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Por que você escreve?

Anica

Usuário
Tibor Fischer em Adoro Morrer disse:
"Esperança. Os livros eram feitos de esperança, e não de papel. Esperança de que alguém lesse seu livro. Esperança ...de que ele mudasse o mundo ou o melhorasse. Esperança de que as pessoas concordassem com você. Esperança de que as pessoas sentissem alguma coisa. Esperança de que você distraísse ou impresionasse. Esperança de ganhar algum dinheiro. Esperança de estar certo. Esperança de estar errado."

E aí, simples e direto. Para você que escreve, por que você escreve? O que te faz colocar palavras no papel?
 
Palavras no papel? Pra quem só fica na digitação e no corretor ortográfico...

Eu escrevia cartas com selos de um centavo. Para mim aquilo sim era escrever, porque a carta é pessoal. O escritor escreve para um público, uma multidão anônima, assim como as preces de freiras enclausuradas pedindo para que Deus conserte um mundo que elas nem conhecem, nem os acertos nem as faltas.

Eu escrevo comentários para os escritos dos outros para que os autores saibam que alguém leu e apreciou o que escreveram, uma forma de encorajá-los a escrever mais e saciar minha compulsão por histórias. Egoísta, não?! Isso porque não estou disposto a gastar meu rico dinheirinho pra comprar os livros deles. :P

E escrevo para contribuir com minha parte na Literatura. Mesmo que seja uma merda, pelos menos escrevi uma coisa para os outros dizerem que é uma merda que eles nem digeriram comparada as férteis adubadas obras primas dos escritores consagrados, profissionais e mortos.
 
Sabe quando vc tem aquele sonho super legal, ou muito real, ou algo bem amendrontador? Então. quando tenho sonhos que gosto e ficam na minha cabeça por dias, acabo colocando no papel. As vezes alguma idéia que surge do nada e parece interessante, mas na maioria das vezes são sonhos.
 
Porque às vezes me expresso melhor escrevendo, e olha que falo muito. já cheguei a escrever um sonho numa agenda, poesias, e histórias...
 
rodovalho, o ruim das cartas é vc ñ poder relê-las nem revisá-las, heheheh.

eu escrevo por necessidade, prazer e vício. ñ consigo me imaginar sem escrever. é como se a criatividade e as palavras ficassem martelando na sua cabeça cada vez + insistentemente d 1 jeito q a única saída para q vc pare d pensar no assunto seja escrevendo.

escrevo pq o trabalho com as palavras, a criação e revisão, o lapidar, o tirar aqui e botar ali, até chegar a um resultado em q vc se julgue incapaz de mudar d tão perfeito q ficou para vc, é algo orgástico. se algum leitor entendeu, ñ entendeu ou entedeu diferente aquilo q vc escreveu, é só 1 plus, 1 direcionamento para os próximos textos e revisões. mas o prazer principal vc já gozou lá qdo botou o ponto final.

"Aquele que tem por vício a leitura, droga alucinógena das mais leves, acabará cada vez mais dependente dela. E o pior, passará para drogas mais pesadas, como a escrita. Nesta fase crítica, o leitor-viciado-escritor, tende a fugir regularmente da realidade e ter devaneios alucinógenos de que, assim como Deus, é criador de Universos inteiros."

ah, basicamente, escrevo pq leio. é como se a leitura fosse o combustível da escrita. qdo viajo e leio pouco, a ânsia por escrever diminui. mas qdo leio mto, ela volta à toda e só consigo me acalmar botando tudo pra fora.
 
De um textinho meu:

Gostaria muito de abrir este livro com os versos de Drummond que dizem aceitar o desafio que as palavras lhe fazem, mas escrever, para mim, é um passatempo. Mesmo que muitas vezes terapêutico, nunca senti que isso me fosse vital. Quando acho que tenho algo para escrever, preciso me concentrar e aí posso ficar até um pouco angustiado enquanto aquilo não sai, mas nunca sofri por conta disso (além, talvez, de um desconforto na lombar).

Ou seja, não sofro de nenhuma síndrome de escritor fracassado, não sou viciado nessas drogas que o JLM citou nem nada do tipo. Só gosto de inventar histórias e juntar palavras, para depois ler em voz alta e ver que aquilo faz algum sentido.
 
