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Preconceito literário

Eu tenho certo preconteito com os leitores e não com o gênero.
Esse negócio de querer defender a todo ponto a leitura é algo cansativo. Quem não gosta, continua não gostando. E quem gosta e defende, vai cansar a lingua e continuar gostando. Independente dos argumentos e independente dos lados que argumentam. Então é uma discução inútil. Se é inútil para que discutir?
 
Eu tenho certo preconteito com os leitores e não com o gênero.
Esse negócio de querer defender a todo ponto a leitura é algo cansativo. Quem não gosta, continua não gostando. E quem gosta e defende, vai cansar a lingua e continuar gostando. Independente dos argumentos e independente dos lados que argumentam. Então é uma discução inútil. Se é inútil para que discutir?

Por que o exercício da retórica alimenta o ego :D
 
Assim, na boa, nem vou ser hipócrita, não, só vou tentar demarcar a coisa: é meio difícil ter preconceito com leitura quando você é chamada de Melian, nick de um fórum baseado na obra de Tolkien, até em redes sociais nas quais a maioria das pessoas que você tem adicionadas nem sabe o que vem a ser Melian. O mesmo para Valentina, Katniss [e mais um trilhão de nicks que já usei pelas internerds].

Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, tenho preconceito com gente que GOSTA (percebam, não tô falando de gente que leu) de Cinquenta Tons de Cinza. Quem me conhece, minimamente, já sabe dos meus principais motivos e coisa e tal. Acho que as mulheres que se identificam com a Anastasia e gostam do Christian deveriam procurar tratamento psicológico. E falo muito sério.

Não gosto de Crepúsculo. Assim, não tenho vontade de ler, e muitos fãs me irritam (mas fãs das sagas de que eu gosto também me irritam. Já falei o que penso sobre fãs - eu inclusa- fã é uma merda). Não tenho preconceito com gente que leu e gostou de Crepúsculo, não. Adoro a Anica, o Abylos, etc.

Não tenho preconceito com quem lê Zibia. Já li, uns dois, acho, mas nunca li como "nossa, obra literária". Li porque sou MUITO curiosa em relação às religiões. Sempre curti dar umas olhadas nos trecos do espiritismo. (Sim, também gosto de me aventurar a conhecer Umbanda/Candomblé, e o fato de eu pesquisar literatura africana só aumentou a minha curiosidade).

Não tenho preconceito com quem gosta de Paulo Coelho (Lissa, espero que cê num tenha levado a mal minha implicância com ele. Porque isso não influencia em nada no fato de eu gostar pra caralho de você. Não curto muito o Paulete escritor, não, é verdade, mas eu sou #teamRaul, o que significa que eu gosto das canções que o Paulo compunha com o Raul.)

MARTHA MEDEIROS... nada contra quem lê, só não tente me convencer a gostar, porque acho MEDÍOCRE PRA CARALHO!. Etc.
 
Última edição por um moderador:
É, acho que é esse meu problema, não suporto as dscussões infindáveis sobre qual livro é o 'melhor'. Nas comparações entre Harry Potter e Senhor dos Aneis, por exemplo, eu adoto o 'não-comparacionismo'. "Não comparem, seus fdp, são obras completamente distintas." etc etc etc E tenho feito isso com SdA e Crônicas de Gelo e Fogo também. Mas eu me pergunto até que ponto isso é válido, isso é relativismo, covardia? Ou seria uma idiossincrasia minha? Acha que é um tanto de idiossincrasia porque nessas comparações GERALMENTE não se faz análise crítica das obras mas se faz evangelização de uma determinada obra ou autor e Inquisição contra obras que parecem lhes querer usurpar o trono. E eu mesmo faço isso, julgando Crepúsculo não? Meu julgamente é totalmente crítico? Acabo acreditando que todos somos bastante preconceituosos pelo simples fato de sermos humanos, ou seja, não termos a capacidade de sermos totalmente objetivos sobre NADA. Tudo que consumimos, lemos, jogamos, vemos está carregado de significado simbólico, inconsciente e isso afeta nossas vidas, nossa relação com o próximo e com o mundo e, inevitavelmente, seremos apóstolos de determinada obra e inquisidores de outras tantas.
 
