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Preconceito contra O Hobbit

Esgaroth

Porque fazer 1 filme? FAÇA 3
Olá a todos, meu nome é Esgaroth e eu amo a trilogia O Hobbit. Foda-se.

É algo verdadeiro sim, o preconceito contra esta adorável trilogia! Eu mesmo já vi pessoas falando idiotices como "Os filmes do Hobbit são de se assistir só uma vez na vida" ou "Já assisti todos os filmes, e detestei todos."

Gostaria de saber o que passa na cabeça dessa gente que diz isso. Como algum filho de Illuvatar tem a coragem de falar mal desta trilogia?


Mas, pensei comigo e acho que existem algumas razões para falar mal da Trilogia:

-Um livro em três partes
-Azog
-Tauriel
-Legolas
-Anões gostosos
-Romance de anão e elfa
-Radagast
-Alfrid


Acredito que as pessoas sejam idiotas ao dizer isso. Sim, IDIOTAS.

Por que um livro em três partes? Bem, MONEY. Não posso dizer muita coisa a mais.

Azog morreu. Sim, e daí? A trilogia precisava de um vilão central, não apenas o Bolg. E era preciso alguém para correr atrás da Companhia, assim haveria tensão!

Acho que a única coisa que destrói a personagem Tauriel é seu amor com Kili, o anão gatinho. Não tenho muito para falar sobre isso, também não gosto desse relacionamente. Pelo menos o PJ tentou desenvolver os personagens assim....

Legolas foi um erro.

Ah, e os anões gostosos são um caso aparte. Existem muitas coisas para se falar sobre eles. As pessoas ficaram zangadas quando viram Thorin, Fili e Kili pela primeira vez. "Isso não parece um anão!"

Não, não parece. Mas existem motivos para isso.

1 - Conforme Richard Armitage disse em uma entrevista, a explicação para a falta de barba de Thorin é que durante o ataque de Smaug a Erebor, Thorin acabou queimando sua barba. Depois disso ele resolveu deixá-la rala, como que para lembrar do terror que Smaug infligira ao seu povo. Seus sobrinhos Fili e Kili também seguiram o estilo.

2- Uma grande barba para Thorin iria "atrapalhá-lo" nas cenas de ação.

3 - Imagine um velhinho comandando a Companhia! Seria meio "ridículo" isso. Um jovem Thorin teria um rosto bem mais heróico e seria um verdadeiro líder para os anões.

4 - Ou talvez Thorins seja "meio-anão". Hahahahahha



Radagast não foi de forma alguma irritante. Ele apareceu em todos os três filmes, em cenas curtas e satisfatória. Você aí foi o único que não gostou deste simpático mago marrrom!

Qual seu problema com Alfrid? Eu amo ele! Anular o funeral de Thorin e colocar mais Alfrid no lugar não tem nada a ver, são coisas diferentes. Alfrid torna o filme ridículo? E Gimli soprando a mão de um fantasma? É ridículo também, e bem chato.



A Trilogia O Hobbit é muito dramatica e divertida. Temos bons personagens, localizações fantásticas e uma história tensa e emocionante. Além da trilha sonora, que é incrível.

Mas por que eu digo essas coisas? Por que eu assiti cada filme umas 700 vezes, diferente de muitos por aí que só viram cada um uma vez.


É uma merda mesmo, né?










Obrigado por ler.


Esgaroth
 
Olá a todos, meu nome é Esgaroth e eu amo a trilogia O Hobbit. Foda-se.

É algo verdadeiro sim, o preconceito contra esta adorável trilogia! Eu mesmo já vi pessoas falando idiotices como "Os filmes do Hobbit são de se assistir só uma vez na vida" ou "Já assisti todos os filmes, e detestei todos."

Gostaria de saber o que passa na cabeça dessa gente que diz isso. Como algum filho de Illuvatar tem a coragem de falar mal desta trilogia?


Mas, pensei comigo e acho que existem algumas razões para falar mal da Trilogia:

-Um livro em três partes
-Azog
-Tauriel
-Legolas
-Anões gostosos
-Romance de anão e elfa
-Radagast
-Alfrid


Acredito que as pessoas sejam idiotas ao dizer isso. Sim, IDIOTAS.

Por que um livro em três partes? Bem, MONEY. Não posso dizer muita coisa a mais.

Azog morreu. Sim, e daí? A trilogia precisava de um vilão central, não apenas o Bolg. E era preciso alguém para correr atrás da Companhia, assim haveria tensão!

Acho que a única coisa que destrói a personagem Tauriel é seu amor com Kili, o anão gatinho. Não tenho muito para falar sobre isso, também não gosto desse relacionamente. Pelo menos o PJ tentou desenvolver os personagens assim....

Legolas foi um erro.

Ah, e os anões gostosos são um caso aparte. Existem muitas coisas para se falar sobre eles. As pessoas ficaram zangadas quando viram Thorin, Fili e Kili pela primeira vez. "Isso não parece um anão!"

Não, não parece. Mas existem motivos para isso.

1 - Conforme Richard Armitage disse em uma entrevista, a explicação para a falta de barba de Thorin é que durante o ataque de Smaug a Erebor, Thorin acabou queimando sua barba. Depois disso ele resolveu deixá-la rala, como que para lembrar do terror que Smaug infligira ao seu povo. Seus sobrinhos Fili e Kili também seguiram o estilo.

2- Uma grande barba para Thorin iria "atrapalhá-lo" nas cenas de ação.

3 - Imagine um velhinho comandando a Companhia! Seria meio "ridículo" isso. Um jovem Thorin teria um rosto bem mais heróico e seria um verdadeiro líder para os anões.

4 - Ou talvez Thorins seja "meio-anão". Hahahahahha



Radagast não foi de forma alguma irritante. Ele apareceu em todos os três filmes, em cenas curtas e satisfatória. Você aí foi o único que não gostou deste simpático mago marrrom!

Qual seu problema com Alfrid? Eu amo ele! Anular o funeral de Thorin e colocar mais Alfrid no lugar não tem nada a ver, são coisas diferentes. Alfrid torna o filme ridículo? E Gimli soprando a mão de um fantasma? É ridículo também, e bem chato.



A Trilogia O Hobbit é muito dramatica e divertida. Temos bons personagens, localizações fantásticas e uma história tensa e emocionante. Além da trilha sonora, que é incrível.

Mas por que eu digo essas coisas? Por que eu assiti cada filme umas 700 vezes, diferente de muitos por aí que só viram cada um uma vez.


É uma merda mesmo, né?










Obrigado por ler.


Esgaroth
Só uma pergunta: Vc começou a ver O senhor dos anéis antes ou depois da trilogia de O Hobbit? E a propósito, eu também curti O Hobbit, afinal foram os únicos (que não sejam os último, por Eru!) filmes da TM que vi nas telonas.
 
