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Dinheiro, poder e sucesso. Quem não deseja tudo isso? Mas e se alguns milionários na verdade têm muito mais sorte do que outros? E se toda essa sorte se revelasse como um poder especial? Emily O´Connell nunca imaginou que pudesse ter um toque de ouro. Herdeira de uma das marcas mais luxuosas de sapatos e bolsas haute couture do mundo, sorte e glamour praticamente correm no sangue de sua família. Um dia, porém, Emily percebe que sua sorte talvez seja muito maior do que imagina. Na manhã seguinte ao feriado de St. Patrick, após ganhar milhões em uma noite de jogatina, a garota se vê vítima de uma tentativa de estupro. O que a tira das estatísticas policiais, no entanto, é a forma como ela consegue se livrar quase magicamente do perigo. Tudo se complica quando Emily conhece o misterioso e encantador Aaron Locky. Afinal, que segredos ele esconde por trás de seus cabelos compridos e de sua risada irônica? De algum modo, Aaron exerce sobre ela uma atração irresistível, como se uma aura de poder os cercasse e os unisse. Ele tem muito a ensinar a Emily, mas, entre todas as coisas, ela nunca imaginaria que poderia estar envolvida com uma tradição secular lendária. (da 4ª capa do livro)

Fiquei super feliz em poder receber Por Um Toque De Ouro com antecedência para poder resenhar aqui pro LeS. Confesso que me interessei de primeira pelo novo trabalho da Carolina Munhóz pelo simples fato de ele abordar a cultura irlandesa! No meio de tantos lançamentos fantásticos nacionais estava realmente faltando um que entrasse nesse tema, mesmo que de forma contemporânea. Mas vamos ao que interessa!

Primeiramente vamos elogiar o trabalho editorial: a capa do livro é belíssima e todo o acabamento ficou incrível, desde a parte interna na cor dourada até os detalhes na paginação e marcação de capítulos. Por Um Toque De Ouro nos conta a história de uma belíssima jovem irlandesa, Emily O’Connell, que é podre de rica já que seus pais são donos de uma mega marca de acessórios de alta costura, a O’C. Como toda jovem rica, ela é requisitada celebridade com milhares seguidores nas redes sociais, e claro, cobiçada por todos os homens que cruzam o seu caminho, inclusive de seus amigos mais próximos. Em outras palavras, Emily é simplesmente muito sortuda: tem a vida que várias garotas apenas sonham um dia ter.

Mas a vida da personagem começa a mudar quando, após uma bela noitada no feriado internacionalmente conhecido da Irlanda, o Saint Patrick’s Day, a ruiva é vítima de uma tentativa de estupro. Entretanto, Emily consegue se livrar do perigo como se um passe de mágica, literalmente falando. Ela então começa a prestar um pouco mais de atenção na sua “sorte”, e acaba conhecendo um misterioso homem, Aaron Locky, que consegue enlouquecê-la com seu jeito desinteressado. O que Emily não sabe é que a sua vida está prestes a se tornar muito complexa e que Aaron é uma das principais peças para desvendar seu passado e descobrir mais sobre seus antepassados e seu “toque de ouro”.

Achei a personagem de Emily um pouco irritante, arrogante e um tanto ingênua em alguns momentos, mas tudo isso na dosagem certa que a personagem precisava para poder atravessar esse primeiro terço da história. É perceptível que a personagem cresce – e espero que cresça muito mais – ao longo da leitura por conta de tudo que ela acaba descobrindo sobre a herança e tradição de sua família e por conta do que ela acaba passando nos momentos finais do livro. Emily terá que deixar seu título de jovem rica mimada para trás para poder enfrentar a jornada que tem pela frente. Em contrapartida, simplesmente adorei o melhor amigo da ruiva, Darren, o amigo-quase-irmão que está sempre por perto quando a amiga precisa. A amizade dos dois é muito forte e Darren é a representação de todos os melhores amigos do mundo no papel, com aquele sexto-sentido aguçado para encrencas e com conselhos sábios que sabemos que a outra pessoa não quer ouvir, mas que ela precisa.

Além de ter uma história de fantasia urbana-moderna, Por Um Toque De Ouro é praticamente um guia informativo de Dublin. A autora descreve locais da cidade com maestria e ainda coloca informações históricas sem deixar seu texto pesado e maçante. Eu nunca estive na cidade, mas confesso que me senti andando pelas ruas e sentindo o cheiro de cerveja no ar. Aposto que a experiência de leitura deve ser ainda mais incrível pra quem já visitou a cidade.

