de fotos desses dois locais tiradas nessa mesma época. O que torna estas duas fotos interessantes, no entanto, é que nelas aparecem os primeiros táxis da cidade, parados à espera de passageiros. É a frota da Companhia Auto-Taxímetros Paulista, empresa fundada em 1910 para explorar o serviço em São Paulo.

sp taxis.jpg

A imagem é de um livro com mais de 1000 páginas pulicado em 1913, organizado por um certo Reginald Lloyd e intitulado “Impressões do Brazil no Século Vinte: Sua Historia, Seo Povo, Commercio, Industrias e Recursos”. A referência aos táxis aparece lá pela página 700, e eles são apresentados como uma grande inovação:

“A história da fundação e desenvolvimento da companhia desperta real interesse, pois que representa a introdução de uma ideia nova e o seu completo êxito. Atualmente, tem a companhia 62 automóveis-taxímetros (…) e o número dos veículos cresce de dia para dia, com as contínuas aquisições que faz a empresa. (…) Para mostrar a grande aceitação que encontram os carros da companhia, basta dizer que estão em serviço contínuo, por assim dizer, noite e dia. O estabelecimento tem uma escola de choferes, e estes, para entrar no serviço da companhia, têm de passar por um exame rigoroso, com provas minuciosas e práticas. As oficinas da companhia são montadas com os mais modernos maquinismos e utensílios para construção de automóveis e seu reparo. Em suas diversas seções, emprega a empresa 150 homens. O enorme desenvolvimento que tiveram os serviços da companhia em 1911 tornou necessário o aumento do edifício em que se achava instalada. Tanto a garagem como as oficinas têm aspecto de limpeza e ordem perfeitas; os choferes da empresa são de uma cortesia que muito a recomenda. A garagem e oficinas da companhia ficam à Rua Conselheiro Nébias, 55 e 70, havendo, além disso, uma agência à Rua de São Bento, 21.”​

Outra referência a esses táxis aparece em “São Paulo de Meus Amores”, livro do jornalista Afonso Schmidt publicado em 1954:

“Naquele tempo, os automóveis começavam a aparecer. Eram, geralmente, de marcas francesas e italianas: Berliet, De Dion Button, Fiat, Benz… Ainda se pareciam com carruagens. Os primeiros táxis eram umas caixas negras, com lanternas vermelhas ao lado, e os primeiros choferes de praça, pensando talvez que se tratasse de embarcações, lhes davam nomes femininos: a ‘Elisa’, a ‘Laura’, a ‘Rosalina’… Tais nomes eram mandados gravar em chapas metálicas e afixados atrás da carroceria”.​

Mas nem tudo foi tranquilo, na introdução dos táxis em São Paulo. Em 25 de agosto de 1911, uma notícia d’O Estado de São Paulo relata que os cocheiros que viviam de transportar passageiros da estação da Luz não estavam recebendo nada bem os primeiros táxis que tentavam fazer ponto na porta da estação:

“Os cocheiros dos carros de praça que estacionam na estação da Luz não acolheram bem a concorrência que lhes vai fazer a nova companhia de Auto-transporte (…). No primeiro dia em que ali foram distribuídos vários automóveis, criou-se logo uma corrente de antipatias à nova empresa, e os cocheiros viram na conduta daquela empresa uma concorrência desleal e perniciosa”.​

Segundo o Estadão, os protestos dos cocheiros foram bastante violentos, com tumulto e “grande correria”. Cem anos depois, eu fico morrendo de dó de terem amassado a Elisa, a Laura e a Rosalina. E também fico pensando em como as polêmicas se repetem. Agora são os táxis que assumem o papel de vítimas, acusando o aplicativo Uber, inovação da vez, da mesma “concorrência desleal e perniciosa”.

(A imagem, assim como o trecho do livro “Impressões do Brazil no Século Vinte”, foram reproduzidos de novomilenio.inf.br)
 
Não entendi. Você quer que eu me manifeste sobre a opinião de Dilma ou sobre o post do Fëa? Que por sinal achei interessante, tinha passado direto nos meios das notificações.

Foi mal, fiz dois posts seguidos. É que você tinha deixado uma pergunta sobre os impostos e a imagem do Fea é no mínimo interessante.
 
Relatando minha primeira experiência com o Uber, ontem: estava com uns amigos num bar e na hora de ir para casa resolvemos chamar taxis. Nos dividimos em dois grupos, e acabou que enquanto o outro grupo chamou um carro pelo Easy Taxi, eu chamei um Uber. Na hora que o Uber chegou, o táxi estava logo atrás e eu pensei "iiiih, deu m...". O Uber parou, o táxi parou atrás, e cada grupo entrou no seu respectivo carro. Nada de mais aconteceu. Assim que entrei, perguntei pro motorista do Uber se tava tudo ok, porque ele havia chegado junto com o táxi e tal, e o cara me responde: "aah, tá tranquilo, o cara é meu amigo, a gente tava no mesmo ponto conversando quando vocês chamaram". E depois ele ainda me disse que ele também era taxista, mas que resolveu migrar para o Uber. Ótima surpresa.

O cara foi super gente boa, viemos batendo um papo sobre a questão do Uber em BH, ofereceu água e balas para todo mundo, e no fim das contas a corrida saiu mais barata do que um táxi: 32 reais, contra cerca de 35 que sairia em uma corrida de táxi em bandeira 1 e 40 reais em bandeira 2 (que seria o caso, já que era madrugada).