Só uma pergunta: Vc começou a ver O senhor dos anéis antes ou depois da trilogia de O Hobbit? E a propósito, eu também curti O Hobbit, afinal foram os únicos (que não sejam os último, por Eru!) filmes da TM que vi nas telonas.
Oh, graças a Illuvatar! Finalmente encontrei um filho de Eru que gostasse dos filmes!

Bem, eu vi O Senhor dos Anéis beeeem antes de O Hobbit!
 
Eu gostei dos filmes, só não gostei tanto quanto gostei dos filmes do Senhor dos Anéis.

Os filmes SdA pra mim são top 5 na história do cinema. Já os filmes do Hobbit são no máximo "legais". Por exemplo, assisti SdA no mínimo 10 vezes, mas Hobbit assisti só 2 cada e não pretendo ver mais.

O que eu não gostei também foram as cenas de ação que pra mim foram muito infantis. Muito "engraçadinhas", sem nenhum realismo ou tensão. Só umas CG esquisitas e umas acrobacias sem sentido.

Azog eu até gostei.
 
Eu gostei dos filmes, só não gostei tanto quanto gostei dos filmes do Senhor dos Anéis.

Os filmes SdA pra mim são top 5 na história do cinema. Já os filmes do Hobbit são no máximo "legais". Por exemplo, assisti SdA no mínimo 10 vezes, mas Hobbit assisti só 2 cada e não pretendo ver mais.

O que eu não gostei também foram as cenas de ação que pra mim foram muito infantis. Muito "engraçadinhas", sem nenhum realismo ou tensão. Só umas CG esquisitas e umas acrobacias sem sentido.

Azog eu até gostei.

Bem, você deve estar falando daquelas cenas de ação onde o Legolas aparece pulando de pedra em pedra. É por isso que eu disse que o Legolas é um erro, ele não deveria estar nestes filmes!
 
Indiscutivelmente ficou inferior ao Senhor dos Anéis, mas temos que levar em consideração o estilo dos livres que eram diferentes e "voltados" para públicos diferentes, mesmo assim eu gosto BASTANTE dos filmes do Hobbit, são muito bem feitos (com exceções umas cenas de ação), eu chego até a gostar da Tauriel. O único anão que achei meio fora do contexto de anões da TM foi o Kili. Peter Jackson fez um bom trabalho novamente mas tenho que discordar de vc sobre o Alfrid, achei muito chato, foi tipo o humor forçado que acabou estragando Era de Ultron (na minha opinião, pelo menos), principalmente no último filme onde muita coisa poderia ser mostrada.

Sobre o TOP 5: Concordo. Principal Retorno do Rei, uma obra prima.
 
Acho que vou concordar com você em um futuro próximo. Então deixo aqui um comentário, para posterior edit.
 
Se eu tivesse que fazer o top 100 dos melhores filmes, colocaria as duas trilogias entre os 10. O Hobbit eu colocaria acima de O Senhor dos Aneis #minhaopinião.
Quanto aos aspectos que desagradaram:

-Um livro em três partes. Sinceramente? Não me importo :think:

-Azog. É SÉRIO QUE REALMARAM DO AZOG?

-Tauriel. Achei legal ter uma personagem feminina no filme:clap: Só acho que ela deveria ser mais "forte"(não ser 'a garotinha indefesa que se apaixona pelo gostosão do Kili') afinal ela é uma Elfa, e uma poderosa guerreira

-Legolas. Bom, ele é filho de Thranduil; não vejo muito mal em ele aparecer. Nem mesmo no foco que é usado nele.

-Anões gostosos. Bom. Er... A galera já tava meio acostumada ao clima tenso de OSdA. Eu concordo plenamente em tornar os Anões, como você disse,"gostosos". Eu lembro que quando soube que iam fazer o filme do Hobbit, logo imaginei as barbas
extravagantes dos Anões. Achei que ia dar merda

-Romance de anão e elfa. Essa eu também critico. Aprovei muito (tipo, bastante mesmo) essa idéia. Porém olha só como isso se deu: a Tauriel olha pro Kili, o Kili olha pra Tauriel, os dois conversam, depois ela salva o Kili e então os dois decidem que se amam. NÃO FAZ SENTIDO. MESMO O KILI SENDO UM PEDAÇO DE MAL CAMINHO!

-Radagast. Adoro os Istari. Radagast não é excessão.

-Alfrid. Não tinha muito humor nele :|
Era um personagem cômico, mas tem diferença entre ser "cômico" e ser realmente engraçado. Mas, como no caso do Legolas e da Tauriel, não vejo problema algum em adicionar personagens em adaptações
 
Não é preconceito, de forma alguma. A crítica não é sinônimo de preconceito.

Eu, pessoalmente achei a trilogia muito fraca, se comparada ao Senhor dos Anéis.

O SDA no meu entender teve cenas que também não gostei, mas as forçadas de barra foram menores.

O Hobbit foi bom? Sim foi bom, mas só isso.

Vale lembrar que o livro Hobbit, por si só é muito melhor que os filmes...
 
Por mais que eu goste de Tolkien, o livro é bom para crianças e só. Acho muito difícil de acreditar que algum adulto que leia o livro ache que a história é bem desenvolvida. Apesar de toda a choradeira de quem queria ver um filme 100% fiel ao livro, eu acho que PJ perdeu uma ótima chance de melhorar a história original, adicionando mais drama e profundidade e sentido.
 
Ora, mas se o próprio PJ disse que não sabia o que tava fazendo, como a gente pode avaliar o filme sem qualquer tipo de receio? E nem tô falando da adaptação, não. Avalio como filme mesmo! Como já foi dito, perdeu-se uma magnífica oportunidade de dar mais profundidade à história. Algumas coisas não explicadas em O Senhor dos Anéis (como as águias, do porquê elas não se intrometerem mais na história) poderiam ser retratadas n'O Hobbit e não foram, só para dar um exemplo. Isso deixa o filme frágil.

Se eu for falar de tudo aqui me estenderia demais. Só que é preciso reconhecer que o Bilbo, personagem-título, vai perdendo importância na história conforme ela vai avançando por causa das escolhas do roteiro. E fora 3 ou 4 anões, eu particularmente não consegui diferenciar nem relacionar o nome a cada um deles. Então qualquer coisa que acontecesse, talvez com exceção ao Kili, Thorin e ao Balin, que tiveram mais destaque, eu não iria sentir: seja pesar por uma situação triste, seja felicidade por algo bom que acontecesse a eles.

E olha que tempo de tela pra resolver tudo isso eles tinham!
 
Na época do lançamento do último filme da trilogia, fiz a seguinte análise dividida em duas partes (uma pros acertos e outra pros erros) no tópico "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) e basicamente minha opinião continua a mesma.