É, acho que é esse meu problema, não suporto as dscussões infindáveis sobre qual livro é o 'melhor'. Nas comparações entre Harry Potter e Senhor dos Aneis, por exemplo, eu adoto o 'não-comparacionismo'. "Não comparem, seus fdp, são obras completamente distintas." etc etc etc E tenho feito isso com SdA e Crônicas de Gelo e Fogo também. Mas eu me pergunto até que ponto isso é válido, isso é relativismo, covardia? Ou seria uma idiossincrasia minha? Acha que é um tanto de idiossincrasia porque nessas comparações GERALMENTE não se faz análise crítica das obras mas se faz evangelização de uma determinada obra ou autor e Inquisição contra obras que parecem lhes querer usurpar o trono. E eu mesmo faço isso, julgando Crepúsculo não? Meu julgamente é totalmente crítico? Acabo acreditando que todos somos bastante preconceituosos pelo simples fato de sermos humanos, ou seja, não termos a capacidade de sermos totalmente objetivos sobre NADA. Tudo que consumimos, lemos, jogamos, vemos está carregado de significado simbólico, inconsciente e isso afeta nossas vidas, nossa relação com o próximo e com o mundo e, inevitavelmente, seremos apóstolos de determinada obra e inquisidores de outras tantas.

É exatamente por isso que coloquei como "discussão inútil" , a maioria dos argumentos não são baseados na obra em si e sim no gosto do indivíduo argumentador, oque pela lógica perde toda a razão. Então nem a retórica é desenvolvida, só o ego que é massageado mesmo.
 
É, acho que é esse meu problema, não suporto as dscussões infindáveis sobre qual livro é o 'melhor'. Nas comparações entre Harry Potter e Senhor dos Aneis, por exemplo, eu adoto o 'não-comparacionismo'. "Não comparem, seus fdp, são obras completamente distintas." etc etc etc E tenho feito isso com SdA e Crônicas de Gelo e Fogo também. Mas eu me pergunto até que ponto isso é válido, isso é relativismo, covardia? Ou seria uma idiossincrasia minha? Acha que é um tanto de idiossincrasia porque nessas comparações GERALMENTE não se faz análise crítica das obras mas se faz evangelização de uma determinada obra ou autor e Inquisição contra obras que parecem lhes querer usurpar o trono. E eu mesmo faço isso, julgando Crepúsculo não? Meu julgamente é totalmente crítico? Acabo acreditando que todos somos bastante preconceituosos pelo simples fato de sermos humanos, ou seja, não termos a capacidade de sermos totalmente objetivos sobre NADA. Tudo que consumimos, lemos, jogamos, vemos está carregado de significado simbólico, inconsciente e isso afeta nossas vidas, nossa relação com o próximo e com o mundo e, inevitavelmente, seremos apóstolos de determinada obra e inquisidores de outras tantas.

Agora a coisa tá mais light mas eu lembro que quando lançaram o primeiro filme d'O Senhor dos Anéis foi na mesma época (aqui no Brasil) em que o Harry Potter estava começando a fazer sucesso (já tinha uns dois filmes lançados, acho, estou com preguiça de ir procurar no IMdB).

As comparações eram inevitáveis, quer dizer inevitáveis pra mídia tosca (aka Veja, UOL etc.) que gosta de enfiar gatos e sapatos num mesmo saco e foda-se o resto.
E o público, cuja maioria, infelizmente, adora se apegar num senso comum pra chamar de seu, foi atrás e sempre se ouvia esse papo de Harry Potter = OSdA.

Até aí nada de novo , o problema era que, aqui no Valinor não se podia nem mencionar Harry Potter por essas banda que os xiitas já caiam matando, provocaram uma verdadeira caça ao (s fãs do) bruxinho (desculpem a analogia tosca) que aquilo era uma merda, que a Rowling era... bem, vocês imaginam.