Enfim, a experiência foi boa, e certamente vou voltar a usar o serviço.
E quem dera a relação entre taxistas e motoristas do uber fossem todas pacíficas como a desses dois.
 
Hoje em Sampa tá rolando protesto dos taxistas contra o Uber, além de votação de projeto contra ele na câmara dos vereadores.
 
uber2.jpg
Parabéns, São Paulo, por proibir o Uber.
** Posts duplicados combinados **
Relatando minha primeira experiência com o Uber, ontem: estava com uns amigos num bar e na hora de ir para casa resolvemos chamar taxis. Nos dividimos em dois grupos, e acabou que enquanto o outro grupo chamou um carro pelo Easy Taxi, eu chamei um Uber. Na hora que o Uber chegou, o táxi estava logo atrás e eu pensei "iiiih, deu m...". O Uber parou, o táxi parou atrás, e cada grupo entrou no seu respectivo carro. Nada de mais aconteceu. Assim que entrei, perguntei pro motorista do Uber se tava tudo ok, porque ele havia chegado junto com o táxi e tal, e o cara me responde: "aah, tá tranquilo, o cara é meu amigo, a gente tava no mesmo ponto conversando quando vocês chamaram". E depois ele ainda me disse que ele também era taxista, mas que resolveu migrar para o Uber. Ótima surpresa.

O cara foi super gente boa, viemos batendo um papo sobre a questão do Uber em BH, ofereceu água e balas para todo mundo, e no fim das contas a corrida saiu mais barata do que um táxi: 32 reais, contra cerca de 35 que sairia em uma corrida de táxi em bandeira 1 e 40 reais em bandeira 2 (que seria o caso, já que era madrugada).

Enfim, a experiência foi boa, e certamente vou voltar a usar o serviço.
E quem dera a relação entre taxistas e motoristas do uber fossem todas pacíficas como a desses dois.

E como é definido o valor da corrida?
 
Ver anexo 66578
Parabéns, São Paulo, por proibir o Uber.

43 a 3, pqp.
A esperança é o Haddad vetar.

E como é definido o valor da corrida?

Tarifa base + valor por km + valor por tempo.
O bacana é que vc recebe tudo discriminado certinho no e-mail, com o tempo e a distância percorrida, e os respectivos valores. Então fazendo as contas aqui, eu verifiquei que o valor do km foi de 2,174, e o valor do minuto foi de 0,30. E a tarifa base foi de 4,50.
 
@Fëanor (e @Grimnir, respondendo a sua provocação também), tava olhando aquela imagem que você me mandou sobre a diferença de taxas. Tem o seguinte: não foi considerado o valor altíssimo que os taxistas pagam para obter o alvará. Em Salvador, esse valor é de quase R$120 mil. Francamente, esse é o único ponto que ainda me deixa balançado na polêmica. Como consumidor, acho o Uber maravilhoso, só tenho a ganhar. Como cidadão com empatia por quem investiu muito no táxi - não porque não foi visionário, mas porque foi correto, obedecendo à legislação, que considera clandestina qualquer outra forma de transporte individual de passageiros -, acho uma questão bastante delicada.
 
Só que originalmente os alvará são sorteados. A compra e venda são resultado do mercado secundário criado pelos próprios taxistas em função da ineficiência originalmente criada pelo governo.
 
@Eriadan, além do que o @Grimnir mencionou, há outro aspecto a se levar em conta: o tempo.

Aquela diferença da imagem que eu postei é pontual. Como o taxista pode usufruir do benefício para trocar de carro a cada 2 anos (salvo engano, mas pelo que lembro é assim em várias cidades), então essa diferença pode se acumular a cada biênio. Por outro lado, os 120 mil do seu exemplo incidem apenas uma vez, diluindo-se no tempo. Pra ficar no exemplo da imagem, fiz as contas aqui, e o taxista pagaria em 2 anos, somando o valor do carro com as taxas, 49.338. Já o motorista do Uber pagaria 69.660. A diferença é de 20.322. Sem considerar efeitos de inflação, essa diferença seria equiparada monetariamente ao valor da licença após 6 biênios. Claro, esse é um exemplo específico e simples, mas vale para ilustrar essa questão temporal. Vale lembrar também que o taxista "pode" (com aspas, porque legalmente não pode, mas na prática é outra história) revender a licença comprada, às vezes por valor até superior ao que adquiriu, de forma que esse investimento não é totalmente perdido.
** Posts duplicados combinados **
e foi correto, obedecendo à legislação, que considera clandestina qualquer outra forma de transporte individual de passageiros

Isso volta ao ponto do artigo que eu linkei anteriormente: um serviço ainda não regulado pode ser considerado clandestino nesse caso?
 
Se o problema é o alvará, o caminho contrário poderia ser discutido entre os taxistas e cobrado por eles né? Dimuir o valor. Mas ninguém discute esse ponto.
 
Alguém tem um resumo, de preferência imparcial, de como ficou a regulamentação?

Se o problema é o alvará, o caminho contrário poderia ser discutido entre os taxistas e cobrado por eles né? Dimuir o valor. Mas ninguém discute esse ponto.
O problema é os que já pagaram (ou estão pagando).
 

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