Minha nota pro filme é sete, e não, infelizmente, a Batalha dos Cinco Exércitos não é o melhor da trilogia.
Mesmo assim, o filme teve momentos ótimos e cenas inesquecíveis para nós, fãs de Tolkien. Peter Jackson errou muito, mas tbm merece crédito pelos seus acertos. Sendo assim, vou listar primeiro os acertos que ví e depois os erros, não apenas nesse filme como em toda a trilogia. Só gostaria de frisar que essa é uma opinião pessoal e não deve ser considerada como verdade absoluta podendo inclusive, ser questionada. :p

A partir daqui teremos SPOILERS do filme. Leia por sua conta e risco:

Acertos:

1- Martin Freeman como Bilbo. O ator interpretou muito bem o personagem passando exatamente as impressões que o Bilbo do livro me passava. Ora bobo e caseiro, ora surpreendentemente corajoso. A química de Bilbo e Escudo de Carvalho era maravilhosa e realmente entendemos o dilema do hobbit quando ele está prestes a trair Thorin, assim como dá pra sentir a sua dor quando o rei dos anões morre e se despede de forma tão icônica.

2- A cantoria dos anões. Muita gente reclamou do Peter Jackson ter "infantilizado" os filmes, mas vale lembrar que o Hobbit é um livro mais infantilizado do que o Senhor dos Anéis. O livro é repleto de canções e foi muito bom vê-las no cinema. A tarefa de mesclar essa cantoria e o tom leve do hobbit com o tom épico da terra média que fora apresentada no cinema através da trilogia LOTR não era nada fácil. Poderia ter ficado esquizofrênico. Mas acho que da forma como foi mostrado, funcionou muito bem. Esse encaixe de canções tornou-se possível devido a personalidade dos anões, explorada de forma ora sutil, ora nem tanto, no primeiro filme da trilogia. Depois de estarmos familiarizados com a euforia e bagunça dos anões, não é surpreendente que eles gostem de canções de tavernas. Gostei também de terem encaixado a canção dos goblings na cidade dos orcs mesmo que apenas na versão estendida. Era uma canção muito boa do livro, que eu tinha muita curiosidade de ver sendo executada. Ainda falando sobre canções, temos essa passagem no hobbit:

A escuridão encheu toda a sala, o fogo se extinguiu, as sombras se perderam e, ainda assim, continuaram tocando. E, de repente, primeiro um, e depois outro, começaram a cantar enquanto tocavam, o canto grave dos anões das profundezas de
seus antigos lares (...).

Enquanto eles cantavam, o hobbit sentiu agitar-se dentro de si o amor por coisas belas feitas por mãos, com habilidade e com mágica, um amor feroz e ciumento, o desejo dos corações dos anões.

Lembro-me até hoje, quando lí o Hobbit pela primeira vez que a descrição dessa canção dos anões me intrigou muito. Me peguei imaginando como seria essa canção. E, no filme, quando Thorin começa a cantar e um anão após o outro o segue na cantoria, entendi perfeitamente o que Tolkien quis dizer a respeito do canto grave dos anões.

3- Bilbo no início do filme começando escrever o livro Lá e de volta Outra Vez. E de repente, depois de contar a história de Erebor no prólogo, ele diz:

"Mas esse não é o começo da minha história. Pra mim ela começa... Bem... Começou como você deve imaginar. Numa toca num chão vivia um hobbit..."

A famosa introdução do livro que todo fã de Tolkien sabe de cor e imagino que eu não fui a única que recitei as palavras junto com Bilbo.

3- Todo mundo sabe quem Gandalf é. Ele é Gandalf, o cinzento ora bolas! Pelo menos antes de virar o Branco. E vcs se lembram da descrição do mago cinzento no Hobbit?

Tudo o que Bilbo, sem suspeitar de nada, viu naquela manhã foi um velho com um cajado. Usava um chapéu azul, alto e pontudo, uma capa cinzenta comprida, um cachecol prateado sobre o qual sua longa barba branca caia até abaixo da cintura, e imensas botas pretas.

Dizem que o diabo está nos detalhes e talvez seja verdade. No Hobbit, Tolkien descreve Gandalf usando um cachecol prateado e Peter Jackson respeitou isso na trilogia do Hobbit diferente do que ele fez no Senhor dos anéis. Talvez, para PJ, em uma aventura épica como o Senhor dos Anéis, o cachecol do mago não fizesse muito sentido, mas nessa nova trilogia, Gandalf está perfeitamente caracterizado, inclusive com seu vistoso e prateado cachecol. Eu sei que é só um mero detalhe, mas a atenção a essas pequenas coisas nos mostra que ainda havia alguns fãs alí, trabalhando nessa produção.

4- Muita gente reclamou e muita gente ficou aliviada com a saída de Del Toro da direção dos filmes. Eu confesso que vibrei com a notícia de que Peter Jackson tomaria o seu lugar simplesmente pq ele era o responsável pela maravilhosa trilogia dos anéis. No entanto, se tem uma coisa que sempre admirei em Del Toro foi sua criatividade para criar mundos e criaturas épicas. Del Toro cria monstros como ninguém. Exemplo disso é o aclamado Labirinto do Fauno e Hellboy. O visual e os figurinos dos filmes de Del Toro são de matar. E quando Del Toro se afastou da direção e Peter Jackson assumiu, o filme já havia começado a ser concebido.
Ou seja, tem influência clara da inteligência criativa de Del Toro na caracterização de muitos personagens alí. Um exemplo? Azog, o profano. Comparando ele com qualquer outro orc do Senhor dos Anéis, ele ganha disparado em majestade e horripilância. Muita gente criticou o arpão atravessando seu braço, mas pelo menos adoraram a lâmina que ele apresentou no terceiro filme. Enfim, gostei tanto do arpão quanto da lâmina, pq o que eu gostei mesmo foi do orc ter implantado uma arma no lugar do seu braço implantado totalmente a sangue frio (dá pra ver a ponta de trás do arpão saindo pelo seu cotovelo.) E isso é muito Del Toro.

5- Eu ví uma crítica em algum lugar que elogiava o Thranduil apesar de suas aparições serem um tanto quanto desperdiçadas (ou até mesmo desnecessárias) em algumas cenas. Eu sinto muito, mas não me recordo onde ví essa crítica, mas a pessoa dizia que o Thranduil de Peter Jackson era muito diferente do livro do hobbit, mas era bem próximo dos elfos do Silmarillion. E eu gostei disso. Os elfos do Silmarillion são muito mais arrogantes, pretensiosos e menos amáveis com outras criaturas do que os elfos do Senhor dos Anéis. Talvez, pq na terceira era, o tempo dos elfos já estava passando e o foco era em outras coisas, muito além das guerras élficas que vimos no Silmarillion ou nos Contos Inacabados, sendo assim, não faria sentido Tolkien ficar descrevendo possíveis falhas no caráter dos elfos. Isso já havia sido muito bem descrito em suas outras obras. Infelizmente (ou felizmente) parece não haver possibilidade de que o Silma seja transformado em filme tão cedo então fico feliz de ter esse vislumbre desse outro lado da personalidade dos elfos.