Pensem no que acontecia quando um adolescente desavisado fazia cadastro aqui no Valinor (ou na lista de discussão que tinha na época) e vinha alegre e saltitante, cheio de amor pra dar, com o seguinte papo:

Fui assistir OSdA por causa do Harry Potter....

ou

Me disseram que OSdA era parecido com HP, mas achei muito melhor...

Imaginem as respostas que a criatura recebia... :no:


Mas tudo isso é só pra dizer que, se as comparações acontecem e causam celeumas, é porque as pessoas (no caso desse exemplo, os fãs de HP e os de OSdA) se deixam levar pelas cretinices dos meios de comunicação ("críticos" e "formadores de opinião") que, na maioria das vezes, não conhecem nada de nada e querem mais é ver o circo pegar fogo, estimulando o preconceito.
Como recentemente aconteceu com as comparações entre "O Senhor dos Anéis" e "Crônicas de Gelo e Fogo". =/
 
É exatamente por isso que coloquei como "discussão inútil" , a maioria dos argumentos não são baseados na obra em si e sim no gosto do indivíduo argumentador, oque pela lógica perde toda a razão. Então nem a retórica é desenvolvida, só o ego que é massageado mesmo.

Ah, mas aí a culpa está na incompetência do debatedor, e não no debate em si. :lol:
 
Agora a coisa tá mais light mas eu lembro que quando lançaram o primeiro filme d'O Senhor dos Anéis foi na mesma época (aqui no Brasil) em que o Harry Potter estava começando a fazer sucesso (já tinha uns dois filmes lançados, acho, estou com preguiça de ir procurar no IMdB).

Os filmes Harry Potter e a Pedra Filosofal e A Sociedade do Anel foram lançados com semanas de diferença, em 2001. =)
 
Última edição:
Mas tudo isso é só pra dizer que, se as comparações acontecem e causam celeumas, é porque as pessoas (no caso desse exemplo, os fãs de HP e os de OSdA) se deixam levar pelas cretinices dos meios de comunicação ("críticos" e "formadores de opinião") que, na maioria das vezes, não conhecem nada de nada e querem mais é ver o circo pegar fogo, estimulando o preconceito.
Como recentemente aconteceu com as comparações entre "O Senhor dos Anéis" e "Crônicas de Gelo e Fogo". =/

Após ler isso lembrei da Paris Filmes anunciando "Força Policial", um filme do Joe Carnahan ("Narc", "A Última Cartada", "Esquadrão Classe A"), como se fosse um "Tropa de Elite" americano - apesar de serem sobre a Polícia (O RLY?), não havia nada de semelhante entre ambas as histórias.
 
Falaram em fãs e outra coisa chata são os fãs mais antigos de uma coisa que acham que essa coisa lhes pertence. Vi muita gente criticando esse monte de fã que apareceu agora por causa do filme d'O Hobbit e quase afirmando que esses não poderiam gostar por não conhecerem há tanto tempo. Alguém já nasceu conhecendo alguma coisa? Então é como foi falado, o pior não é o livro, filme, série, são os fãs chatos. Ou os que acham que são mais fãs e possuem autoridade hierárquica sobre os demais ou os que acham que todos devem gostar.
 
Semana passada, uma pessoa me disse: "sabia que estes livros que vc lê são juvenis?". Não gostei do tom da pergunta, me senti julgada...
É o típico tom de quem lê focando o saber e a intelectualidade, não tanto porque gosta/ama/nãoficasem :amor:

Quando essas pessoas estão perto, me sinto uma feliz ameba leitora. Eu leio clássicos, mas porque gosto e aprendi a amá-los, não porque me senti pressionada a lê-los, ou alguém ter dito que eu me tornaria uma pessoa mais culta ao fazê-lo.

E tchê, eu sei que preciso de minha dose mensal de fantasia, de ficção e demais bobices relaxantes... (bobices para alguns).
Por quê? Porque ler, pra mim, passou de uma forma de saber e descobrir e tornou-se um hobbie, uma paixão, um passa-tempo gostoso e saboroso.

