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Notícias Prefeitura adia edital, mas pela 1ª vez mostra estudo vencedor do Pacaembu

Fúria da cidade

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Estádio do Pacaembu em projeto do Consórcio Novo Pacaembu, vencedor do PMI da prefeitura

A prefeitura de São Paulo adiou a abertura dos envelopes com as propostas a concessão do Complexo Esportivo do Pacaembu. O ato que encerra o edital internacional deveria ocorrer nesta quarta-feira, quase dois meses depois do lançamento do edital, mas foi adiado para 16 de agosto. Tudo para que a prefeitura adequasse o documento a apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).

O Olhar Olímpico tem uma sessão especial sobre o Pacaembu. Leia tudo sobre a concessão do estádio


Um desses apontamentos era a falta de clareza, no edital, com relação ao projeto vencedor do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Nesta etapa da concessão, a prefeitura recebeu estudos feitos por consórcios e empresas do ramo de gestão de arenas. O do Consórcio Novo Pacaembu, liderado pela Arena Assessoria de Projetos, foi considerado vencedor e deveria nortear o edital.
Mas, quando o edital foi publicado, em maio, o estudo teve pouco espaço. Tanto é que no caderno de encargos, consta que a demolição do Tobogã é “admissível'', assim como a construção de uma cobertura para o estádio. Parte pequena do estudo foi aproveitada.

Agora, após os apontamentos do TCM, porém, o estudo passa a fazer parte da documentação pública do edital (você pode acessá-lo aqui). É de lá que vem a imagem que ilustra essa reportagem. Pelo projeto do Consórcio Novo Pacaembu, o Tobogã seria demolido e daria lugar a uma área de convivência que ligaria os dois lados das arquibancadas. O setor também interligaria o estádio e o complexo poliesportivo, demanda dos conselhos de preservação do patrimônio histórico.

O estudo vencedor do PMI considera que as reformas obrigatórias do Complexo do Pacaembu vão custar R$ 53,6 milhões ao concessionário, sendo que só as obras no estádio passariam de R$ 30 milhões. Além disso, outros R$ 166 milhões precisariam ser gastos nas obras opcionais – o que não inclui cobertura, uma vez que isso não faz parte do projeto.

O valor é diferente do informado pela prefeitura. Em maio, ao Olhar Olímpico, a secretaria de Desestatização informou que a expectativa é de que as obras obrigatórias custem R$ 70 milhões e que, somando as opcionais, o investimento chegue a R$ 270 milhões.

No edital consta que o valor total do contrato é de R$ 647 milhões, considerando os valores estimados dos investimentos obrigatórios, dos custos operacionais obrigatórios, além da outorga fixa e variável. Será pela oferta de outorga fixa (luvas de contrato) que será escolhido o vencedor. O valor mínimo agora é de R$ 34,8 milhões, pagos em 10 parcelas, do quarto ao 13º meses de contrato. O que exceder isso precisa ser pago à vista, antes da assinatura.

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Pelo projeto do Consórcio Novo Pacaembu, Tobogã daria lugar a uma esplanada, que pode receber shows e eventos diversos

Receitas


Ainda que o Pacaembu tenha gerado uma renda de R$ 2,4 milhões à prefeitura no ano passado, entre aluguéis do estádio para jogos e de outras áreas, o Novo Pacaembu estima que possa arrecadar uma média de R$ 6,1 milhões ao ano só com o estádio. Para isso, fez uma projeção com oito jogos do Palmeiras por ano no Pacaembu, além de 10 do Santos, cinco do São Paulo e cinco de outros times. A ideia é cobrar 20% da renda bruta.

No total, o projeto vencedor do PMI estima que possa ter R$ 61 milhões anuais de receitas com o Pacaembu. Seriam R$ 19,8 milhões em locações para eventos, R$ 16,4 milhões com locações de áreas comerciais, R$ 13,2 milhões com marketing, R$ 4,8 milhões com estacionamento, R$ 4,5 milhões com venda de alimentos e bebidas e outros R$ 3 milhões com um clube de vantagens. Ao mesmo tempo, a manutenção do Pacaembu subiria para R$ 34 milhões ao ano – isso sem considerar o custo do novo empreendimento.

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Essa nova concepção de projeto pro Pacaembu me agradou bastante.

Originariamente, onde hoje é o "Tobogã" ali era uma Concha Acústica e se for demolido e feito um espaço pra grandes apresentações, ao menos o estádio não ficará fadado a ser um elefante branco.
 