6- Adivinhas no escuro. Andy Serkis deveria ter ganhado um oscar pelo seu Gollum desde a época do Senhor dos anéis. No entanto, graças ao avanço da computação gráfica, as caretas do Smeagol ficaram ESPETACULARES. Mais do que isso, sua mudança de personalidade que se reflete na alteração da sua fisionomia ficou mais notável do que nunca. Alí entendemos o que Frodo demorou pra entender no Senhor dos Anéis. Alí entendemos porque Bilbo teve pena de Bilbo. Uma pena que como Gandalf havia previsto, seria crucial para o desfecho da história da terceira era. É muito boa a cena em que Bilbo está com a ferroada no pescoço do Smeagol cujos olhos desolados nos transmitem a mesma sensação de compaixão que Bilbo sentiu. Ao mesmo tempo a expressão de Bilbo nos faz imaginar o que ele está pensando e pq ele não matou logo a criatura:

''A verdadeira coragem não é saber quando tirar uma vida, mas sim, quando poupá-la''

7- O reconhecimento de Bilbo por Thorin. A cena em que Escudo de Carvalho abraça o Bilbo e se arrepende de tudo que disse de ruim a respeito do hobbit é muito comovente. Parabéns ao Richard Armitage, apesar dele não parecer um anão e ter sido boicotado pelos roteiristas que frisaram muito pouco o carisma de Thorin, em todas as vezes em que o personagem precisava mostrar uma alta carga dramática, ele fez isso muito bem. Era a única razão pela qual Thorin não era odiado já que os roteiristas pouco faziam para mostrar as qualidades do rei dos anões.

8- Beorn. Tem uma cena muito criticada que foi cortada no segundo filme, porém acrescentada a versão estendida: A cena em que Gandalf apresenta os anões de dois em dois a Beorn. Ouvi pessoas reclamarem dizendo que a cena ficou muito teatral, mas é uma cena que está no livro e faz parte do tom leve do Hobbit. Acho essa cena importante para conhecermos um pouco mais o personagem (que foi muito pouco utilizado nos filmes) e para vermos como Gandalf fica com medo ao encontrar com ele. Acho isso muito importante pois vemos como o Gandalf do Hobbit é bem diferente do Gandalf do Senhor dos Anéis, principalmente nos livros.

9- A ausência dos animais falantes. Sim, o Hobbit é um livro infantil e tem muitos animais falantes, mas, considerando o universo tolkeniano que já havia sido apresentado ao cinema através da trilogia dos anéis ficaria muito estranho ver animaizinhos conversando. Achei que foi uma alteração necessária para tornar o mundo do hobbit mais real e parecido com o mundo do Senhor dos Anéis.

10- O diálogo entre Smaug e Bilbo. Quando fui ver o segundo filme estava com uma expectativa enorme sobre como seria o visual do dragão e ele não me decepcionou. MERMÃO, que dragão FODA! E eu estava esperando muito pra ver isso:

"Eu venho de baixo da colina, e sob as colinas e sobre as colinas meus caminhos conduziam. E através do ar. Sou o que caminha sem ser visto. Sou o descobridor de pistas, o cortador de teias, a mosca que dá ferroadas. Fui escolhido pelos números da sorte.
Sou o que enterra vivos seus amigos e os afoga, e depois os retira vivos outra vez da água. Venho do fundo de uma bolsa, mas numa bolsa nunca fui metido. Sou o amigo de ursos e hóspede de águias. Sou o Ganhador do Anel e o Portador da Fortuna, e também sou o Montador de Barril"

No filme, Bilbo não chegou a dizer todos os seus títulos, mas mesmo faltando alguns, essa apresentação serviu ao seu propósito. Quando lí isso no livro, me veio uma emoção muito grande pq eu ficava pensando "esse carinha costumava ser só um hobbit preocupado com louças e panos de prato. E veja o que ele se tornou!" E é muito, muito bom ter essa mesma sensação no cinema ao ver aquele dragão intimidador em ação.

11 e 12- Saruman e o Conselho branco em Dol Guldur. Vou falar de ambos de uma vez, pois estão entrelaçados. Christopher Lee está com 92 anos e é muito bom poder vê-lo ainda em ação como o grandioso mago branco. Sua atuação no primeiro filme já havia sido muito boa pois vemos que ele ainda não era um mago mal, apesar de arrogante e chato. Mas no terceiro filme, durante a cena de batalha em Dol Guldur, Saruman deu um show, assim como Elrond. Devo citar aqui também Galadriel que teve uma participação vital nessa cena. Apensar de eu não ter gostado da forma como ela "exorcizou" Sauron e ter achado a cena muito curta, Galadriel merece seus créditos por ter demonstrado o poder de um alto elfo que viveu a luz das árvores de Valinor.

13- Sauron. Peter Jackson tinha uma árdua tarefa ao ter que representar um ser incorpóreo porém totalmente poderoso. E ele fez isso de forma sensacional ao usar elementos como fogo e sombras para representar o espírito de Sauron. Elementos esses que combinam com sua essência maligna. Além disso, a voz de Benedict Cumberbatch deu um charme ao personagem. =P

14- Exército de anões. Foi um momento icônico no último filme ver o exército de Dain chegando. Apesar de, num primeiro momento ter me dado vontade de rir ao ver o rei anão montado num porcão, aos poucos essa vontade foi passando e Dain ganhou meu respeito. Até então, nos filmes sobre a Terra-Média ainda não havíamos visto anões lutando uma batalha com todo seu poderio. A companhia de Thórin teve algumas lutas em sua trajetória que mostrava o estilo de luta dos anões, mas nada comparado a ver um exército de anões enfrentando orcs em um campo de batalha. E a cena em que eles cravam os escudos no chão é muito anã! Peter Jackson parece não ter muita noção de estratégia de guerra pq não fez muito sentido os elfos pularem por cima dos anões direto pra um monte de orcs, mas apesar disso, não podemos negar que a cena foi muito emocionante. Além disso, o encontro de Thorin com Dain no meio da batalha também foi uma coisa muito anã. =P

15- A apresentação e morte dos anões. Quem leu o livro sabe que Tolkien não se aprofunda muito na vida dos anões por isso não sentimos muita ligação com eles, exceto talvez com Thorin. No entanto, Peter Jackson escolheu alguns anões para ter mais ênfase na história, assim poderíamos sentir mais suas perdas e vitórias. As mortes no filme foram sanguinárias e muito, muito tristes, afinal conhecíamos e torcíamos por aqueles anões desde o primeiro filme. A despedida de Thorin e Bilbo, apesar de não parecer com a cena descrita no livro, nos traz lágrimas aos olhos e Peter jackson foi feliz fazendo com que pelo menos o diálogo entre os dois fosse semelhante ao que está escrito no livro:

Se mais de nós dessem mais valor a comida, bebida e música do que a tesouros, o mundo seria mais alegre. Mas, triste ou alegre, agora devo partir. Adeus!

Essa fala de Thórin que, graças a Deus, Peter Jackson colocou no filme resume toda a moral que a história do Hobbit quer nos passar. Afinal, o que Bilbo leva de sua aventura é muito mais valioso do que qualquer jóia ou ouro.