Luís Henrique Rodovalho disse:
JLM disse:
rodovalho, o ruim das cartas é vc ñ poder relê-las nem revisá-las, heheheh.

E quando a ex-namorada devolve todas as cartas?! :P

até hj isso nunca aconteceu comigo. eu até queria q fizessem isso. mas mesmo as q terminei brigado, elas guardam com unhas & dentes as minhas cartinhas espirituosas, singelas, eróticas e sem nenhum senso de ridículo.
 
JLM disse:
elas guardam com unhas & dentes as minhas cartinhas espirituosas, singelas, eróticas e sem nenhum senso de ridículo.

Já antes disseram que não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
 
Escrevo pra desabafar, na maioria das vezes, para falar sobre um momento captado no tempo que não faz sentido mencionar numa conversa, ou pra me livrar dos meus monstros
 
Escrevo para me desafiar e me conhecer. Quero, depois de um tempo, reler o que escrevi e me identificar ali; me conhecer; me reconhecer. Quero analisar minhas angústias, minhas incertezas, minhas idéias e também a falta delas naquilo que escrevo e assim, me entender um pouco mais.
 
Cassio Barros disse:
Escrevo para me desafiar e me conhecer. Quero, depois de um tempo, reler o que escrevi e me identificar ali; me conhecer; me reconhecer. Quero analisar minhas angústias, minhas incertezas, minhas idéias e também a falta delas naquilo que escrevo e assim, me entender um pouco mais.

Já eu prefiro não me reconhecer nos escritos antigos, me achar um juvenil e falar que eu escrevia mal pra carajos.
 
Seja lá quem for Philip Larkin, ele disse que uma das razões para escrever, obviamente, é que ninguém ainda escreveu o que você quer ler. Mas às vezes eu discordo dele, porque o Milan Kundera satisfaz todos os meus anseios literários. Tem hora que eu até me assusto, parece que ele leu a minha alma antes de escrever, rs.
 
Tauil disse:
Cassio Barros disse:
Escrevo para me desafiar e me conhecer. Quero, depois de um tempo, reler o que escrevi e me identificar ali; me conhecer; me reconhecer. Quero analisar minhas angústias, minhas incertezas, minhas idéias e também a falta delas naquilo que escrevo e assim, me entender um pouco mais.

Já eu prefiro não me reconhecer nos escritos antigos, me achar um juvenil e falar que eu escrevia mal pra carajos.

[2]

Eu? Ah, é que eu adooooro aprender. Só isso!
 
Eu geralmente tento escrever para organizar ideias, avançar algum raciocínio. E quando escrevo com esse propóstio, escrevo para consumo próprio. Quando eu escrevo ficção é geralmente para expressar algum sentimento, mas não no sentido de amor / ódio / indignação, mas mais aquele tipo de pensamento que a gente não entende direito. Criar histórias, narrativas, eu escrevo mais para fins recretivos mesmo. Mas ando meio desanimado com a ideia de escrever em geral, porque escrever só me satisfaz se eu fizer enormes concessões ao que estiver escrito no final, porque nunca o que está escrito no final tem o significado exato daquilo que eu queria exteriorizar, e normalmente não chega nem perto. Raciocinar é fracassar, narrar é fracassar, expressar sentimentos é fracassar, fracassar, fracassar.
 
Rodrigo Lattuada disse:
(...) escrever só me satisfaz se eu fizer enormes concessões ao que estiver escrito no final, porque nunca o que está escrito no final tem o significado exato daquilo que eu queria exteriorizar, e normalmente não chega nem perto.

Essa é uma das coisas que me faz gostar tanto de escrever. A gnt começa com uma ideia, às vezes bem nítida, às vezes meio confusa do que quer fazer. Mas depois, parece que o texto, os personagens, a narrativa, ganham vida própria e saem andando faceiros por aí. Não sei se eu que sou fajuta/amadora demais e não consigo domar as palavras, ou se elas é que são indomáveis e nossa tarefa é enjaulá-las em linhas e letras. =)
 

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