Pacaembu "gourmet" tem músicas gringas, menu de cinema e sanduíche de R$ 45

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Pacaembu teve primeiro jogo profissional sob a direção da nova concessionária Imagem: Reprodução
José Edgar de Matos
Do UOL, em São Paulo (SP)
30/01/2020 04h00

Palmeiras e Oeste estrearam a nova era do estádio do Pacaembu entre os profissionais. A goleada do time de Vanderlei Luxemburgo, em duelo válido pela terceira rodada do Campeonato Paulista, marcou o primeiro compromisso do espaço sob a concessão da Allegra, que já promoveu mudanças na operação de jogo.

Quem assistiu ao confronto percebeu alterações nas opções de alimentação, principalmente. O serviço no setor das numeradas ficou a cargo do Cinemark, que levou a tradicional pipoca dos cinemas ao menu e colocou à venda um sanduíche de R$ 45,00. A brincadeira entre torcedores era que o antigo espaço municipal se tornou "gourmet".

Menu de cinema e sanduíche de R$ 45


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Menu de cinema e preços "salgados" no setor de cadeiras cobertas do Pacaembu
Imagem: UOL Esporte

A reportagem do UOL Esporte observou duas opções diferentes para o torcedor. No setor amarelo, a Allegra colocou à disposição do público uma lanchonete Bob's. Já na parte das cadeiras cobertas, o Cinemark assumiu a operação e colocou preços chamativos para o primeiro jogo de futebol profissional do espaço.

Um sanduíche de costela custava R$ 45,00 — com bebida, o combo saía por R$ 50,00. A combinação hot dog, batata frita e bebida, por outro lado, estava à venda por R$ 34,00. O copo d'água era disponível por R$ 6,00 e o refrigerante por R$ 8,00, enquanto a pipoca de cinema R$ 15,00.

Cadê "O meu, o seu, o noooooosso..."?


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As cadeiras azuis, incluindo do setor de imprensa, já possuem a nova identidade visual do Pacaembu
Imagem: UOL Esporte

Pela primeira vez desde 2010, uma partida de futebol profissional do Pacaembu não contou com a presença de Edson Sorriso como mestre de cerimônia. O bordão "o meu, o seu, o nosso Pacaembu" não soou antes e depois do jogo — apenas o locutor palmeirense teve espaço nesta quarta-feira. O então servidor público assistiu ao jogo com membros da Allegra e seguirá o trabalho com o consórcio nos próximos compromissos, segundo apurou o UOL Esporte.

Enfim, Wi-fi


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Separação de acrílico entre as cadeiras deixou de existir neste novo modelo do Pacaembu
Imagem: UOL Esporte

O setor de imprensa sofreu uma mudança estrutural importante. O wi-fi disponível funcionou, contrariando as experiências anteriores no estádio. A internet para os profissionais também se estendeu para o setor dos vestiários, devidamente repaginados com a nova marca do estádio. A separação de acrílico das cadeiras cobertas deixou de existir, o que foi elogiado pelos palmeirenses ouvidos pela reportagem.
Músicas gringas

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Telão com a identidade visual da concessionária e músicas internacionais dominando a programação
Imagem: UOL Esporte

Quem se acostumou a ir ao Pacaembu, sentiu falta das músicas nacionais nos alto falantes do estádio. A trilha sonora dominante foi o rock internacional, com bandas como Nirvana, Guns N'Roses, Led Zeppelin e até Blink 182. Composições em português, somente a mais cantada durante a noite: 'quando surge o alviverde imponente...'

Pacaembu e seu "naming right"

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Allegra Pacaembu: estádio agora tem o seu "naming right"
Imagem: UOL Esporte

A identidade visual do Pacaembu e o "nome" mudaram. No som, o espaço era anunciado como "Allegra Pacaembu", assim como no telão tradicional do estádio. A sala de imprensa e os vestiários também acabaram repaginados com o "naming right" do ex-espaço da prefeitura de São Paulo.
 
Parece que operacionalmente foi tudo muito bem, mas vi muitos reclamando dos preços, especialmente dos preços do estacionamento: módicos 70 reais.

Não dá para negar que a concessão traz uma gestão muito mais moderna ao estádio, mas espero que esses preços se ajustem com o tempo.
 
É fato que a concessionária em atividade exerce o direito de ver o seu investimento dar retorno o quanto antes.

Mas também é fato que o Pacaembu totalmente modernizado (como se vê na foto da notícia que coloquei no início do tópico) ainda não é uma realidade pronta e aí esses preços já são cobrados como se o novo estádio já estivesse pronto.

Aliás, pra começar essa modernização nem o Tobogã foi ainda demolido. Sobre ele a notícia mais recente que se tem é essa de ontem:
Justiça dá 72 horas para Prefeitura de São Paulo falar sobre demolição do tobogã no Pacaembu

O prazo foi dado após um pedido de suspensão do contrato de concessão realizado pelo MP-SP no fim do ano passado
 

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