16- A fotografia e a ambientação. Desde o Senhor dos Anéis havíamos sido brindados com uma terra-média mística e concreta na medida certa. Na trilogia do Hobbit, Peter Jackson não decepcionou. A terra-média continuou sendo um lugar maravilhoso e mágico. Nem tenho muito o que dizer a respeito disso. Só a admirar.

17- Eu escolhi falar dos acertos de toda a trilogia porquê gostaria de lembrá-los de todas as coisas boas que essa trilogia, mesmo sendo falha nos brindou. E a maior delas talvez, seja a oportunidade de revisitar a terra-média não apenas através dos livros de Tolkien (que é e sempre será a maneira suprema), mas também através dos nossos olhos e ouvidos, podermos vivenciar a terra-média nos cinemas. Mesmo que ela tenha muitos erros, mesmo que em nossas cabeças muitas coisas sejam diferentes, Peter Jackson nos deu a oportunidade de vermos Bilbo, Gandalf, Gollum, Frodo, e todos esses personagens que amamos encarnados na tela de nossas televisões. Nada se compara ao poder da imaginação quando pegamos os livros pra ler, mas é maravilhoso saber que, por mais críticas que tenhamos sobre a história como foi mostrada no cinema, ela está alí e sempre que quisermos dar uma olhada na toca de um hobbit ou imaginar como seria dar um passeio em Gondor, podemos pegar um dos filmes e vê-los e revê-los um milhão de vezes! Um viva aos esforços de todos aqueles envolvidos nas filmagens e que realmente amavam a obra de Tolkien! Sim, eu tenho certeza que havia alguns por lá.

Depois de escrever isso, eu me emocionei e não sinto vontade de falar dos erros que ví no filme agora, embora sejam muitos erros. Vou deixar pra comentar isso amanhã em outra mensagem porquê hoje estou em um clima de nostalgia e não quero contaminá-lo com o amargor dos erros de hollywood. Vou ouvir The Last Goodbye e dormir mais uma vez, grata por esse universo maravilhoso com que Tolkien nos presenteou. Namaríë!
** Posts duplicados combinados **
Segue segunda parte. A parte dos Erros:

Ontem escrevi uma mensagem enorme listando todos os acertos que ví na trilogia. Fiquei devendo a lista com os erros.
Escolhi falar dos acertos de toda a trilogia para evocar nos leitores sentimentos de nostalgia e justificar a mim mesma porquê eu dei uma nota sete (uma nota relativamente boa) pra um filme que me deixou um gosto amargo na boca e que foi um fim medíocre pra uma história muito amada. Acho que minha nota refere-se muito mais a um sentimento de paixão pela terra-média do que ao contentamento que o próprio filme me trouxe. Resolvi me recordar de todas as coisas boas da trilogia para tentar justificar sua existência do modo que foi feita. Deu certo, fiquei emocionada ao escrever o texto ontem. Mas hoje, é dia de falar dos erros e o gosto amargo que eu senti ao sair do cinema, voltaram a minha boca com força total. Diferentemente do que fiz com a lista dos acertos, vou fazer uma lista com os erros apenas do terceiro filme pq não quero que essa mensagem fique tão enorme quanto o texto que fiz ontem e também, pq acho que serão mais do que suficientes para justificar minha insatisfação.

Relembrando, haverá muitos SPOILERS.

Erros do filme:

1- Legolas. No início eu achei justificável a presença do guerreiro élfico pq ele foi um personagem importante da Comitiva do Anel e é príncipe dos elfos da floresta das Trevas. Como a companhia de Thorin passaria por lá, achei normal que o Legolas estivesse no reino e fizesse alguma PEQUENA participação. Isso não me incomodou muito mesmo sabendo que a motivação pra isso era errada. Ora, convenhamos. O Legolas foi um personagem muito popular na trilogia do anel. Um pouco graças a suas habilidades overpowered e um pouco graças a sua beleza que lhe rendeu numerosas fãnzetes ( eu as chamo de legoletes). Peter Jackson e sua equipe não perderiam a oportunidade de usar o ator mais uma vez e assim, garantir a audiência desse público que mal conhece a história de Tolkien, mas que foi ao cinema ver elfos saltitando ou homens bonitos atirando flechas pra todo lado.

O problema foi que ele abusou.

No segundo filme, tivemos a oportunidade de ver Legolas sendo um pouquinho exagerado e em cenas desnecessárias com diálogos ridículos. Mas nesse último filme ele se superou. Toda hora em que ele aparecia era uma tristeza. Dá pra fazer uma mini lista dentro desse item citando todas as coisas horrorosas que vimos do Legolas nesse filme:

1.1. A friendzone. Toda essa coisa de romance era dispensável, mas era realmente triste ver a relação dele com a Tauriel. Diálogos muito ruins e uma química que não funcionava de jeito nenhum.

1.2. Nem com toda maquiagem do mundo deu pra esconder que o ator está velho. Orlando Bloom está com 38 anos e o Senhor dos Anéis tem mais de dez anos. Me incomodava muito olhar para o Legolas e ver que ele aparentava ser mais velho do que no Senhor dos Anéis.

1.3. O que ele foi fazer em Gundabad? Aliás, pq colocaram os orcs de Gundabad na história? Ele e Tauriel intencionavam entrar na fortaleza dos orcs SOZINHOS? Pra salvar um bando de anões? Até então eles não sabiam da intenção de Sauron, nem que Thranduil marchava para o portão de Erebor, logo não há muita razão pra um elfo que ODEIA anões (como o Legolas odiava) enfrente uma fortaleza cheia de orcs só pq existe a ameaça de que eles marchem até Erebor. Mesmo que ele e tauriel suspeitassem e temessem que a marcha dos orcs não terminasse em Erebor, não é muito estratégico entrar em uma fortaleza orc. O que eu acho mais engraçado é que ele diz: VAMOS ESPERAR ANOITECER como se fosse a coisa mais estratégica do mundo. Nos meus ouvidos isso soou: "vamos esperar anoitecer pq os orcs são criaturas da escuridão. Se formos descobertos, eles poderão nos caçar mesmo se conseguirmos fugir de Gundabab, o que não aconteceria durante o dia". NÃO FAZ SENTIDO. Mas enfim, eles não precisaram entrar na fortaleza pq o exército saiu de lá rumo a Erebor. Eles então vão avisar as pessoas sobre o ataque dos orcs e mesmo montados a cavalo, mesmo os elfos sendo cavaleiros velozes, eles chegam ao campo de batalha quase junto do exército de orcs. PQ DEMORARAM TANTO???!!!!!