[...]infanto-juvenis não vale[...]
Tudo vale. A única hora em que nossas leituras são pesadas, é na hora do vestibular, então temos a obrigação de lê-los. Fora isso, cada um que seja feliz com suas escolhas.
Porque, vamos combinar, ler é o nosso exercício, quem é que deixa neguinho palpitar em seus exercícios preferidos ou não, hem?

A industria do livro se preocupa mais com o pathos do que com o logos. Antes que o livro chegue as mãos do público, muita coisa já foi dita e feita sobre ele, então o leitor já vai pré disposto a gostar ou não de algo. Não culpo as editoras por isso, elas vivem de vender livros.

Sempre cito isto. Não se pode mais confiar nessas frases marcantes do NYT, o Observador e etc. Hoje em dia qualquer livro tem a nota: "Fenomenal lançamento de XXX. O autor vendeu XXX milhões e está na lista dos Best Sellers mais vendidos do ano".
Nem leio mais as críticas, não se pode mais confiar na palavra dos críticos. :roll:

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O preconceito que eu não consigo compreender, é o de a pessoa que não entende um "não curto", e continua insistindo e ainda garantindo que eu estou perdendo o melhor que existe...
Puxa, eu que vou ler, eu me conheço o suficiente pra saber o que vou gostar, ou ao menos considerar se aceito ou não a dica de leitura. Não é? o_O

Já perdi bons amigos por isso. Queriam que lesse Terror e Bruxaria. PQP, eu NÃO leio sas coisas... pessoa é tão ignorante a ponto de achar que tem o dever de converter os outros.
 
Aproveitando que citaram Crepúsculo em algum lugar desse fórum, tenho preconceito por quem tem preconceito infundado de Crepúsculo. Infundado do tipo: criticar o livro porque... Porque o Edward é gay. Como se ser gay fosse algum demérito... É algo do tipo querer criticar um vampiro por ser negro na década de 60, sei lá. (Na verdade, o Edward apenas não é um macho-alfa. Ele é apenas alguém que, sei lá, não gosta de sexo. Uuuuuuhhhh, ele não gosta de sexo... Apontem o dedo, riam, ele tem algum distúrbio, é doente, tem DST [etc]).

Ou criticar o livro e dizer que não tem sexo suficiente, ou que o Edward brilha no escuro, ou, em suma, porque "deturpa a imagem dos vampiros". Mas James Joyce também não deturpou a mitologia grega? Mesmo porque, eu sempre vejo Crepúsculo como um livro que distingue o que é vampiro do que é vampiresco: ou seja, do que efetivamente é vampiro do que tem características de vampiro. Além do mais, o fato da saga começar com Crepúsculo e terminar com Amanhecer não é algo gratuito: você tem o ciclo completo de um vampiro que termina com sua morte, que termina onde a vida (burguesa) começa. Agora o cara querer tomar o vampiro como se ele de fato existisse, como um Felipe Neto... Quem é o retardado agora? Quem lê o livro porque tem, sei lá, espasmos sexuais com a Bella ou o Edward (o que é normal para a faixa etária), ou quem realmente acha que o vampiro é uma imagem sagrada porque ele, de alguma forma, de fato existe?

O terceiro argumento que usam e que eu acho estúpido é dizer que o livro é livro de adolescente idiotA, de meninA imbecil e por aí vai. Porque livros ruins são rotulados para mulheres? Homem não pode ler livro ruim também não?

Enfim. Não acho a Saga Crepúsculo uma obra-prima; mas querer usar argumentos idiotas pra criticá-la é infantilidade, pra não dizer imbecilidade. As pessoas possuem essa necessidade de jogar na cara das pessoas que o que elas consomem não presta. Que sua geração consumia coisa melhor. Que isso é ruim, aquilo é bom... Sei lá, mas acho isso tudo tão babaca... Só existe uma geração: a dos homens presentes. Todas as pessoas que se escondem nesse discurso de geração X ou Y, de geração que derrubou e lutou e saiu às ruas e geração que não; todas as pessoas que se escondem nisso estão, na verdade, apenas reiterando a sua incapacidade e incompetência em ter mudado a realidade das coisas.
 
Última edição:
Yo soy rebelde.

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