Outro detalhe que simplesmente adorei foi a forma como a Carol inseriu detalhes sobre pessoas realmente famosas na sua história. As menções à família real inglesa, que são mais óbvias e algumas mais obscuras que só as pessoas mais velhas e fãs de música pop irão perceber quando é mencionado um famoso ex-cantor de uma boyband irlandesa no livro. Confesso que ria sozinha da forma incrível que uma história real se encaixou tão bem no enredo! Tudo isso tornou a história mais verossímil ainda para mim.

Por Um Toque De Ouro é o primeiro de uma trilogia e seu lançamento oficial é hoje, mas o sucesso já está garantido: o livro já foi para reimpressão. Enquanto isso eu já estou aqui pacientemente aguardando por mais informações sobre os próximos livros da trilogia.

Aviso Legal: Esse livro foi cedido pela editora responsável pela publicação no Brasil como cortesia para o Livros em Série.

Fonte: http://livrosemserie.com.br/2015/06/01/resenha-por-um-toque-de-ouro-de-carolina-munhoz/


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Ué, tô só criando os tópicos pra cada livro. Quem tiver lido ou whatever e quiser falar (bem ou mal), fique à vontade :hxhx:
** Posts duplicados combinados **
Então, o que vocês acham?

1- Estava mesmo faltando um romance pra tratar da cultura irlandesa?
2- Como vocês imaginam que sejam essas cenas-guia-turístico da Irlanda? Provavelmente aborrecidas e gratuitas?
3- Vocês shippam a Emily e o melhor amigo dela? Pq neam, é óbvio q nem vai rolar nada...
 
Falando em Série Vaga-Lume... Acho que se lançassem uma coisa nesses moldes, mas priorizando temáticas mais, err, ao "gosto do jovem" de hoje, digamos, essas coisas aí de fantasia etc, ao invés de drama urbano como quase tudo na série, acho que vendia bem.
 
Agora fiquei curioso pra saber o que danado aconteceu pra ela se safar "milagrosamente".

Sim, eu li essa porra toda.

Ela, a resenhista, fala que estava faltando livros que tratassem desse tema aqui no Brasil. Ela fala como se o tema fosse uma coisa que tivesse um apelo universal, ou pelo menos um apelo mais genérico. Ela queria puxar o saco da autora, mas não sabia como, daí falou essa tosquice. Tem outro tema que as editoras estão deixando sem cobertura. Livros que se passem em Vladivostok. Meu apreço por cidades russas siberianas está sendo desconsiderado pelas editoras.
 
E a minha birra é com quem acha que brasileiro precisa sempre ambientar livro no Brasil.
Pior que isso, só se pedir o curupira e o saci ao invés de elfos e dragões.


Mas se você abrir mão da qualidade, Snaga, você pode ler os livros da Renata Ventura e suas fanfic de Harry Potter na favela carioca. :lol:
 
E a minha birra é com quem acha que brasileiro precisa sempre ambientar livro no Brasil.
Pior que isso, só se pedir o curupira e o saci ao invés de elfos e dragões.

Não acho que precise "sempre", e nem obrigatoriamente precisa ter folclore brasileiro e outras coisas típicas, embora com disse neste tópico aqui, existem umas história e mitos brasileiros que são bem bacanas.
De qualquer forma, com dragões ou sacis, seria muito bom se existisse livros de fantasia decentes no Brasil.
 
Última edição:
Eu acho que essa questão tem um pouco de viralatismo. Quando europeus escrevem livros que se passam em Londres, Paris, Viena, Barcelona ou Berlim ninguém acha estranho, nem acha que eles deveriam escrever tramas que aconteçam na América ou na África, mas por que quando algum autor brasileiro escreve algo que acontece no Brasil acham que não deveriam se limitar a isso?

Tem coisa mais natural que escrever sobre um lugar que você conheça bem? É preferível fazer uma literatura ostentação só pra agradar públicos internacionais? Se eu vou ler um autor tcheco eu não quero ler ele escrevendo sobre o Brasil. Eu quero ler sobre a República Tcheca. Uma das coisas mais legais nos livros/filmes Millennium é conhecer nomes e lugares da Suécia. Se um autor brasileiro quer se fazer conhecido lá fora o que deve fazer é algo de diferente, não copiar o que se faz lá fora.
 