1.4. Peter Jackson parece que perdeu o respeito pela obra de Tolkien quando usou o renome de Legolas que o caracterizava como um elfo overpowered, de forma extremamente caricata e exagerada. Parece que ele fez um filme pensando nos fãs de Michael Bay que hoje lotam os cinemas, e não nos fãs de Tolkien. Enquanto o público vibrava com cada cena de ação ridícula do Legolas, eu me encolhia de vergonha. É como se Peter jackson quisesse resumir a história linda do Hobbit a um monte de piruetas loucas e cenas de batalhas impossíveis envolvendo o elfo loiro que nem estava no livro. A cena da carona no morcego, da torre que cai e vira ponte, dele saltando em cima dos bloquinhos, a cena dele em cima do troll controlando ele... todas cenas que me causaram repulsa e que tomaram um tempo precioso do filme.

1.5. A relação de Legolas e Thranduil. Ao invés de mostrar a cena do enterro de Thorin, PJ escolheu mostrar uma cena que tentava ser dramática porém fracassava ridiculamente. A cena da despedida de Legolas e Thranduil é totalmente dispensável. O rei élfico parece totalmente bipolar e o fan service citando o Aragorn foi até legal, mas não precisava ser tão forçado. Nem precisava ficar expicando "seu nome é passolargo". É como se Peter Jackson achasse que nós fossemos tão burros que não seriamos capazes de inferir que ele estava se referindo ao Aragorn e tivesse que deixar o mais explicadinho possível. Mas se ele estava fazendo um filme pra um público que só quer ver explosões, pirotecnia e nada de diálogos, até que faz sentido. Aceitem: esse não foi um filme pensado para os fãs de tolkien.

P.s.: preciso citar aqui o adeus totalmente WTF! do Thranduil pro Legolas: "Sua mãe amava você." oO

Ok...

2- Chega de falar do Legolas. Vamos falar de outra coisa que incomodou bastante: Tauriel. Tem uma cena no segundo filme que me deu vergonha alheia. É a cena do diálogo da elfa com o Thranduil em que ela fica andando de um lado pro outro enquanto fala para o rei sobre as aranhas que se multiplicam na floresta. Achei a atuação da atriz terrivelmente teatral, como se ela não estivesse a vontade vivendo a personagem. Pois bem, nesse filme a atuação da Evangeline Lilly não me incomodou, mas a presença de sua personagem me incomodou muito. Não tinha nada contra ao acréscimo de um personagem feminino no filme, especialmente uma linda elfa guerreira. Mas, por Eru, parece que tudo que Peter Jackson acrescentou ou alterou ficou vazio, superficial e vergonhoso. A própria motivação da elfa ficou paradoxal. Ela enfrenta diretamente a ordem de seu rei impiedoso pra ir atrás do seu amor platônico e ao chegar lá, tem aquele comportamento patético se submetendo a vontade do Legolas? Que amor vacilante não é? Nada tolkeniano. Mas não sei o que seria pior: se ela tivesse ido com o anão para erebor ou ido pra Gundabad com o Legolas, como foi no filme. Na verdade, nada disso deveria ter existido.

3- Sobre o romance entre Kili e Tauriel, ele suscitou algumas dúvidas na minha mente a respeito da própria obra de Tolkien. Seria possível um relacionamento entre elfa e anão? Fiz minhas pesquisas e achei um trecho do HOME 2 que fala sobre alguns anões "requisitando" algumas elfas ao rei Thingol como pagamento por um serviço:

But the Dwarves said: “This do we ask. For our labours during seven moons each seven jewels of Valinor, and seven robes of magic that only Gwendelin can weave, and each a sack of gold; but for our great labour during three moons in thy halls unwilling, we ask each three sacks of silver, and each a cup of gold wherein to pledge thy health, O King, and each a fair maiden of the woodland Elves to fare away with us to our homes.”

Achei isso bem bizarro e graças a Eru, parece que essa versão da história foi descartada por Tolkien. Mesmo assim, creio que é possível que elfos e anões se relacionem fisicamente pq a existência desse trecho prova que pelo menos esse pensamento ocorreu a Tolkien. No entanto, as uniões entre raças não eram encorajadas nem mesmo entre homens e elfos quanto mais entre elfos e anões, duas raças abertamente inimigas. Sobre casamento entre homens e elfos, Finrod diz no Athrabeth Finrod Ah Andreth:

"Não, adaneth, se algum casamento pode acontecer entre nossa gente e a tua, então será por algum alto propósito do Destino. Breve será e duro no fim. Sim, o fado menos cruel que poderia suceder-lhe seria que a morte logo o encerrasse”.

O casamento entre homens e elfos só se davam sobre condições muito especiais, então imagino que as condições para um relacionamento entre anão e elfo sejam ainda mais restritas e totalmente diferente da forma risível que foi mostrado no filme. Além disso, elfos são imortais e creem baseado na segunda profecia de Mandos que, no fim de tudo, a desfiguração de Arda será corrigida e os filhos de Ilúvatar viverão juntos em uma nova Arda. No entanto, os anões não são considerados filhos de Eru. Isso é bem claro quando Ele diz a Aulë quando este criou os anões:

- Exatamente como dei existência aos pensamentos dos Ainur no início do Mundo, agora adotei teu desejo e lhe atribuí
um lugar no Mundo; mas de nenhum outro modo corrigirei tua obra; e, como tu a fizeste, assim ela será. Contudo não tolerarei o seguinte: que esses seres cheguem antes dos Primogênitos de meus desígnios, nem que tua impaciência seja premiada. Eles agora deverão dormir na escuridão debaixo da pedra, e não se apresentarão enquanto os Primogênitos não tiverem surgido sobre a Terra; e até essa ocasião tu e eles esperareis, por longa que seja a demora. Mas quando chegar a hora, eu os despertarei, e eles serão como filhos teus; e muitas vezes haverá discórdia entre os teus e os meus, os filhos de minha adoção e os filhos de minha escolha.

Talvez Eru, tenha incluído os filhos de adoção no mesmo destino que os dos filhos da escolha, mas sobre isso nada mais é dito. Portanto, nada se sabe sobre o destino dos anões pós-morte. Sendo assim, concluí-se que há esperança para relacionamentos entre homens e elfos baseado no que o futuro lhes reserva, mas um relacionamento entre elfo e anão é por demais obscuro.

O que quero deixar claro com todos esses argumentos é que, mesmo sendo fisicamente possível, a história de um romance entre elfa e anão teria que ser muito, muito, muito bem trabalhada e todas essas coisas levadas em consideração. Mas Peter Jackson não estava se importando em ser fiel com a criação de Tolkien. Esse foi o início do seu fracasso. O romance de Kili e Tauriel foi mais uma tentativa de atrair um estereotipado público feminino. Kili nem mesmo parecia um anão, ele nem tinha barba, o que era uma completa DESONRA pra um anão. Ele foi feito sob medida de um padrão de beleza que o tornavam aceitável ter um relacionamento com uma elfa bonita. Para PJ, parece que anões feios como Aulë os criou não servem para viver um romance. Mais uma das muitas mensagens erradas que o filme passa.

p.s.: Apesar de tudo isso, ainda chorei na morte do Kili. Apesar até daquela frase horrível que ele diz pra Tauriel: "você me faz sentir vivo". Pior cantada EVER.

4- A batalha. Eu não esperava que a batalha dos cinco exércitos fosse maior que a batalha de Minas Tirith e nem queria isso. Mas era isso que o marketing do filme estava pregando. Ela teve seus pontos positivos como já disse acima, mas tbm teve vários pontos negativos. A começar sobre os cinco exércitos. No próprio livro o leitor pode ficar confuso pensando qual seriam os cinco exércitos, mas no filme, o acréscimo do exército de Gundabad só fez isso ficar pior. Outro problema: Onde estava o exército dos homens? Tudo que ví foi um bando de maltrapilhos correndo de um lado pro outro. Onde estavam os soldados da Cidade do Lago? Morreram todos no ataque de Smaug e só sobraram os incapazes? Tudo bem que os homens não são uma raça lá muito digna, mas Peter Jackson os fez ficar piores e nada, nadinha carismáticos. Ele nos faz odiar sermos homens. O Bard não funciona como "o novo Aragorn" e não estamos nem aí pra sua família. Terceiro problema: eu fiquei perdida com a movimentação dos exércitos. Temos Dalle de um lado e Erebor de outro. De frente pra Erebor está o exército élfico e os maltrapilhos homens, a Leste chega o exército de Dwalin que vai enfrentar os orcs primeiro ao Sul. Os elfos pulam a barreira de escudo dos anões e todos se misturam na batalha. Azog envia outra força de orcs em direção a cidade e de repente, homens e elfos que estava em pleno campo de batalha, teoricamente cercados por orcs, agora estão em Dalle e os anões sozinhos entre os orcs e Erebor. Como isso aconteceu? Quarto problema: é muito bonita e comovente a cena em que Thorin se recupera de sua loucura e decide sair para a guerra. Mas o efeito dramático fica meio idiota, afinal, eles eram apenas uma dúzia de anões, e nunca seriam suficientes para vencer a guerra caso o exército das águias não aparecesse junto com Beorn e Radagast. Infelizmente, a batalha foi cortada antes de vermos o seu fim e mal mal tivemos a oportunidade de vermos esse exército em ação.

5- Alívio cômico estúpido digno de Zorra Total. Eu nem me lembro nem quero me lembrar do nome daquele personagem idiota que foi introduzido no filme como assistente do Mestre da Cidade do Lago. Ele é mais uma prova de que tudo que Peter Jackson acrescenta no filme mais atrapalha do que enriquece. E uma prova também de que ele fez o filme para idiotas de divertirem. As cenas que eram supostamente para serem engraçadas são intermináveis e não dá pra entender como Bard designa tarefas praquele sujeito mesmo sabendo que ele é um imprestável. Só mostra que Bard não é lá muito inteligente. E nem Peter jackson foi. Eu fico pensando que, se tirassem as cenas overpowered do Legolas e as cenas cômicas do Alfrid (acho que é esse o nome) talvez tivesse dado tempo de dar um enterro digno pro Thorin. Mas pelo visto isto não é tão importante para Peter jackson quanto fazer piadinhas sobre homens vestidos de mulher.

6- Que a cena do início do filme deveria estar no final do segundo, todo mundo sabe. Salvaria o segundo filme e ainda pouparia tempo para a IMPORTANTISSIMA CENA DO ENTERRO DE THORIN. Desculpem-me mas toda vez que noto a quantidade de cenas supérfluas nesse filme eu me revolto, lembrando do fim indigno que os anões, de um modo geral, tiveram. E a arkenstone? WHO THE HELL ficou com a arkenstone? Só quem leu o livro sabe pq no filme, eles esquecem completamente da pedra do Rei.

7- Ninguém se importa de verdade com o povo da Cidade do lago. Pra que mostrar tantas cenas pseudo dramáticas? Pra que fazer cenas intermináveis sobre a família do Bard? Qual o propósito em mostrar a população querendo enforcar o alívio cômico?

8- É dito de Thórin:

Este último pertencia a Thorin, um anão enormemente importante, na verdade ninguém menos que Thorin Escudo de Carvalho
em pessoa. Que não estava de modo algum satisfeito por ter caído sobre o capacho de Bilbo como uma fruta madura, com Bifur, Bofur e Bombur em cima dele (...) Na verdade, Thorin era muito altivo, e não disse nada sobre estar às ordens, mas o pobre Sr. Bolseiro disse tantas vezes que sentia muito que finalmente ele resmungou um “não tem problema” e parou de franzir a testa.

No livro, é demonstrado o tempo todo que Thorin é um carinha um tanto quanto arrogante, mas no filme ele é um verdadeiro FDP. No livro, Thorin diz a Bard:

O preço dos bens e da assistência que recebemos dos Homens do Lago serão justamente pagos, no devido tempo. Mas não daremos nada, nem mesmo o valor de um pão, sob ameaça de força.

Thórin diz que não vai dar nada enquanto o exército élfico estiver a sua porta, o que até faz algum sentido. No entanto no filme ele diz: "Não vou abrir mão de uma só moeda!" Um completo otário. Por esse tipo de comportamento e pelo seu carisma não ter sido muito bem trabalhado quando ele ainda não estava sob a influência da doença do dragão, ficamos incapazes de entender a carga do dilema de Bilbo em trair seu amigo, que é um dos pontos altos do livro. Thorin estava merecendo. Se sentimos algum carisma por Thorin é mais devido a boa atuação de Richard Armitage, apesar de que ele tbm não parece um anão. Thorin também sofreu o processo de "galantização".

9- Já falei sobre isso em outro tópico. Galadriel é a maior elfa da terra-média, portadora de Narya e uma alta elfa que andou sob a luz das árvores. Mas não gostei do embate entre ela e Sauron. O combate do conselho Branco estava sendo esperado desde o primeiro filme e durou apenas 4 minutos. Eles estavam enfrentando a maior ameaça da terceira era e mesmo que Sauron estivesse enfraquecido, ele era um poderoso maia que havia sido educado nas artes das trevas e sido o principal dos servos de Morgoth. Acho que essa batalha merecia um tempo maior em tela e um esforço maior dos integrantes do Conselho Branco e até mesmo de Galadriel (não achei que ficar verde foi o suficiente).

Nessa cena Gandalf estava tão diferente do mago que estavamos acostumados na trilogia dos anéis que estava levando A MAIOR SURRA de um único reles orc. Se não fosse galadriel, talvez ele estivesse morto na perspectiva de Peter Jackson. Por mais que o Gandalf do hobbit e o Gandalf do LOTR sejam diferentes até mesmo na perspectiva de Tolkien, acho que ele poderia ter sido um pouco menos apático em Dol Guldur. Ele é Gandalf! Pq o Legolas pode ficar dando piruetas absurdas mas não podemos ter um pouco de ação com um dos maiores magos da terra média?