Última edição:
o problema é o modelo fechado de fantasia que se tenta vender aqui no brasil, não exatamente os elementos inseridos. os livros de fantasia são na maioria das vezes cópias de um modelo que ora envolve fantasia medieval (e aí a cultura brasileira é difícil de inserir - como falar de cavaleiros, magos e castelos se nossa história não teve disso? se na idade média tínhamos apenas tribos indígenas por aqui?), ora envolve uma tentativa de imitar tolkien e então falar de seres que não fazem parte do nosso folclore (anões, elfos, dragões). com raras exceções, o que temos em termos de produção no brasil ou é basicamente fanfic de tolkien (e rowling) ou é aventura de rpg passada para um livro.

Tem coisa mais natural que escrever sobre um lugar que você conheça bem? É preferível fazer uma literatura ostentação só pra agradar públicos internacionais. Se eu vou ler um autor tcheco eu não quero ler ele escrevendo sobre o Brasil. Eu quero ler sobre a República Tcheca. Uma das coisas mais legais nos livros/filmes Millennium é conhecer nomes e lugares da Suécia. Se um autor brasileiro quer se fazer conhecido lá fora o que deve fazer é algo de diferente, não copiar o que se faz lá fora.

o exemplo não foi muito feliz porque a trilogia (bom, agora tetralogia) millennium não é fantasia, né. do jeito que você coloca fica parecendo que escritores nacionais só situam suas histórias em outros países, o que não é verdade. temos essa situação esquizóide com a literatura fantástica, mas saindo dessa área, o brasil anda bem representado nas páginas dos escritores contemporâneos, sim.
 
o exemplo não foi muito feliz porque a trilogia (bom, agora tetralogia) millennium não é fantasia, né. do jeito que você coloca fica parecendo que escritores nacionais só situam suas histórias em outros países, o que não é verdade. temos essa situação esquizóide com a literatura fantástica, mas saindo dessa área, o brasil anda bem representado nas páginas dos escritores contemporâneos, sim.

Sim, mas tava sendo mais amplo no comentário. Só apontei sobre a história se passar em outros lugares, e não aqui. Por mim uma história de fantasia se passar aqui não me é estranha (estranha no sentido de absurda). Seja usando elementos europeus, asiáticos ou africanos.
 
como falar de cavaleiros, magos e castelos se nossa história não teve disso? se na idade média tínhamos apenas tribos indígenas por aqui?
Eu nunca li Riordan, então posso estar falando besteira, mas a fantasia dele é de origem européia e se passa nos EUA. Não?
 
Eu nunca li Riordan, então posso estar falando besteira, mas a fantasia dele é de origem européia e se passa nos EUA. Não?

eu também nunca li, mas na wiki fala que os livros da série percy jackson são:

uma série literária composta por cinco livros de aventura e fantasia, escritos pelo estadunidenseRick Riordan, que retrata a mitologia grega no século XXI.[1]

então os mitos são inseridos nos tempos atuais. assim, insisto na pergunta: como fazer fantasia medieval se passando no brasil?

não estou falando de um ~~mundo diferente~~ (até porque isso também pastiche de tolkien), estou falando no brasil mesmo. claro que tem saídas, até porque o legal da fantasia é justamente a possibilidade de imaginar qualquer coisa - linhas de tempo diferentes (uma em que os descobrimentos tenham acontecido mil anos antes?), brincar com a ideia do que seria o mundo se isso tivesse acontecido, por exemplo.

mas a minha crítica não é aos elementos (castelos, dragões, magos, etc.), é para o fato de que muitos escritores sequer tentam sair do modelo importado, criar algo diferente - e até pelo modelo acabam amarrados aos elementos. e lá vamos nós para mais uma aventura que começa com um grupo de cinco pessoas de skills diferentes se encontrando em uma taverna................... sabe como? é algo assim.
 
Adoro. Entram na taverna um guerreiro homem, um clérigo anão, uma maga elfa, e uma ladra mulher. Eles todos se reúnem numa mesa em volta de um velhinho muito conhecido no vilarejo que tem uma proposta de quest para lhes fazer. Ninguém se conhece até então. O grande diferencial da minha história é que eles pedem copos de leite ao invés de cerveja, só pra contradizer aquele meme. Depois encontram uma caverna, sobem de nível, matam o dragão e voltam ricos. As fêmeas do grupo são lésbicas e protagonizam uma tórrida cena de sexo regada a sangue de dragão e muita referência pop. Fim.
 

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