10- Minhocas gigantes comedores de terra. Lembrei de o Ataque dos Vermes Malditos na mesma hora! Como assim Peter Jackson me apresenta criaturas como aquelas e me some com elas nos segundos seguintes sem nenhuma explicação? Se existe tal criatura na terra média e ela pode ser controlada (se os orcs usaram os minhocões pra cavas seus túneis, eles poderiam usá-los para outros fins) por que não usá-las na guerra? Elas poderiam simplesmente sair rolando! :banana:

11- Vou fechar por aqui pois já estou ficando deprimida. Esse último erro, não é um erro apenas contra a obra de Tolkien. É um erro contra o próprio cinema. O filme tem tantos erros de edição, tanta coisa em aberto, tanta coisa desconexa, que parece foi feito as pressas sem muito cuidado na revisão. Essas coisas podem até ser explicadas na versão estendida, mas é muito grotesco deixar erros assim na versão oficial. Vamos a eles:

11.1 A balista da Cidade do Lago. O que aconteceu com ela? Assisti o filme duas vezes e não ví ela sendo destruída. Se ela não foi destruída por que Bard não a utilizou pra matar o dragão?

11.2.As cabras que Thorin, Dwalin, Fili e Kili montam. De onde diabos elas surgiram?

11.3. Quando foi que Gandalf pegou o cajado de Radagast?

11.4. Pq os anões estavam vestidos com armaduras até os dentes enquanto estavam dentro da montanha, mas quando saíram para a batalha não estavam usando nenhuma?

11.5. Thranduil diz: "se algo se mover naquela montanha, atire imediatamente". EM SEGUIDA, temos a cena do Bilbo descendo a montanha.

11.6. Alguém entende a linha do tempo do filme? Por que Tauriel e Legolas demoraram tanto pra chegar na batalha enquanto o exército de Daín parecia ter se teletransportado para lá de tão rápido que foi o tempo entre o envio do corvo e a chegada do exército?

Enfim, ontem eu devo ter dado a impressão de ser uma adoradora enrustida de Peter Jackson. Mas só estava lembrando as coisas boas antes de esbravejar sobre as coisas que me decepcionaram profundamente nessa trilogia. Com todos esses erros que citei, não consigo ver como algumas pessoas consideram A Batalha dos Cinco Exércitos como o melhor filme. Pra mim, ele foi o pior tanto com relação a fidelidade da história quanto com relação a qualidade cinematográfica. Foram muitos erros de principiante que não dá pra ignorar. Agora, finalmente a resistência de Christopher Tolkien com relação a venda dos direitos das obras tolkenianas está justificada.
 
É que a nossa expectativa foi muito alta. Os filmes d'O Senhor dos Anéis são uma obra prima. Filmes perfeitos com pouquíssimas falhas.

- O Hobbit é mais difícil de adaptar também porque é um livro infantil. Então PJ é forçado a responder algumas perguntas que invariavelmente vai desagradar algum tipo de fã, exemplo: as aranhas devem falar ou não?

- Outro problema: como mostrar elfos bêbados? como transformar os elfos em vilões? Porque em O Hobbit (livro) eles atuam como vilões, mas em O Senhor dos Anéis eles são o que existe de mais puro no mundo. Então, é um problema e não é dos mais fáceis de se resolver.

- Outras coisas que não gostei: armas pouco práticas, muito fantasiosas, não parecia que algum exército no mundo real usaria porretes como aqueles. Já em O Senhor dos Anéis (filmes) as armas de qualquer exército convence.

- Também achei muitas cenas de ação parecendo cenas de video-game. Muita correria, muito cgi, e pouca ligação dos personagens com os telespectadores. Quando Boromir ou Gandalf morre em O Senhor dos Anéis a gente chora. É muito triste e nós já desenvolvemos uma empatia com os personagens. Já O Hobbit (filmes) pecam bastante nesse quesito, como já foi dito mais acima. Tem muitos anões que em 3 filmes não falaram nada ou quase nada, nem sabemos seus nomes. Não cria empatia.

- Separar os anões foi gravíssimo a meu ver. Anões são muito parceiros, muito unidos, não acho que nada os separariam. Não sei porque PJ fez isso. Só seria justicado algo assim a meu ver se os anões que ficaram na cidade tivessem ajudado a matar o Smaug.

- Outra mudança que eu faria, se eu fosse o PJ: Smaug mataria um dos anões, ao invés de orcs anônimos. Smaug é o maior vilão da história e ficou sendo muito enganado. Uma correria tipo Scooby-Doo. Para quê? Se ele tivesse matado um dos anões nós o respeitaríamos muito mais como vilão e realmente temeríamos pelos outros anões. Quando o telespectador sente que seus heróis são imunes a morte qualquer ação fica entediante.

- Beorn apareceu tão pouco. Um personagem tão interessante. Tão amado. Porque quase não desenvolver um personagem como esse que está nos livros e ficar gastando tempo de tela com Alfrid que não está?

- Funeral de Thorin. Tinha que ter, não tem perdão para isso. A resolução da Pedra Arken. O filme falou tanto dela e no final não deu nenhum importância ao paradeiro da mesma.

Agora, claro que teve acertos:

- A sociedade dos anões em Erebor. Show demais. As anãs! Show demais.
- A música deles no primeiro filme. Sensacional! Perfeito.
- Bilbo e Gollum e o jogo das advinhas ficou bem legal.
- Batalha de Azanulbizar ficou legal, eu me aprofundaria mais nela e depois no final dos filmes talvez colocasse um pouco de Balin tentando reconquistar Moria. Isso criaria uma ligação bacana com quem não leu os livros e depois foi assistir O Senhor dos Anéis e viu Moria como está.

Agora o restante eu não gostei muito não.

O que é uma pena porque eu adoro os anões e O Hobbit é o livro em que mais pode se explorar essa raça. Mas ainda tenho fé em re-filmagens. Quem sabe Del Toro um dia ainda faça? Eu acredito que ele faria um trabalho bacana mesmo.
 
As mudanças no projeto inicial e a divisão em 3 filmes provavelmente foram as causas que melaram (infelizmente) a adaptação de O Hobbit. Peter Jackson apesar de ter deixado nas entrelinhas na época do SDA que um dia filmaria O Hobbit (o que leva a crer que ele provavelmente tinha um plano geral para a adaptação da obra) foi escolhido quando a coisa toda já estava andando e como ele mesmo admitiu não sabia o que estava fazendo. E depois, talvez em nome do $$$, dividiram em três filmes, quando o roteiro inicial era somente dois. Logo... O improviso reinou em muitas decisões de roteiro que foi o ponto baixo da trilogia.
Meu lamento é que essa trilogia veio antes dos novos Star Wars: ali sim souberam respeitar o legado de uma obra épica e grandiosa, com fans services do ca@#$%$# e usando por exemplo os efeitos práticos em substituição aos exageros do CGI. Esse deveria ter sido o caminho para O Hobbit.
 
Preciso criar coragem de assistir os últimos filmes.
Desisti nos primeiros 30 minutos do segundo filme, vou esperar mais uns 2 anos esquecer bastante coisas do livro pra ver os filmes.
 

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